Translate

25 julho 2014

Rir é o melhor remédio


A contabilidade dos candidatos à eleição

Temos ouvido críticas por parte de alguns candidatos que irão concorrer nas próximas eleições, em função da exigência estabelecida pelo TSE (Resolução 23.406/14) de que os candidatos deste ano têm que submeter a sua prestação de contas ao crivo de um profissional da Contabilidade. O objetivo deste escrito não é defender os profissionais contábeis. O que queremos dizer é que a Contabilidade possui normas técnicas próprias que a maioria da sociedade e dos profissionais de outras áreas desconhecem.

Prestar contas, para os profissionais contábeis, não é simplesmente lançar recebimentos e pagamentos, mas registrar todos os atos monetários praticados pelo candidato referente à sua candidatura, obedecendo ao princípio das partidas dobradas, em que se identifica tudo o que se adquiriu (débito) e como estas coisas foram adquiridas (créditos). Este registro deve, ainda, obedecer ao regime de competência, no qual o lançamento é feito independentemente do seu pagamento, “dia a dia” e “conta por conta”. No final, é apurada a situação financeira ou patrimonial e a situação econômica de cada participante do pleito.

Portanto, devemos aplaudir a exigência de que a prestação de contas dos participantes do pleito eleitoral seja executada de acordo com as técnicas contábeis e assinada por profissionais da Contabilidade. Esta exigência é um dos primeiros passos no sentido de o Brasil começar a colocar ordem nos gastos de campanha. Amanhã, certamente, a contabilidade de cada candidato será integrada à contabilidade dos partidos, e, desta forma, poderemos apurar o resultado total da movimentação de cada pleito. É o que esperamos. Afinal, Ordem é sinônimo de Progresso.

Salézio Dagostim, Contador e ex-presidente do Sindicato dos Contadores/RS

Curso de Contabilidade Básica: Pessoas e Cargo

Um economista disse certa vez que uma empresa é uma ficção jurídica. Uma consequência disto é que as decisões de “uma empresa” foram tomadas por pessoas. Por trás de uma empresa existem recursos humanos. Em certas situações é importante investigar quem são as pessoas.

Vamos mostra isto através da Usiminas e seu Comitê de Auditoria. Um documento obtido no endereço da empresa mostra a relação dos membros deste comitê:


Acreditamos que o pressuposto para pertencer a este comitê seja o conhecimento em auditoria e, por consequência, em contabilidade. Esta é uma informação que podemos obter analisando o currículo de cada um dos profissionais acima. Uma forma mais simples de fazer esta verificação é pesquisa no endereço do Conselho Federal de Contabilidade se alguns dos nomes apresentados acima possuem registro neste conselho. (Aqui uma ressalva importante: não é condição sine qua non para pertencer a este conselho que o membro tenha registro no CFC, mas se nenhum dos sete nomes tiver registro ...). Para isto, basta digitar o nome e esperar a resposta do sistema do Conselho.

Se o leitor tiver a paciência de fazer isto irá perceber que nenhum dos nomes foi encontrado. Ou seja, nenhum dos membros do comitê de Auditoria da Usiminas possui registro no Conselho Federal de Contabilidade. O mesmo documento informa a seguinte composição do Comitê de Recursos Humanos:

Leitor: faça as contas. Dos sete membros do Comitê de Auditoria, cinco também são do Comitê de Recursos Humanos. Agora pense: você conhece alguém que conheça profundamente auditoria e ao mesmo tempo recursos humanos? 

A desigualdade vem diminuindo no mundo

Income Inequality Is Not Rising Globally. It's Falling.
The New York Times, JULY 19, 2014

Income inequality has surged as a political and economic issue, but the numbers don’t show that inequality is rising from a global perspective. Yes, the problem has become more acute within most individual nations, yetincome inequality for the world as a wholehas been falling for most of the last 20 years. It’s a fact that hasn’t been noted often enough.
The finding comes from a recent investigation by Christoph Lakner, a consultant at the World Bank, and Branko Milanovic, senior scholar at the Luxembourg Income Study Center. And while such a framing may sound startling at first, it should be intuitive upon reflection. The economic surges of China, India and some other nations have been among the most egalitarian developments in history.
Of course, no one should use this observation as an excuse to stop helping the less fortunate. But it can help us see that higher income inequality is not always the most relevant problem, even for strict egalitarians. Policies on immigration and free trade, for example, sometimes increase inequality within a nation, yet can make the world a better place and often decrease inequality on the planet as a whole.
International trade has drastically reduced poverty within developing nations, as evidenced by the export-led growth of China and other countries. Yet contrary to what many economists had promised, there is now good evidence that the rise of Chinese exports has held down the wages of some parts of the American middle class. This was demonstrated in a recent paper by the economists David H. Autor of the Massachusetts Institute of Technology, David Dorn of the Center for Monetary and Financial Studies in Madrid, and Gordon H. Hanson of the University of California, San Diego.
At the same time, Chinese economic growth has probably raised incomes of the top 1 percent in the United States, through exports that have increased the value of companies whose shares are often held by wealthy Americans. So while Chinese growth has added to income inequality in the United States, it has also increased prosperity and income equality globally.
The evidence also suggests that immigration of low-skilled workers to the United States has a modestly negative effect on the wages of American workers without a high school diploma, as shown, for instance, in research by George Borjas, a Harvard economics professor. Yet that same immigration greatly benefits those who move to wealthy countries like the United States. (It probably also helps top American earners, who can hire household and child-care workers at cheaper prices.) Again, income inequality within the nation may rise but global inequality probably declines, especially if the new arrivals send money back home.
From a narrowly nationalist point of view, these developments may not be auspicious for the United States. But that narrow viewpoint is the main problem. We have evolved a political debate where essentially nationalistic concerns have been hiding behind the gentler cloak of egalitarianism. To clear up this confusion, one recommendation would be to preface all discussions of inequality with a reminder that global inequality has been falling and that, in this regard, the world is headed in a fundamentally better direction.
The message from groups like Occupy Wall Street has been that inequality is up and that capitalism is failing us. A more correct and nuanced message is this: Although significant economic problems remain, we have been living in equalizing times for the world — a change that has been largely for the good. That may not make for convincing sloganeering, but it’s the truth.
A common view is that high and rising inequality within nations brings political trouble, maybe through violence or even revolution. So one might argue that a nationalistic perspective is important. But it’s hardly obvious that such predictions of political turmoil are true, especially for aging societies like the United States that are showing falling rates of crime.
Furthermore, public policy can adjust to accommodate some egalitarian concerns. We can improve our educational system, for example.
Still, to the extent that political worry about rising domestic inequality is justified, it suggests yet another reframing. If our domestic politics can’t handle changes in income distribution, maybe the problem isn’t that capitalism is fundamentally flawed but rather that our political institutions are inflexible. Our politics need not collapse under the pressure of a world that, over all, is becoming wealthier and fairer.
Many egalitarians push for policies to redistribute some income within nations, including the United States. That’s worth considering, but with a cautionary note. Such initiatives will prove more beneficial on the global level if there is more wealth to redistribute. In the United States, greater wealth would maintain the nation’s ability to invest abroad, buy foreign products, absorb immigrants and generate innovation, with significant benefit for global income and equality.
In other words, the true egalitarian should follow the economist’s inclination to seek wealth-maximizing policies, and that means worrying less about inequality within the nation.
Yes, we might consider some useful revisions to current debates on inequality. But globally minded egalitarians should be more optimistic about recent history, realizing that capitalism and economic growth are continuing their historical roles as the greatest and most effective equalizers the world has ever known. 
Tyler Cowen is professor of economics at George Mason University.
The Upshot provides news, analysis and graphics about politics, policy and everyday life. Follow us on Facebook and Twitter.
A version of this article appears in print on July 20, 2014, on page BU6 of the New York edition with the headline: All in All, a More Egalitarian World.

Listas: 5 motivos para procrastinar – e como cortá-los pela raiz

Você não está sozinho na procrastinação. Deixar para depois é uma das características fundamentais do ser humano, mas dá para amenizar seus efeitos. Enviado por Núbia Batista, a quem agradecemos.

O Facebook, o WhatsApp ou o colega tagarela da mesa ao lado podem até ser vilões da boa administração do tempo, mas não o principal motivo para que, todos os dias, milhares (senão, bilhões) de pessoas decidam procrastinar.

Na base do hábito de deixar a vida para depois estão características fundamentais da condição de ser humano e outras questões internas condicionadas pela formação de cada um.

“Procrastinar é próprio da espécie. Se há uma situação em que posso adiantar o instinto de descansar, comer e estar limpo, eu vou fazer”, afirma Luiz Fernando Garcia, psicólogo e autor do livro “O cérebro de alta performance”.

O impulso para se manter vivo não é a única razão para prorrogar. Segundo o especialista, em maior ou menor grau, todos são movidos (ou tolhidos) por três grupos de motivações internas: o medo de ser preterido e humilhado, de perder o status quo ou o medo de perder o controle.

Ficou muito abstrato para entender? Veja alguns desdobramentos desta combinação que conduzem mortais à procrastinação.

Motivo 1 As metas são vazias de sentido

Sem metas claras, ninguém vai para frente. O mesmo acontece quando o objetivo em questão não faz qualquer sentido para você.

“Se você não valoriza a mudança, ação, comportamento ou meta, sempre vai encontrar uma desculpa para não fazer aquilo”, diz Andrea Piscitelli, professora da FIA e consultora de estratégia humana.

Um exemplo claro é o objetivo de ir à academia. Quantas vezes você já não ouviu relatos de pessoas que pagaram anos inteiros e sempre procrastinaram o compromisso?

Provavelmente, para muitas delas, a meta de se exercitar era fruto de alguma pressão externa – não uma ideia que compraram de fato.

Motivo 2 Falta habilidade técnica

Já se rendeu à timeline do Facebook e deixou uma tarefa para depois só porque ela era mais difícil? Se a resposta é sim, você não é o único.

Diante de atividades com uma complexidade superior ao nosso alcance imediato, é comum que se prorrogue ao máximo o momento de executá-las.

Motivo 3 A zona de conforto é boa demais para deixá-la

Deixar uma posição conhecida (e confortável) para migrar para um espaço no qual os passos ainda são incertos pode assustar – e paralisar. Nesta toada, decisões são adiadas, conflitos varridos para debaixo do tapete e nada é mudado.

Motivo 4 O reservatório de energia está seco

Saco vazio não para em pé, já dizia a sua avó. Mas não só. Sem energia (conquistada por meio de uma boa alimentação e boas noites de sono), é quase impossível tocar com afinco todas as atividades da agenda.

Motivo 5 Seu cérebro caça recompensas

“Como em qualquer vício, nosso sistema nervoso elege comportamentos que vão nos levar à obtenção de recompensas imediatas”, afirma Carla Tieppo, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e pesquisadora na área de neurociências.

Como resultado disso, deixamos para depois o que não é tão prazeroso em nome daquilo que traz prazer – seja conversar, ver a vida dos outros no Facebook ou ceder a um filme quando se tem um projeto para desenvolver.

Como mudar

"Todo comportamento difícil requer uma atitude virtuosa", diz a pesquisadora. A seguir, veja uma seleção de dicas virtuosas para diminuir o ímpeto da procrastinação.

Estratégia 1 Listas com o verbo certo

Antes de qualquer coisa, aprenda a fazer listas de tarefas do jeito certo. E isso começa, segundo Garcia, usando a forma nominal correta do verbo. “Ao usar o verbo de ação no infinitivo, você localiza um alvo, cria uma imagem, um desejo de concluir”, afirma.

Feito isso, descreva, item por item, as ações que você deve concluir para alcançar aquela tarefa.

Estratégia 2 Ciclo de recompensas

Outro meio para diminuir os índices de procrastinação é criar um sistema de recompensas para cada ação da sua agenda. “Você precisa dar a si mesmo algumas recompensas imediatas, porque ninguém é de ferro, mas também pontuar as tardias”, diz Carla.

Agora, atenção: estes, digamos, “prêmios” devem vir de você mesmo. Ou seja, as recompensas não podem estar ligadas a sistemas externos. Afinal, o mundo muda – e os sistemas de premiação também – e elas podem não se concretizar.

Estratégia 3 Hora da culpa

Reserve na agenda um momento para revisar seu progresso ao longo da semana. “Quando tocar o alarme, mapeie quais as atividades que você está procrastinando”, diz a neurocientista. Com isso em mente, monte um plano de ação para tirá-las do papel.

Estratégia 4 Rede de comprometimento

Uma estratégia matadora para diminuir a tentação de procrastinar é se comprometer com outras pessoas. “Quando só eu sei, é mais fácil arrumar uma desculpa. Se eu contei para alguém, eu reduzo a tendência de me sabotar”, afirma Andrea.

Estratégia 5 Disciplina

Por fim, ter disciplina é fundamental. “Não há outro jeito para lidar com esta crescente demanda que não seja com disciplina”, diz Carla.

24 julho 2014

Rir é o melhor remédio


Argentina envia missão aos EUA para reunião sobre a dívida

Funcionários argentinos viajaram para Nova York para se reunir na quinta-feira com o mediador judicial no litígio com fundos especulativos por sua dívida soberana. O juiz norte-americano convocou as duas partes para negociar, a fim de evitar a moratória de Buenos Aires.

O juiz federal Thomas Griesa informou, inicialmente, que o encontro aconteceria nesta quarta-feira de manhã, mas, segundo o escritório de Dan Pollack, o encontro foi prorrogado por 24 horas porque a comitiva argentina não conseguiria chegar a tempo.

"O senhor Pollack foi informado pela delegação argentina ontem (terça-feira) à tarde que não poderia chegar em Nova York hoje. A reunião foi adiada para amanhã", informou o texto do mediador divulgado nesta quarta-feira.

Algumas horas antes, o chefe de gabinete do governo argentino, Jorge Capitanich, afirmou em Buenos Aires que "uma comitiva do ministério da Economia se reunirá na quinta-feira com Pollack".

"Sempre temos esta via do diálogo, de esclarecer ao juiz quais são as restrições que a Argentina sob o ponto de vista das leis e do cumprimento do contrato", disse Capitanich em coletiva de imprensa.

A imprensa argentina informou que o ministro da Economia, Axel Kicillof, não estará na comitiva.

A viagem foi decidida pela presidente Cristina Kirchner que convocou uma reunião com Kicillof e sua equipe na noite de terça-feira na Casa Rosada, após ser informada de que Griesa se negou a de restabelecer a medida cautelar pedida pela Argentina para suspender a execução de sua sentença favorável aos fundos especulativos.

No dia 27 de junho, Griesa emitiu uma decisão que impediu a Argentina de depositar em bancos de Nova York a parte devida aos credores que aceitaram a renegociação da dívida. Griesa determinou que o país deve pagar simultaneamente suas obrigações com o NML Capital e outros fundos especulativos pelo valor total de 1,33 bilhão de dólares.

Caso não pague os 539 milhões de dólares bloqueados atualmente no Bank of New York Mellon (BoNY) antes do vencimento do prazo de carência em 30 de julho, o país pode entrar em moratória técnica, que, apesar de ser diferente do colapso vivido em 2001, pode ter consequências imprevisíveis para a sua economia.

- "A moratória é o pior" -

Os fundos em questão, que Buenos Aires chama de "abutres", compraram os títulos já em default e depois cobraram na justiça 100% do valor mais os juros atrasados, rejeitando as renegociações da dívidas efetuadas em 2005 e 2010 com remunerações de até 70% sobre o valor nominal e que contaram com a aceitação de 92,4% dos credores.

"A moratória é o pior. Não quero isso. O povo que sofrerá as consequências", disse Griesa às partes.

A Argentina nega que se trate de uma suspensão dos pagamentos.

"Moratória é não pagar, e a Argentina paga. O dinheiro não pode ser bloqueado porque pertence aos credores", argumentou Capitanich, indicando que "a responsabilidade pelas transferências (dos depósitos para os credores) compete ao juiz".

O país se afastou dos mercados de capital depois da moratória e as necessidades de financiamento do governo são cobertas, em grande parte, por uma política comercial que prioriza o superávit.

As tentativas até o momento do mediador Pollack para aproximar as partes não deram resultados, pelo menos segundo as declarações públicas de Argentina e os fundos.

Fonte: Aqui

Lei nº 12.973/14 para Concursos Públicos

Entre outras modificações, a Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014, resultante da conversão da Medida Provisória nº 627, de 11 de novembro de 2013, altera profundamente a legislação do IRPJ, CSLL, PIS/Pasep e Cofins, além de revogar o Regime Tributário de Transição (RTT).

A rigor, quanto à maioria dos seus artigos, a lei citada entra em vigor somente em 1º de janeiro de 2015. Todavia, o contribuinte pode optar por sua aplicação já no ano-calendário de 2014. É interessante observar que a MP nº 627 foi cobrada na prova para auditor da Receita de 2014.

Apesar de ser uma lei essencialmente de natureza tributária, principalmente destinada aos contribuintes do IRPJ, CSLL, PIS/Pasep e Cofins, essa norma interfere em alguns assuntos que são tratados na Contabilidade, aos quais dedicamos a maior parte da nossa atualização. Além de amplas e complexas, as modificações trazidas pela Lei nº 12.973/2014 ainda dependem de regulamentação, de modo que alguns comentários aqui apresentados podem não traduzir fielmente o entendimento a ser firmado em decretos e resoluções a serem editados. [...]

Dica: pelo menos até o fim do primeiro semestre de 2015, as bancas podem achar interessante
explorar a legislação anterior e posterior à Lei nº 12.973/2014. Por isso, de forma comparativa,
procure estudar como era e como ficou a legislação depois dessa norma.

Texto de Ricardo Ferreira e material disponível aqui.

Curso de Contabilidade Básica: Demonstrações e Economia

A situação da economia afeta os resultados de uma empresa. Isto é algo bastante óbvio. Mas os resultados das empresas também são acompanhados atentamente, pois seria uma expressão (consequência) da economia. A Copa do Mundo, por exemplo, parece ter beneficiado certos setores e prejudicado outros.
Os efeitos da Copa sobre o comércio foram acompanhados pelos analistas e agora podemos começar a ter uma ideia mais precisa do que ocorreu, pois começam a sair os resultados das empresas. A Via Varejo, por exemplo, divulgou seus resultados do segundo trimestre de 2014, justamente durante a Copa. Esta empresa é composta das bandeiras “Ponto Frio” e “Casas Bahia”, com uma parcela significativa nos produtos comprados no Brasil.

Para verificar estes efeitos devemos observar o comportamento da receita. A figura abaixo mostra uma pedaço da demonstração do resultado dos últimos trimestres.

A receita líquida da empresa foi de 5,5 bilhões de reais, acima do valor do trimestre anterior. Um aumento de 1,39%. Para obter este valor basta fazer a seguinte operação: [(5,525/5,449 – 1) x 100]. Mas esta comparação possui um problema: a sazonalidade das vendas. As vendas do segundo trimestre deste ano devem ser comparadas com as vendas do mesmo trimestre dos anos anteriores. Assim, os 5,5 bilhões de receitas são superiores, em 8%, aos R$5,116 bilhões do segundo trimestre de 2013 ou aos R$5,394 bilhões do mesmo período de 2012. Ou seja, as vendas aumentaram durante o período da Copa do Mundo.

Mas este resultado deve ser considerado com uma grande ressalva: trata-se de somente uma grande empresa. Precisamos considerar os valores das receitas de outras empresas para ter um panorama melhor sobre o ocorreu durante a Copa do Mundo. Vamos esperar os resultados que ainda serão divulgados nos próximos dias.


O mito do gênio solitário e a importância dos pares


WHERE does creativity come from? For centuries, we’ve had a clear answer: the lone genius. The idea of the solitary creator is such a common feature of our cultural landscape (as with Newton and the falling apple) that we easily forget it’s an idea in the first place.

But the lone genius is a myth that has outlived its usefulness. Fortunately, a more truthful model is emerging: the creative network, as with the crowd-sourced Wikipedia or the writer’s room at “The Daily Show” or — the real heart of creativity — the intimate exchange of the creative pair, such as John Lennon and Paul McCartney and myriad other examples with which we’ve yet to fully reckon.

Historically speaking, locating genius within individuals is a recent enterprise. Before the 16th century, one did not speak of people being geniuses but having geniuses. “Genius,” explains the Harvard scholar Marjorie Garber, meant “a tutelary god or spirit given to every person at birth.” Any value that emerged from within a person depended on a potent, unseen force coming from beyond that person.

As late as the Renaissance, people we’d now consider quasi-divine creators were more likely to be seen as deft imitators, making compelling work from familiar materials. Shakespeare, for example, did not typically dream up new ideas for plays but rewrote, adapted and borrowed from the plots, characters and language of previous works. “Romeo and Juliet,” as Mark Rose, a professor at the University of California, Santa Barbara, notes, is an episode-by-episode dramatization of a poem by Arthur Brooke.

Of course, theater is inherently collaborative. But the Elizabethan stage was more like the modern film industry, where the writer is generally less an auteur than a piece of a machine. Surviving records show three or four or even five playwrights receiving pay for a single production, according to the Columbia professor James Shapiro. The irony is that Shakespeare, whose world serves so well to illustrate a collaborative (or networked) idea about how good work is made, would become the icon of the solo creator.

The big change began with Enlightenment thinkers, who sought to give man a dignified, central place in the world. They made man’s thinking the center of their universe and created a profoundly asocial self.

Meanwhile, as the feudal and agrarian gave way to the capitalist and industrial, artists needed to be more than entertaining; they needed to be original, to profit from the sale of their work. In 1710, Britain enacted its first copyright law, establishing authors as the legal owners of their work and giving new cultural currency to the idea of authors as originators.

This is when we start to see the modern use of “genius.” In an essay published in 1711, Joseph Addison cited Shakespeare as a “remarkable instance” of “these great natural geniuses” — those lit up by an inner light and freed from dependence on previous models.

But it was during the Romantic era that “the true cult of the natural genius emerged,” Ms. Garber writes — with Shakespeare as its signal example. He was a convenient case; so little biographical material existed that his story could be made up.

Paradoxically, the most potent illustration of Shakespeare-as-genius manifested itself as an apparent challenge to it. How could the son of a glover with a provincial education have written so knowingly of kings and queens and faraway lands? It must have been another, dissenters said, with the Earl of Oxford emerging as a favorite candidate. What’s remarkable here is the underlying assumption that Shakespeare’s plays emerged entirely outside the give-and-take of the theater. Shakespeare doubters, the Cleveland State University scholar James Marino says, “are taking the lone genius idea and doubling down.”

Today, the Romantic genius can be seen everywhere. Consider some typical dorm room posters — Freud with his cigar, the Rev. Dr. Martin Luther King Jr. at the pulpit, Picasso looking wide-eyed at the camera, Einstein sticking out his tongue. These posters often carry a poignant epigraph — “Imagination is more important than knowledge” — but the real message lies in the solitary pose.

In fact, none of these men were alone in the garrets of their minds. Freud developed psychoanalysis in a heated exchange with the physician Wilhelm Fliess, whom Freud called the “godfather” of “The Interpretation of Dreams”; King co-led the civil rights movement with Ralph Abernathy (“My dearest friend and cellmate,” King said). Picasso had an overt collaboration with Georges Braque — they made Cubism together — and a rivalry with Henri Matisse so influential that we can fairly call it an adversarial collaboration. Even Einstein, for all his solitude, worked out the theory of relativity in conversation with the engineer Michele Besso, whom he praised as “the best sounding board in Europe.”

Now, from disparate directions, a new view of the self has been gathering steam that allows us to begin seeing these old stories as though for the first time. Many factors are at play, not least the rise of the Internet, both for its actual mechanisms that bring people together and for its potency as a metaphor. And the social science of relationships is flourishing, starting with the relational foundations of human development.

Consider what happens when 4-month-olds interact with their mothers: They mimic one another’s facial expressions and amplify them. A baby’s grin elicits a mother’s smile, which leads the baby to a full-on expression of joy — round mouth, big eyes. “Both parties,” writes the psychiatrist Susan C. Vaughan, “are processing an ongoing stream of stimuli and responding while the stimulation is still occurring.” The implication, Ms. Vaughan argues, is that emotions are “peopled” from the start, centered in an interpersonal exchange rather than in an atomized self.

This is just one piece of an impressive body of research in social psychology and the new field of social neuroscience, which contends that individual agency often pales next to the imperatives of a collective.

The elemental collective, of course, is the pair. Two people are the root of social experience — and of creative work. When the sociologist Michael Farrell looked at movements from French Impressionism to that of the American suffragists, he found that groups created a sense of community, purpose and audience, but that the truly important work ended up happening in pairs, as with Monet and Renoir, and Susan B. Anthony and Elizabeth Cady Stanton. In my own study of pairs, I found the same thing — most strikingly with Paul McCartney and John Lennon.

WHY is this? For one thing, given that our psyches take shape through one-on-one exchanges, we’re likely set up to interact with a single person more openly and deeply than with any group. The pair is also inherently fluid and flexible. Two people can make their own society. When even one more person is added, roles and power positions harden. This may be good for stability but problematic for creativity. Three legs make a table stand in place. Two legs are made for moving.

Pairs also naturally engage each of the two people involved. In a larger group, an individual may lie low, phone it in. But nobody can hide in a pair.

It’s going to take some time to truly accept the significance of pairs in creative life, in part because so many partners, if they do their job well, remain hidden to the outside world. Most Vera Nabokovs never get acknowledged. Partnership is also obscured when the two people have distinct public identities. C.S. Lewis and J.R.R. Tolkien didn’t “collaborate” in the traditional sense, but, as a scholar of their work, Diana Pavlac Glyer, has shown, the influence of each on the other was critical to the work of both.

The pair is the primary creative unit — not just because pairs produce such a staggering amount of work but also because they help us to grasp the concept of dialectical exchange. At its heart, the creative process itself is about a push and pull between two entities, two cultures or traditions, or two people, or even a single person and the voice inside her head. Indeed, thinking itself is a kind of download of dialogue between ourselves and others. And when we listen to creative people describe breakthrough moments that occur when they are alone, they often mention the sensation of having a conversation in their own minds.

This phenomenon is so uncanny that the writer Elizabeth Gilbert has proposed that we return to the myth of the muses to help characterize it. That doesn’t mean there literally are “fairies who follow people around rubbing fairy juice on their projects and stuff,” Ms. Gilbert has said. But the core experience described by the muse-creator interaction — that of one entity helping to inspire another — is almost always true.

This raises vital questions. What is the optimal balance between social immersion and creative solitude? Why does interpersonal conflict so often coincide with innovation? Looking at pairs allows us to grapple with these questions, which are as basic to the human experience as the push and pull of love itself. As a culture, we’ve long been preoccupied with romance. But we should also take seriously something just as important, but long overlooked — creative intimacy.


The author of the forthcoming book “Powers of Two: Finding the Essence of Innovation in Creative Pairs.”

A version of this op-ed appears in print on July 20, 2014, on page SR6 of the New York edition with the headline: The End of ‘Genius’. 

Limite em free shop

O Ministério da Fazenda informou que a cota de importação de produtos pelas fronteiras terrestres só será reduzida em julho de 2015. O novo limite, de US$ 150, valerá quando as lojas francas do tipo Duty Free estiverem instaladas nas cidades de fronteira. Hoje, o brasileiro pode gastar até US$ 300 sem pagar 50% de imposto de importação.

E lá se vai a lógica do Duty Free. Poderemos comprar (e olhe lá) um óculos de sol Ray Ban OU um vidro de perfume Balenciaga OU um vinho do Porto Tawny Ou um bocado de Lindt.

A nota de esclarecimento acrescenta:
Além disso, a portaria assegura a harmonização com as regras utilizadas atualmente no Mercosul (Decisão CMC 53/08, internalizada pelo Decreto nº 6.870, de 4 de junho de 2009). Argentina, Uruguai e Paraguai já adotam a cota de US$ 150 e o Brasil era a única exceção até o momento.

Listas: 11 boas invenções

1. Gomas de mascar que limpam os dentes
O problema: Cerca de 4 bilhões de pessoas em todo o mundo sofrem de doenças bucais não tratadas como cáries e gengivite.

A solução: "Sweet Bites", uma goma de mascar que é reforçada com xilitol para limpar os dentes e prevenir doenças. A invenção não apenas pode ajudar o mundo a fazer avanços na área da saúde oral, como seus criadores esperam também que as mulheres empreendedoras possam vendê-las em comunidades pobres, ajudando a estimular o desenvolvimento econômico.

2. Um protetor bucal que pode detectar concussões
O problema: Detectar uma concussão é difícil, além disso, a falta de conhecimento pode levar os atletas a uma vida de danos cerebrais.

A solução: Mamori, que em japonês significa "proteger", é um protetor bucal com sensores embutidos que podem enviar alertas para jogadores e treinadores quando uma colisão é intensa o suficiente para causar uma concussão.

3. Uma desinfetante para as mãos portátil e com acesso à Internet
O problema: Um em cada quatro pacientes de hospitais na América fica doente só de estar no hospital de acordo com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças. Apesar do fato de que lavar as mãos reduz esses casos da doença em até 40 por cento, há poucos sistemas para garantir que os trabalhadores do hospital lavem as mãos de forma consistente.

A solução: Uma nova ferramenta, SwipeSense, pretende revolucionar desinfetantes para as mãos, tornando-os portáteis e conectado à rede. Hospitais podem monitorar o uso que seus funcionários através de um aplicativo e garantir que muito menos doenças sejam compartilhadas ​​dentro de hospitais.

4. Um fogão solar sem fumaça para países em desenvolvimento
O problema: Cozinhar no mundo em desenvolvimento, muitas vezes requer grandes quantidades de combustível caro e cria fumaça nociva como um subproduto.

A solução: O Infinity Bakery e outros fornos solares semelhantes visam reduzir as doenças e economizar energia, oferecendo, um fogão movido a sol acessível para comunidades em desenvolvimento. O forno, que concentra os raios do sol, é feito de tambores de óleo reciclado, madeira, bambu e barro, para que possa ser produzido localmente e de forma rápida.

5. Um dispositivo portátil e barato para filtrar água
O problema: quase 1 bilhão de pessoas no mundo não têm acesso a água limpa e segura, de acordo com o Projeto Água, uma organização sem fins lucrativos que se concentra em questões de água.

A solução: Portapure, um dispositivo de filtração de água de cinco litros, pode limpar a água suja de um lago ou rio e transformá-la em limpa, potável, sem a necessidade de comprimidos de purificação ou eletricidade. O dispositivo pode fornecer 3.000 - 5.000 litros de água potável antes que ele precisa de um novo filtro.

6. Canos de água que monitoram seus próprios vazamentos
O problema: Perdemos entre 12,5 milhões dólares e 92 milhões dólares americanos no valor de água potável a cada ano - isso só nos EUA - devido ao vazamento de tubulações, de acordo com um estudo de 2005 pela Sociedade Americana de Engenheiros Civis.

A solução: a tecnologia "Smart Pipe", que ainda está em desenvolvimento, usaria nanosensores para monitorar vazamentos em sistemas públicos de água, fazendo um uso mais eficiente da água.

7. Uma forma de digitalizar o conteúdo nutricional dos alimentos
O problema: Mesmo que os alimentos embalados seja rotulados com as informações nutricionais, muitas vezes não temos ideia do que está no alimento que comemos ao jantar fora.

A solução: Scio, um espectrômetro de bolso. O dispositivo serviria para medir o teor de calorias e química dos alimentos de modo que uma pessoa poderia essencialmente digitalizar qualquer alimento ou bebida e saber exatamente o que está nele.

8. Um chuveiro que reutiliza a própria água
O problema: chuveiros desperdiçam uma quantidade enorme de água e necessitam de uma enorme quantidade de energia.

A solução: O chuveiro OrbSys promete reduzir o uso da água em 90% e o consumo de energia em 80%. O OrbSys recicla a água do chuveiro, bombeando-o através de um filtro em um sistema de circuito fechado, e a água limpa que sai do filtro só precisa ser reaquecido minimamente. Mais tempo no banho, gastando menos.

9. Uma roda de bicicleta elétrica
O problema: Ir de bicicleta ao trabalho ou escola exige muita tensão física exagerada para aqueles que precisam usar trajes de negócios ou viajar longas distâncias.

A solução: SmartWheel é uma roda de bicicleta motorizada que pode ser usado em qualquer bicicleta. Substituindo uma das rodas por uma motorizado, seria possível eliminar uma série de desvantagens ao pedalar: o esforço físico, as limitações de tempo, o terreno variado. A roda permite que uma bicicleta alcance 20 quilômetros por hora, e também pode sincronizar com um smartphone para proteger contra roubo e monitorar a velocidade/distância percorrida pelo ciclista.

10. Embalagem feita a partir de fungos
O problema: embalagens de plástico e os materiais são à base de petróleo e geralmente não biodegradáveis, causando uma série de conseqüências ambientais e de saúde.

A solução: Uma nova empresa chamada Ecovative diz ter a solução para evitar o desperdício de plásticos em embalagens, isolamentos e carros: materiais feitos de subprodutos agrícolas e fungos, essencialmente cogumelos.

11. Tecido capazes de gerar eletricidade
O problema: Os corpos geram uma quantidade significativa de calor, mas a energia é perdida pelo ambiente. Temos necessidade de fontes alternativas de energia que não gerem poluição tóxica.

A solução: Roupas que capazes de carregar o seu aparelho celular podem soar como uma fantasia, mas esta tecnologia está realmente em desenvolvimento. Felt Power é um tecido que pode aproveitar o calor do corpo para produzir eletricidade. Um simples pedaço de tecido permitiria que uma pessoa pudesse carregar um celular apenas com próprio calor corporal.

Fonte: Aqui

23 julho 2014

Pós-graduação rima com…

Qual a primeira palavra (com rima) que vem a sua cabeça quando se fala em pós-graduação?

Posso apostar que se você for da turma do stricto sensu você pensou em Depressão. Aposto também que se você está nessa fase, a expressão “quem nunca?!”, nunca foi tão válida! Acertei?

Bem-vindo ao clube! Apenas com minhas observações empíricas, ou seja, sem procurar “estatísticas oficiais”, percebo que entre os meus colegas pós-graduandos oito em cada dez tiveram sintomas depressivos ou alguém nível de depressão no mestrado e/ou doutorado.

Isso me preocupa. E as vezes ocupa também. Muitas vezes observo as sérias consequências que essa fase na vida de muitas pessoas, que se frustram terrivelmente ou replicam hábitos ao mudar de posição de orientado para carrasco orientador .

Para mim, a depressão (e suas variantes) é um fenômeno tão sério dentro dos programas de pós-graduação que o departamento de psicologia está perdendo a oportunidade de desenvolver teses sobre isso. Por mais irônico que isso possa parecer. Os órgãos de fomento também deveriam começar a considerar uma “bolsa terapia” por que se algumas profissões são prejudicadas quando entramos na pós-graduação, os psicólogos e psiquiatras não são.

O pior é a desinformação de quem passa pelo processo ou vê alguém nele. A depressão é algo tão típico comum a pós-graduação quanto sonhar com a banca em véspera da defesa. A explicação é relativamente simples: uma combinação de cobrança excessiva (externa e interna), expectativa, frustração, ansiedade, raiva, decepção e outros sentimentos recolhidos, além da jornada de trabalho árdua, ausência de férias regulares, má alimentação, imaturidade, sedentarismo e preocupação.

Depressão tem tratamento, gente! Vai ficar ai sofrendo quando você deveria poderia estar bem? A terapia é algo extraordinário. Um momento seu, para crescer, fazer as pazes com o passado e ver a real dimensão dessa fase e do seu orientador. Terapia só não resolveu e você tem que ir ao psiquiatra? Vá, meu filho! “E não olhe para trás” Por que o drama? Se você, em pleno século XXI acha que essa especialidade médica “só trata de doido”, ai mesmo é que você precisa de um terapeuta! Aperta o F5 aí nos seus conceitos.

Além de tudo isso, ou melhor, sobretudo, busque o equilíbrio. Conheço muitos casos que as pessoas tomaram rotas alternativas para sair do processo depressivo. Em todo caso, a pós-graduação, embora digam o contrário, é um trabalho, uma fase (curta) da sua vida. Temos nesse tempo uma grande oportunidade de aprendizado pessoal e profissional.

Quando nós superamos a fase de sofrimento e mimimi reclamação e procuramos auxílio para sair desse ciclo (sentimentos mal resolvidos, cobrança, expectativa e frustração), podemos ver que a pós-graduação rima mesmo é com SUPERAÇÃO.

Literatura da melhor qualidade

Gabriel Garcia Marquez, João Ubaldo Ribeiro, Rubem Alves e Ariano Suassuna. Como pode?

Suassuna

Uou! Ariano Suassuna também? O céu certamente está mais interessante. E que lástima para os que ficam.

Rir é o melhor remédio

Curso de Contabilidade Básica: Imposto como Ativo

O ativo representa algo que pode produzir riqueza para a empresa no futuro. É interessante notar que esta definição de ativo abrange muitos itens que conhecemos: terrenos, estoques, valores a receber, aplicações financeiras e impostos. É estranho, mas os impostos podem ser um ativo. Isto ocorre quando uma empresa pode abater, no pagamento futuro de um imposto, um determinado valor. A legislação fiscal criar diversas alternativas onde isto é possível. Um exemplo são as normas para incentivar a exportação de certos produtos. Para os valores exportados, a empresa é “premiada” com um abatimento no imposto a ser pago no futuro. Assim, este “prêmio” é considerado um ativo.

Outra situação onde isto ocorre refere-se aqueles casos onde a empresa apresentou prejuízos seguidos ao longo do tempo. Para permitir a sobrevivência da empresa, a legislação fiscal pode permitir que este prejuízo acumulado, que aparece no balanço patrimonial, possa ser descontado do pagamento futuro do imposto de renda. Novamente o imposto é um ativo.


Veja um pedaço do balanço patrimonial da Marfrig para o final do primeiro trimestre de 2014.
A empresa apresenta um elevado volume de prejuízo acumulado. Se observarmos o ativo vamos encontrar o seguinte:

Do valor do ativo não circulante, 14% são do “imposto de renda e contribuição social diferida”. Este montante é um ativo, pois reduzirá o valor que a empresa irá pagar no futuro para o fisco. Para que isto ocorra é necessário que a empresa tenha no futuro lucro suficiente para poder reduzir o valor do imposto que irá pagar. A empresa aposta que sim. 

Resenha: Como o Futebol Explica o Mundo

Aproveitando a Copa, alguns livros sobre futebol voltaram a serem comentados. Este pequeno livro, como um pouco mais de 200 páginas, do jornalista estadunidense Franklin Foer tem uma visão diferente do esporte. Em dez capítulos, Foer faz uma descrição interessante do esporte em diversos pontos do mundo. O primeiro capítulo é sobre gangsteres e Foer usa o Estrela Vermelha e o Oblic, clubes da atual Sérvia, para mostrar como uma equipe de futebol pode servir a propósitos políticos, inclusive durante a guerra. O foco do capítulo é a história de Zeljko Raznatovic. O capítulo dois trata da rivalidade entre os clubes escoceses Glasgow Rangers e Celtic. Como o Rangers são próximos aos protestantes e o Celtic aos católicos, a descrição do capítulo mostra a relação entre futebol e religião. O capítulo seguinte é sobre o Hakoah, um clube austríaco que fez sucesso nos anos vinte. Este clube entrou para história por ser compostos por judeus, tendo sofrido por este motivo, e por ter sido o clube de Bella Guttmann (embora o livro não faça esta relação). O capítulo também comenta sobre o MTK, um clube fundado por empresários judeus e, por este motivo, é bastante odiado pelos torcedores dos outros clubes. O capítulo 4 segue Alan Garrison, um torcedor apaixonado do Chelsea e um dos primeiros hooligans. O capítulo cinco fala de Eurico Miranda, o controverso cartola do Vasco da Gama . Como o livro foi escrito há mais de dez anos, sentimos aqui a defasagem na história e não acrescenta muito ao que já sabemos.

Os jogadores africanos na Ucrânia é o tema do sexto capítulo do livro. O ator descreve a presença de um nigeriano na cidade de Lviv. Berlusconi e o seu Milan mostram os oligarcas no futebol e sua influencia sobre o resultado. É interessante a parte onde o autor mostra como os resultados do campeonato italiano podem ser manipulados, pelo árbitro e pela imprensa, em favor de alguns grandes clubes, especialmente a Juventus.
O Barcelona, que o autor confessa ser um fã, é o tema do capítulo oito. Mas Foer não perdoa e mostra que o clube foi beneficiado pela ditadura de Franco. O clube é um dos mais odiados do mundo segundo o autor por não seguir a “cartilha” dos grandes clubes. A presença do futebol no Irã é o tema do capítulo seguinte. É interessante como o autor mostra o interesse das mulheres pelo esporte.

O capítulo final mostra o lobby existente nos Estados Unidos contra o futebol. Para Foer, a globalização implica na aceitação do esporte em muitos países, inclusive na América do Norte. Mas os tradicionalistas resistem.

Vale a pena? Se você gosta de futebol e quer entender como este esporte influencia a vida diária no mundo, o livro deve ser lido. É uma fonte de reflexão e possui algumas informações uteis. O livro ajuda muito sua leitura, apesar de desatualizado em muitos capítulos, principalmente o cinco e o oito. Se você gosta do tema globalização também é uma boa leitura.

FOER, Franklin. Como o futebol explica o mundo: um olhar inesperado sobre a globalização. Zahar, 2005.

Se decidir comprar o livro, sugerimos escolher um de nossos parceiros. O blog é afiliado aos seguintes programas:
Amazon Brasil
Americanas
Submarino
ShopTime
SouBarato.com.br-

Venda de terreno do BNDES

O que está por trás disso?
HUGO MARQUES
Revista Veja, 19/07/2014

O TCU suspende a venda de um terreno do BNDES em Brasília. Avaliado em 285 milhões de reais, o imóvel foi negociado por 51 milhões — um prejuízo aos cofres públicos que pode superar 230 milhões de reais

No Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tudo é superlativo, a começar pelas cifras. Para este ano, o banco estatal reservou 150 bilhões de reais para financiar empreendimentos em diversas áreas, da agricultura à indústria de ponta. É dinheiro público, dos cofres do Tesouro Nacional, injetado diretamente em empresas de pequeno, médio e grande porte para fomentar o crescimento do pais. A ideia é fazer com que os empréstimos, a juros mais baixos que os de mercado, banquem iniciativas capazes de girar mais e mais a roda da economia. Mas até mesmo quando erra na mão o portentoso BNDES é capaz de produzir excelentes negócios. No início do ano, o banco decidiu se desfazer
de um valioso terreno no centro de Brasília. Aparentemente, seguiu o protocolo:  contratou um avaliador para fixar o preço,publicou o edital convocando eventuais interessados e promoveu a licitação pública. As empresas se apresentaram e venceu a que ofereceu o melhor preço. O negócio, porém, é mais complicado do que parece.



Localizado na zona central de Brasília, uma das regiões mais valorizadas do país, o terreno tem 9 000 metros quadrados. No espaço vazio, um dos poucos disponíveis para construção no centro da capital, o BNDES planejou um dia erguer sua sede. O terreno está cercado por prédios importantes da burocracia federal e fica a apenas cinco minutos de carro do Palácio do Planalto. Especialistas no mercado imobiliário brasiliense calculam que a área, do jeito que está, vale no mínimo 285 milhões de reais. O BNDES, porém, vendeu o imóvel por 51 milhões, quase um sexto do valor de mercado. De tão estranha que foi, a operação virou alvo de uma investigação do Tribunal de Contas da União (TCU). Por ordem do ministro Augusto Sherman, a transferência do terreno para o novo dono foi embargada até que sejam esclarecidas as condições do negócio.

Os auditores do TCU estão analisando a transação com lupa. Ao decidir pela suspensão da venda, o ministro Sherman chama a atenção para a possibilidade de o negócio representar um prejuízo de mais de 230 milhões de reais aos cofres públicos. O ponto de partida da investigação é um laudo, encomendado pelo próprio BNDES, que estipulou o valor mínimo da transação. No documento, o terreno foi avaliado em 107 milhões. Mas havia nele uma ressalva: se houvesse necessidade de vendê-lo às pressas, o que não era o caso, o preço poderia ser reduzido para 45 milhões. Foi justamente esse valor que o banco adotou como base para a licitação. O lote foi arrematado pela AJS Empreendimentos e Participações, cujo dono é o empresário Álvaro José da Silveira, membro do conselho de administração da Brasil Pharma, conglomerado que reúne algumas das maiores redes de farmácias do país. Uma coincidência, em especial, intriga os auditores: o engenheiro que assina o laudo encomendado pelo BNDES, Ricardo Caiuby Salles, é irmão de uma diretora da mesma Brasil Pharma. "Se o BNDES optou pelo preço menor, é decisão do banco", defende-se o engenheiro. Ele diz ser apenas coincidência o fato de o terreno ter sido comprado pelo chefe da sua irmã. A AJS Empreendimentos informou que está enviando ao TCU todas as explicações sobre o negócio.
O BNDES limitou-se a dizer que seguiu a lei e que está prestando todas as informações ao TCU.
"É brincadeira o BNDES vender esse lote por 51 milhões de reais. Quem comprou por esse preço ganhou cinco ou seis vezes na Mega-Sena", diz Antonio Bartasson, diretor da Câmara de Valores Imobiliários de Brasília, entidade acostumada a fazer avaliação de terrenos na capital. Para o presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Distrito Federal, Geraldo Nascimento, a transação evidencia um fenômeno que vem ocorrendo em Brasília: por um lado, órgãos do governo se desfazem de imóveis próprios a preços abaixo dos de mercado, em operações muitas vezes obscuras, e por outro o próprio governo gasta milhões comprando ou alugando outros imóveis para abrigar repartições públicas. "O governo vende alguns imóveis a preço de banana e compra e aluga outros a preço de ouro", diz. No terreno vendido pelo BNDES, há espaço suficiente para a construção de quatro prédios de até 21 andares. O lucro de um empreendimento dessa magnitude pode ultrapassar facilmente a casa do bilhão. Quem está por trás da estranha operação ainda é um mistério, mas uma coisa é certa: fomentar bons negócios é mesmo uma especialidade do BNDES — depende, é claro, do ponto de vista do observador. -

Como os testes auxiliam a aprendizagem


TESTS have a bad reputation in education circles these days: They take time, the critics say, put students under pressure and, in the case of standardized testing, crowd out other educational priorities. But the truth is that, used properly, testing as part of an educational routine provides an important tool not just to measure learning, but to promote it.

In one study I published with Jeffrey D. Karpicke, a psychologist at Purdue, we assessed how well students remembered material they had read. After an initial reading, students were tested on some passages by being given a blank sheet of paper and asked to recall as much as possible. They recalled about 70 percent of the ideas.

Other passages were not tested but were reread, and thus 100 percent of the ideas were re-exposed. In final tests given either two days or a week later, the passages that had been tested just after reading were remembered much better than those that had been reread.

What’s at work here? When students are tested, they are required to retrieve knowledge from memory. Much educational activity, such as lectures and textbook readings, is aimed at helping students acquire and store knowledge. Various kinds of testing, though, when used appropriately, encourage students to practice the valuable skill of retrieving and using knowledge. The fact of improved retention after a quiz — called the testing effect or the retrieval practice effect — makes the learning stronger and embeds it more securely in memory.

This is vital, because many studies reveal that much of what we learn is quickly forgotten. Thus a central challenge to learning is finding a way to stem forgetting.

The question is how to structure and use tests effectively. One insight that we and other researchers have uncovered is that tests serve students best when they’re integrated into the regular business of learning and the stakes are not make-or-break, as in standardized testing. That means, among other things, testing new learning within the context of regular classes and study routines.

Students in classes with a regimen of regular low- or no-stakes quizzing carry their learning forward through the term, like compounded interest, and they come to embrace the regimen, even if they are skeptical at first. A little studying suffices at exam time — no cramming required.

Moreover, retrieving knowledge from memory is more beneficial when practice sessions are spaced out so that some forgetting occurs before you try to retrieve again. The added effort required to recall the information makes learning stronger. It also helps when retrieval practice is mixed up — whether you’re practicing hitting different kinds of baseball pitches or solving different solid geometry problems in a random sequence, you are better able later to discriminate what kind of pitch or geometry problem you’re facing and find the correct solution.

Surprisingly, researchers have also found that the most common study strategies — like underlining, highlighting and rereading — create illusions of mastery but are largely wasted effort, because they do not involve practice in accessing or applying what the students know.

When my colleagues and I took our research out of the lab and into a Columbia, Ill., middle school class, we found that students earned an average grade of A- on material that had been presented in class once and subsequently quizzed three times, compared with a C+ on material that had been presented in the same way and reviewed three times but not quizzed. The benefit of quizzing remained in a follow-up test eight months later.

Notably, Mary Pat Wenderoth, a biology professor at the University of Washington, has found that this benefit holds for women and underrepresented minorities, two groups that sometimes experience a high washout rate in fields like the sciences.

This isn’t just a matter of teaching students to be better test takers. As learners encounter increasingly complex ideas, a regimen of retrieval practice helps them to form more sophisticated mental structures that can be applied later in different circumstances. Think of the jet pilot in the flight simulator, training to handle midair emergencies. Just as it is with the multiplication tables, so it is with complex concepts and skills: effortful, varied practice builds mastery.

We need to change the way we think about testing. It shouldn’t be a white-knuckle finale to a semester’s work, but the means by which students progress from the start of a semester to its finish, locking in learning along the way and redirecting their effort to areas of weakness where more work is needed to achieve proficiency.

Standardized testing is in some respects a quest for more rigor in public education. We can achieve rigor in a different way. We can instruct teachers on the use of low-stakes quizzing in class. We can teach students the benefits of retrieval practice and how to use it in their studying outside class. These steps cost little and cultivate habits of successful learning that will serve students throughout their lives.


Henry L. Roediger III is a professor of psychology at Washington University in St. Louis and a co-author of “Make It Stick: The Science of Successful Learning.”

A version of this op-ed appears in print on July 20, 2014, on page SR12 of the New York edition with the headline: How Tests Make Us Smarter.