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07 outubro 2013

Caixa e devedores duvidosos

O programa Minha Casa Melhor poderá ter efeito para todos os contribuintes. O risco deverá ser assumido pelo Tesouro Nacional, conforme informação do Estado de S Paulo:

A estimativa de perdas com os empréstimos do Minha Casa Melhor é elevada, como mostram documentos obtidos pelo jornal "O Estado de S. Paulo", porque na abordagem ao beneficiário do programa a orientação é de que não sejam observadas a análise de risco, restrição cadastral e a capacidade de pagamento.

Basta estar em dia com as prestações do financiamento da casa própria pelo programa Minha Casa, Minha Vida para ter acesso ao cartão com a linha de até R$ 5 mil e taxa de juros de 5% ao ano.

A expectativa é que 3,7 milhões de famílias sejam beneficiadas pela linha, num total de R$ 18,7 bilhões de empréstimos liberados.


Em 2013, segundo previsões iniciais, 670 mil contratos deverão ser assinados, a maior parte na faixa 1 (famílias com renda de até R$ 1,6 mil). Nessa faixa, a Caixa levou em consideração que 80% das famílias que têm um financiamento do Minha Casa, Minha Vida teriam interesse em adquirir o cartão para a compra dos produtos.


Para cobrir o rombo, o governo deverá entrar com recursos. Uma informação importante: desde 2008 o governo já injetou 400 bilhões de reais nos bancos federais (isto significa dois mil reais por cada brasileiro). Naturalmente que isto deverá refletir sobre a avaliação do Brasil perante seus credores.

Quem conduz este programa é a Caixa Econômica Federal. E sua atitude não ajuda muito:

A Caixa ignorou análises feitas pela própria área técnica ao bancar o programa Minha Casa Melhor, uma linha de crédito para a compra de móveis, computadores e eletrodomésticos. (...)

Os documentos mostram que a possibilidade de calote nessa linha, que é direcionada para os mutuários do Minha Casa, Minha Vida, chega a 50,73% na faixa das famílias mais pobres da população, a 30,31% nas intermediárias e a 28,52% na faixa de maior renda atendida pelo programa. Com esses níveis potenciais de perda, apontam os documentos, a necessidade de compensação pelo Tesouro é de R$ 2,9 bilhões até 2016.

Segundo a nota técnica, assinada pelo superintendente Nacional de Contabilidade, Marcos Brasiliano Rosa, e pelos consultores do banco Dannyel Lopes de Assis e Eduardo Bromonschenkel, a falta dessa cobertura poderá ser questionada pelo Tribunal de Contas da União, por caracterizar que a Caixa está subsidiando um programa de governo, o que é vedado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. O entendimento técnico é de que a proposta de dispensar o recolhimento de parte dos dividendos para cobrir o risco de crédito vai contra o estatuto da Caixa.

Cartoon adaptado daqui

Resultado sorteio #2



Só deu homem! E os ganhadores dos prêmios do segundo sorteio são:


Além do nosso Top Facebook Fan: Ramon.

Entraremos em contato por e-mail para notificá-los. Caso não haja resposta, escolheremos outros sorteados. E desta vez enviaremos uma surpresa junto com os prêmios. Esperamos que gostem!

Parabéns e até o próximo sorteio. *.*

Apollo Robbins: A arte da distração

Aclamado como o maior batedor de carteiras do mundo, Apollo Robbins estuda as peculiaridades do comportamento humano enquanto rouba seu relógio. Numa demonstração hilária, Robbins prova o buffet da plateia do TEDGlobal 2013, mostrando como as falhas em nossa percepção possibilitam que ele surrupie uma carteira e a coloque nos ombros de seu dono enquanto ninguém percebe nada.

Fraude na Ciência

Pois bem, um biólogo-jornalista norte-americano chamado John Bohannon fez exatamente isso e os resultados, publicados hoje pela revista Science, são aterradores (para aqueles que se preocupam com a credibilidade da ciência): ele escreveu um trabalho falso sobre as propriedades supostamente anticancerígenas de uma molécula supostamente extraída de um líquen e enviou esse trabalho para 304 revistas científicas de acesso aberto ao redor do mundo. Não só o trabalho era totalmente fabricado e obviamente incorreto (com falhas metodológicas e experimentais que, segundo Bohannon, deveriam ser óbvias para “qualquer revisor com formação escolar em química e capacidade de entender uma planilha básica de dados”), mas o nome dos autores e das instituições que o assinavam eram todos fictícios. Apesar disso (pasmem!), mais da metade das revistas procuradas (157) aceitou o trabalho para publicação. Um escândalo. (...)

Nessa mesma temática, a revista Nature publicou recentemente também uma reportagem sobre o escândalo envolvendo quatro revistas científicas brasileiras que foram acusadas de praticar citações cruzadas — ou “empilhamento de citações”, em inglês –, esquema pelo qual uma revista cita a outra propositadamente diversas vezes, como forma de aumentar seu fator de impacto (e, consequentemente, o prestígio dos pesquisadores que nelas publicam). As revistas são Clinics, Revista da Associação Médica Brasileira, Jornal Brasileiro de Pneumologia e Acta Ortopédica Brasileira.


Fonte: Aqui (Dica de Flávia Siqueira, grato)

Por que existem poucas mulheres cientistas?

No verão passado, pesquisadores da [Universidade de Yale] publicou um estudo mostrando que os físicos, químicos e biólogos estão propensos ver um cientista jovem macho mais favorável do que uma mulher com as mesmas qualificações. Foram apresentados resumos idênticos com as realizações de dois candidatos imaginários e professores de seis grandes instituições de pesquisa foi significativamente mais disposto a oferecer ao homem um trabalho. Se eles se dispusessem contratar a mulher, eles proporiam que o seu salário fosse, em média, quase 4.000 dólares menor do que o do homem. Surpreendentemente, os cientistas do sexo feminino foram tão tendenciosos como os seus homólogos masculinos.

(...) Apenas um quinto dos PhD de física neste país [Estados Unidos] são concedidos às mulheres, e apenas cerca de metade dessas mulheres são estadunidenses, de todos os professores de física nos Estados Unidos, apenas 14 por cento são mulheres.


Continua aqui)

Os maiores calotes no Brasil

Fonte: Aqui

Confusão

Eis um exemplo sobre a irracionalidade do mercado de capitais:

Às custas do Twitter ("nome de guerra" TWTR) a Tweeter (TWTRQ) viu suas ações passarem de US$ 0,01 para 0,13. A confusão, segundo o Exame se deu porque os investidores confundiram os nomes.

Fonte: Aqui

06 outubro 2013

Rir é o melhor remédio


Como ler um texto científico

Uma postagem interessante (How to read and understand a scientific paper: a guide for non-scientists) sobre como um não cientista deve ler um artigo científico. O texto concentra-se nos artigos denominados de “primary research”, em contraposição aos artigos de revisão da literatura. Eis alguns dos conselhos do texto (com adaptações):


  • Muitos textos científicos são divididos nas seguintes partes: resumo, introdução, métodos, resultados e conclusões/interpretações/discussão.
  • verifique o nome dos autores e o vinculo institucional. Algumas instituições são respeitáveis e outras nem tanto
  • verifique o nome do periódico que é publicado. Alguns periódicos são mais respeitados que outros. No Brasil temos uma classificação dada pela Capes para cada área como um sinal para qualidade do periódico.
  • leia inicialmente a introdução, não o resumo. Em geral na introdução o autor apresenta a importância da pesquisa, conduzindo a questão da pesquisa e, em muitos textos, os resultados que foram obtidos no trabalho.
  • identifique a grande questão do texto. Ou seja, qual o problema que o texto tenta resolver. Se for o caso, identifique questões específicas.
  • identifique a abordagem. Em outras palavras, como os autores responderam as questões.
  • leia a parte do método. Como os autores fizeram para responder a questão.
  • leia a seção de resultados. Em geral os artigos resumem os resultados nas figuras ou tabelas. Preste atenção no que os dados estão dizendo. Atenção para o termo “significante” e “não significante”.
  • verifique se os resultados respondem a questão proposta.
  • leia a parte final. Os autores mostraram as fraquezas do estudo? Isto influenciou na pesquisa?
  • agora volte e leia o resumo.
  • tente verificar o que outros pesquisadores dizeram sobre o texto. Use o google acadêmico para encontrar citações a pesquisa que você leu.

Leia mais aqui

Sorteio #2

Em setembro o nosso top Facebook Fan foi o Ramon Rodrigues. Parabéns! Ele já será presenteado com o livro "Super-Revisão de Contabilidade Para Concursos" da Editora Foco (2013).

Vamos ainda sortear entre os leitores:
- Um mini brinco saquinho de dinheiro dourado.
- A edição 2013 da Valor 1000 com as 1000 maiores empresas e as campeãs em 25 setores e 5 regiões.
- Publicação da Global Reporting Initiative: Série de Aprendizagem GRI - Caminhos. Ciclo preparatório para elaboração de relatórios de sustentabilidade da GRI: manual para pequenas (e nem tão pequenas) organizações
- A revista Capital Aberto especial "guia para abertura de capital", a ed. especial de aniversário, e as três edições anteriores a ela.



REGRAS:
Para participar preencha até o dia 6 de outubro (domingo) o NOME e SOBRENOME, além de e-mail para contato.

O ganhador que não nos responder dentro de um prazo de 48h, será desclassificado e sortearemos outro participante (cadastre então um e-mail que você verifica constantemente).

May the odds be ever in you favor!

Conselhos de uma executiva

Kat Cole (fotografia acima) é presidente da Cinnabon, uma empresa bilionária. Ela tem 35 anos e um currículo interessante: ela foi garçonete do Hooters, uma cadeia de restaurantes, muito conhecida nos Estados Unidos pelo traje das mulheres. Aqui Cole dá conselhos que aprendeu enquanto garçonete.

05 outubro 2013

Rir é o melhor remédio




posgraduando.com

Fato da Semana

Fato: O recuo da Receita Federal com respeito a taxação de dividendos e as normas contábeis retroativas. Durante os últimos dias o fisco brasileiro mostrou suas garras para as empresas, particularmente as grandes empresas. A reação parece que foi expressiva, já que o leão não é manso.

Qual a relevância disto? O recuo da burocracia fiscal mostra que a reação nos bastidores foi suficiente para convencer a não alterar aquilo que já era pacificado. No caso das normas contábeis, a instrução da Receita Federal que não reconhecia as IFRS, retroativo a 2007, representava uma grande perda para a contabilidade brasileira, que nos últimos anos fez um grande esforço no processo de convergência. Uma mera portaria, assinada por um burocrata, questionou este esforço. E a questão dos dividendos trouxe uma grande insegurança para as empresas. Talvez o fato de que em 2015 teremos eleições presidenciais e os grandes contribuintes para as campanhas sejam as empresas, que seriam prejudicadas com estas normas. Ou então, a possibilidade de rebaixamento da nota do país, por parte das agências de ratings, fez com que a prudência fosse considerada. Afinal, um país que não respeita as regras passadas não merece o grau de investimento, correto?

Positivo ou Negativo?  Positivo, pela vitória obtida.


Desdobramentos – A Receita prometeu revisar a instrução normativa e o governo afirmou que irá preparar uma medida provisória sobre o assunto. Mas será que o leão está dormindo ou preparando outro bote?

Teste da Semana

Este é um teste para verificar se você acompanhou de perto os principais eventos do mundo contábil. As respostas estão ao final.

1 – Esta semana os leitores do blog ficaram sabendo que o produto mais vendido na Wal-Mart dos EUA era:
Banana
Papel higiênico
Pilhas

2 – Os chineses possuem a fama de piratear tudo. A polícia da China está tentando combater um tipo de pirataria que tem afetado o setor médico daquele país:
Crachás para ter acesso as instituições públicas
Fabricação de pílulas anticoncepcionais
Publicação de artigos em revistas científicas

3 – Uma análise dos balanços dos clubes de futebol no Brasil mostrou que a equipe que mais recebeu em patrocínio foi
Corinthians
Palmeiras
Santos

4 – A Intebrand faz cálculo do valor das marcas das empresas. Neste ano a Coca-Cola perdeu a primeira posição, que era sua desde 2000, para a
Apple
Google
IBM

5 – Esta empresa decidiu não efetuar o pagamento de uma dívida com terceiros
OGX
Oi
Petrobras

6 – A PwC não é mais a maior empresa de auditoria do mundo. Foi ultrapassada pela
Deloitte
EY
KPMG

7 – Uma surpresa na semana foi a evidenciação das demonstrações contábeis
Do Banco do Vaticano
Do MASP
Do Twitter

8 – Esta entidade apresentou o primeiro trabalho de normatização contábil
Glass
IFAC
PCC

9 – Esta empresa de petróleo ganhou na justiça o direito de interromper o pagamento de indenizações indevidas
BP
Exxon
Shell

10 – As normas internacionais de contabilidade têm sido questionadas neste país. O principal órgão regulador tem apoiado sua adoção, mas deseja que o Iasb considere a prudência dentro da estrutura conceitual:
Canadá
França
Reino Unido

Acertando 10 ou 9 questões = medalha de ouro; 8 ou 7 = prata; 6 ou 5 = bronze

Respostas: (1) Banana; (2) artigos; (3) Corinthians; (4) Apple; (5) OGX; (6) Deloitte; (7) Vaticano; (8) PCC; (9) BP; (10) Reino Unido

Rodízio na Europa

Segundo notícia da Reuters, a União Europeia deu um passo no sentido de obrigar o rodízio das empresas de auditoria. Os membros da comunidade aceitaram, numa reunião ontem, permitir que o parlamento possa debater sobre o assunto. Há um acordo de que as empresas importantes, incluindo os bancos, possam manter um mesmo auditor por até 15 anos. E que as outras empresas seria por 20 anos.

FBI poderá vender Bitcoins

O Silk Road é um mercado negro que funciona on-line. Lançado em 2011, os compradores registram na Silk Road (rota da seda) de graça e negocia mercadorias com bitcoins. Estima-se que as vendas anuais sejam de 22 milhões de dólares, a maioria de produtos ilegais, incluindo drogas.

Na quarta feira o FBI prendeu Ross Ulbricht, considerado o proprietário do Silk Road. Ontem ele apareceu no tribunal, negando as acusações. Junto com Ulbricht, o FBI capturou bitcoins, a moeda virtual usada no pagamento do endereço. Quando questionaram o FBI sobre o que irão fazer com as moedas, o porta-voz respondeu: "provavelmente liquidá-las".

04 outubro 2013

Rir é o melhor remédio

Bem... Acho que nós somos o grupo de controle.




Fonte: Aqui

Estrutura Conceitual: Passivo - Parte 1

Definição de Passivo

A discussão sobre a definição de passivo é conduzida em paralelo a do ativo. A definição do CPC diz que passivo é “uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos”. Isto significa dizer que para que um item seja classificado como passivo é necessário que o mesmo (a) seja uma obrigação presente; (b) derivada de eventos passados; e (c) e a liquidação resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos.

A proposta de definição do Iasb mantem os dois primeiros elementos, mas simplifica o terceiro ao adotar o termo “recursos econômicos”. Isto é coerente com o que já discutimos sobre o ativo, onde o mesmo ocorreu. Assim, segundo a proposta de mudança na estrutura conceitual, o passivo seria (a) uma obrigação presente; (b) derivada de eventos passados; e (c) de transferir recursos econômicos.


Em razão da definição de recursos econômicos, a proposta para o termo passivo não mantem a ideia de saída de recursos esperada. Assim, o Iasb prefere que a definição de passivo esteja vinculada ao termo “obrigação” em lugar da saída de benefícios econômicos. Da mesma forma, um passivo deve ser capaz de gerar saídas de benefícios econômicos. Também, da mesma forma que no ativo, o Iasb retira a ênfase da definição atual na probabilidade. 

Comunicado Conjunto


Fisco recua

O governo recuou e desistiu de cobrar retroativamente o Imposto de Renda (IR) sobre lucros e dividendos que deixou de ser pago por cerca de 200 grandes empresas nos últimos seis anos. Esses contribuintes calcularam o IR devido com base no padrão de normas contábeis internacionais (IFRS), que passou a vigorar a partir de 2008. No entanto, no entendimento da Receita Federal, a apuração deveria ter sido feita com base nas normas contábeis anteriores ao IFRS.

Como as companhias entendiam que não havia clareza da Receita sobre o assunto, elas vinham aplicando uma regra pela qual os lucros e dividendos distribuídos a acionistas não sofriam incidência de IR, mesmo que esses valores não tivessem sido tributados dentro da própria empresa. Já o Fisco entende que a isenção só é válida para acionistas se os lucros e dividendos tiverem sido tributados na pessoa jurídica.

Para resolver o assunto, a Receita editou no mês passado a Instrução Normativa (IN) 1.397, deixando clara a forma como as empresas devem fazer o acerto de contas. Na mesma ocasião, o Fisco disse que iria cobrar o IR retroativo de quem pagou a menos, alegando que as empresas estavam aplicando uma isenção indevida.

Agora, no entanto, houve uma mudança de postura. O secretário da Receita, Carlos Alberto Barreto, afirmou nesta quarta-feira que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reavaliou o tema e decidiu não fazer a cobrança. Segundo Barreto, ela poderia gerar uma insegurança jurídica no mercado, pois as empresas, algumas delas multinacionais, teriam que pedir a acionistas que devolvessem parte do que já receberam como lucros e dividendos. Por isso, o entendimento agora é que a norma deve ser aplicada por todas as empresas a partir da edição da IN 1.397. Ao ser perguntado se o governo estaria recuando, o secretário afirmou:

- O que se chama de recuo, na verdade, se trata de uma avaliação. O governo entende que esse fato (a cobrança retroativa) está causando e causará uma insegurança jurídica e entende que deve dar um tratamento futuro para essa norma - disse ele, acrescentando:
- As empresas teriam que reabrir seus balanços de anos anteriores o que acarretaria questões com bolsas de valores e acionistas. Houve uma manifestação não apenas das empresas, mas do conselho federal de contabilidade.

Barreto evitou falar em quanto a Receita deixará de cobrar. Ele afirmou que esse cálculo é complexo, pois o Fisco não tem informações precisas de quantas empresas teriam IR a devolver. Segundo o Fisco, 650 empresas apresentaram lucro contábil superior ao lucro fiscal a partir de 2008. Isso pode ser um indício de que o imposto recolhido foi menor do que o devido.

- Mas temos que verificar se o lucro não foi tributado mesmo. Eu arriscaria dizer que, no máximo, 30% desse universo (195 empresas) estão abrangidos (pelo fim da cobrança retroativa).

O secretário explicou que o Ministério da Fazenda já encaminhou para a Casa Civil uma proposta pela qual a forma de cálculo do IR ficará clara. No mesmo texto, que pode ser um projeto de lei ou uma medida provisória (MP), o governo vai extinguir em 2014 o Regime de Transitório de Tributação (RTT), criado para que as empresas no Brasil se adaptassem ao IFRS sem que houvesse prejuízos para a arrecadação.

Para aumentar o controle sobre as empresas com o fim do RTT, a Receita também vai estabelecer que as pessoas jurídicas façam, por meio eletrônico, uma prestação de contas detalhada ao Fisco. Os dados terão que ser organizados nesse novo padrão a partir de 2014 para serem entregues em 2015.

Fonte: O Globo

IFRS no Canadá

Um relatório da Certified General Accountants Association do Canadá analisou o impacto da adoção das normas internacionais de contabilidade naquele país. O estudo analisou 150 empresas de capital aberto que adotaram as IFRS em 2011. Segundo o relato, a adoção pode melhorar a comparabilidade das informações com outras empresas de outros países. Mas segundo Michel Blanchette, professor de contabilidade da Universidade de Quebec, através do Accounting Web, existe uma má notícia: há uma série de armadilhas para os analistas financeiros e outros usuários. Um dos pontos de destaque é a análise ao longo do tempo.

IFRS no Reino Unido

A entidade emissora das normas contábeis, o Iasb, possui sede em Londres, Reino Unido. O antigo presidente do Iasb era súdito da Rainha. O Reino Unido ter apoiado a criação do Iasb e sua adoção pela comunidade europeia. Apesar disto tudo, o Reino Unido tem sido apresentado uma grande resistência as normas de contabilidade. O principal motivo para a oposição de alguns setores: os efeitos das normas sobre as entidades.

Uma das polêmicas refere-se a legalidade das normas. Segundo alguns críticos, as normas do Iasb não se enquadram dentro do direito britânico.

O Financial Reporting Council (FRC), o principal regulador da contabilidade no Reino Unido, publicou um parecer jurídico defendendo a adoção. Mas isto não satifez os críticos que consideram que as normas internacionais de contabilidade não seriam prudentes o suficiente. Ou seja, a adoção do valor justo fez com que as entidades fossem agressivas e fizessem distribuição de dividendos de maneira agressiva. E no caso dos bancos, emprestassem mais dinheiro do que deveriam.

O questionamento da legalidade das normas e sua defesa pelo FRC não significa que este regulador está satisfeito com as IFRS - como as normas internacionais do Iasb são conhecidas. O FRC quer que o Iasb reconheça a necessidade da prudência na estrutura conceitual.

O Financial Times (UK looks to counter IFRS rules critics, Adam Jones, 3 de outubro de 2013) tentou uma resposta do Iasb e não obteve. Mas pela proposta de estrutura conceitual - que este blog está analisando detalhadamente - não existiria espaço para a inclusão da prudência. Ao final Jones esclarece:

O sistema IFRS também é usado para empresas listadas em outros países, incluindo Brasil, Canadá e Coréia do Sul .

Desempenho de Executivos

Um número assustador: uma pesquisa (via aqui) mostrou que 40% dos executivos mais bem pagos dos Estados Unidos ao longo dos últimos anos foram uma fraude. Ou foram demitidos, ou pagaram multas ou chegaram a um acordo relacionado com fraudes.

Um exemplo notório é Kenneth Lay, que foi um dos 25 executivos mais bem pagos durante quatro anos. Em 2001 sua empresa, a Enron, sucumbiu a fraude contábil, sendo Lay condenado por fraude.

Outro exemplo é Dick Fuld, que recebeu 466 milhões de dólares entre 2001 a 2007, por gerenciar a Lehman Brothers. A Lehman foi uma das instituições financeiras que mais sofreram com a crise. (Cartoon: aqui)

Valor: 60 milhões de dólares


O quadro acima, pintado por Andy Warhol, poderá ser vendido por 60 milhões de dólares. A obra é de 1962. Este não é o primeiro quadro de Warhol sobre o tema. Outra obra foi vendida por 35 milhões de dólares em 2010.

Profissionais desejados pelo mercado

Entre os sete, custos:

3. Cargo: Analista de custos

Habilidades específicas: espera-se para essa posição um profissional experiente e analítico, com conhecimentos em diversos formatos de apuração de Custos.

Habilidade comportamentais: esse profissional deve ser proativo, não esperar demandas de seus gestores e ter bom relacionamento interpessoal.

Salário médio: R$ 5.000,00

Domínio de idiomas: algumas multinacionais exigem inglês, que é cada vez mais importante para profissionais de nível sênior.

Formação e cursos de especialização requisitados: graduação em economia, administração, engenharia, ciências contábeis. Pós-graduação é um diferencial.

Plano de carreira: esse profissional pode ocupar um cargo de gerente de Custos ou seguir sua carreia nas áreas de Contabilidade e controladoria.

BP e seu passivo

A BP ganhou um recurso em um tribunal federal dos EUA para interromper pagamentos indevidos a empresários no caso do vazamento de petróleo no Golfo do México, em 2010. A petroleira alega que seria forçada a pagar bilhões de dólares a empresários que inflaram perdas ou que as inventaram.
Um painel de três juízes do 5º Tribunal Federal de Apelação cancelou a decisão do juiz Carl Barbier. O painel, que contou com o voto dissidente do juiz James Dennis, enviou o caso de volta a Barbier com a ordem de interromper alguns pagamentos e costurar um acordo para reconsiderar as acusações da BP e determinar quais pedidos de indenização são legítimos.
O porta-voz da BP, Geoff Morrell, declarou que a companhia está "extremamente satisfeita" com a decisão. Ele disse que isso reforça o que a BP vem dizendo, de que ela não deve pagar por perdas fictícias. "Nós estamos gratificados de que o pagamento sistemático de tais reivindicações agora deve chegar ao fim", afirmou.

BP ganha disputa legal para rever indenizações - Por AE

O caso da BP representa um bom estudo de caso sobre a questão da projeção de passivos.

Balanços dos Bancos

Às vésperas de começar a temporada de divulgação de balanços do terceiro trimestre do ano, as ações dos bancos médios estão refletindo o peso das dificuldades que enfrentam há mais de um ano, com aumento dos calotes e retração da demanda por crédito. Cinco desses bancos perderam, juntos, 13% de valor de mercado nos últimos 12 meses.

(...) Todos se especializaram em segmentos como veículos e middle market (onde os calores foram muito altos desde que a economia começou a desaquecer) ou crédito consignado, onde a concorrência dos grandes tirou parte do mercado. Os que estão sofrendo menos são o ABC, que tem como foco as grandes empresas; e o Panamericano, que tem como sócios dois bancos sólidos (Caixa e BTG Pactual). No mesmo período, o valor de mercado de Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Santander aumentou 12% - tirando o último da lista, a valorização dos outros três alcança 15%.

(...) Para Alexandre Albuquerque, analista da Moody's especializado no setor, o calote deixou esses bancos mais conservadores, mas a retração no crédito deixou mais capital disponível e reduziu as receitas, ao mesmo que tempo em que o aumento das provisões significa mais despesas. Por isso, precisa encontrar alternativas de receitas para recuperar a rentabilidade. (...)


Brasil Econômico

03 outubro 2013

Rir é o melhor remédio

Coma mais frango
Siga o líder

Estrutura Conceitual: Ativo - Parte 6

Desreconhecimento

Este termo não faz parte da atual estrutura conceitual do Iasb (e do CPC, por consequência) e, consequentemente, não existe uma discussão sobre quando deve ocorrer. Entretanto o mesmo tem sido usado na literatura específica há anos. Mais recentemente o termo tem chamado à atenção nas normas na área de arrendamento.


Segundo o Iasb, o desreconhecimento do ativo é quando a entidade remove um recurso econômico do balanço patrimonial. Neste sentido, o desreconhecimento é o oposto ao reconhecimento. Mas o Iasb afirma que a discussão sobre o desreconhecimento irá afetar diversos padrões contábeis, como instrumentos financeiros, venda com recompra e arrendamento. Além disto, o próprio Iasb reconhece que não existe uma padronização: diversos padrões adotadam abordagens diferentes.


Segundo a estrutura conceitual existiriam duas abordagens de desreconhecimento: controle e risco-recompensas. A primeira abordagem é simplesmente o reconhecimento invertido. Isto significa que existirá o desreconhecimento quando os critérios para reconhecimento não estiverem mais presente. A segunda indica que a entidade continua a reconhecer um ativo até que não esteja mais exposta ao risco gerado pelo ativo.

Cada uma das abordagens possui vantagens e desvantagens. Entretanto, parece que a abordagem de controle é mais coerente com a proposta geral da estrutura conceitual. Num determinado ponto da proposta o Iasb afirma que sua visão preliminar é que a entidade deveria desreconhecer um ativo quando não se enquadrar nos critérios de reconhecimento.

Finalmente, para os casos onde uma transação mantem parte de um ativo, o Iasb pretende estudar e decidir como retratar esta mudança.


Uma curiosidade: ao apresentar os exemplos para esta questão, o IASB adota, em lugar de euros ou outra moeda, “currency untis (sic)”. Advinhem a abreviatura... 

Fuso Horário

Eis uma exemplo interessante para discutir a padronização. Inicialmente a necessidade de padronizar para resolver um problema:

Um fuso horário é uma faixa longitudinal do globo, na qual as pessoas ajustam seus relógios no mesmo horário - de acordo com o movimento do Sol. Antes da criação dos fusos horários, cada cidade tinha seu próprio horário. Mas com o surgimento das ferrovias este sistema se tornou muito inconveniente, já que o horário no ponto de partida podia ser bem diferente do horário no ponto de chegada. 

A solução foi obtida de maneira "natural".

Em 1847, as empresas ferroviárias na Grã-Bretanha recomendaram que todos os relógios fossem ajustados usando um mesmo referencial - o meio-dia do Meridiano de Greenwich (longitude 0), chamado de Hora Média de Greenwich (GMT) na sigla em inglês. 

Conforme Niyama e Silva (2013, capítulo 1), um dos modelos de padronização é através da abordagem do mercado. Ou seja, as próprias forças do mercado resolveriam o assunto. Foi o que ocorreu com o problema.

(Fonte: 1001 invenções que mudaram o mundo, Sextante, p. 408)

Audição ou Visão

Uma experiência interessante testou se os participantes seriam capazes de advinhar quem seriam os vencedores de uma competição musical. Entre estes participantes, músicos treinados. A parte curiosa da pesquisa era tentar identificar se as pessoas conseguiam acertar os vencedores ouvindo a música ou vendo a sua execução.

Em conflito, os dois sentidos – audição e visão. Como a música utiliza a audição, esperava-se que os participantes acertassem mais escutando e do que vendo de um músico tocando sem o som não fosse de grande importância.

Num dos experimentos foi disponibilizado somente vídeo, somente som e vídeo mais som do desempenho dos competidores. Somente com o som, 28,8% foi a taxa de acerto. Com vídeo e som o acerto subiu para 35,4%. A surpresa é que somente olhando o vídeo, sem qualquer som, o acerto foi de 46,4%. E isto foi confirmado inclusive com participantes especialistas.

Veja mais aqui

Editais de leilões

Uma notícia mostra os problemas dos editais de leilões que o governo federal pretende fazer:

Investimentos subavaliados, taxas de retorno que não dão retorno, tarifas que não levam ao lucro. Segundo profissionais de empresas e de consultorias interessados no programa de concessões federais, essas são algumas das muitas falhas que constam dos projetos de estradas, portos e aeroportos - e são elas que afastam investidores e comprometem o programa. Hoje, mais do que rever os projetos para atender a iniciativa privada, em muitos casos, o que o governo está fazendo é corrigir os erros nos projetos dos leilões.

Para o jornal a empresa que está fazendo os editais é especialista no assunto, apesar de ter sido criada em 2009. E que a justificativa seria a pressa do governo. Entretanto, alguns dos erros citados não justifica esta hipótese. Em outro texto temos:

Segundo levantamento da ABTP, as licenças ambientais apresentadas como sendo dessa área [do porto de Santos] na verdade são de outro local, um terminal de líquidos da mesma Ultracargo, localizado fora do porto organizado.

Primeiro trabalho do PCC

O Private Company Council (PCC) foi criado nos Estados Unidos para indicar, dentro das normas que foram aprovadas pelo Fasb, quais as que não devem ser seguidas pelas empresas de capital fechado. Nos Estados Unidos as normas contábeis do Fasb possuem validade para as empresas de capital aberto, mas terminam sendo adotadas por muitas empresas fechadas por falta de alternativa.

Agora o PCC aprovou as primeiras exceções ao GAAP do Fasb. As exceções aprovadas irão para o Fasb para um endosso final. Se isto ocorrer, as normas passarão a ter validade. As exceções incluem hedge e amortização de ágio.

Carro como investimento

Em situações onde existem distorções sérias na economia, o automóvel termina por virar um investimento. Veja o caso da Argentina (Argentino usa carro como ‘poupança’ e infla exportações de carros do Brasil, Fernando Scheller, de O Estado de S. Paulo):

Como os bancos remuneram as aplicações levando em conta taxas oficiais, fazer aplicações em banco passou a ser sinônimo de perder dinheiro na Argentina. Segundo dados extraoficiais, a inflação no País ficou em 25,6% no ano passado, mais do que o dobro do porcentual admitido pelo governo, de 10,8%, que baliza os juros da economia. Sem melhor opção, a população opta por consumir - e o carro tem se tornado o bem preferido do argentino. De janeiro a agosto, as vendas de automóveis no país cresceram 9,6%, na comparação com 2012.

Além disto existe um incentivo do governo, através do crédito, para a compra de automóveis.

Um terceiro fator que incentiva a compra de carros - especialmente importados - é o fato de que, ao transformar o valor do veículo em peso, as concessionárias são obrigadas a usar a taxa oficial de câmbio, atualmente em 5,70 pesos por dólar. Para quem tem dólares guardados em casa - um recurso comum entre os argentinos -, o ganho pode ser de 60%, pois no paralelo é possível trocar a moeda americana numa cotação em torno de 9,50 pesos.

(Cartoon: Mafalda, da Argentina, sempre demais)

02 outubro 2013

Rir é o melhor remédio

Moral de 'Breaking Bad': pague mais os professores.

Estrutura Conceitual: Ativo - Parte 5

Reconhecimento
O reconhecimento de um ativo refere-se à decisão de uma entidade considerar um recurso econômico no balanço patrimonial. Para isto, existem regras que são estabelecidas pelo órgão regulador. Em outras palavras, a decisão do reconhecimento é a decisão de fazer o lançamento contábil, incluindo a data, as contas e o valor. Em razão da importância do valor, o mesmo é discutido à parte, na mensuração do evento.

O Iasb propõe também o termo desreconhecimento do ativo: ocorre quando um recurso econômico é removido do balanço patrimonial. Iremos discutir sobre o desreconhecimento mais adiante.

Na atual estrutura conceitual um “elemento” é reconhecido quando se enquadra na definição de ativo e quando tiver condição de ser mensurado com confiabilidade. Além disto, o Iasb também considera a materialidade. Em razão do método das partidas dobradas, a decisão do reconhecimento do ativo pode gerar o reconhecimento de uma receita, um passivo ou de um ativo. Adicionalmente, é necessário levar em consideração a probabilidade em razão da incerteza dos benefícios econômicos.

A proposta de mudança da estrutura conceitual, em análise pelo Iasb, pretende que uma entidade reconheça todos os ativos, exceto se a informação não for relevante para justificar o seu custo ou não resulta numa representação fiel. É bom lembrar que nas características qualitativas da informação contábil, já aprovada pelo Iasb e o CPC, existem duas características fundamentais: a relevância e a representação fidedigna. Mas ambas estão sujeitas a restrição do custo (Vide, Niyama e Silva, 2013, p. 107). Ou seja, a mudança da estrutura conceitual no que diz respeito ao reconhecimento (item 4) tenta manter uma coerência interna com as características da informação contábil (item 3 do CPC 00).

Como regra geral, a proposta de estrutura conceitual indica que tudo deverá ser reconhecido. A razão é simples: uma vez que o usuário usa as demonstrações para tomada de decisão, a maneira mais adequada de ajuda-lo é fornecendo todas as informações. Isto é inclusive coerente com a representação fidedigna, que pressupõe que a informação seja completa.

Apesar das restrições do Iasb quanto à questão da probabilidade (que discutimos anteriormente), caso não exista probabilidade de um ativo ter qualquer benefício econômico o mesmo não deve ser reconhecido. Se no trecho sobre a incerteza o Iasb parecia estar deixando de lado a discussão sobre a probabilidade, quando comenta a questão da probabilidade no reconhecimento, o Iasb volta a destacar este aspecto. Parece existir uma questão não resolvida aqui: afinal, a probabilidade de ocorrência é importante ou não? A resposta parece um sim, apesar de o Iasb negar isto num primeiro momento.


Para o Iasb existindo um grau elevado de incerteza numa estimativa, como ocorre com a mensuração do goodwill gerado internamente, pode não ser apropriado não reconhecer, pois a informação não será relevante para o usuário. Mais do que isto, podemos afirmar que a informação não satisfaz as características fundamentais da informação. Na verdade, o texto da estrutura conceitual é até certo redundante em relação das características qualitativas da informação, o item três da própria estrutura. Talvez em nome da concisão, o Iasb deveria ter resumido a questão do reconhecimento aos aspectos da figura. Isto evitaria confusões, como a questão da probabilidade ou a necessidade da confiabilidade da informação, que o Iasb resgata em alguns pontos do documento.

Relatório de Capital Humano: Brasil 57o

Países da Amostra

O Fórum Econômico Mundial publicou o primeiro Relatório de Capital Humano. Foram avaliados 122 países, tendo a Suíça ficado em 1o lugar. O Japão ficou em 15o, Estados Unidos em 16o, França em 21o, Espanha em 29o, Portugal em 30o, China em 43o, Grécia em 55o e, finalmente, o Brasil em 57o.

O conselheiro do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, declara que a chave para o futuro de qualquer país e qualquer instituição está no talento, aptidão e capacidade do seu povo. Com a projeção da escassez de talento se demonstrando severa tanto no mundo desenvolvido, quanto no em desenvolvimento, e imperativo voltar as atenções para como essa escassez pode ser suprida em curto prazo e prevenida a longo termo.

O arquivo, disponível em .pdf, é caprichoso, rico, interessante, informativo, assustador e um tanto deprimente. Acredito que várias pesquisas possam nascer dali. Não há só a classificação dos países, como também um perfil de cada nação, assim como a metodologia utilizada. Recomendo a leitura, ou ao menos uma olhada por alto. Salvem em seus computadores. Quem sabe a sua próxima pesquisa não brote dali?

Em rankings detalhados, o Brasil ficou em:

Geral: 57o
Educação: 88o  Ծ_Ծ
Saúde e bem-estar: 52o
Empregabilidade e força de trabalho: 45o
Ambiente estrutural: 52o

BRICS

Banco do Vaticano divulga balanço

O Banco do Vaticano ou IOR publicou suas demonstrações contábeis anuais (Aqui, em PDF). O total do ativo quase chega a 5 bilhões de euros. O lucro aumentou de 20,3 milhões de euros, em 2011, para 86,6 milhões, em 2012.

Segundo Quartz, a principal razão foi as taxas de juros. E o seu principal ativo está relacionado com títulos de dívida. Segundo o Vaticano, o IOR não é um banco tradicional, pois está centrado na gestão de fundos religiosos e de caridade. Segundo a AFP:

Pela primeira vez, o banco divulgou seus resultados em um relatório anual publicado em seu novo site na internet, uma demonstração da nova política de transparência que o Vaticano deseja para um banco muito criticado por sua opacidade no passado.

O IOR administra milhares de contas, principalmente de sacerdotes, religiosos, bispos, congregações, que atualmente são controladas por consultores externos.

O banco também serve para fazer circular os fundos necessários para as obras da Igreja no mundo. Mas a falta de transparência permite que o dinheiro sujo, especialmente o da máfia, seja lavado no IOR.


Atualização: Aqui o relatório de 2014.

Estatística e dança

(Via Boeing Boeing)

Deloitte é a maior

A Deloitte obteve uma receita de 32,4 bilhões de dólares. Como a PwC gerou receita de 32,1 bilhões, isto coloca a Deloitte como a maior empresa de auditoria do mundo. Informação do WSJ (via aqui)

OGX decide não pagar

A petroleira OGX, do empresário Eike Batista, optou por não pagar juros sobre bônus no exterior que venceriam nesta terça-feira, no primeiro passo do que pode vir a ser o maior calote da história por uma empresa latino-americana.

(...)O não pagamento dos juros referentes à dívida de US$ 1,1 bilhão em bônus com vencimento em 2022 já era amplamente esperado, diante da crítica situação de caixa da petroleira.

O bônus possui, entretanto, cláusula que dá ao emissor prazo de 30 dias para honrar o compromisso, como havia antecipado reportagem do Broadcast com fontes, ontem. Depois desse prazo, a empresa está sujeita à aceleração do pagamento de outras dívidas, especialmente as bancárias, e pode ser levada à falência. No final de junho, a dívida da OGX com bancos somava R$ 8,7 bilhões, de acordo com o balanço da companhia.


Fonte: Estadão

Basileia 3 está chegando

O acordo da Basileia refere-se a um acerto entre os bancos centrais de várias nações do mundo. Lida basicamente com regras para determinar o nível mínimo de capitalização. Começa hoje uma mudança importante:

A mudança diz respeito à aceitação, pelo Banco Central, de dívidas subordinadas como parte do Patrimônio de Referência (PR) das instituições, conceito de capital usado para efeitos de cobrança e cumprimento do mínimo regulamentar. Os bancos terão de retirar gradualmente do cômputo do PR as dívidas que foram admitidas como parte dele com base nas regras antigas, vigentes até fevereiro.

No primeiro momento, 90% do saldo de dívidas equiparadas a capital próprio com base nas velhas regras poderá continuar sendo computado, depois de considerados os abatimentos que já eram obrigatórios. De 2014 em diante, o limite cairá mais 10% ao ano, sempre em 1º de janeiro, até ser zerado em janeiro de 2022. Assim, no máximo até lá, todos os instrumentos de dívida usados para reforçar capital regulatório do sistema financeiro do Brasil estarão de acordo com as novas exigências.

A principal dessas exigências é a inclusão, nos contratos com credores, de cláusula prevendo extinção permanente da dívida em determinadas situações. Esse critério já vale desde 1º de março deste ano para a consideração de novos instrumentos de dívida na composição do PR. O credor precisa concordar de antemão em desistir do seu crédito sem possibilidade de contestação, caso as situações previstas no contrato se configurem.


Fonte: Valor Econômico / Mônica Izaguirre - 01.10.13 - via aqui

01 outubro 2013

Rir é o melhor remédio



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Estrutura Conceitual: Ativo - Parte 4

Controle

Na atual definição de ativo a questão de controle está presente quando afirma que se trata de um “recurso controlado pela entidade”.  Segundo Niyama e Silva (2013, p. 120) somente a entidade possui a habilidade de exercer os direitos dos benefícios econômicos. O Iasb evita usar o termo propriedade, optando pela essência sob a forma.

Entretanto, não existe na estrutura conceitual uma definição do termo controle. Mas alguns padrões isolados lidaram com este aspecto. Merece destaque a minuta sobre receita. Nesta minuta controle está associado à capacidade de usar e obter as vantagens de um ativo.

A proposta de estrutura conceitual propõe uma definição próxima a esta: uma entidade controla um recurso econômico quando tem a capacidade de determinar como será seu uso, de modo a obter benefícios econômicos que fluem do ativo. O Iasb pretende que esta definição seja ampla suficiente para incluir os casos onde uma entidade “controla” somente um pedaço do benefício econômico. Por exemplo, se uma entidade possui uma participação no benefício econômico gerado pelo ativo, isto caracterizaria o controle, mesmo que a participação seja reduzida.

Mas não se enquadra como ativo os direitos que qualquer entidade pode ter acesso. Este é o caso dos direitos autorais de uma obra literária que já caiu em domínio público. Isto não pode ser considerado um ativo, já que qualquer pessoa pode reproduzir esta obra. É também o caso do peixe num rio, onde todos podem pescar.


O Iasb, de maneira perigosa, faz uma analogia entre a questão do controle e da relação entre agente e principal. Quando a entidade atua como principal numa relação agente-principal, os benefícios econômicos podem ser considerados como ativo para entidade. Quando atual como agente, não seriam ativo. 

Referência
NIYAMA, Jorge Katsumi; SILVA, César Augusto Tibúrcio. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2013. 

Número do Jogo

Existe uma relação entre o esporte e os métodos quantitativos. Recentemente o sucesso do filme Moneyball chamou atenção para o uso de dados na determinação da melhor estratégia no baseball. Mas isto também é possível em outros esportes, inclusive no futebol.

As transmissões das partidas de futebol mais recentes enfatizam o percentual de posse de bola, o número de faltas cometidas, a quantidade de chutes a qual, os quilômetros percorridos por um jogador, entre outros dados. Os números chegaram ao jogo. O livro Soccernomics foi o primeiro a tentar justificar a importância de entender o futebol a partir dos números.

O livro “Os números do Jogo” segue nesta trajetória. Usando pesquisas realizadas pelos autores e por outros pesquisadores, o livro se propõe a informar que “tudo o que você sabe sobre futebol está errado”, conforme consta do subtítulo. Em doze capítulos, os autores discutem sobre o gol, a importância do técnico, a relação entre desempenho e dinheiro, entre outros aspectos.

Para quem gosta de futebol e de números, o livro é interessante. Entretanto, particularmente achei alguns capítulos confusos. Por exemplo, a discussão sobre a importância dos técnicos parece conduzir a conclusão de que não são relevantes. Mas a medida que o capítulo sobre o assunto se desenvolve, os autores conduzem alguns inferências no sentido contrário.

Existem algumas tiradas boas, mas no geral o livro decepciona.

Algumas conclusões interessantes:
=> os escanteios possui pouca chance de resultar em gol;
=> quando comparado com handebol, basquete, futebol americano e beisebol, o futebol é o esporte onde existe maior chance do favorito perder. Ou seja, é o esporte mais imprevisível;
=> o número de chutes a gol não garante vitória;
=> não existe muita diferença no futebol praticado nas principais ligas do mundo;
=> o gol mais valioso é o segundo, pois aumenta a previsão de pontos para uma equipe em 0,99;
=> nem sempre o time que marca mais gols vence um campeonato, nem o que sofre menos gols;

=> mais importante que o melhor jogador é o pior jogador de uma equipe, ou o elo fraco do time.

Leia Mais Os Números do Jogo. Chris Anderson e David Sally, Paralela, 2013

Marcas valiosas

O gráfico mostra a evolução recente das marcas mais valiosas. A Coca-Cola que dominou o ranking durante os últimos anos agora está em terceiro. A Microsoft que ficou durante anos em segundo, está em quinto. O ano trouxe as marcas Apple e Google nos primeiros lugares.

Patrocínio no Futebol

Sobre o patrocínio nos clubes de futebol:

O Corinthians foi o time brasileiro que mais arrecadou recursos com patrocínio em 2012, aponta o levantamento feito pelo consultor esportivo Amir Somoggi. O clube paulista arrecadou R$ 64,6 milhões com patrocínios, seguido pelo Santos que levantou R$ 70,3 milhões. No geral, os clubes nacionais arrecadaram R$ 767 milhões. Segundo Somoggi, crescimento em patamar bastante inferior ao registrado em anos anteriores.

Os maiores contratos de patrocínio do futebol brasileiro estão com a CBF, que sozinha representa quase um terço do mercado. Em 2003, essa fonte de receita gerava R$ 80 milhões e em 2012 atingiu R$ 236 milhões, evolução de 194%, ou 119% acima da inflação do período.


Aqui a relação dos maiores times por patrocínio:

1) Corinthians - R$ 64,6 milhões
2) Santos - R$ 50,3 milhões
3) Palmeiras - R$ 44,2 milhões
4) Flamengo - R$ 34,4 milhões
5) Internacional - R$ 32,3 milhões
6) Vasco - R$ 26,9 milhões
7) São Caetano - R$ 26,5 milhões
8) Grêmio - R$ 25 milhões
9) Atlético - R$ 21,9 milhões

É realmente estranho a presença do São Caetano. Mas este o valor que consta do balanço do clube. O clube é patrocinado pela Universo Tintas.

Mensagens

Uma pesquisa e um resultado surpreendente: as mensagens on-line não atrapalham na criação de amizades off-line
Os resultados mostram que o uso de mensagens instantâneas dos adolescentes aumentaram sua capacidade de iniciar amizades off-line ao longo do tempo. Além disso, o uso de mensagens instantâneas aumentou indiretamente a capacidade dos adolescentes para iniciar amizades off-line através da diversidade de seus parceiros de comunicação on-line. Estes resultados sugerem que os adolescentes podem praticar habilidades sociais on-line e aprender a se relacionar com uma variedade de pessoas que, ao longo do tempo, pode aumentar a sua capacidade de iniciar amizades off-line.

(via aqui)

Pirateando artigos acadêmicos

A polícia chinesa está combatendo um novo tipo de crime: produção de artigos acadêmicos falsos, incluindo versões falsificadas de revistas médicas com os artigos.

O cliente que compra este produto está interessado em promoção no seu trabalho.

Enap

A Enap completou recentemente 25 anos. Para comemorar este evento, foi convidado para uma palestra o professor Gileno Marcelino. Marcelino (foto) apresentou o tema “A Reforma Administrativa no contexto da Reforma Política”.

Com enfoque na evolução da administração pública no país, a palestra abordou o papel da reforma administrativa como elemento viabilizador da iminente reforma política debatida na Câmara dos Deputados. Para o professor, o contexto político atual mostra a necessidade de se discutir em profundidade o tema, aproveitando a oportunidade para dar resposta ao clamor da sociedade brasileira. “Precisamos propor um novo modelo de Administração Pública, repensá-la, que colabore com o êxito da reforma política, processo mais amplo e indissociável de mudanças estruturais no Estado brasileiro”, comentou.
O download da palestra na íntegra pode ser feito aqui