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05 novembro 2014

Rir é o melhor remédio





Fonte: Aqui

Curso de Contabilidade Básica: Arredondamento e Materialidade

As demonstrações contábeis estão expressas em moeda local. No caso especifico do Brasil, o Conselho Federal de Contabilidade determina, na sua estrutura conceitual, que as demonstrações devem estar expressas em reais. Quando uma empresa de grande porte vai apresentar suas informações é bastante razoável que os valores estejam em milhares de reais ou em milhões de reais. A própria Comissão de Valores Mobiliários determina que os formulários sejam apresentados em R$ mil. Mas existem empresas gigantescas onde apresentar os dados em R$ mil perde um pouco de sentido. Para o usuário, muito número atrapalha, já que termina por poluir a informação. Por isto é razoável que estas empresas mastodontes mostrem seus números em R$ milhões.

Mas a CVM exige que os números estejam em R$ mil por uma questão de padronização. Para o usuário é confortável saber que todas as demonstrações que pesquisar terá sempre a mesma medida. Isto, naturalmente, cria um problema com as empresas mastodontes: o seu ativo deve ter nove dígitos. O leitor deve saber que isto é muito número.

Veja o lado esquerdo do balanço abaixo, da Petrobrás, referente ao segundo semestre.


Sabemos que a Petrobras é um mastodonte, em termos de tamanho, é claro. A empresa informou que o Caixa e Equivalente é de 6.945.000 exatos. Observe também o leitor que todas as contas dos grandes grupos do ativo possuem três zeros. É difícil acreditar que todas as contas são tão exatas.

O que pode ter acontecido na contabilidade da empresa é que a mesma foi feita, para fins externos, em R$ milhões. Ao preencher o formulário da CVM a empresa simplesmente pegou os valores aproximados. Vamos supor que o valor do Caixa e Equivalente seja, na realidade, R$6.945.123.456; em milhões seriam R$6.945 milhões. Mas o formulário pede os valores em R$ mil e então o funcionário da empresa, em lugar de colocar R$6.945.123 simplesmente anotou R$6.945.000. Faz diferença? Em termos materiais não. Mas a imagem dos valores terminados em “000” não cria no leitor uma desconfiança dos números? Talvez esta seja uma situação onde o arredondamento não fere a materialidade, mas incomoda a confiabilidade.

Diferença entre Fasb e Iasb

Nunca foi tão fácil saber a diferença. Em inglês

Pontuação de Crédito

Deverá ser iniciado na próxima semana o julgamento que decidirá se é legal o serviço de pontuação (score) que estima a probabilidade de inadimplência do consumidor, oferecido por empresas de proteção de crédito. (Valor Econômico)

Quem ler "05 Núm3r05 Gov3rn4m 5u4 v1d4", no seu capítulo 2, irá dizer: Burros, burros e burros. O sistema de pontuação ajuda a concessão de crédito, reduzindo o risco de crédito.

Ativos Regulatórios

Eis um texto importante sobre o tema, publicado no Valor Econômico

Conforme o Valor apurou, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve colocar hoje em audiência pública uma proposta de mudança nos contratos com as distribuidoras de energia, o que é o primeiro passo para a volta desse reconhecimento nos balanços societários (nos demonstrativos entregues à própria Aneel eles sempre forem reconhecidos).

Tanto o direito de faturar mais com reajuste da tarifa no ano seguinte, para compensar um eventual gasto maior com compra de energia mais cara no ano corrente, como o dever de reduzir a tarifa no outro exercício, para equilibrar um período de energia mais barata hoje, eram registrados como ativos e passivos nos balanços das empresas de distribuição de energia até 2009, antes da adoção integral do padrão internacional de contabilidade IFRS.

Isso atenuava, até 2009, o sobe e desce dos resultados das empresas do setor, que por garantia contratual não estão expostas ao risco de preço da energia, já que o ativo ou o passivo regulatório compensam o custo acima ou abaixo do previsto.

Dentro das regras do IFRS, entretanto, ativos e passivos regulatórios, como regra geral, não entram nos balanços.


Isto significa que deverá aumentar a distância para as normas do Iasb.

Mas ainda que contem com apoio do regulador, as empresas têm receio de enfrentar os auditores independentes, que não têm a mesma visão que a CVM sobre o caso. Eles argumentam que o ativo regulatório não pode ser reconhecido porque o contrato prevê o ressarcimento apenas quando a energia for distribuída no ano seguinte e a tarifa maior cobrada, faltando, portanto, um desempenho da própria empresa para que ela tenha direito a receber. Dizem ainda que o contrato não é claro sobre o que ocorre com tais ativos em caso de interrupção da concessão por qualquer motivo.


Os auditores já devem ter avisado de uma possível ressalva e isto impede a ação das empresas. Mas será que a norma da Aneel é suficiente para mudar a opinião dos auditores?

O Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb) colocou em discussão em setembro um texto com inúmeras considerações sobre o tema de ativos e passivos regulatórios, já que esse problema afeta outros países no mundo, em uma linha que talvez leve à permissão do reconhecimento de alguns desses ativos ou passivos, a depender de dispositivos contratuais. Mas qualquer evolução sobre esse assunto não sairá antes de 2016. Antes disso, o Iasb chegou a emitir uma norma garantindo o registro desses direitos e obrigações para novos adotantes de IFRS - ainda que numa linha diferente do balanço -, de forma a atender um pleito do Canadá, o que deixou os brasileiros bastante contrariados.


O Canadá possui mais representante no Iasb que o Brasil. Mas a economia é menor.

Como os montantes a serem registrados são vultosos, e não há interesse em esperar até 2016, a saída imaginada pelos brasileiros foi tentar negociar com o governo uma maneira de deixar claro para todos - especialmente para os auditores - que a garantia de receber é efetiva. Ou seja, a regra continuaria prevendo o ressarcimento pelos custos maiores via tarifa no ano seguinte, mas deixaria claro que, se houvesse qualquer problema, o governo pagaria a conta - mesmo que fosse cobrar dos consumidores depois.

Se esse ajuste for feito, tais direitos passarão a ser reconhecidos como ativos financeiros, tal como é feito pelas empresas do setor de transmissão de energia, e não mais regulatórios.


O texto comenta que isto não representa caixa, mas melhora os índices de endividamento. É verdade. Mas os índices de endividamento não são regulados e seu cálculo é feito pelo usuário.

Igreja







Fonte: Aqui. 30 toneladas de aço e 2 mil colunas.

Responsabilidade de Custos no Setor Público

Discussão interessante sobre o sistema de custos do governo federal, apresentada por quatro autores da UFSC

Outras dificuldades podem surgir nas primeiras experiências do Governo Federal em utilizar informações de custos, principalmente se os papéis de todos os envolvidos não estiverem bem definidos. A NBC T 16.11 determina que “a responsabilidade pela consistência conceitual e apresentação das informações contábeis do sistema de custos é do profissional contábil” que deverá evidenciar, entre outros, “o método de custeio adotado para apuração dos custos para os objetos de custos” (CFC, 2011), mas não define a função deste profissional dentro do sistema. Ou seja, a norma não define se a responsabilidade é do contador da unidade finalística, do contador de alguma setorial de custos, ou do contador do órgão central de custos. Entende-se, porém, que o contador da unidade finalística, juntamente com outros profissionais dessa mesma unidade, terá parcela considerável de responsabilidade.

O texto traz questionamentos interessantes sobre a filosofia escolhida pela STN para este assunto. Leitura obrigatória sobre o tema.

Listas: 10 melhores lugares para morar no exterior

10. Hong Kong
9. Índia
8. Taiwan
7. Tailândia
6. Nova Zelândia
5. Bahrain
4. Alemanha
3. China
2. Cingapura
1. Suíça

Fonte: Aqui

04 novembro 2014

Rir é o melhor remédio


A manifestante tunisiana segura o cartaz onde está escrito: "cresce a barba antes do cérebro". Humor e crítica ao fundamentalismo.

Curso de Contabilidade Básica: Investimento ou Despesa

Observe o leitor a figura abaixo:

Trata-se do balanço patrimonial, ativo, da empresa Petrobras, do trimestre encerrado em 30 de junho de 2014. Os valores estão em R$ mil. O ativo da empresa tem um valor de R$656 bilhões, sendo que 84,5 bilhões é circulante e R$572 bilhões de não circulante.

Se o leitor vive neste planeta já deve estar sabendo das denúncias de corrupção na empresa. Um ex-diretor afirmou que enquanto trabalhava na empresa cobrava-se uma propina de 3% de todos os contratos. As estimativas do valor total da propina ainda são provisórias, mas existem chutes que chegam a R$10 bilhões. Assim, um imobilizado que seria adquirido por R$100 foi comprado por R$103, sendo R$3 a propina paga, do fornecedor do imobilizado para os executivos corruptos. O depoimento do ex-diretor parece crível, tanto é assim que o mesmo indicou sua conta no exterior com valores muito acima do que seria o adequado para o cargo que ocupava.

Agora temos a questão contábil. O registro da aquisição de um imobilizado é bastante simples:


Entretanto, do valor acima, R$3 são propinas. Assim, contabilmente, deveriam ser registradas como despesa, sendo o valor correto do imobilizado somente R$100. O registro deveria ser:


Assim, o valor estaria superestimado. Consequentemente, o PL da Petrobras também está superestimado. Em quanto? Só as contas da Suíça poderão dizer.

Segredo

Segundo o jornal Estado de S Paulo, a auditoria realizada pela PwC irá apontar que os executivos da Portugal Telecom sabiam da aplicação que a Portugal Telecom fez de 900 milhões de euros numa empresa do grupo Espírito Santo. A aplicação ocorreu antes da fusão entre a PT e a empresa Oi. O "desaparecimento" de 900 milhões de euros da PT levantou dúvidas sobre a união das duas empresas. Entre os executivos que sabiam da operação que resultou na redução de 900 milhões de euros do caixa da empresa está o ex-presidente da Oi, Zeinal Bava.

Afastamento

A PricewaterhouseCoopers, auditora externa da Petroleo Brasileiro SA, exigiu que a petroleira afaste o presidente de uma subsidiária citado numa investigação de corrupção antes de poder aprovar o resultado financeiro da companhia no terceiro trimestre, disse uma pessoa com conhecimento direto do assunto.

A Petrobras discutiu a demissão de Sergio Machado, presidente da subsidiária Transpetro, durante quatro horas numa reunião do conselho de administração em 31 de outubro, disse a pessoa, que não quis a ser nomeada porque a informação não é pública. A reunião foi suspensa sem se chegar a uma decisão, pois alguns membros se disseram preocupados com possíveis atritos que seriam criados na coalizão de governo da presidente Dilma Rousseff, disse a pessoa, que não quis a ser nomeada porque a informação não é pública.

PwC pode ter restrições adicionais, além do afastamento de Machado enquanto procederem as investigações, para aprovar o balanço trimestral, a pessoa disse.

Machado negou qualquer irregularidade e disse que as acusações são absurdas, disse a Transpetro em uma resposta por e-mail a partir de sua assessoria de imprensa. Machado não tem conhecimento das discussões na reunião do conselho da Petrobras ou de quaisquer recomendações da PwC, de acordo com a resposta.


É bom lembrar que Machado é o único executivo citado expressamente pelo ex-diretor Costa que ainda trabalha na empresa. Machado pediu afastamento ontem. O Brasil Econômico ainda informou que:

Petrobras originalmente planejava publicar o balanço em 31 de outubro, e atrasou o anúncio sem explicar por que ou anunciar uma nova data. As empresas brasileiras têm até o dia 14 de novembro para divulgar os resultados do terceiro trimestre.

Para completar, o Valor afirma:

A estatal, que tem ações na bolsa de Nova York e está sujeita ao regulador americano Securities and Exchange Commission (SEC), agora terá de se posicionar sobre as medidas tomadas após a divulgação do depoimento de seu ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, que confessou ter recebido suborno de empresas prestadoras de serviços.

Na sua delação, o ex-diretor mencionou cobrança de 3% de todos os contratos. A Justiça calcula que o esquema tenha desviado R$ 10 bilhões da estatal. A seção 10A da lei americana (Securities Exchange Act) diz que o auditor externo que checa os balanços de uma empresa com valores mobiliários negociados nos Estados Unidos deve incluir no seu trabalho, entre outros procedimentos, alguns específicos averiguar, com nível satisfatório de segurança, a existência de "atos ilegais" que afetariam de maneira material as demonstrações financeiras.

Feito isso, ele tem a obrigação de comunicar ao comitê de auditoria da empresa e seu conselho de administração sua posição sobre as suspeitas identificadas. Caso não haja uma resposta considerada adequada por parte da administração, a auditoria deve reportar isso ao conselho de administração, que tem um dia para enviar uma comunicação à SEC sobre o aviso recebido, com cópia para o auditor.

Se essa carta não for enviada pela própria empresa em um dia, o auditor deve suspender o contrato com a firma, ou fazer uma notificação direta à SEC no dia útil seguinte. Se o auditor não cumprir esse ritual, ele pode ser processados civilmente pelo regulador do mercado americano.

A segunda língua

Fonte: Aqui

Listas: Os artigos mais citados



Para se ter uma ideia, o trabalho de Watson e Crick estão citados 5 mil vezes somente!

Fonte: Aqui

03 novembro 2014

Rir é o melhor remédio






Fotos estranhas

Grande parte dos achados publicados em Finanças são falsos positivos

Entrevista com Campbell Harvey, PHD em Chicago. Professor da Duke University. Ex-editor do Journal of Finance. Vice-preseidente da American Finance Association




Q: Investors often rely on financial research when developing strategies. Your recent findings suggest they should be wary. What did you find?

Campbell Harvey: My paper is about how we conduct research as both academics and practitioners. I was inspired by a paper published in the biomedical field that argued that most scientific tests that are published in medicine are false. I then gathered information on 315 tests that were conducted in finance. After I corrected the test statistics, I found that about half the tests were false. That is, someone was claiming a discovery when there was no real discovery.

Q: What do you mean “correcting the tests”?

Campbell Harvey: The intuition is really simple. Suppose you are trying to predict something like the returns on a portfolio of stocks. Suppose you try 200 different variables. Just by pure chance, about 10 of these variables will be declared “significant” – yet they aren’t. In my paper, I show this by randomly generating 200 variables. The simulated data is just noise, yet a number of the variables predict the portfolio of stock returns. Again, this is what you expect by chance. The contribution of my paper is to show how to correct the tests. The picture above looks like an attractive and profitable investment. The picture below shows 200 random strategies (i.e. the data are made up). The profitable investment is just the best random strategy (denoted in dark red). Hence, it is not an attractive investment — its profitability is purely by chance!
200_strategies



Q: So you provide a new set of research guidelines?

Campbell Harvey: Exactly. Indeed, we go back in time and detail the false research findings. We then extrapolate our model out to 2032 to give researchers guidelines for the next 18 years.

Q: What are the practical implications of your research?

Campbell Harvey: The implications are provocative. Our data mainly focuses on academic research. However, our paper applies to any financial product that is sold to investors. A financial product is, for example, an investment fund that purports to beat some benchmark such as the S&P 500. Often a new product is proposed and there are claims that it outperformed when it is run on historical data (this is commonly called “backtesting” in the industry). The claim of outperformance is challenged in our paper. You can imagine researchers on Wall Street trying hundreds if not thousands of variables. When you try so many variables, you are bound to find something that looks good. But is it really good – or just luck?

Q: What do you hope people take away from your research?

Campbell Harvey: Investors need to realize that about half of the products they are sold are false – that is, there is expected to be no outperformance in the future; they were just lucky in their analysis of historical data.

Q: What reactions have Wall Street businesses had so far to your findings?

Campbell Harvey: A number of these firms have struggled with this problem. They knew it existed (some of their products “work” just by chance). It is in their own best interest to deliver on promises to their clients. Hence, my work has been embraced by the financial community rather than spurned.

Professor Harvey’s research papers, “Evaluating Trading Strategies“, “…and the Cross-Section of Expected Returns” and “Backtesting” are available at SSRN for free download.

Debêntures e Instrumentos Híbridos

Sobre os instrumentos híbridos, um texto publicado no Valor Econômico do dia 31 de outubro de 2014 (Debêntures perpétuas e instrumentos híbridos, Alexandre Couto e Raphael Martins)

Tais debêntures, que podem ser usadas para atrair recursos sem diluir participação dos acionistas, não teriam prazo de maturação e, em tese, implicariam o pagamento da remuneração ou dos cupons durante a vida da companhia. Adicionalmente, estas debêntures ainda seriam subordinadas em relação a outros passivos da companhia e dariam autonomia à companhia para deliberar acerca do pagamento da remuneração.

Por essas características, companhias abertas com larga experiência na emissão de instrumentos financeiros semelhantes em outras jurisdições que adoram o IFRS têm buscado classificar suas debêntures perpétuas como instrumentos patrimoniais (no Patrimônio Líquido) e não como passivo financeiro.

Cabe ressaltar que o Comitê de Pronunciamentos Contábeis já se manifestou sobre a questão (CPC 39) ao concluir, replicando a literatura internacional, que só poderiam ser considerados passivos financeiros aqueles que trouxessem uma real obrigação de realizar os pagamentos devidos em situações que poderiam estar fora do controle da companhia.

Contudo, a Comissão de Valores Mobiliários tem entendido que esses instrumentos seriam passivos financeiros, ora alegando que o direito de recebimento dos cupons não estaria completamente sob controle da companhia (Caso Energisa), ora justificando que a subordinação do debenturista ainda o colocaria em uma posição superior aos acionistas (Caso Tec Toy).

Assim, percebe-se que a principal razão para inexistência de um mercado para instrumentos híbridos no Brasil seria essencialmente regulatória (ou seja, a atual interpretação da CVM acerca do tema).

Há casos em que a CVM exigiu a reclassificação de debêntures (como passivo financeiro) que além de serem perpétuas, davam completa autonomia à companhia para diferir o pagamento da remuneração e colocavam o debenturista em posição subordinada a todos os outros credores da companhia (salvo os acionistas, sobre quem tinha senioridade). A conclusão da autarquia tem sido no sentido de que o diferimento não seria o mesmo que autonomia completa para deliberar o pagamento ou não da remuneração, alegando que haveria a obrigação de pagar ainda que o diferimento pudesse ser perpétuo.

Desnecessário dizer que essa reclassificação atinge diretamente os interesses das companhias emissoras que, ao terem que registrar esses instrumentos no passivo, afetam negativamente suas demonstrações financeiras e consequentemente sua atratividade para investidores.

Em explicação ao questionamento levantado para o não desenvolvimento dos instrumentos híbridos, muito embora seja compreensível a preocupação da CVM, o posicionamento adotado pela autarquia tem inviabilizado o desenvolvimento destes no Brasil. A CVM se prende a uma interpretação formalista das novas regras contábeis em detrimento de uma aplicação genuína da primazia da essência sobre a forma. Ou seja, a essência do instrumento híbrido sobre sua mera forma jurídica que pode ser de debêntures.

O entendimento da CVM não parece estar totalmente alinhado com as normas e os entendimentos dos órgãos internacionais (e.g. IASB), da mesma forma com a flexibilidade da legislação e das regras contábeis brasileiras.

A Lei das Sociedades por Ações permite a emissão de ações preferenciais com dividendos prioritários, mínimos ou fixos, cumulativos. Assim, debêntures perpétuas, em especial aquelas analisadas pela CVM, possuem métodos de remuneração essencialmente idênticos. Na verdade, poder-se-ia argumentar que a remuneração de preferencialistas, uma vez que depende de deliberação da Assembleia, estaria mais distante do controle da companhia do que o pagamento de cupons de debêntures perpétuas, que dependeria de ato da Administração.

O CPC 39 vislumbrou que a separação entre "debt" e "equity" não poderia ser binária quando exemplifica que uma ação preferencial, pela natureza dos direitos concedidos ao acionista, em alguns casos, deveria ser registrada no passivo da companhia e não no patrimônio líquido. Não existe razão para que o exemplo da ação preferencial não espelhe ou seja semelhante aos instrumentos de dívida com determinados direitos, mais próximos ao da ação preferencial registrada no patrimônio líquido.

Além disso, organismos internacionais, como o IASB, não só já concluíram pela existência de instrumentos financeiros híbridos como utilizam as debêntures perpétuas (IAS 32) para exemplificar que mesmo um instrumento que seja formalmente debt, poderia, em razão da sua essência, ser registrado como equity.

Atração, Gênero e Idade

Os homens [primeiro gráfico], independentemente da sua idade, tendem a dizer que as mulheres em seus 20 anos parecem melhores, enquanto as mulheres [segundo gráfico] são mais atraídas por homens de sua idade.

Para fazer estes gráficos, Rudder olhou para as preferências dos usuários OkCupid. Como você pode ver, gosto de uma mulher em termos dos homens geralmente evolui à medida que ela envelhece, enquanto o gosto do homem na mulher permanece o mesmo, não importa quantos anos ele possui.

Fonte: Aqui

P&G

A Receita Federal da Argentina suspendeu a empresa Procter & Gamble, alegando fraude fiscal, informou a Folha de S Paulo. O caso envolve transações no valor de 138 milhões de dólares. Os estoques tinha origem brasileira, mas eram faturadas por uma empresa da Suíça. A entidade encaminhou a informação para a SEC.

Pedalada e Gastos públicos

Esse aumento de gastos em agosto e setembro pode ser explicado com a "despedalada fiscal". O tesouro estava atrasando repasse de recursos para os bancos, notadamente a Caixa Econômica Federal, realizarem pagamentos de despesas sociais e previdenciárias - a chamada pedalada fiscal. O objetivo era melhorar artificialmente as contas públicas. Agora, o governo passou a pagar o que estava atrasado e também começou a repassar o dinheiro em dia. Isso ajudou a deteriorar as despesas federais.

Fonte: Estado de S Paulo, 1 de novembro de 2014, p. B4. (Gráfico do Valor Econômico)

Lei da Necessidade Humana

 O magnífico Tyler Cowen - do Marginal Revolution - coloca a seguinte pergunta: É legal construir uma barreira para o desvio do fluxo de lava havaiano? A doutrina antiga Necessitas non habet legem fornece a resposta mais provável.
Fonte: Aqui

O significado de necessitas non habet legem, aforismo de Santo Agostinho é que "A necessidade não tem lei"

Listas: Os melhores smartphones

10. LG G3
9. Google Nexus 5
8. Sony Xperia Z3
7. Samsung Galaxy S5
6. OnePlus One
5. Moto X
4. HTC One
3. Galaxy Note 4
2. iPhone 6 Plus
1. iPhone 6

Fonte: Aqui

02 novembro 2014

Rir é o melhor remédio







As piores capas de álbuns do mundo (Continuação)

Fato da semana

Fato: O termo mais comum nas notícias relacionadas com a contabilidade foi a Credibilidade. A falta de combate à corrupção por parte das multinacionais brasileiras afeta a credibilidade do Brasil em tentar promover um ambiente empresarial mais saudável. Já a constituição da provisão por parte do UBS para os futuros litígios teve uma reação positiva por parte do mercado, que acreditou na palavra dos executivos da instituição suíça. A criação de um mecanismo para facilitar o processo de investimento no setor público, o RDC, tem sido questionado pelos atrasos nas obras. A tentativa da Petrobras de recuperar sua imagem, contratando dois escritórios de advocacia, mostra como é importante dar uma resposta mais precisa durante as crises. No caso da empresa estatal, em lugar de uma empresa de auditoria ou de investigação, a contratação de advogados para investigar ações que “porventura” tenham sido cometidas não ajudou em nada a credibilidade da atual gestão. Ao contrário da ex-estatal, Vale, que estava na relação dos locais mais desejados para se trabalhar do mundo. Finalmente, o Banco Central Europeu reprova instituições bancárias – que não o fez nos testes anteriores – para mostrar que seu papel de supervisor é confiável.

Qual a relevância disto? Um dos pressupostos da boa contabilidade é a confiabilidade. Podemos usar estes eventos para entender um pouco como podemos acertar (Vale e UBS) e como evitar erros (Petrobrás e RDC).

Positivo ou Negativo? Neutro.

Desdobramentos: A credibilidade sempre exercerá um grande papel no ambiente empresarial.

Listas: Países dos ignorantes

Uma pesquisa fez perguntas aos habitantes de 14 países diferentes. Perguntas como: qual a percentagem de gravidez na adolescência, qual a percentagem de muçulmanos, qual a percentagem de pessoas que votaram nas últimas eleições ou qual a expectativa de uma criança que nasce hoje - foram confrontadas com o valor real. A diferença seria a medida de ignorância da população sobre a sua realidade. O resultado final foi

1. Itália
2. Estados Unidos
3. Coréia do Sul
4. Polônia
5. Hungria
6. França
7. Canadá
8. Bélgica
9. Austrália
10. Grã-Bretanha

01 novembro 2014

Rir é o melhor remédio

As demonstrações da Santo Antonio Energia foram auditadas  pela PricewaterhouseCoopers. Após o texto normal da auditoria, temos o local, data e assinaturas. Incluindo a assinatura da PwC. 
Como é possível uma empresa assinar?

Teste da semana

1 – Esta entidade condenou o Brasil por não punir a corrupção nas empresas multinacionais brasileiras:

OECD
Transparência Internacional
Tribunal de Haia

2 – A UBS anunciou a provisão para litigio. O preço da ação da instituição

Aumentou
Diminuiu
Permaneceu o mesmo

3 – As pessoas saíram na rua contra uma medida do governo para equilibrar seu orçamento. Este país é

Hungria
Itália
Suíça

4 – A medida do governo da questão anterior era

Taxar a internet
Taxar a televisão a cabo
Um imposto sobre as compras no exterior

5 – Esta empresa contratou duas empresas independente para investigar denuncias feitas por um ex-executivo

Embraer
MMX
Petrobras

6 – Esta empresa é a única brasileira que consta do ranking de “mais desejada para se trabalhar”

Gerdau
Natura
Vale

7 – Fazendo parte do Sped, a escrituração digital desta conta foi postergada para 2016

Caixa
Estoque
Imobilizado

8 – Esta entidade reprovou 25 bancos de 130 da sua área de atuação:

Banco Central Europeu
Conselho da Basileia
SEC


Acertando 7 ou 8 questões = medalha de ouro; 5 ou 6 = prata; 4 = bronze

Respostas: (1) OECD; (2) Aumentou; (3) Hungria; (4) Taxar a internet; (5) Petrobras; (6) Vale; (7) estoque; (8) Banco Central Europeu

Poltronas de avião

Cada fileira de assentos na classe econômica costumava ter de 81 a 84 centímetros de espaço para um passageiro sentado, medido entre o encosto de uma poltrona e o encosto da poltrona da frente, uma métrica que o setor chama de “espaço entre as poltronas”. Mas agora muitas grandes aéreas reduziram o espaço para 79 centímetros. (...)

A United usa diferentes fabricantes de poltronas para diferentes tipos de aeronaves, mas um modelo comumente utilizado é o Recaro BL3520, uma poltrona padrão para a classe econômica que já ganhou prêmios de design do setor e também é usada pela Lufthansa e outras aéreas. Três poltronas juntas pesam 11 quilos por passageiro, ou 30% menos do que os modelos tradicionais comparáveis, segundo a Recaro. Uma nova versão com encosto ainda mais fino pesa cerca de 900 gramas menos por passageiro e amplia o espaço para os joelhos.

A United reduziu para 76 centímetros o espaço entre as poltronas na classe econômica colocando assentos finos nos Airbus A319 e A320, em parte com uma mudança do bolso no encosto. Junto com um encosto mais estreito, isso cria um espaço adicional de 4,5 centímetros para os joelhos, segundo a United. Mesmo com o espaço entre as fileiras reduzido em 2,5 centímetros, os passageiros ganham mais espaço, afirma a empresa.(...) (Wall Street Journal)


As medidas das empresas ajudam a ampliar a receita (aumentando o número de poltronas) e reduzindo o custo, com a redução do peso da aeronave. Do mesmo jornal, outra lição de custos, agora sobre economia de escala:



A Samsung também vai procurar fabricar os aparelhos de maneira mais econômica. "A chave é a eficiência, aumentar o número de componentes usados em todos os modelos de médio e baixo custo para podermos alavancar melhor as economias de escala", disse Kim.

Atrasar ou adiantar

As boas notícias são antecipadas pelos executivos, com reflexos na data de divulgação das demonstrações. Já as más notícias são atrasadas. A explicação é comportamental:

Várias teorias tentam explicar esse fenômeno, mas talvez a melhor seja a que afirma que é da natureza humana querer que algo bom aconteça logo e que as coisas menos positivas, ou ruins, fiquem para depois. Da mesma maneira, nota-se haver uma maior reavaliação dos números pelos contribuintes que calcularam dever inesperadamente mais ao fisco, enquanto as grandes restituições provavelmente encontram seu caminho mais rapidamente para o correio.

(...) A parte mais interessante do estudo é que, apesar de tudo isso ser muito intuitivo, os investidores realmente não reagem totalmente às expectativas de que a antecipação de um anúncio de resultado seja uma coisa boa, e o adiamento, o prenúncio de uma coisa ruim.

Listas: As maiores taxas de juros

Fonte: Aqui