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19 abril 2013

Rir é o melhor remédio

A Reuters divulgou ontem a notícia que George Soros faleceu. As grandes agências de notícias possuem o obituário de pessoas conhecidas pronto para uma morte inesperada. Observe que a idade de Soros é substituída por "XXX", sendo substituída pelo número atual (hoje, seria 82 anos).

Estádio de Brasília

Há uma pergunta de um bilhão de reais dividindo a capital do país. E no dia 18 de maio, quando for inaugurado o Estádio Nacional de Brasília, após sucessivos adiamentos, dificilmente alguém terá uma resposta convincente. A nova data foi definida só no início desta semana. As fortes chuvas dos últimos dias na cidade seriam as responsáveis pelo atraso na colocação do gramado. A arena, orçada inicialmente em R$ 740 milhões, acabou custando quase 40% [1] a mais e garantiu um título antecipado: será a mais cara da Copa do Mundo de 2014. Até agora, contudo, ninguém sabe com exatidão se ela conseguirá driblar o risco de tornar-se um elefante branco depois do megaevento esportivo.

Uma decisão está tomada: o governo do Distrito Federal, que bancou 100% do investimento com dinheiro público e sem recorrer ao BNDES, vai privatizar a administração do estádio. O edital de concessão deverá ser lançado no segundo semestre. A intenção das autoridades locais é assinar um contrato de 30 anos, renovável por outros 30 anos, no qual o gestor privado assumirá as despesas de operação e manutenção - mas sem pagar os gastos de construção [2]. Não está definido se ele pagará um valor prefixado de arrendamento, um percentual das receitas geradas ou uma combinação dos dois.

Segundo fontes do mercado, três grupos estrangeiros já manifestaram interesse na concessão, o que as autoridades do DF não confirmam. Um deles é a gigante americana de entretenimento AEG, que colocou os pés no Brasil recentemente, ao fechar contratos para a gestão de três estádios: a Arena Pernambuco (Recife), a Arena Palestra (São Paulo) e a Arena da Baixada (Curitiba). Outro é o grupo britânico de marketing esportivo CSM, que faz a gestão de camarotes e áreas vip do Engenhão, no Rio. A holandesa Amsterdam Arena, que atua no Brasil em parceria com OAS, também estaria de olho.

Sob vários aspectos, o Estádio Nacional pode tornar-se referência em construções sustentáveis, o que encarece a obra, mas amortece os custos de operação. Estão sendo instaladas 9,6 mil placas solares no teto da arena, com 2,5 megawatts de potência, que vão entrar na rede da distribuidora de energia local. Dessa forma, quando precisar acender os holofotes e consumir eletricidade, o estádio usará seus créditos pela geração de energia e provavelmente terá despesa insignificante com as contas de luz. Cinco piscinões subterrâneos e um lago de retenção no entorno da arena poderão armazenar até 7 milhões de litros, reduzindo gastos com o fornecimento de água.

Mesmo assim, é uma conta difícil de fechar. O valor do estádio, que terá capacidade para 71 mil pessoas, já subiu para R$ 1,015 bilhão [3] [4]. Esse acréscimo se deve essencialmente às licitações para a cobertura, as cadeiras e o gramado, que foram feitas de forma isolada e não estavam na previsão original [5]. Outra licitação, estimada em R$ 305 milhões, está em andamento e contratará uma empresa responsável pela requalificação do entorno - o que envolve um projeto de paisagismo assinado por Burle Marx, mas também ações básicas, como a instalação de calçadas no Eixo Monumental, a enorme avenida do Plano Piloto, às margens da qual se situa a arena.

Trata-se de um investimento quase impossível de recuperar, conforme nota o ex-governador e senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que fez um exercício rápido com a calculadora. Para pagar o valor de todas as obras em 30 anos, o prazo inicial da concessão, seria preciso colocar 42 mil pessoas no estádio, todas as semanas, cobrando R$ 20 por ingresso. "Obviamente posso ser desmentido pelos fatos, mas o meu sentimento é que estamos caminhando para ter um elefante branco no meio de Brasília." [6]

Uma forma cogitada pelas autoridades locais de dar uso mais intensivo ao estádio foi trazer pelo menos dois jogos de cada time grande do eixo Rio-São Paulo, no Campeonato Brasileiro, para Brasília. Os próprios cartolas, no entanto, reconhecem que a ideia é inviável. "Temos uma torcida apaixonada pelos times de fora e alguns clubes demonstram interesse em jogar aqui, mas não dá para pensar em trazê-los em todas as rodadas do Brasileirão", admite o presidente da Federação Brasiliense de Futebol, Jozafá Dantas. No dia 26 de maio, Santos e Flamengo vão jogar no Estádio Nacional, pela primeira rodada do campeonato nacional.

Dantas afirma que há dificuldades, no entanto, para ter equipes paulistas e cariocas vindo regularmente a Brasília. Muitos times descartam jogar longe de casa partidas decisivas e nem querem criar desestímulos à adesão de sócios-torcedores, que podem desistir de ter uma carteirinha do clube, se uma parte dos jogos em que há mando de campo for em outra cidade. Para complicar, há quem prefira simplesmente evitar o Cerrado entre julho e setembro, meses de forte seca. A respiração fica difícil e o rendimento dos jogadores tende a ser menor.

O cartola acredita que a melhor solução, de caráter estrutural, é desenvolver o futebol candango. Mas isso, por enquanto, parece ser apenas uma ilusão.

Domingo definitivamente ainda não é dia de futebol em Brasília. No plano nacional, não há times na primeira ou na segunda divisão. No torneio local, 57 partidas haviam sido disputadas até a semana passada. Somando todos os jogos, houve 47.625 pagantes - público insuficiente para lotar o Estádio Nacional uma única vez. Três dos seis jogos da penúltima rodada tiveram menos de 200 espectadores. O duelo entre Legião e Luziânia contou com 18 pessoas nas arquibancadas. Arrecadou apenas R$ 135. [7]

Obviamente, como se trata de uma arena multiuso, a expectativa do governo local é colocar Brasília no roteiro de grandes shows e eventos. Sérgio Graça, coordenador da Secretaria Extraordinária da Copa no DF, ressalta a estrutura do estádio para esse tipo de espetáculo. "Poderemos colocar mais de 20 mil pessoas só no gramado e evacuar essa multidão em oito minutos", entusiasma-se o executivo, apontando as gigantescas portas de entrada e saída em cada ponta do estádio.

"O problema é que não teremos uma Madonna vindo a Brasília mais de uma vez por ano", pondera o senador Cristovam, cético quanto à possibilidade de atração de shows em ritmo que possa justificar os investimentos feitos no estádio. Geralmente, onde há uma concessionária explorando comercialmente a arena, é ela quem se dedica à captação dos eventos. "O parceiro tem que ter expertise para trazer espetáculos relevantes", observa Marcelo Doria, presidente da BSB - Brunoro Sport Business, uma firma de consultoria esportiva.

"Dos estádios da Copa, Brasília é quem melhor está se preparando para funcionar como arena multiuso, mas também tem desafios enormes pela frente", complementa Doria. Segundo ele, estádios como o Maracanã e o Itaquerão deverão extrair pelo menos 80% de sua receita com o futebol, depois da Copa. Em Brasília, o mix pode ser de 30% com eventos esportivos e 70% com espetáculos. "Para isso, é preciso desenvolver o futebol local, no médio e longo prazos", conclui.

O governo também espera fazer do estádio um grande centro de lazer, com dois restaurantes e 14 lanchonetes e 40 bares, além de reservar espaço para atividades culturais, como exposições de arte. Para Sérgio Graça, o investimento já vale a pena diante das estimativas feitas pela Fundação Getulio Vargas (FGV), que apontam a perspectiva de 600 mil turistas circulando por Brasília durante a Copa do Mundo.

"Eles podem deixar R$ 5 bilhões na cidade", prevê Graça [8]. Ele diz que outro fator precisa ser levado em conta. "Só na abertura da Copa das Confederações", ressalta, referindo-se à partida inaugural entre Brasil e Japão, no Estádio Nacional, "será vista por 2 milhões de pessoas". "Quanto teríamos que gastar para ter uma publicidade semelhante? No mínimo, depois de tudo isso, todo o planeta vai saber que Brasília é a capital do país", finaliza.


Brasília "caça" público para novo estádio - Daniel Rittner | De Brasília - Valor Econômico - 18/04/2013


[1] Existe uma explicação plausível para isto. Alguns autores chamam de efeito Concorde ou cost overun.
[2] Isto é custo perdido. Não deve ser levado em consideração na decisão.
[3] Anteriormente o mesmo jornal tinha feito matéria sobre o assunto com uma série de erros conceituais. Vide aqui para mais detalhes.
[4] Em postagem anterior mostramos que a média mundial é um custo de 7 mil dólares por assento. A conta é simples aqui: 1.015/71 = 14 mil por assento que corresponde a 7 mil dólares. Exatamente o valor médio mundial.
[5] A impressão inicial é que ocorreu um reajuste no valor orçado, o que não é verdadeiro.
[6] Os cálculos são: 42 mil x 20 x 52 semanas x 30 anos = 1,31 bilhão. Mas ele está considerando as obras em torno do estádio, que não seriam vinculadas a obra em si. Mas o cálculo também possui erros já que deixa de considerar o valor do dinheiro no tempo e considera que toda receita gerada seria retornada para pagar o investimento. Mas seria pedir demais para sua calculadora.
[7] Obviamente estes dados estavam disponíveis quando a decisão de fazer o estádio foi tomada. Decisão esta de responsabilidade dos políticos, incluindo o senador.
[8] OS valores são questionáveis, mas devemos reconhecer que o argumento tem uma certa fundamentação.

Internet e democracia

O gráfico mostra a mudança percentual nos usuários da internet e a mudança no escore da democracia. A mudança no número de usuários parece favorecer a participação política. Os dados são do período de 2002 a 2011

Caça e Caçador







Fonte: Aqui

Só homens

Aqui só entram homens:

=> reitores da Harvard Business, Wharton, Stanford e  MIT
=> Secretário-geral da ONU
=> membro do Comitê Olímpico Internacional
=> Conselho do Banco Central Europeu
=> todos os CEO das empresas aéreas da Star Alliance
=> todos os CEO das empresas aéreas da OneWorld
=> líderes da igreja Mórmon

Mais desta lista, aqui

Truques para evitar o imposto

O The Onion listou alguns truques que grandes empresas usam para evitar o imposto de renda. Eis três casos curiosos:

=> McDonald´s = algumas lojas localizadas em áreas urbanas classificadas como igrejas
=> Fisher-Price = emprega veterenos de guerra
=> ExxonMobil = investe em tecnologia "verde"

18 abril 2013

Rir é o melhor remédio



Fonte: Aqui

Aprenda a estudar


Técnicas de Estudo: qual é a mais eficiente?



Cloud-learning
A paper published in Psychological Science in the Public Interest has evaluated ten techniques for improving learning, ranging from mnemonics to highlighting and came to some surprising conclusions. 
The report is quite a heavy document so I’ve summarised the techniques below based on the conclusions of the report regarding effectiveness of each technique. Be aware that everyone has their own style of learning, the evidence suggests that just because a technique works or does not work for other people does not necessarily mean it will or won’t work well for you. If you want to know how to revise or learn most effectively you will still want to experiment on yourself a little with each technique before writing any of them off.

continua aqui
aqui um resumo em português

Um curso de economia comportamental

Erik Angner escreveu um livro sobre economia comportamental bastante interessante (A Course in Behavioral Economics, Palgrave, 2012). A estrutura é simples: para cada capítulo onde Angner explica os conceitos de economia, segue um capítulo sob a ótica da economia comportamental. Por exemplo, o capítulo dois é sobre escolha racional em situação de certeza. O autor discute sobre preferências e utilidades de forma bastante didática. No capítulo seguinte, Angner coloca os conceitos de custo de oportunidade, custo perdido, aversão à perda, efeito propriedade, ancoragem, entre outros, também numa situação de certeza.  Assim, o autor explica como a economia comportamental pode, sob certos aspectos, ser justificada usando os próprios instrumentos da teoria econômica.

Após este início, discute a questão do julgamento em situação de risco e incerteza. Depois escolha em situação de risco e incerteza e escolha intertemporal. Esta parte, por sinal, talvez tenha os trechos mais interessantes da obra. A parte V, por outro lado, é decepcionante. Trata da interação estratégica, através da utilização da teoria dos jogos. Mas a análise é muito pobre e a parte comportamental é muito rápida (somente dez páginas).

Ao longo do texto, Angner apresenta alguns exercícios, cujas respostas estão apresentadas no final.

Vale a pena? Para que deseja comparar a teoria econômica tradicional com a economia comportamental, a obra é uma introdução importante sobre o assunto. Para quem não gosta de formalização dos conceitos, fuja do livro.

Evidenciação: Este livro foi adquirido pelo blogueiro numa livraria comercial. 

17 abril 2013

Valor do Corinthians

Segundo a revista Forbes, o Corinthians é o 16o. clube de futebol com maior valor do mundo e o primeiro fora da Europa. O clube com maior valor, o Real Madri, possui receitas de 650 milhões de dólares, seis vezes o valor do Corinthians. Mas ao contrário de vários clubes europeus, onde muitos bilionários participam com dinheiro, o Corinthians não possui - pelo menos publicamente - nenhuma pessoa rica envolvida. Outra diferença é que o clube não possui, ainda, estádio.

Também ao contrário dos outros clubes, o Corinthians não possui muitos torcedores fora do Brasil.

Oferta inicial retomada

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) autorizou a retomada da oferta pública inicial de ações (IPO, em inglês) da BB Seguridade, que pode levantar cerca de R$ 12 bilhões, quatro dias depois de ter suspendido a operação por irregularidades em sua divulgação.

Fonte: Aqui

Rir é o melhor remédio

Adaptado daqui

Mudar o comandante resolve?

Quando o desempenho de uma empresa não está adequado, os acionistas forçam a saída do principal administrador. Um problema numa empresa é que as medidas de desempenho possuem uma periodicidade muito longa: trimestral, para as empresas de capital aberto no Brasil ou anual para as empresas de capital fechado. Mas será que trocar o gestor resolve a situação?

Se a troca do administrador numa empresa promover a sua recuperação, isto é um sintoma de que a medida teve um efeito positivo. Mas se o desempenho continuar ruim, a troca não deve ser uma medida que produza benefícios.

A questão que dificulta os pesquisadores em avaliar a eficiência da troca de administradores é decorrente da longa periodicidade das medidas de desempenho, que impede a verificação do seu efeito. Quando os cientistas não conseguem fazer uma pesquisa numa área, uma opção é buscar um atalho para obter a resposta desejada. Neste caso, encontrar uma área onde o desempenho pode ser mensurado com uma periodicidade menor.

E existe este setor. São os clubes esportivos, onde o desempenho é medido não por seu lucro, mas pelos confrontos com seus adversários. Se um clube não consegue bons resultados, o seu técnico pode sofrer as consequências. Dois pesquisadores italianos, usando os dados do futebol do campeonato italiano entre 1997/8 a 2008/9, conseguiram medir a influencia da mudança do gestor, o técnico, nos resultados. Usando mais de quatro mil jogos que ocorreram naquele campeonato, os pesquisadores observaram que 37% dos times mudaram de técnico durante o torneio. O gráfico abaixo mostra o comportamento da equipe de futebol antes da troca de técnicos e depois.



Mas o gráfico não revela toda a história. Quando se faz uma comparação antes e depois da troca é necessário levar em consideração a qualidade dos adversários. Quando o técnico que foi demitido enfrentou adversários fortes, é natural que, em média, ganhe poucos pontos. Se o novo técnico ganha pontos de adversários fracos, o mérito talvez não seja do seu trabalho.

Apesar do primeiro resultado da pesquisa mostrar uma pequena melhoria no desempenho com a mudança do técnico de futebol – como pode ser visualizado no gráfico – ao levar em consideração a qualidade dos adversários esta melhoria desaparece. Ou seja, controlando os efeitos dos adversários, a mera troca do técnico – o gestor do clube de futebol – não é uma medida que melhora o desempenho do clube – a empresa da pesquisa.

Mas provavelmente temos aqui um componente comportamental. Pesquisas já mostraram que a melhor postura do goleiro durante a cobrança do pênalti é ficar no meio do gol. Mas os goleiros insistem em “escolher” um canto, muito para dar uma “satisfação” para torcida. O mesmo pode ocorrer com a troca de técnicos. Os dirigentes talvez saibam que mudar o técnico não resolve, mas mantê-lo é dizer, para torcida, que eles não estão fazendo nada.



Para ler mais: DE PAOLA, Maria; SCOPPA, Vincenzo. The Effects of Managerial Turnover: Evidence from Coach Dismissals in Italian Soccer Teams. Jornal of Sports Economics. Vol. 12, n. 2, p. 152-168, 2012.

Risco País

A tabela mostra o risco país, medido pelos juros do crédito. Apesar da crise européia, o primeiro lugar é ocupado pelos hermanos, com 84,5%. Chipre, que está no centro da crise, ficou em segundo, seguido do Paquistão e Venezuela.

O Brasil possui um taxa de 9,4%, mas com uma tendência crescente. O melhor da América Latina é o Chile, com 4,6%. O melhor do mundo é a Noruega, com 1,9%.

E-mail indiscreto

Uma troca de e-mails, emitidos por dois gerentes de duas agências do Banco do Brasil, foi suficiente para que a CVM suspendesse a abertura de capital da BB Seguridade. Os gerentes lembravam a 61 clientes da oportunidade de comprar as ações.

A abertura de capital possui a chance de ser a maior IPO do mercado brasileiro.

Erro

Um estudo sobre crescimento econômico em diversos países do mundo cometeu um erro grasso:

O estudo apontava uma média de crescimento de -0,1%. Mas observe a figura com atenção: ao calcular a média cometeu-se um erro na marcação das células, excluindo Dinamarca, Canadá, Bélgica, Áustria e Austrália. A média correta seria de 2,2%.

16 abril 2013

Rir é o melhor remédio


Um fiscal fala para um contador de uma pequena empresa:  “Nós acreditamos que é um grande privilegio você viver e morar no Brasil”. “Como cidadão brasileiro você tem a obrigação de pagar os impostos e esperamos que pague com um grande sorriso no rosto.”
“Graças a Deus”, diz o contador. “Eu pensei que pagaria com dinheiro”.

Um empresário entrevistava candidatos a uma vaga na sua empresa. Ele perguntava a cada candidato a seguinte questão: “Quanto é dois mais dois?”
O primeiro candidato era um jornalista e respondeu “vinte e dois”. O segundo era um sociólogo e afirmou “não sei a resposta, mas nos podemos discutir esta importante questão”. O terceiro era um estatístico que sacou de um teste cuja resposta estava entre 3,99 e 4,01. O próximo candidato era um advogado, que afirmou que pela Lei 123, inciso 4º., que dois mais dois era quatro. O último era um contador. O empresário perguntou: “quanto é dois mais dois?”. O contador levantou, fechou a porta e falou em voz baixa: “quanto você quer que seja?”. Foi contratado.

Um contador sugeriu a um político que deveria investir num zoológico. O cliente ficou surpreso com a recomendação. “Um zoológico? Qual a razão para comprar um zoológico?” O contador replicou: “Por causa dos elefantes?”. O cliente continuou sem entender e perguntou: “Os elefantes? Qual a conexão entre elefantes e investimentos?” O contador perguntou: “Você sabe quanto custa alimentar um elefante?” O cliente respondeu: “Não, é claro que eu não sei quanto custa alimentar um elefante.” O contador replicou: “Bem, nem o fiscal do imposto de renda.”

Um investidor encontrou um contador esperto e disse: “Se eu te der mil reais, você pode responder duas perguntas?”. O contador esperto replicou: “certamente, qual a outra pergunta?”

“Alô, é o pastor Feliciano?”
“Sou eu”
“Aqui é do imposto de renda. Você poderia nos ajudar?”
“Eu posso”
“Você conhece José da Silva?”
“Eu conheço”
“Ele membro da sua igreja?”
“É”
“Ele doou 10 mil para sua igreja?”
“Ele irá...”

Piadas de Contadores

O livro The Accountant´s (Bad) Joke Book faz uma compilação de diversas piadas sobre contadores. O livro despertou meu interesse depois que a Isabel fez um breve comentário sobre ele aqui no blog. Resolvi gastar oito dólares num livro de vinte páginas.

Existem diversas piadas “adaptadas” de piadas tradicionais. Sabe aquela dos três papagaios que são vendidos numa loja? No livro, o primeiro papagaio sabe tudo de auditoria e custa $500; o segundo, além de saber auditoria, consegue fazer excelentes projeções, custando o dobro; o terceiro custa 4 mil. Quando questionado sobre o que ele faz, o dono retruca dizendo que nunca o viu fazer nada, mas os outros dois o chamam de Senior Partner. Existem piadas sobre lâmpadas, de atuário, de imposto de renda, entre outras. Algumas piadas são bastante depreciativas ao profissional, mas isto é o espírito das boas piadas, correto? Assim, em algumas piadas, o contador é antissocial, chato, introvertido, entre diversos outros estereótipos deste profissional. Não seria engraçado se não fosse assim.

Nos últimos dias postei algumas das melhores piadas presentes no livro (vide aqui, aqui e aqui). E hoje finalizamos esta compilação.

Vale a pena comprar? Pelo reduzido número de páginas, não. Mesmo se você gostou e riu ao ler os links acima, o valor do livro, com o frete, é muito alto.

Evidenciação: a obra foi adquirida pelo blogueiro com recursos próprios.
The Accountant's (Bad) Joke Book: Have You Heard the One about ... ?


Outros livros: 
The Best Ever Book of Accountant Jokes (English Edition)
The (Surprisingly) Big Book of Accounting Humour (English Edition)
The Best Ever Book of Auditor Jokes (English Edition)
What Obama Knows About Accountants (English Edition)
The Best Ever Book of Money Saving Tips for Accountants (English Edition)




Parceiros do blog:
Amazon Brasil
Americanas
Submarino

De volta ao básico


Na esteira dos escândalos corporativos do início deste século, a introdução da lei Sarbanes-Oxley e o ativismo de grupos de acionistas potencializaram a importância da governança corporativa. O impacto dessas mudanças tem provocado pressões e transformações nos conselhos de administração. Esse é o pano de fundo da obra do renomado consultor americano Ram Charan, autor de vários livros sobre gestão empresarial. Após anos de pesquisa em vários conselhos, ele oferece sugestões práticas para um problema crônico: a frágil conexão entre as ações desse órgão e o desempenho das companhias.

Uma das últimas "caixas-pretas" corporativas em um mundo cada vez mais transparente, o conselho de administração por muito tempo teve características cerimoniais. Hoje, ele está livre dessa condição, mas ainda longe do que Charan considera ideal. Ele advoga que os conselhos devem ambicionar o grau de "progressistas". Isso quer dizer que não devem estacionar na cômoda definição de "preservar o capital dos acionistas" por meio de aderência à regulação e mera prestação de contas, mas sim buscar agregar valor ao negócio com iniciativas objetivas, processos claros e liderança engajada.

O livro vai além da retórica da governança, trazendo a teoria para o "chão de fábrica" dos conselhos. Identifica questões-chave das quais o órgão deve se ocupar e modos de estruturar processos que sustentem uma dinâmica positiva nas interações. A obra é dividida em três partes. Na primeira, Charan rapidamente caracteriza a evolução dos conselhos e comenta sobre o que é preciso para se tornar progressista. Na segunda, trata dos assuntos nos quais os conselheiros deveriam focar sua contribuição, como: sucessão do CEO, remuneração da diretoria, refinamento e aprovação de estratégia, acompanhamento de lideranças, monitoramento de desempenho e gestão de risco. Essa é a parte mais densa do livro, recheada de exemplos objetivos, tabelas e princípios que transformam o bom senso em ações práticas. Trata-se de um material que, literalmente, tem aplicação no dia seguinte à leitura. A terceira parte aborda a manutenção da dinâmica produtiva dos conselhos progressistas por meio de processos claros e a eventual utilização de assessoria externa (consultores e investidores).

Um dos obstáculos mais complicados para a evolução dos conselhos é a dinâmica do próprio grupo de conselheiros. O estabelecimento de um ambiente positivo para o trabalho em conjunto, a comunicação transparente e o espaço de debate construtivo são fundamentais para agregar valor à empresa. A criação e manutenção dessa atmosfera dependem de uma liderança forte e comprometida, principalmente para que o grupo mantenha o olhar em assuntos relevantes.

Embora o meio empresarial brasileiro, de controle tipicamente concentrado, estimule uma dinâmica diferente nos conselhos de administração, a preocupação com o valor agregado é tão presente quanto nos mercados mais desenvolvidos. Nesse sentido, o livro de Charan é excelente para provocar a reflexão em conselheiros e postulantes à posição. Em um mundo ávido por novidades de gestão que celebra gurus instantâneos, nada melhor do que praticar o sábio adágio: "de volta ao básico".

Peter Jancso

IFRS nas Instituições Financeiras Brasileiras 2

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, destacou nesta segunda-feira, 15, que as demonstrações financeiras de alta qualidade "são essenciais para proteger o investidor", especialmente por causa de sua grande relação com práticas de boa governança e de responsabilização dos administradores. "Assim, padrões de alta qualidade são referidos como um dos principais ingredientes para uma alocação e uso eficiente de recursos econômicos escassos", comentou. [1] 

Segundo Tombini, a adoção pelo BC das normas internacionais de contabilidade oriundas do IASB (International Accounting Standards Board) está no contexto da regulação do Sistema Financeiro Nacional, que tem como um de seus pilares "a crescente convergência com padrões regulatórios reconhecidos internacionalmente" como de alta qualidade. "O maior protagonismo da economia brasileira no cenário internacional impõe a aderência às melhores práticas", destacou, em palestra do IFRS (International Financial Reporting Standards), realizada em São Paulo.

De acordo com Tombini, o uso desses padrões internacionais eleva a qualidade e a transparência das informações contábeis, facilita o acesso das instituições do sistema financeiro nacional aos mercados financeiros e de capitais internacionais, e reduz seus custos de captação nesses mercados, pois facilita a comparação das demonstrações contábeis das instituições brasileiras com as das instituições estrangeiras. "Entendo oportuno destacar que o Banco Central do Brasil foi pioneiro no processo de adoção dos padrões internacionais, tendo sua Diretoria Colegiada assumido um compromisso com a convergência ainda no ano de 2006, com a emissão do Comunicado n.º 14.259", disse. "Em termos das Normas Internacionais de Informação Financeira (IFRS), a Resolução do CMN n.º 3.786, de 2009, materializou esse compromisso, com a exigência da aplicação do IFRS na elaboração de Demonstrações Contábeis Consolidadas dos bancos a partir do exercício de 2010." [2]

[1] Se é assim, qual a razão pela não adoção pelo Banco Central?
[2] Mas isto não está completo. E as outras situações?

Observe o leitor que este texto é muito mais "parcial" do que aquele publicado na Folha (Vide a outra postagem).