Translate

06 agosto 2014

Resenha: Guia Politicamente Incorreto do Futebol

Este é mais um livro da série “Guia Politicamente Incorreto (...)” da editora Leya. Esta coleção fez sucesso com outros temas e a fórmula tenta captar a atenção do leitor interessado em futebol. Mais de 400 páginas e 18 capítulos, o texto trata de assuntos diversos como racismo, seleção de setenta, batalha dos Aflitos, Barcelona, Pelé e Maradona.

Como o próprio título induz, algumas das posições dos autores são polêmicas, como é a afirmação de que “Messi não é um bom garoto” (último capítulo). O problema é que o livro, escrito por jornalistas, cai na “faláciado jornalista”. Esta falácia acontece quando se toma um ou dois depoimentos e fazem conclusões apressadas. No caso do Messi, o livro usa três acontecimentos para fazer esta conclusão.

Outros pontos levantados, como o “futebol não é um bom negócio”, já mereceu uma análise muito mais interessante e profunda no Soccernomics, por exemplo. Para quem já leu Soccernomics, o texto deste Guia é mais superficial.

Mas é inegável que a leitura do livro é agradável. O formato ajuda e os capítulos podem ser lidos de maneira independente. Neste sentido, os problemas apontados anteriormente não prejudicam a leitura.

Vale a pena? Para quem gosta de futebol, inclusive discutir futebol, é interessante sua leitura. Pode acrescentar polêmica nas conversas com os amigos.

ROSSI, Jones; MENDES JR, Leonardo. Guia Politicamente Incorreto do Futebol. Leya, 2014.

Se decidir comprar o livro, sugerimos escolher um de nossos parceiros. O blog é afiliado aos seguintes programas:
Amazon Brasil
Americanas
Submarino
ShopTime
SouBarato.com.br-


Pelo voto facultativo

En los países más desarrollados del mundo, en los más modernos y en las democracias más sólidas, el voto político es facultativo.

Entre los 10 países más ricos del planeta, en todos, menos en Brasil, ir a las urnas ha dejado de ser obligatorio o nunca lo ha sido.

Hoy el voto facultativo está vigente en 205 países del mundo y solo en 24 de ellos (13 en América Latina) sigue siendo obligatorio.

¿Habría que deducir de ello que esos países, empezando por Brasil, no son ni modernos ni cuentan aún con una democracia consolidada? Quizás no, pero según no pocos analistas políticos, de llevarse a cabo la tan anunciada y nunca realizada reforma política, debería empezar por admitir el voto facultativo, ya que una de las características de una democracia real y no solo virtual es que proteja los mayores espacios de libertad de los ciudadanos.

¿Es posible que un derecho se convierta en un deber? ¿Que alguien pueda ser castigado con sanciones en una democracia por no querer ejercer un derecho?

No ha sido probado que el voto obligatorio mejore las democracias del mundo ni que aumente la participación ciudadana en las elecciones


El derecho del voto extendido a todos los ciudadanos, varones o mujeres, ilustrados o analfabetos, fue una de las mayores conquistas de las democracias liberales. Todos, sin distinción de sexo o posición social, tienen el derecho a poder participar en la vida polìtica a través del voto que permite elegir a los representantes de la vida pública.

Ello no significa, sin embargo, que deba ser obligatorio ni merecedor de castigos el dejar de hacer uso de dicho derecho. Sobre todo porque no ha sido probado que el voto obligatorio mejore las democracias del mundo ni que aumente en ellas la participación ciudadana en las elecciones.

La mayor o menor participación depende sobre todo del interés o desinterés que los ciudadanos demuestren frente a cada elección. Incluso el voto llamado “anti-política” (como, por ejemplo, el nulo o en blanco), no significa un voto contra la democracia o contra la legítima Constitución del país. Puede indicar, sencillamente, una forma de descontento con el modo de gobernar de los políticos elegidos democraticamente, o sencillamente la voluntad de dar paso a nuevas formas de democracia más modernas y más adaptadas a los nuevos instrumentos de comunicación global que hoy ofrece la tecnología.

Manifestarse en contra de la obligatoriedad del voto tampoco significa que los que están en contra de dicha obligatoriedad vayan a dejar de votar , sino simplemente que prefieren, en aras de la democracia, que cada uno sea libre de participar o no.

Si Brasil, séptima potencia económica del mundo, con una democracia reconocida por todos donde existe la separación de los tres poderes, sigue entre los 24 países que aún obligan a votar, significa, como mínimo, una clara anomalía democrática.

La ultima vez que la encuesta Datafolha, hace cuatro años, publicó los índices de brasileños que preferirían que el voto fuera facultativo, quedó claro que la gran mayoría (64%) preferían que el voto no fuera obligatorio. Y entre ese 64% figuraban sobre todo los más instruidos y los jóvenes.

¿No bastaría ese índice, que seguramente hoy sería aún mayor, para que se incluyera en la reforma política la libertad de votar?

Por si fuera poco, otro sondeo indicó que el 30% de los votantes ya había olvidado el nombre del candidato votado a los 20 días de ir a las urnas. ¿Será ese el fruto de la obligatoriedad del voto?

Como ha escrito Nicolás Ocarazán: “El voto obligatorio es una manera desesperada para intentar que los apáticos vayan a las urnas. Pero si la política es incapaz de seducirles por la vía de las ideas para qué obligarles a participar a un sistema incapaz de ser representativo y participativo?”.

La resistencia de los políticos brasileños al voto facultativo, en contra de la gran mayoría de los países del mundo, podría llevar a pensar que más que de la defensa de un derecho se trate de intereses inconfesables que poco tienen que ver con la defensa de los valores de la verdadera democracia.


Juan Arias - El Pais (grifo nosso)

Listas: As Melhores Universidades em Business

As melhores universidades na área de negócios, com o custo:

10 – Darmouth College – 94 mil US$
9 – London Business School – 110 mil
8 - London School of Economics and Political Science – 80 mil
7 - Northwestern University – 89 mil
6 - Columbia University – 96 mil
5 - University of Chicago – 95 mil
4 - Massachusetts Institute of Technology - 93 mil
3 - University of Pennsylvania (The Wharton School) – 98 mil
2 - Stanford University – 99 mil
1 - Harvard University - 95 mil (foto)

É interessante notar que a Universidade do Texas, de Austin, considerada a melhor na área contábil, ficou em 24º. Lugar.

05 agosto 2014

Rir é o melhor remédio



Crianças reagem a uma máquina de escrever

Banco do Brics e o contribuinte brasileiro



Gustavo H.B. Franco - O Estado de S.Paulo
Seguindo-se à Copa do Mundo, em Fortaleza, o governo brasileiro resolveu comprometer até US$ 38 bilhões em uma iniciativa diplomática cujos supostos benefícios se parecem, na sua subjetividade, com os da própria Copa. Os custos, porém, são muito concretos: o equivalente a 114 estádios (ao custo unitário de US$ 0,33 bilhão), ou dois trens-bala, em dinheiro inexistente, o que indica algo entre a indiferença e o desprezo pelo contribuinte brasileiro. 


Trata-se do banco do Brics, um banco de fomento, que receberia duas chamadas de capital, ambas de US$ 50 bilhões, a primeira já, e cabendo a cada sócio 20% da subscrição. O banco seria também o administrador de um fundo de liquidez de até US$ 100 bilhões dos quais caberia ao Brasil contribuir com o equivalente a 18% do total, tal como Rússia e Índia. Os porcentuais para a China e para a África do Sul seriam de 41% e 5%, respectivamente.

Tudo somado, US$ 38 bilhões, a maior parte a desembolsar depois de terminado o mandato de Dilma Rousseff.

Como é possível comprometer tanto dinheiro no final de uma administração em um projeto que reflete opções muito particulares e partidárias de política fiscal e de diplomacia econômica?

De onde saem os US$ 38 bilhões e em detrimento de que outras prioridades? Como será usado esse dinheiro?

Como não existem respostas para as primeiras duas perguntas (sobre as quais os órgãos de controle do setor público deveriam se debruçar), o texto que se segue trata apenas da última.

O Brasil participa de diversos bancos de desenvolvimento multilaterais, e em todos eles prevalece uma espécie de regra de ouro segundo a qual o capital colocado pelo Brasil precisa ser alocado em projetos de interesse do Brasil, sendo esta uma contabilidade que os funcionários brasileiros nessas instituições zelam para que seja cumprida à risca, ou com sobra. Já passamos da fase onde o País recebia mais do que aportava, como é típico dos países pobres, mas ainda não estamos na categoria dos ricos que conscientemente aceitam receber em empréstimos menos do que contribuem, e que se esmeram na definição das condições associadas ao uso dos recursos abrangendo impactos sociais e ambientais, e mesmo precauções contra a corrupção.

No caso em tela, onde o banco de desenvolvimento é formado por cinco países de renda média, a tendência será a formação de cinco balcões segregados, cada qual falando o próprio idioma e cuidando dos próprios negócios. O assunto fica mais politizado, mas não muito diferente, se o banco for operar em outros países, pois cada sócio vai criar a própria clientela, sabe-se lá com que critérios.

A prevalecer esta compartimentalização, o leitor estará correto em pensar que, para tratar do nosso pedaço, já temos o BNDES. Em vez de uma nova sede, bastava mais uma sala na Avenida Chile e um contrato de terceirização, com isso evitando boa parte dos custos administrativos e do aprendizado do novo veículo.

Entretanto, essa solução engenhosa e econômica resulta em criar um pequeno monstro: um canal de transferências regulares entre o Tesouro e o BNDES, que transitariam pelo novo banco só num relance contábil. Seria uma espécie de aprofundamento do modelo de "conta movimento" desenvolvida nos últimos anos, agora apensado a uma obrigação internacional. É mais um prego no caixão do equilíbrio fiscal, uma marca desse governo.

É verdade que os bancos de desenvolvimento podem ir além dos limites do próprio capital captando recursos em mercado a custos inferiores do que alguns de seus sócios seriam capazes de obter em captações individuais. Mas são poucos os que conseguem: o Banco Mundial, assim como a Corporação Andina de Fomento emitem instrumentos de dívida com muito sucesso há muitos anos, pois mantêm uma estrutura de capital conservadora e um histórico honrado de financiamentos a projetos com bons retornos e boas parcerias, inclusive com outros bancos de desenvolvimento.

Quanto tempo e quantos bilhões serão necessários até o banco do Brics chegar a esse amadurecimento? Com cinco sócios que pouco se conhecem, e com agendas tão diferentes, não seria mais plausível imaginar que a construção seja longa e dispendiosa, e talvez não chegue a lugar algum? E o risco de captura pelas agendas imperialistas de Rússia e China?

Outro assunto é o fundo para oferecer liquidez em bases temporárias a membros do grupo, ou a seus amigos. É fácil especular sobre esses assuntos quando todos estão com reservas sobrando, mas não vamos nos iludir que haja alguma ideia nova no arranjo. Desde a Conferência de Bretton Woods em 1944, quando o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) foram criados, algumas das melhores cabeças desse planeta estão matutando sobre a organização de mecanismos estabilizadores para a economia global, e já há muita experiência acumulada, em várias direções, a partir da atuação do FMI.

O conceito básico aqui é simples: os empréstimos do FMI têm a natureza de um "redesconto bancário", ao passo que o fomento cabe ao Banco Mundial. A missão do FMI é ofertar reservas internacionais emprestadas por prazos curtos para países com dificuldades temporárias de balanço de pagamentos, a custos que não precisam ser especialmente punitivos, mas cujo uso deve ser caro a ponto de estimular o mutuário a não praticar as condutas que levam à necessidade de utilizar esses recursos. A missão do FMI é ajudar a restaurar o equilíbrio externo dos participantes da economia global, mas sem incentivar o desequilíbrio. A rede de proteção permite que o trapezista faça manobras mais ousadas, ou seja, cria um problema conceitual nada simples e para o qual não existe ainda uma bala de prata.

A ideia de um novo fundo para complementar a atuação e os recursos do FMI é bem vinda, mas ociosa, pois nada impede que cada um dos países do Brics participe dos pacotes de financiamento que o FMI organiza. Não há muita clareza sobre esse tópico, mas volta e meia aparece a ideia que o novo fundo poderia "competir" com o FMI e montar programas alternativos de apoio em "outras bases", o que apenas pode ser tomado como um bom roteiro para um romance de ficção científica, onde o contribuinte morre no fim.

Afastados esses delírios, fica a impressão de que, independentemente do que vai acontecer com o novo banco, a cooperação Sul-Sul teve aqui uma epifania, e quem pensava que a política externa era apenas uma diversão barata há de ter se surpreendido.

Nada é definitivo, felizmente, e se a hesitação em assinar cheques mostrar-se, uma vez mais, proporcional aos desentendimentos esperados entre os países do Brics, o desfecho provável desse minueto será alguma solução barata e que preserve os "ganhos conceituais", esta é a linguagem diplomática para as ideias que não voam.

Desistimos...

O presidente do International Accounting Standards Board (Iasb), Hans Hoogervorst, afirmou numa convenção em Cingapura, segundo o Business Times, que a convergência com os Estados Unidos já não é um projeto viável.

O comentário acontece depois que o Iasb anunciou o padrão para instrumentos financeiros, o IFRS 9, sem a participação do Financial Accounting Standards Board, entidade dos EUA. Segundo Hoogervorst, os Estados Unidos optaram por manter o status quo e deixar o projeto de convergência.

Curso de Contabilidade Básica: Efeito na Empresa

Quando uma empresa apresenta suas demonstrações contábeis, o conteúdo deve mostrar para o usuário os potenciais efeitos de problemas externos sobre o seu desempenho futuro. Esta parte é denominada de gerenciamento de risco ou outra denominação próxima. (Já comentamos sobre isto anteriormente).

Mas nem sempre é possível prever todos os riscos potenciais. Em alguns casos, problemas no ambiente podem ter efeitos sobre a empresa, sem que isto tenha sido considerado nas demonstrações contábeis da empresa. Nesta situação cabe ao usuário verificar como estes problemas podem afetar o desempenho futuro da empresa.

Considere o exemplo do Banco Bradesco. Esta entidade, que possui um ativo de 930 bilhões de reais, divulgou seu relatório trimestral recentemente. Mas nos últimos dias surgiram notícias sobre os problemas que estão ocorrendo no Banco Espírito Santo, uma instituição financeira portuguesa. Isto poderá ter efeito sobre o desempenho do Bradesco de duas formas: pelo contágio e pelo fato do Bradesco possuir ações desta instituição.

Numa das notas explicativas sobre a composição dos investimentos do Bradesco, apresenta-se o Bradesco possuía 4 bilhões em ações de companhias abertas com a seguinte observação:

Contempla ações do Banco Espírito Santo S A (BES), representada pela participação de 3,9% em seu capital, cujo valor de custo atualizado monta em R$593.950 (...) e o respectivo ajuste a valor de mercado em R$ (194 634) mil (...). Nos próximos meses, assim como ocorre em outros ativos financeiros e não financeiros, o Bradesco estará avaliando a evolução futuro do valor de mercado desse ativo, com intuito de evidenciar se há uma perda permanente.

Ou seja, o Bradesco possui quase 4% do BES, com o valor de custo de quase 600 milhões de reais. Mas o próprio Bradesco já informou que este investimento possui um “ajuste a valor de mercado” de 195 milhões e que poderá reavaliar o que irá ocorrer com este ativo.

O que isto representa para o Bradesco? Os 600 milhões de reais correspondem a 0,06% do ativo do banco. Ou 0,18% dos Títulos e Valores Mobiliários. Ou 16% do lucro do último trimestre. Se fosse dado uma baixa integral neste investimento, o lucro do Bradesco reduziria de 3,8 bilhões para 3,2 bilhões. Ou seja, os problemas do BES talvez não sejam um grande problema para o Bradesco.

Mas existe uma questão importante. O fato de o Bradesco possuir ações numa outra empresa que está em dificuldades pode ser um sinal de que este banco não está tomando boas decisões. Esta é uma percepção que pode provocar mais problemas do que o próprio investimento realizado no BES. Uma forma de observar isto é olhar o comportamento das ações do Bradesco no mercado acionário. A seguir temos o que ocorreu com uma das ações do Bradesco nos últimos cinco dias:

A ação que possuía um preço um pouco acima de $36 caiu quase um real na quinta e sexta ou 3%, quando surgiram várias notícias sobre o BES. Assim, tudo leva a crer que os problemas do BES não irão incomodar muito o Bradesco.

Após concluir a redação desta postagem foi anunciado que o Bradesco irá promover a baixa de 100% do valor contábil do investimento. Segundo os jornais, isto corresponde a 356 milhões.

Nova empresa

Os acionistas da Fiat aprovaram a incorporação da montadora italiana e de sua unidade norte-americana Chrysler, criando a Fiat Chrysler Automobiles. A entidade teve seu registro feito na Holanda nesta sexta-feira (1º), e tem como objetivo aumentar o apelo do sétimo maior grupo automotivo do mundo junto a investidores estrangeiros. A proposta foi aprovada por uma maioria de dois terços, com 8% de todos os acionistas da Fiat votando contra.

Fonte: aqui

Notícias do BES

No final de semana apareceram algumas importantes novidades sobre o futuro do BES. Comenta-se em colocar quase 5 bilhões de euros no Banco. É a primeira vez que a Europa se une para salvar um banco. O banco terá seus ativos separados, com a parte boa sendo denominada Novo Banco. O modelo de resgate foi aplaudido pela Comunidade Européia.

De qualquer forma, o Bradesco, que possui ações do BES, anunciou baixa contábil de 100% do investimento, no valor de R$356 milhões.

Exportação de Drones

O Brasil fez a primeira exportação de drone. O destino foi a África e a empresa fabricante é a FT Sistemas SA. A empresa não informou o destino do modelo, denominado FT-100 Mini-UAV. O produto foi desenvolvido em parceria com o Exército Brasileiro, com capacidade de identificar alvo em tempo real. Pesa 7 quilos.

Comparação

O IFAC está propondo uma interessante alteração na IPSAS 1. Esta norma, de apresentação das demonstrações financeiras, apresenta no item 21, a listagem de demonstrações, que inclui Balanço, DRE, DMPL, DFC, Orçado x Realizado e notas explicativas. Pela proposta, passaremos a ter neste item a informação comparativa temporal. Vide aqui

Listas: Dívidas dos clubes brasileiros

Fonte: Estado de  S Paulo

04 agosto 2014

Rir é o melhor remédio

Sete lições da Copa para a economia

Sete lições da Copa para a economia
Por Mário Mesquita Valor Econômico, 24/07/2014

 A derrota da seleção brasileira em Belo Horizonte vai demorar a ser esquecida, se é que será um dia, em especial por aqueles que lá estavam. Perder da Alemanha não foi uma vergonha, nem totalmente inesperado, mas a forma como isso ocorreu foi tão surpreendente quanto, sim, vergonhosa. Para não desperdiçar a experiência, cabe tentar extrair lições que, se não aliviam a frustração e tristeza, podem pelo menos conduzir a resultados melhores no futuro. No que segue vou tentar extrair sete (se me permitir a alusão ao algarismo) lições dessa derrota e aplicá-las ao tema que me cabe, a economia.

 A primeira lição é que, assim como a tática e treinamento do time no período do torneio não compensam a má qualidade da safra de jogadores, não se deve esperar que a política econômica de curto prazo (fiscal, cambial e monetária) resolva problemas estruturais da economia, como a desaceleração da oferta de mão de obra, a redução do investimento e queda da produtividade total dos fatores de produção. Não devemos esperar demais dos "professores" no futebol, nem de ministros ou soluções milagreiras na economia.

A segunda é que, se não resolve, a política macroeconômica pode atrapalhar. Assim como a escolha de uma tática desastrosa, que deixou o meio de campo livre para a máquina alemã, atrapalhou, erros sequenciais no curto prazo, como vimos frequentemente na história brasileira, em especial no campo fiscal, atrapalharam, pois aumentaram a incerteza macroeconômica, reduziram a previsibilidade e inibiram o investimento.

 A terceira lição é que o que talvez tenha funcionado no passado não necessariamente funciona no presente, seja porque a estrutura da economia é diferente ou porque o ambiente internacional mudou. A tentativa de incentivar setores industriais por meio da surrada combinação de protecionismo com crédito subsidiado, que remete aos anos 70 do século passado, hoje em dia se mostra tão anacrônica quanto algumas das táticas do selecionado nacional.

 A quarta lição é que, assim como no futebol, em economia querer não é poder. Não foi por falta de vontade da equipe que levamos aquela surra, mas por um abismo entre essa vontade e as condições objetivas para alcançar a vitória. Da mesma forma, não foi por falta da chamada vontade política que não atingimos uma das metas-chave desse governo, qual seja a redução permanente das taxas de juros, mas por falta de condições para tal, sejam institucionais (falta de autonomia formal do BC, meta de inflação alta), conjunturais (políticas fiscais e parafiscais expansionistas), ou estruturais (uma complexa estrutura de crédito subsidiado que reduz a eficácia da política monetária), que levaram a Selic de volta ao território de dois dígitos que se queria abandonar.

 A quinta lição é que estudar o exemplo bem sucedido dos outros países ajuda. Pode-se argumentar que a última boa partida da seleção em Copas do Mundo foi contra a Alemanha, na final de 2002, mesmo assim desde então nos recusamos a emular as melhores práticas do futebol. Da mesma forma, quando defrontados com os exemplos dos países da costa oeste, Colômbia, Peru e Chile, que têm conseguido crescer mais com inflação muito menor que a nossa, com políticas econômicas que ajudam o investimento, certas autoridades invariavelmente recorrem a argumentos depreciativos sobre as mesmas, ou ao tradicional "o Brasil é diferente".

 A sexta lição é que o protecionismo gera complacência e inibe, em vez de ajudar, a competitividade. Vitórias sobre adversários fracos ou que eram fortes mas entraram em decadência, que caracterizaram a trajetória da seleção nos últimos anos, dizem muito pouco sobre a capacidade de se competir contra os melhores oponentes. O mesmo ocorre com as indústrias que florescem apenas enquanto estão sob o abrigo de um confortável escudo tarifário.

 A sétima lição é que o primeiro passo para melhorar o desempenho, seja da economia brasileira ou da seleção, é reconhecer que houve problemas de diagnóstico ou implementação. Atribuir o aumento da inflação (mesmo com controles de preços), o aumento das taxas de juros (a primeira vez desde o início do regime de metas que um governo termina com a Selic acima do que recebeu), a desaceleração do crescimento, o aumento do deficit em conta corrente, a piora fiscal e o rebaixamento do crédito soberano exclusivamente à crise internacional ou a uma suposta má vontade do mercado, que por sinal tem índole governista, parece muito similar à atitude de atribuir a derrota de BH a uma pane temporária de uma equipe bem preparada. Mas o saldo da Copa não é só negativo, em que pese o virtual rebaixamento da nossa seleção. Talvez as consequências mais positivas tenham sido a comprovação, para quem tinha dúvida, que mediante incentivos adequados o investimento privado em infraestrutura pode acontecer em ritmo e volume adequados - obviamente, se tivéssemos acertado o modelo mais cedo, teríamos tido menos obras inacabadas. O segundo, mais intangível mas não menos importante, foi a provável melhora da imagem do país, e de suas principais cidades, perante o público e os investidores estrangeiros. Em particular Rio (que ofereceu na final da Copa uma bela propaganda do que podem vir a ser as Olimpíadas) e São Paulo ficaram mais cosmopolitas no últimos trinta dias e poderiam explorar essa dinâmica para alavancar o setor de hospitalidade e lazer, com alto potencial de geração de postos de trabalho.

 Mário Mesquita, economista, é sócio do banco Brasil Plural. Foi diretor de Estudos Especiais e depois diretor de Política Econômica do Banco Central. Escreve quinzenalmente, à

 Leia mais em: http://www.valor.com.br/opiniao/3624438/sete-licoes-da-copa-para-economia#ixzz38RiAFEQf

BNDES financia aeroporto em Cuba

Sete lições da Copa para a economia
Por Mário Mesquita
Valor Econômico, 24/07/2014 
 
A derrota da seleção brasileira em Belo Horizonte vai demorar a ser esquecida, se é que será um dia, em especial por aqueles que lá estavam. Perder da Alemanha não foi uma vergonha, nem totalmente inesperado, mas a forma como isso ocorreu foi tão surpreendente quanto, sim, vergonhosa. Para não desperdiçar a experiência, cabe tentar extrair lições que, se não aliviam a frustração e tristeza, podem pelo menos conduzir a resultados melhores no futuro. No que segue vou tentar extrair sete (se me permitir a alusão ao algarismo) lições dessa derrota e aplicá-las ao tema que me cabe, a economia.
 
A primeira lição é que, assim como a tática e treinamento do time no período do torneio não compensam a má qualidade da safra de jogadores, não se deve esperar que a política econômica de curto prazo (fiscal, cambial e monetária) resolva problemas estruturais da economia, como a desaceleração da oferta de mão de obra, a redução do investimento e queda da produtividade total dos fatores de produção. Não devemos esperar demais dos "professores" no futebol, nem de ministros ou soluções milagreiras na economia.
 
A segunda é que, se não resolve, a política macroeconômica pode atrapalhar. Assim como a escolha de uma tática desastrosa, que deixou o meio de campo livre para a máquina alemã, atrapalhou, erros sequenciais no curto prazo, como vimos frequentemente na história brasileira, em especial no campo fiscal, atrapalharam, pois aumentaram a incerteza macroeconômica, reduziram a previsibilidade e inibiram o investimento.
 
 
A terceira lição é que o que talvez tenha funcionado no passado não necessariamente funciona no presente, seja porque a estrutura da economia é diferente ou porque o ambiente internacional mudou. A tentativa de incentivar setores industriais por meio da surrada combinação de protecionismo com crédito subsidiado, que remete aos anos 70 do século passado, hoje em dia se mostra tão anacrônica quanto algumas das táticas do selecionado nacional.
 
A quarta lição é que, assim como no futebol, em economia querer não é poder. Não foi por falta de vontade da equipe que levamos aquela surra, mas por um abismo entre essa vontade e as condições objetivas para alcançar a vitória. Da mesma forma, não foi por falta da chamada vontade política que não atingimos uma das metas-chave desse governo, qual seja a redução permanente das taxas de juros, mas por falta de condições para tal, sejam institucionais (falta de autonomia formal do BC, meta de inflação alta), conjunturais (políticas fiscais e parafiscais expansionistas), ou estruturais (uma complexa estrutura de crédito subsidiado que reduz a eficácia da política monetária), que levaram a Selic de volta ao território de dois dígitos que se queria abandonar.
 
A quinta lição é que estudar o exemplo bem sucedido dos outros países ajuda. Pode-se argumentar que a última boa partida da seleção em Copas do Mundo foi contra a Alemanha, na final de 2002, mesmo assim desde então nos recusamos a emular as melhores práticas do futebol. Da mesma forma, quando defrontados com os exemplos dos países da costa oeste, Colômbia, Peru e Chile, que têm conseguido crescer mais com inflação muito menor que a nossa, com políticas econômicas que ajudam o investimento, certas autoridades invariavelmente recorrem a argumentos depreciativos sobre as mesmas, ou ao tradicional "o Brasil é diferente".
 
A sexta lição é que o protecionismo gera complacência e inibe, em vez de ajudar, a competitividade. Vitórias sobre adversários fracos ou que eram fortes mas entraram em decadência, que caracterizaram a trajetória da seleção nos últimos anos, dizem muito pouco sobre a capacidade de se competir contra os melhores oponentes. O mesmo ocorre com as indústrias que florescem apenas enquanto estão sob o abrigo de um confortável escudo tarifário.
 
A sétima lição é que o primeiro passo para melhorar o desempenho, seja da economia brasileira ou da seleção, é reconhecer que houve problemas de diagnóstico ou implementação. Atribuir o aumento da inflação (mesmo com controles de preços), o aumento das taxas de juros (a primeira vez desde o início do regime de metas que um governo termina com a Selic acima do que recebeu), a desaceleração do crescimento, o aumento do deficit em conta corrente, a piora fiscal e o rebaixamento do crédito soberano exclusivamente à crise internacional ou a uma suposta má vontade do mercado, que por sinal tem índole governista, parece muito similar à atitude de atribuir a derrota de BH a uma pane temporária de uma equipe bem preparada.
 
Mas o saldo da Copa não é só negativo, em que pese o virtual rebaixamento da nossa seleção. Talvez as consequências mais positivas tenham sido a comprovação, para quem tinha dúvida, que mediante incentivos adequados o investimento privado em infraestrutura pode acontecer em ritmo e volume adequados - obviamente, se tivéssemos acertado o modelo mais cedo, teríamos tido menos obras inacabadas.
 
O segundo, mais intangível mas não menos importante, foi a provável melhora da imagem do país, e de suas principais cidades, perante o público e os investidores estrangeiros. Em particular Rio (que ofereceu na final da Copa uma bela propaganda do que podem vir a ser as Olimpíadas) e São Paulo ficaram mais cosmopolitas no últimos trinta dias e poderiam explorar essa dinâmica para alavancar o setor de hospitalidade e lazer, com alto potencial de geração de postos de trabalho.
 
Mário Mesquita, economista, é sócio do banco Brasil Plural. Foi diretor de Estudos Especiais e depois diretor de Política Econômica do Banco Central. Escreve quinzenalmente, às quintas-feiras.
  
 
© 2000 – 2014. Todos os direitos reservados ao Valor Econômico S.A. . Verifique nossos Termos de Uso em http://www.valor.com.br/termos-de-uso. Este material não pode ser publicado, reescrito, redistribuído ou transmitido por broadcast sem autorização do Valor Econômico. 
 
Leia mais em:
 
- See more at: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2014/07/a-economia-da-copa-e-copa-fracassada-da.html#sthash.JexwvtAF.dpufRIO - O BNDES aprovou um financiamento para a modernização de aeroportos cubanos, que será feita pela Construtora Odebrecht. Embora o banco não forneça o valor, a data de aprovação e quais aeroportos serão beneficiados, fontes do negócio confirmam que serão destinados US$ 150 milhões (cerca de R$ 336 milhões) e que o acordo foi fechado há cerca de 30 dias. O banco confirma, apenas, que o financiamento está em fase de contratação. É provável, segundo fontes do mercado, que os valores comecem a ser liberados ainda neste ano.
O financiamento para a melhoria dos aeroportos cubanos está dentro da linha de exportações brasileiras de bens e serviços de engenharia. O banco afirma que isso é uma tendência internacional e que beneficia empresas brasileiras, com o BNDES auxiliando a competitividade das companhias nacionais. “Os desembolsos de recursos são efetuados em reais, no Brasil, diretamente ao exportador brasileiro, com base nas exportações efetivamente realizadas e comprovadas”, informou o banco.

O modelo de financiamento aprovado pelo BNDES é o mesmo utilizado pelo banco para que a Odebrecht modernizasse o porto de Mariel, também em Cuba. Na época, o financiamento foi de US$ 802 milhões (cerca de R$ 1,796 bilhão pelo câmbio atual). A primeira parte do dinheiro foi liberada em 2009. Em sua recente visita à ilha, em janeiro, a presidente Dilma Rousseff anunciou outro financiamento de US$ 290 milhões (cerca de R$ 650 milhões) para a criação de uma área especial industrial junto ao porto.

Na ocasião, a presidente lembrou que esse tipo de operação beneficia empresas brasileiras, é estratégico e gera uma relação “ganha-ganha”, lembrando que esse financiamento não significa que o país não está investindo em portos no Brasil. O BNDES não informou o valor total dos financiamentos em empreendimentos de empresas brasileiras em Cuba.


Read more: http://oglobo.globo.com/economia/infraestrutura/aeroportos-cubanos-receberao-us-150-milhoes-do-bndes-13439867#ixzz396IcVx10

Curso de Contabilidade Básica: Fatores de Risco

Ao longo da história de uma empresa é normal aparecerem fatos que possam colocar em risco sua sobrevivência. Alguns destes fatores são externos, como a desvalorização da moeda numa empresa com dívida em dólar, e outros são internos, como a possibilidade de fraudes. Naturalmente que se espera que a empresa possa atua no sentido de reduzir, ou até mesmo eliminar, alguns destes problemas. Evidentemente que é possível existir alguns riscos onde a empresa não tem como atuar para reduzir seus impactos.

Saber dos potenciais problemas que uma empresa poderá enfrentar é importante. Por este motivo é comum que as grandes empresas descrevam, nos seus relatórios, os fatores de riscos e as medidas que foram ou estão sendo tomadas para reduzir sua influencia sobre o resultado. Veja o que diz a Souza Cruz, a maior fabricante de cigarros do Brasil, sobre estes fatores:
A seguir a empresa descreve o que tem sido feito e seu impacto sobre o desempenho. Veja por exemplo sobre o risco legal:

Em outras palavras, as ações que procuram obter indenização pelo consumo de cigarros não tem sido objeto de sentença desfavorável à empresa. Ou seja, até o presente momento este é um tipo de risco que não traz muita consequência para à empresa. Já o mercado ilegal de cigarros preocupa, conforme o texto do relatório:

A leitura dos fatores de risco permite ter uma visão sobre alguns problemas que uma empresa enfrenta ou poderá enfrentar. Também permite mostrar se a empresa está criando mecanismos para reduzir o risco existente.

CPI da Petrobras foi uma farsa

Gravações comprovam: CPI da Petrobras foi uma grande farsa

A CPI da Petrobras foi criada com o objetivo de não pegar os corruptos. Ainda assim, o governo e a liderança do PT no Senado decidiram não correr riscos e montaram uma fraude que consistia em passar antes aos investigadores as perguntas que lhes seriam feitas pelos senadores. A trama foi gravada em vídeo.

Hugo Marques
Era tudo farsa. Mas começou parecendo que, dessa vez, seria mesmo para valer. Em março deste ano, os parlamentares tiveram um surto de grandeza institucional. Acostumados a uma posição de subserviência em relação ao Palácio do Planalto, eles aprovaram convites e convocações para que dez ministros prestassem esclarecimentos sobre programas oficiais e denúncias de irregularidades. Além disso, começaram a colher as assinaturas necessárias para a instalação de uma CPI destinada a investigar os contratos da Petrobras. Ventos tardios, mas benfazejos, finalmente sopravam na Praça dos Três Poderes, com deputados e senadores dispostos a exercer uma de suas prerrogativas mais nobres: fiscalizar o governo. O ponto alto dessa agenda renovadora era a promessa de escrutinar contratos firmados pela Petrobras, que desempenha o papel de carro-chefe dos investimentos públicos no país. Na pauta, estavam a suspeita de pagamento de propina a servidores da empresa e o prejuízo bilionário decorrente da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, operação que jogou a presidente Dilma Rousseff numa crise política sem precedentes em seu mandato. O embate estava desenhado. O Legislativo, quem diria, esquadrinharia o Executivo. Pena que tudo não passou de encenação.     
VEJA teve acesso a um vídeo que revela a extensão da fraude. O que se vê e ouve na gravação é uma conjuração do tipo que, nunca se sabe, pode ter existido em outros momentos de nossa castigada história republicana. Mas é a primeira vez que uma delas vem a público com tudo o que representa de desprezo pela opinião pública, menosprezo dos representantes do povo no Parlamento e frontal atentado à verdade. Com vinte minutos de duração, o vídeo mostra uma reunião entre o chefe do escritório da Petrobras em Brasília, José Eduardo Sobral Barrocas, o advogado da empresa Bruno Ferreira e um terceiro personagem ainda desconhecido.
A decupagem do vídeo mostra que, espantosamente, o encontro foi registrado por alguém que participava da reunião ou estava na sala enquanto ela ocorria. VEJA descobriu que a gravação foi feita com uma caneta dotada de uma microcâmera. A existência da reunião e seus participantes foram confirmados pelos repórteres da revista por outros meios — mas a intenção da pessoa que fez a gravação e a razão pela qual tornou público seu conteúdo permanecem um mistério. Quem assiste ao vídeo do começo ao fim — ele acaba abruptamente, como se a bateria do aparelho tivesse se esgotado — percebe claramente o que está sendo tramado naquela sala. E o que está sendo tramado é, simplesmente, uma fraude caracterizada pela ousadia de obter dos parlamentares da CPI da Petrobras as perguntas que eles fariam aos investigados e, de posse delas, treiná-los para responder a elas. Barrocas revela no vídeo que até um “gabarito” foi distribuído para impedir que houvesse contradições nos depoimentos. Um escárnio. Um teatro.    

Listas: Os maiores contratos de patrocínio no Futebol

Maiores contratos de patrocínio esportivo do futebol, em valores anuais:

Manchester United – Adidas: US$ 100 milhões
Real Madrid – Adidas: US$ 49 milhões
Arsenal – Puma: US$ 45 milhões
Barcelona – Nike: US$ 43 milhões
Liverpool – Warrior: US$ 40 milhões
Chelsea – Adidas: US4 32 milhões
Juventus – Adidas (a partir de 2016): US$ 30 milhões
Bayern de Munique – Adidas: US$ 29 milhões
Manchester City – Nike: US$ 19 milhões
Milan – Adidas: US$ 19 milhões

Fonte: Aqui

03 agosto 2014

Rir é o melhor remédio


Entrevista com João Dória Júnior







Em entrevista ao programa Roda Viva nesta segunda-feira (28), João Doria Jr., jornalista e presidente Grupo de Líderes Empresariais (Lide), disse que “há uma profunda desconfiança e um descrédito do empresariado em relação à política econômica de Dilma”.

Para ele, o mercado brasileiro está profundamente debilitado. “Não há terrorismo e nem partidarismo, está mal”, afirmou Doria Jr. “É preciso retomar o processo de crescimento econômico. Deve-se deixar de basear a macroeconomia no incentivo ao consumo”, concluiu o jornalista.

Um dos próximos problemas a ser enfrentado pelo governo será o desemprego no país, revelou o presidente do Lide: “Estamos a um passo para isso acontecer. Nenhum setor está desempregando, mas não está contratando”.

Após a gestão de Dilma Rousseff anunciar mais um pacote de estímulo aos empresários, Doria apontou que as medidas anunciadas pelo governo “não beneficiaram”, acrescentou, “auxiliam somente algumas áreas”.

De acordo com o presidente do Lide, o Brasil precisa de uma nova gestão federal para “retomar o crescimento do mercado”. Em analogia, disse que é como no futebol: “se o time está perdendo, tem que trocar o técnico”.

Estrangeiros doutorandos se mudam para favelas

A alta de preços no Rio de Janeiro que afeta, principalmente, o valor dos aluguéis tem levado muitos estudantes estrangeiros a buscar moradia em favelas da cidade, onde os custos são compatíveis com as bolsas de estudo concedidas pelas instituições – que, atualmente, variam entre R$ 1.500 (mestrado) e R$ 2.220 (doutorado). Se antes havia a facilidade de morar próximo à unidade de ensino, agora, doutorandos vindos de outros países são obrigados a viver em locais mais distantes. É o caso de Róbinson Acosta, Erick Castro, Cesar Augusto, Juan Guillermo e Margarita Habran que deixaram seus países na América do Sul e escolheram o Rio para dar continuidade aos estudos.
Róbinson, doutorando em Física, morou na favela Parque da Cidade (Foto: Arquivo Pessoal/ Róbinson)Róbinson Acosta, doutorando em Física, morou na
favela Parque da Cidade
(Foto: Arquivo Pessoal/ Róbinson Acosta)
O colombiano Róbinson Acosta, que chegou à cidade em 2012 para fazer Mestrado, já teve de se mudar duas vezes, para estudar no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), na Urca, Zona Sul. Na época, ele recebia R$ 1.200 de bolsa e dividia um apartamento em Copacabana, também na Zona Sul, com 10 pessoas, pagando R$ 400 de aluguel.
No entanto, esse valor aumentou e o mestrando teve que se mudar para a favela Parque da Cidade, na Gávea, na Zona Sul, a cerca de 10 quilômetros do local onde morava. Lá, ele pagava R$ 500 em um imóvel que dividia com duas pessoas. Pouco tempo depois, o mestrando se mudou para uma casa na Tijuca, na Zona Norte, onde vive na casa de amigos que também cobram R$ 500 de aluguel.
Bolsa MestradoBolsa
Doutorado
Faperj: R$ 1.600Faperj: R$ 2.300
Capes: R$ 1.500Capes: R$ 2.200
Cnpq: R$ 1.500Cnpq: R$ 2.200
Róbinson contou que a experiência na favela foi "muito tranquila" e que encontrou "pessoas muito amáveis". No entanto, segundo ele, com a chegada de estrangeiros na comunidade, os moradores sentiram os preços – não só de aluguéis mas também do comércio da favela – subirem.
"Eles reclamam que as coisas estão ficando caras na comunidade porque nós estrangeiros chegamos. No Parque da Cidade, como tem muito estudante da PUC, os donos das casas preferem alugar para estrangeiros para poder cobrar mais caro. Mas a convivência é tranquila, não há nenhum problema de discriminação", contou Róbinson, que, atualmente, faz doutorado em Física.
'Não sabia quão cara era a cidade', diz doutorando
O doutorando em Física Juan Guillermo Duenas Luna também já passou por muitas casas desde que chegou ao Rio em 2009. Na época, o então mestrando morava na Urca próximo ao CBPF, onde estuda. Com R$ 1.200 de bolsa, pagava entre R$ 350 e R$ 600 por um quarto. No ano seguinte, foi para o Flamengo, também na Zona Sul, onde morou por dois anos pagando R$ 550 de aluguel.

Ariano Suassuna ensinou



"Quem gosta de ler não morre só."

Via Blog da Dad

Ziauddin Yousafzai: Minha filha, Malala



O educador paquistanês Ziauddin Yousafzai lembra o mundo sobre uma simples verdade que muitos não querem ouvir: mulheres e homens merecem oportunidades iguais na educação, autonomia e independência. Ele conta histórias de sua própria vida e de sua filha, Malala, que foi baleada pelo Taliban em 2012, simplesmente por se atrever a ir à escola. “Por que a minha filha é tão forte?”, pergunta Yousafzai. “Porque eu não cortei suas asas.”

Da Companhia das Letras, o livro "Eu sou Malala" é sensacional.

02 agosto 2014

Rir é o melhor remédio



Via Facebook Ideias Contábeis

Fato de Semana

Fato da Semana: A divulgação dos resultados do Banco do Espírito Santo. Nesta semana esta instituição financeira portuguesa divulgou um prejuízo bilionário em euros. O principal motivo foi as decisões ruins de alocação de recursos, que agora estão sendo reconhecidos.

Qual a Relevância disto?  O banco é português, mas possui interesses em empresas de telecomunicações brasileiras. Mas o fato desta importante instituição financeira está em dificuldades, isto pode provocar um impacto no próprio sistema financeiro europeu.

Nestas situações a contabilidade é a mensageira das notícias ruins. As demonstrações publicadas mostram a situação ruim da instituição, mas pode lançar algumas discussões importantes sobre o momento que o BES fez o lançamento das baixas, por exemplo. Outra questão é a necessidade de aprimorar os mecanismos de controle interno e de governança corporativa.

Positivo ou negativo?Problemas podem ser positivos se as instituições reguladoras conseguirem melhorar seus mecanismos de gestão. Mesmo que isto tenha efeitos ruins sobre o mercado.

Desdobramentos: Como o regulador português irá agir diante do problema financeiro do BES? Provavelmente o BES seja “muito grande para falir” e deva receber algum tipo de socorro.


Outros fatos: muitos eventos: caso Santander, crise da Argentina, Código do IBGC, entre outros assuntos poderiam ser destaques na semana. 

Teste da Semana

Este é um teste para verificar se o leitor está atento ao que foi notícia sobre a contabilidade:

1 – Esta empresa teve prejuízo de 126 milhões de dólares no trimestre e já avisou que isto irá piorar:

Amazon
Banco Espírito Santo
Vale do Rio Doce

2 – Esta ONG relatou uma série de problemas de controle interno. Recursos doados estavam sendo desviados para contas particulares:

Beneficência Portuguesa
Cruz Vermelha
Hemocentro do Brasil

3 – Esta figura esportiva possui problemas com o fisco brasileiro, no valor de quase um milhão de reais

Dunga
Felipão
Luxemburgo

4 – Foi colocado em audiência pública o Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa pela seguinte entidade:

CPC
CVM
IBGC

5 – A Trifil foi condenada em quatro milhões de reais pela justiça por

Concorrência desleal
Dumping Social
Monopólio

6 – Uma pesquisa sobre evidenciação de dados orçamentários encontrou que

A legibilidade é muito fácil
O volume de acesso é reduzido
Os portais são pouco transparentes

7 – Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos trabalhou a questão tributária com

Os corredores de automobilismo
Os Herdeiros de pessoas famosas
Os Mortos Vivos

8 – A previsão orçamentária para os Jogos Olímpicos do Rio anunciada esta semana mostrou valores

Maiores do que aqueles divulgados anteriormente
Menores do que aqueles divulgados anteriormente
No mesmo montante daqueles divulgados anteriormente

9 – Este banco fez uma análise para seus clientes sobre a situação brasileira e as eleições. Mas suas conclusões não agradaram em nada os governantes do país, que pressionaram para que o autor da análise fosse punido (o arauto das notícias é sempre punido)

Banco do Brasil
Itaú
Santander

10 – A possibilidade de não pagamento de antigos credores está chamando a atenção da imprensa econômica mundial para este país da América do Sul:

Argentina
Bolívia
Venezuela

Se acertou 9 ou 10 = bom leitor e boa memória; 7 ou 8 = sem muita preocupação com o que acontece de importante no mundo contábil; 6 ou 5 = sorte ou azar?

Respostas: 1) Amazon; 2) Cruz Vermelha; 3) Dunga; 4) IBGC; 5) Dumping Social; 6) pouco transparentes; 7) Mortos Vivos; 8) Maiores; 9) Santander; 10) Argentina

A indústria pede socorro


A indústria pede socorro
Autor: Zeina Latif
em Artigos Instituto Millenium
28/07/2014
0 comentários.

Não seria exagero afirmar que a indústria é o setor que mais sofre hoje com o elevado custo-Brasil. E pode ser também o mais sensível a erros de política econômica. O desempenho preocupante da produção industrial nos últimos anos dá uma dimensão da urgente necessidade de ajustar a agenda econômica do país, sob pena de resultar em seu rápido encolhimento.

O setor industrial parece mais vulnerável do que os demais em dois pontos principais: a carga tributária e o impacto da deficiente infraestrutura. O ambiente legal e regulatório tampouco ajuda, trazendo também insegurança jurídica ao setor.

A carga tributária na indústria de transformação equivalia a 44% do PIB do setor em 2008, segundo a FGV. Enquanto isso, o peso para a agropecuária era de 16%; para construção, 22%; e para serviços e comércio, 24%. Este quadro pode estar associado à cumulatividade da estrutura tributária, que penaliza cadeias produtivas mais longas. Aliado a isso há a enorme complexidade do sistema tributário, que implica custos para o cumprimento das regras, retirando eficiência do setor.

A infraestrutura falha também penaliza mais a indústria. Segundo o IBGE, os coeficientes técnicos da matriz insumo-produto indicam a maior dependência da indústria em infraestrutura de transporte e armazenagem em relação aos demais setores. Ainda que, por exemplo, a agropecuária sofra bastante com a baixa qualidade e elevado custo da logística, os dados mostram que o problema impacta mais a indústria.
Outro exemplo é energia elétrica, item que coloca o Brasil no grupo dos países com tarifa mais elevada. Mais uma vez, é a indústria o setor mais penalizado pela maior dependência neste insumo.
O efeito final é a perda de eficiência e de produtividade das empresas e do país

Somam-se a isso as regulações ambientais e trabalhistas e normas de segurança no trabalho. Não faltam exemplos de distorções causadas pela regulação falha. Por exemplo, no caso da NR-12, que estabelece normas de segurança de máquinas e equipamentos, a legislação, que é retroativa, é mais dura do que o observado na experiência internacional. O cumprimento da norma pelas empresas envolve custos elevados, sendo às vezes proibitivos, já que o parque industrial brasileiro está defasado. Também não faltam exemplos de exagero na legislação trabalhista, com excessiva intervenção do estado nas relações de trabalho.
Apesar de bem intencionado, o governo acabou criando um emaranhado de regras e regulações que tornam o dia-a-dia do empresário, particularmente da indústria, muito difícil. Adicionalmente, a indústria sofre com a insegurança jurídica, em todas as esperas de governo, incluindo impostos a cumprir e o próprio cumprimento da legislação.

O efeito final é a perda de eficiência e de produtividade das empresas e do país. A literatura empírica é rica em evidências da importância, não apenas da infraestrutura, mas também do ambiente legal e regulatório para definir diferentes ganhos de produtividade entre países, entre indústrias em um mesmo país ou mesmo entre firmas.

Todos estes fatores – carga tributária, infraestrutura, ambiente legal e regulatório – afetam a produtividade do setor, com repercussões também no investimento e na gestão das empresas. O ambiente desafiador acaba muitas vezes desviando o foco da empresa de seu próprio negócio. Ficam prejudicados o investimento em TI e P&D, bem como o aperfeiçoamento de práticas de gestão. São fatores que agravam o problema, reduzindo adicionalmente os ganhos de produtividade da economia, conforme também indicado na literatura empírica.

A reação do governo às dificuldades da indústria não tem sido frutífera. Apostou-se na proteção do setor e na adoção de políticas setoriais. Ou seja, em vez de corrigir as distorções, criam-se outras. Barreiras tarifárias e não-tarifárias ao comércio, política de conteúdo nacional, isenções tributárias a produtos, crédito subsidiado a empresas desestimulam a inovação e a busca de eficiência. Políticas setoriais muitas vezes acabam protegendo o produtor menos eficiente e punindo aqueles que não obtiveram benefícios e proteção. O resultado para a economia como um todo pode ser perverso. Jogo de soma negativa.

O retrato da indústria é alarmante. E a resposta à crise global de 2008 foi um divisor de águas, causando a partir de 2010 um grande desvio entre a produção doméstica, estagnada, e a crescente produção mundial. Ficamos para trás. Por um lado, os excessos de estímulo à demanda se traduziram em encarecimento da mão-de-obra. Por outro, a fraca agenda de reformas estruturais e os equívocos da política setorial implantada afetaram os ganhos de produtividade. Com ganhos salariais superando ganhos de produtividade, a indústria sucumbiu. Ironicamente, a intenção do governo era estimular a indústria.

As margens de lucro do setor sofrem, pois, diferente do setor de serviços, que consegue repassar a pressão de custos para os preços finais, a indústria não tem a mesma flexibilidade pela potencial concorrência com o produto importado. A indústria sofre nas duas pontas.

Como resgatar o setor? Para começar, diagnósticos corretos e medidas horizontais. As distorções são tantas, que mesmo pequenos ajustes podem fazer muita diferença. Para avançar, precisamos dar alguns passos para trás, desmontando a confusão criada.

Zeina Latif é doutora em economia pela Universidade de São Paulo (USP) e economista-chefe da XP Investimentos. Trabalhou no Royal Bank of Scotland (RBS), ING, ABN-Amro Real e HSBC. Atua como consultora, sendo sócia da Gibraltar Consulting. Escreve colunas semanais para o Broadcast da Agência Estado.

A Mulher-Ombreira

01 agosto 2014

Rir é o melhor remédio


Curso de Contabilidade Básica: O que causou o prejuízo?

Quando uma empresa apresenta um resultado ruim, o usuário das informações contábeis deverá tentar identificar as razões do desempenho. Como em geral o “resultado” refere-se ao lucro líquido, a primeira demonstração a ser analisada deverá ser a demonstração do resultado. Para isto é importante fazer uma comparação entre o desempenho do período e de outro período, para descobrir a razão do problema. Em muitos casos não existe uma resposta simples; mas existem situações onde a resposta “salta aos olhos”.
Vamos olhar o caso do Banco Espírito Santo. É uma instituição financeira portuguesa que apresentou um prejuízo substancial. O assunto foi objeto de reportagens de jornais de diversos países. Como em geral uma instituição financeira é o melhor negócio do mundo (e uma instituição financeira mal administrada é o segundo melhor negócio do mundo), quando um banco apresenta prejuízo isto chama a atenção. Vejamos o caso do Banco Espírito Santo:
O resultado líquido do primeiro semestre de 2014 foi de 3,7 bilhões de euros de prejuízo. Um valor muito superior aos 238 milhões de euros do mesmo período do ano passado. Onde estaria a origem dos problemas do BES? Verifique na demonstração acima que as contas de “provisão” e “imparidade” apresentaram um grande aumento. As provisões líquidas foram de 1,4 bilhão de euro, a imparidade do crédito aumentou de 553 milhões para 2131 milhões de euros e a imparidade de outros ativos aumentou em mais de 400 milhões.

Isto significa dizer que a gestão do Banco do Espírito Santo está reconhecendo agora que algumas decisões de crédito para terceiros foram ruins e não trarão retorno para a entidade; e que alguns investimentos, em outras empresas, por exemplo, não irão gerar retorno.

Uma consequência deste desempenho é a redução do patrimônio líquido do BES (denominado a seguir como “Capital Próprio”):

O total do capital próprio reduziu de 7 bilhões de euros para 4,2 bilhões em seis meses.

Caso Santander

Antes de tudo, um alerta: para quem não sabe, fui economista-chefe do Santander entre 2008 e 2011, demitido após discussão pública com o então presidente da Petrobras. Digo isso porque quero hoje tratar do imbróglio que envolveu o banco na semana passada, quando foi publicada análise relacionando o desempenho da presidente nas pesquisas eleitorais ao comportamento da Bolsa, do dólar e de outros ativos.

A análise nada trouxe de controverso. Aqui mesmo na Folha, no dia 19, lia-se na página B3: "Bolsa chega ao maior nível em 16 meses", notando que "as ações de empresas estatais dispararam na BM&FBovespa e impulsionaram o principal índice da Bolsa brasileira nesta sexta-feira (18), após pesquisa Datafolha ter apresentado empate técnico entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB)". Acrescentou ainda que, "desde que começaram a ser divulgadas pesquisas apontando perda de espaço da presidente (...), o mercado de ações nacional, que caía e acentuava queda (...), mudou de tendência".

O governo e o partido podem não concordar com a avaliação do mercado, mas, conforme descrito pelo jornal, trata-se de um fato: para bem ou para mal, a percepção é que uma mudança de orientação de política econômica terá efeitos positivos sobre as empresas brasileiras, em particular as sujeitas a controle acionário governamental.

E é bom notar que o tal mercado pode ter as preferências ideológicas que quiser, mas, na hora de comprar ou vender uma ação, o que menos interessa é ideologia; é sempre a perspectiva de lucro que move esses agentes. Posto de outra forma, ninguém rasga dinheiro em nome de suas convicções políticas.

O texto do banco, enviado a correntistas com renda mensal superior a R$ 10 mil, supostamente mais propensos a operar no mercado financeiro, nada mais fez do que compartilhar esses fatos, e por um motivo muito claro. Bancos têm um dever fiduciário com seus clientes: não podem omitir ou distorcer informações relevantes para sua tomada de decisão.

Em particular, a opinião das áreas de pesquisa deve refletir exatamente esse tipo de preocupação. Analistas não estão certos o tempo todo, mas é claro que suas conclusões não devem ser guiadas pelos interesses da instituição financeira. Não por acaso as regras buscam (nem sempre com sucesso, diga-se) isolar a pesquisa econômica das posições próprias do banco e mesmo de áreas que gerenciam as aplicações de clientes (fundos de investimento), precaução devidamente apelidada de "muralha da China".


Nesse sentido, a decisão de demitir os analistas que expuseram, mais que uma opinião, um fato representa uma violação desse procedimento. A alegação de que a análise conteria "viés político ou partidário" não se sustenta diante da própria diretriz interna que "estabelece que toda e qualquer análise econômica enviada aos clientes restrinja-se à discussão de variáveis que possam afetar a vida financeira dos correntistas". Não há, como se viu, a menor dúvida de que as perspectivas acerca da eleição presidencial são mais que relevantes para afetar a vida financeira dos clientes.


A consequência desse comportamento é óbvia (e aqui falo em termos gerais, não do banco em si). Se a autonomia da pesquisa é ameaçada, a credibilidade da análise fica comprometida, a despeito das qualidades do analista. Quem, de agora em diante, pode confiar em relatórios se não sabemos a que tipo de filtros estes se encontram sujeitos?


O maior perdedor é o debate econômico, ainda mais numa conjuntura em que --em face de desafios nada triviais no futuro próximo-- ninguém se aventura a discutir a sério o que precisa ser feito para colocar a economia brasileira de volta nos eixos. Se até o óbvio, amplamente noticiado (ainda bem!) pela imprensa, vira objeto de censura, pouco falta para que fujamos da controvérsia como quem tem um miúra nos calcanhares.

Fonte: Folha de São Paulo - Alexandre Schwartsman

Frase


Orçamento das Olimpíadas

Os governos federal, estadual e municipal divulgaram que R$ 24,1 bilhões serão gastos com obras de infraestrutura e políticas públicas nas áreas de mobilidade, meio ambiente e urbanização para a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016. Com a cifra, os investimentos totais para o evento totalizaram R$ 36,74 bilhões.
Ao confeccionarem o orçamento dos Jogos, os três entes públicos e o Comitê Organizador Rio-2016 optaram por fragmentá-lo em três partes. Em janeiro deste ano, os primeiros números informados foram os da entidade organizadora, que estimou um gasto de R$ 7 bilhões.

Em seguida, foi a vez de parte da matriz de responsabilidades, que atribuiu a cada ente público a obrigação individual pelas construções e foi elaborado somente com obras que não seriam realizadas se o Rio não fosse a sede dos Jogos. Totalizou R$ 5,64 bilhões, mas dos 52 projetos constantes dele, apenas 24 foram os responsáveis por essse montante. Os demais não tiveram seus valores calculados.

Com a revelação dos valores parciais das obras e políticas públicas, que gerarão um legado maior para a cidade, foi possível constatar que dos 27 projetos relacionados, 14 serão realizados pela prefeitura, dez pelo governo estadual e, três, o governo federal. Faltam ainda ser conhecidos os valores de três deles.

- Obras como o corredor de ônibus expresso Transcarioca (Aeroporto Tom Jobim/Barra da Tijuca) não entraram nesse orçamento porque já estão prontas. Outra obra que não
aparecerá o seu valor integral é o BRT Transolímpica (Santa Cruz/Campo Grande/Barra da Tijuca) também está em funcionamento e não teve seus valores incluídos - disse o prefeito do Rio, Eduardo Paes.

Após a divulgação dos novos números, com os R$ 24,1 bilhões do orçamento das obras referentes ao legado dos Jogos, somados aos R$ 7 bilhões do orçamento do Comitê Organizador Rio-2016 e aos R$ 5,64 bilhões da matriz de responsabilidades, temos a cifra de R$ 36,74 bilhões para a realização dos Jogos até o momento.


Fonte: Aqui

Isto corresponde a R$185 por pessoa.

Mercado Argentino

Com o potencial default da dívida externa, eis como o mercado acionário daquele país reagiu:


Listas: Países que mais fizeram cirurgias plásticas

1. Brasil = 1.481.721
2. Estados Unidos = 1.452.356
3. México = 486.499
4. Alemanha
5. Colômbia
6. Venezuela
7. Espanha
8. Itália
9. Argentina
10. Irã

Fonte: Embraesp (Via Estado de S Paulo, 30 jul de 2014, p. A19)