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24 março 2013

Reunião anual de acionistas da Starbucks


Na reunião anual de acionistas da Starbucks, em Seattle (EUA), o presidente da rede de cafeterias, Howard Schultz, discutiu com um acionista que questionava o apoio da empresa ao casamento gay, de acordo com o site "Huffington Post".

O investidor Tom Strobhar disse durante a reunião "No primeiro trimestre depois que esse boicote [contra o apoio da rede à união homossexual] foi anunciado, nossas vendas e ganhos foram um pouco decepcionantes". Ele se referia ao boicote feito pela Organização Nacional pelo Casamento (NOM, na sigla em inglês) contra o Starbucks depois que a companhia declarou ser favorável à união de casais do mesmo gênero.

Schultz respondeu que a empresa não defende direitos iguais para lucrar, mas por princípios.

"Com todo o respeito, se você acha que consegue um retorno melhor que os 38% que obteve no ano passado, este é um país livre. Você pode vender suas ações do Starbucks e comprar papéis de outras companhias. Muito Obrigado", disse Schultz.

No ano passado, a rede de cafeterias apoiou um projeto do Estado de Washington para legalizar o casamento gay. A companhia também declarou por meio de nota que era "profundamente dedicada a apoiar a causa da diversidade". O projeto, mais tarde, virou lei.

O investidor Tom Strobhar, segundo o "Huffington Post", é fundador de organização contrária ao aborto e à homossexualidade. Na reunião de acionistas da Starbucks do ano passado, ele teria pedido para Schultz que parasse de defender causas liberais porque elas eram ruins para os negócios.

Fonte: Aqui

´O Facebook não serve para todo mundo´, diz diretor da Ford

Nos últimos anos, dizer que as empresas devem correr para o Facebook virou um lugar-comum. Na esteira da ascensão de Mark Zuckerberg e de sua invenção, o número de páginas corporativas chegou a cerca de 13 milhões.

É por tudo isso que as críticas do americano Scott Monty, diretor de mídias sociais da Ford , causam certa estranheza. Para Monty, é preciso avaliar se faz sentido estar nas redes sociais. ?Uma fabricante de máquinas industriais não precisa ter conta no Twitter?, diz.

Quando as redes sociais surgiram, era comum ouvir de especialistas que no futuro todas as empresas estariam nesses sites. Isso fazia sentido? Sou contra a ideia de que todas as empresas devem estar nas mídias sociais. Muitas companhias ainda estão usando mal esses sites simplesmente porque não deveriam estar neles. Uma fabricante de máquinas industriais não precisa ter conta no Twitter. Toda empresa deveria se perguntar quem são seus clientes e onde eles estão. É com base nessas respostas que a decisão de entrar ou não nas redes sociais deve ser tomada. O Facebook não serve para todo mundo.

Qual é o erro mais comum das empresas quando usam as redes sociais? É utilizá-las como ferramenta de marketing de massa. Nesses casos, a maior preocupação é com o número de fãs. Trata-se de um mau sinal. Mostra que a empresa prefere falar a efetivamente ouvir os comentários das pessoas.

Como as empresas devem fazer para chamar a atenção em meio a tanta informação na rede? É muito importante investir em ferramentas analíticas - softwares que criam relatórios de como as pessoas usam as redes sociais. As companhias devem analisar os dados dos perfis e criar conteúdos personalizados. Em vez de uma pessoa receber todos os posts compartilhados, ela deve receber apenas os que lhe interessam. No caso da Ford, alguns fãs se interessam só por anúncios de carros novos. Outros, por dicas de conservação do automóvel.

Mas isso já não é comum? Algumas empresas acordaram para isso. Mas ainda falta mais empenho na interpretação dos dados. É preciso medir o efeito e o resultado de todo conteúdo publicado.

Quais são as melhores fórmulas para estabelecer vínculos com as pessoas nas redes sociais? Há três maneiras eficientes de estabelecer vínculos emocionais. Usar o humor, dizer algo que confirme uma impressão dos seguidores e compartilhar informações que façam com que eles se sintam exclusivos e especiais.

Muitas redes sociais são lançadas todos os meses. Como definir em qual a empresa deve estar? É sempre melhor investir em redes populares. Mas nem sempre dá certo. A Ford foi a primeira marca a estar no Google+, a rede social do Google. Até agora as atividades lá não decolaram. Mas era o Google e não queríamos correr o risco. Estamos lá até hoje.

Por que o senhor defende que as empresas devem usar mais as redes sociais internamente? Poucas companhias usam as redes para conectar os funcionários e fazer com que eles colaborem mais entre si. A experiência com marketing nas mídias sociais pode melhorar muito a comunicação interna.

Fonte: INFO Notícias

23 março 2013

Rir é o melhor remédio


Fato da Semana

Fato: A constituição do IASB Advisory Forum

Qual a relevância disto? Quando anunciou a criação do fórum, o Iasb ameaçou deixar de fora os representantes dos países que não tinham adotado as normas internacionais de contabilidade (IFRS). Isto excluiria os Estados Unidos. O anúncio de terça feira mostra que a ameaça do Iasb não ficou só na ameaça. Apesar de ter permitido a participação do maior mercado de capitais, seu peso foi muito reduzido. Enquanto que nos órgãos colegiados do Iasb o país da América do Norte possui vários representantes, no Forum somente o Fasb será o representante, para um total de 12 membros. A China (considerando também Hong Kong) estará presente com dois membros, apesar da baixa qualidade da sua contabilidade. A Europa, que apoiou desde o início do Iasb, participará com quatro membros (Alemanha, Espanha, Reino Unido e Europa).

O Brasil será o representante da América do Sul Latina, através do CPC. É o mínimo, levando-se em consideração que o nosso dinheiro está sendo doado, através do CFC, para o Iasb, enquanto outros países não aportam nenhum recurso financeiro na Fundação.

Positivo ou Negativo? – Para o Brasil, participar do Fórum é positivo. Mas os critérios que nortearam as escolhas não ficaram claros. É importante esperar para tentar entender o papel do Fórum na rotina do Iasb.

Desdobramentos – O CPC deverá anunciar num futuro próximo o nome do representante brasileiro da América Latina. Para os EUA resta saber se a redução no poder de barganha no Iasb terá algum tipo de efeito.

Teste da Semana


Este é um teste para verificar se você acompanhou de perto os principais eventos do mundo contábil. As respostas estão nos comentários.

1 – Mark Zuckerberg, do Facebook, ficou em primeiro lugar entre os CEOs como
A maior remuneração
Mais admirado pelos seus empregados
O mais odiado pelos usuários da internet

2 – Com respeito à indenização da BP pelo acidente no golfo do México em 2010
A empresa reduziu o tamanho do passivo ambiental
A empresa solicitou o adiamento das indenizações
O tribunal aumentou o valor das indenizações

3 – Os dez maiores bancos brasileiros perderam entre 2,9 bilhões de reais e 3,1 bilhões em virtude
Das Fraudes financeiras
Do crédito de liquidação duvidosa
Do pagamento com impostos

4 – Uma comparação entre os preços dos ovos de páscoa mostrou que estes produtos
Apresentam um preço muito próximo ao preço dos chocolates
São mais baratos que os chocolates
São mais caros que os chocolates

5 – A Petrobras decidiu alugar embarcações no exterior em lugar de construí-las. Esta decisão foi motivada:
Pelo aumento na compra de produtos dos fornecedores nacionais
Pelo impacto no nível de endividamento
Por uma análise alugar versus comprar da empresa

6 – O HSBC foi multado recentemente por lavagem de dinheiro no México. Agora, um país descobriu que este banco também apresentou operações fraudulentas. Este país é
Argentina
Canadá
Chipre

7 – O Congresso Nacional fez uma homenagem a contabilidade brasileira em razão
Da adoção das normas internacionais de contabilidade
Do Ano da Contabilidade no Brasil
Do dia do contador

8 – Os ratings do BNDES e BNDESPAR foram rebaixados pela Moody´s em razão
Da rentabilidade ruim
Do aumento do endividamento
Do crédito de liquidação duvidosa

9 – Com respeito à refinaria de Pasadena, a Petrobras decidiu
Contestar na justiça a pena referente ao contrato de compra
Só vender depois de investir o necessário para sua valorização
Vender a refinaria, mesmo com prejuízo.

10 – A Microsoft está sendo investigada pelo governo dos EUA em razão de
Concentração no mercado de software
Método de contabilização da receita
Subornos realizados em vendas em países emergentes

Produção de filmes com financiamento colaborativo

Por Jessica Soares

Ter uma câmera na mão e uma ideia na cabeça é preciso – mas um dinheirinho também não faz mal. Fazer filmes é caro e nem precisa ser uma mega-produção hollywoodiana com milhões de dólares gastos em explosões e efeitos especiais para ver que a conta fica facilmente no vermelho. E se você não tem uma pequena fortuna guardada no colchão? Uma das opções encontradas por artistas independentes é o crowdfunding – ou, em português, o financiamento colaborativo. Trata-se de plataformas online permitem que usuários invistam nos projetos que quiserem, contribuindo com quantias para a sua realização. Se a meta de arrecadação é atingida, os produtores recebem o dinheiro. Se não, a doação é cancelada e o dinheiro volta inteirinho para o usuário. Até janeiro de 2013, somente no Kickstarter, uma das maiores plataformas online para crowdfunding, 8.567 filmes foram total ou parcialmente financiados – um total de 85,7 milhões de dólares nos últimos 4 anos. Entre projetos já concluídos e os que ainda estão em desenvolvimento, confira 7 filmes produzidos com financiamento colaborativo:

 1. Veronica Mars
Quando o amado seriado teen que acompanhava a jovem detetive Veronica Mars foi encerrado prematuramente em 2007 (depois de uma terceira temporada mais curta que as anteriores), muitas tramas ficaram sem resolução. Inclusive o triângulo amoroso entre Veronica, Logan e Piz, que inquietava os fãs mais fiéis. Naquele mesmo ano, o criador da série, Rob Thomas, tentou levar a conclusão do seriado para as telonas, mas a Warner não deu bola para o projeto. Cinco anos depois, Thomas e a estrela do seriado, Kristen Bell, fizeram com o estúdio a barganha perfeita: no dia 13 de março lançaram um projeto no site de financiamento coletivo Kickstarter com o objetivo de arrecadar 2 milhões de dólares para a produção do filme em um prazo de até 30 dias.
A Warner Bros concordou que, caso a empreitada fosse bem sucedida, o filme seria produzido e o estúdio contribuiria com a verba para marketing, divulgação e distribuição. Para a surpresa até dos mais entusiastas, a meta foi cumprida em apenas 10 horas – um recorde no site de financiamento colaborativo. O projeto recebeu, até o momento, mais de 3,7 milhões de dólares – e ainda faltam 20 dias para o fim do prazo para arrecadação. Veronica Mars não foi a primeira (nem será a última) série a deixar órfãos milhares de fãs apaixonados, mas o sucesso sem precedentes do projeto de financiamento colaborativo pode indicar novos caminhos para estúdios e emissoras.

2. Anomalisa
 
Nosso objetivo é produzir este filme singular fora do típico esquema de Hollywood, onde acreditamos que você, o público, nunca teria a possibilidade de desfrutar deste brilhante trabalho da forma como foi originalmente concebido. Trabalhamos na indústria da televisão e do cinema por anos e nós queremos fazer algo de forma independente. Algo puro. Algo bonito”, explicam no projeto criado no Kickstarter com o objetivo de arrecadar 200 mil dólares para a produção. O projeto arrecadou o dobro da quantia esperada, atingindo a marca dos 406 mil dólares em setembro de 2012, quando se encerrou o prazo para o financiamento. Atualmente em desenvolvimento, os bastidores podem ser acompanhados através da página oficial do filme no Facebook.Quem curte Community têm razões para comemorar: Dan Harmon, criador da série demitido ao final da terceira temporada, está trabalhando em um novo projeto. Ao lado de Dino Stamatopoulos, o eterno Starburns, Harmon é o responsável pela produção executiva da animação em stop-motion Anomalisa. O longa, que contará a história de um homem “incapacitado pela mundanidade de sua vida”, é assinado pelo super-roteirista Charlie Kaufman, o nome por trás de filmes como Adaptação, Quero ser John Malkovich e Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças.

3. Inocente
 Argo, filme dirigido e estrelado por Ben Affleck, foi o grande vencedor do Oscar de 2013. Mas, entre números musicais e celebridades subindo ao palco, talvez um dos grandes marcos da cerimônia tenha passado despercebido: Inocente, premiado com a estatueta de Melhor Documentário de Curta-Metragem, é o primeiro filme com financiamento coletivo a ganhar o Oscar. Para contar a história da garota de 15 anos, imigrante sem documentos que sonha em se tornar uma artista, a equipe de produção criou um projeto no Kickstarter para arrecadar 50 mil dólares para finalização e divulgação do filme. Em um mês, arremataram mais de 52 mil.
Bônus: Kings Point, curta-documentário sobre envelhecimento na América indicado na mesma categoria do Oscar 2013, também contou com financiamento coletivo – através do Kickstarterforam arrecadados pouco mais de 10 mil dólares para a contratação de um montador. Foi também através do Kickstarter que Buzkashi Boys, curta-metragem filmado no Afeganistão e também indicado ao Oscar, conseguiu financiamento para a pós-produção. Nos dois anos anteriores, três outros filmes feitos com a ajuda do crowdfunding haviam sido indicados ao prêmio da Academia: Incident in New BaghdadSun Come Up e The Barber of Birmingham.

4. Deixe as luzes acesas (Keep the lights on)
Deu certo. Foram arrecadados mais de 26 mil dólares até junho de 2011. Concluído e bem sucedido, o filme foi premiado no Festival de Berlim em 2012: Deixe as luzes acesas recebeu o prêmio Teddy, concedido aos melhores filmes com temática LGBT.Para contar a história de dois homens separados pelo vício e por segredos, mas unidos pelo amor e a esperança, o diretor americano Ira Sachs também recorreu ao Kickstarter. “Comecei a trabalhar em Deixe as luzes acesas, com o meu co-roteirista Mauricio Zacharias, porque ambos estávamos frustrados por notar que existem poucos filmes que refletem a vida de homens gays que vivem em Nova York como nós a conhecemos”, explica Sachs no projeto. Contando com fundos para parte da produção do longa, a equipe recorreu, em maio de 2011, ao site de financiamento coletivo para completar a verba do projeto – se conseguissem atingir a meta de 25 mil dólares, as filmagens poderiam ser iniciadas até o final do ano.

5. One day on Earth
Com ajuda de outras 60 ONGs de todo o planeta,  a organização One day on earth, convocou pessoas de todo o mundo para registrar pequenos fragmentos de um dia de suas vidas no dia 10 de outubro de 2010. As mais de 3 mil horas de imagens do dia 10/10/10 foram transformadas em um documentário. “One day on Earth é o primeiro filme feito em todos os países do mundo em um mesmo dia. Nós vemos os desafios e as esperanças da humanidade de um grupo diversificado de realizadores voluntários reunidos por uma experiência de mídia participativa. O mundo é interligado, enorme, perigoso e maravilhoso”, afirma o criador do projeto Kyle Ruddick. Produzido de forma colaborativa e financiado por meio de crowdfunding – foram angariados 44 mil dólares para a finalização do filme -, One day on Earth já contou com duas novas convocatórias, em 11/11/11 e 12/12/12.

6. The Price
Todas as noites, um velho gato preto trava uma batalha com um inimigo invisível. Determinado a encontrar aquilo que tanto agita o felino em sua varanda, um homem sai em busca da ameaça e fica horrorizado com a sua descoberta. Ficou com medo? The Price, história escrita pelo autor britânico Neil Gaiman, já nasceu com todos os elementos necessários para conquistar a audiência nas salas de cinema. Graças a um projeto de financiamento colaborativo, agora isso será possível. O diretor de arte Christopher Salmon resolveu transformar o conto de terror em um curta-metragem. Em 2006, realizou os primeiros esboços do projeto e conseguiu a permissão de Gaiman para seguir adiante com a adaptação. O autor, que assina obras como os quadrinhos Sandman e o livro Coraline (adaptado para o cinema em 2009), ajudou a divulgar e a financiar a empreitada quando, em 2010, Salmon usou o Kickstarter para angariar fundos para a produção. Em um mês, foram arrecadados 160 mil dólares. Ainda em produção, o desenvolvimento do projeto pode ser acompanhado no diário de produção do curta.

7. The Canyons

No elenco estão a garota-problema Lindsay Lohan, o ator pornô mais pop do momento, James Deen, e Gus Van Sant, diretor de filmes como Gênio Indomável, Elefante e Milk – A voz da igualdade. Pode até não parecer, mas The Canyons tem um micro-orçamento que não ultrapassa muito os quase 160 mil dólares levantados através do Kickstarter. Bret Easton Ellis, Braxton Pope e Paul Schrader, roteirista, produtor e diretor do longa, respectivamente, investiram 30 mil dólares cada no projeto – o restante do orçamento para a produção do filme veio do fundo colaborativo online. Um caso à parte nesta lista, a busca por financiamento colaborativo foi uma medida desesperada: Schareder, responsável pelos roteiros de filmes como Taxi Driver e Touro Indomável, há muito não conseguia encabeçar um projeto de sucesso. Ellis, depois de fazer sucesso com os livros Abaixo de Zero e O Psicopata Americano, tentou a fama em Hollywood como roteirista. Não deu muito certo. Com The Canyons, eles tinham uma estratégia em mente: fazer um filme de 250 mil dólares parecer um filme de 10 milhões e torcer para dar tudo certo ao longo do caminho. A produção foi turbulenta, mas o filme foi concluído em dezembro do ano passado. Resta agora saber se o filme vai convencer.

Preço de uma Empresa

Breaking Bad é uma das melhores séries da televisão. O programa estreou em 2008 e já possui cinco temporadas merecidamente premiadas. A história ocorre em Albuquerque e trata do professor de química do ensino secundário Walter White. White tem um diagnóstico de câncer do pulmão e decide produzir e vender metanfetaminas. Na quarta temporada, sua esposa - uma contadora - decide ajudá-lo a "lavar" o dinheiro que ele recebe com o comércio ilegal. Para isso, ela decide comprar um lava a jato.

No segundo episódio da quarta temporada Skyler, a esposa de White, decide falar com o dono do lava a jato escolhido:

Skyler: Então, com isso em mente, há algum valor que possa citar? Um que seria adequado.
Dono: Dez milhões.
Skyler: Bem, vamos tentar 879 mil.
Dono: De onde tirou esse número? Do seu traseiro?
Skyler: Num dia comum você atende 19 carros por hora. Extrapolando, somei os lucros extras pelos polimentos e limpeza interna, deduzi despesas, salários, manutenção, taxas de operação e depreciação que obtive de estabelecimentos comparáveis, me dando uma estimativa do seu fluxo de caixa anual, ao qual apliquei o multiplicador padrão da indústria e adicionei o preço de mercado da sua propriedade, me dando uma estimativa total de 829 mil, na qual generosamente adicionei 50 mil para não insultá-lo. (Tradução: Unitedteam)

Esse é um excelente e riquíssimo exemplo de avaliação de uma empresa. Mas o dono não aceitou vender o que fez com que, no episódio seguinte, Skyler e White armassem um plano para desvalorizar o lava a jato. Bastou uma denúncia fraudulenta de um problema ambiental para, então, o dono decidir vender a empresa.

Skyler faz, no episódio, uma típica avaliação de pequena empresa. Apesar de retirar depreciação para obter o fluxo de caixa (mas não somá-la depois), a senhora White utiliza seus conhecimentos para fazer uma estimativa do valor a partir de múltiplo adotado no setor.

22 março 2013

Rir é o melhor remédio


Dois gifs engraçadinhos

Os Setes Pecados dos Trabalhos de Graduação

Ao longo da minha carreira de docente venho solicitando aos alunos de graduação que façam artigos técnicos. Isto representa um grande trabalho de leitura e uma angustia na correção dos textos. A partir da minha experiência elaborei uma lista dos sete pecados mais comuns num trabalho de um aluno de graduação.

1 – Plágio
Este é um problema sério. Em muitos casos os alunos pensam que o professor não irá ler o trabalho. Ou que ele não irá desconfiar que “tomou emprestado” um texto de outro autor e não citou a fonte. Como meu aluno é muito alertado sobre a gravidade do problema, é lamentável ter que descobrir a ingenuidade em achar que pode passar despercebido. Uma vez que tenho uma grande experiência na leitura de trabalhos, é muito fácil de pegar o aluno desonesto. Infelizmente eu tenho percebido que sou uma exceção. Em alguns locais, como no segundo grau, o plágio é até incentivado. Em outras situações, como meus colegas não fazem uma leitura atenta – ou não fazem uma leitura – o plagiador é premiado.

2 – Falta de Foco
Muitos trabalhos são amplos demais. Tentam abarcar um grande número de questões, sem tratar de maneira adequada de nenhuma delas. Um dos temas que trato na minha disciplina é sobre a história da contabilidade no Brasil. Com base neste tema, o aluno não delimita o assunto, tratando de um período específico, por exemplo. O resultado é desastroso.

3 – Juízo de Valor
Aqui o aluno confunde defender um argumento com tomar partido sobre um assunto. Um tema como “Contabilidade Fiscal” geralmente é acompanhado por uma crítica a estrutura tributária brasileira. E o texto passa a ser uma defesa da pobre empresa, que paga muito imposto, ou uma crítica do excesso de burocracia.

4 – Referencial
O acesso à internet possibilitou que os alunos tenham acesso a muitas informações. Mas isto não significa qualidade. Em lugar de escolher um bom artigo publicado num periódico científico, o aluno usa textos escritos em sítios jurídicos ou de administração. Nada contra, mas não são científicos. É bem verdade que um aluno de graduação possui pouco discernimento para separar o trigo do joio, mas eu tento comentar sobre o assunto em sala de aula. Parece que a atração por textos fáceis é maior que a linguagem excessivamente técnica de um artigo.

5 – Atração pela pesquisa bibliográfica
Trabalhos bibliográficos são extremamente difíceis de serem feitos. E a chance da qualidade não ser adequada é muito grande. Talvez em decorrência do tipo de trabalho que os alunos fizeram no ensino médio, a pesquisa bibliográfica acaba sendo um atrativo. Na quase totalidade são textos ruins.

6 – Estrutura ruim
A estrutura de um trabalho acadêmico geralmente é composta por uma introdução, uma revisão bibliográfica, o proceder metodológico, a análise e as conclusões. Simples assim. Mas dois fatos acontecem aqui: (1) esta estrutura não é muito adequada para certos tipos de trabalhos (pesquisa bibliográfica, por exemplo); e (2) muitas vezes o aluno anota a sequência errada e recebo trabalho onde a metodologia está no final ou algo do gênero.

7 – Forma
Apesar da “essência sob a forma”, qualquer professor sincero irá reconhecer que a forma também influencia na percepção da qualidade do trabalho. Isto inclui formatos das tabelas, gráficos legíveis, texto justificado à direita, letra que não seja “Arial”, formatação idêntica ao longo de todo o trabalho, entre outros aspectos.

Mas apesar dos problemas, muitas vezes encontro trabalhos excelentes. Alguns deles, eu compartilho as conclusões com os leitores do blog. Estas exceções induzem a solicitar, a cada semestre, um trabalho acadêmico para meus alunos.

Custo de oportunidade e Custo Perdido

A Petrobrás desistiu de vender a refinaria de Pasadena, no Texas (Estados Unidos), em processo desencadeado depois de o Grupo Estado, revelar, no ano passado, que o negócio geraria cerca de US$ 1 bilhão de prejuízo à estatal. A presidente da empresa, Graça Foster, disse nesta terça-feira, 19, que será necessário investir na refinaria para que seja valorizada e tenha melhor retorno na venda.(...)

Segundo Graça, para entrar ou sair do plano de venda de ativos os projetos passam por escrutínio e uma equipe especializada precisa provar se vale a pena manter a venda ou suspendê-la. No balanço do quarto trimestre, a Petrobrás lançou uma baixa contábil de R$ 464 milhões referente a Pasadena, valor que já reconhece como perdido.(...)

Fonte: Aqui

A decisão racional da empresa deveria ser comparar o volume de investimento e o ganho que isto possibilitaria no valor de mercado da refinaria. O investimento deve ser menor que o aumento no valor de mercado. Mas mesmo assim, e como a empresa possui hoje falta de recursos para investimento, seria necessário levar em consideração o custo de oportunidade. Isto dificilmente tornaria a decisão adequada.

O investimento já realizado corresponde ao conceito de custo perdido. A empresa não revela quanto irá investir para que a refinaria seja comercializada, mas insistir no projeto corresponde a denominada falácia do custo perdido: insistir no erro, numa abordagem mais popular.

Mas talvez exista uma outra razão na decisão de desistir de vender a refinaria: a investigação do TCU. A venda irá forçar o reconhecimento do péssimo negócio feito pela empresa.

Acúmulo

O acúmulo de cargos nos Conselhos de Administração da BRF e do Pão de Açúcar pelo empresário Abílio Diniz pode suscitar conflitos de interesse, mas não tem impedimento legal ou em regulamento da BM&FBovespa. O diretor de Regulação da BM&FBovespa [1], Carlos Rebello, diz que as duas empresas têm relacionamento comercial e interesses potencialmente antagônicos. Mas lembra que Diniz pode se abster de decisões que envolvam os dois grupos.

A indicação do empresário para a presidência do conselho da BRF e a intenção dele em permanecer no board da varejista têm causado polêmica e foram contestadas pelo Casino, novo controlador do Pão de Açúcar. A rede é um dos maiores clientes da BRF. De acordo com Rebello, não há no regulamento [2] dos distintos níveis de governança corporativa da Bolsa norma sobre o caso.

"É uma questão de lei, não de regulamento. Por lei, se houver conflito, isso deve ser levantado", disse o diretor da BM&FBovespa, que participou nesta quarta-feira, no Rio, do Seminário Orientações da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para Companhias Abertas. Os casos em que o conflito se materializa podem acabar na CVM. O superintendente de Relações com Empresas da autarquia, Fernando Soares Vieira, que também participou do evento, afirmou que a Lei das Sociedades Anônimas (S.A.s) regula essa hipótese. No entanto, não é possível avaliar uma situação em tese, mas apenas o caso concreto levado à CVM. O conflito de interesses veda ao administrador intervir em qualquer operação social em que tiver interesse conflitante com o da companhia e está previsto no artigo 126 da Lei das S.A.s.


Acúmulo de cargos por Diniz é legal, diz BM&FBovespa - 21 de Março de 2013 - MARIANA DURÃO - Agencia Estado

[1] Apesar da força do cargo, pareceu que é uma opinião pessoal, não um anúncio oficial da bolsa.
[2] Não seria o caso de fazer uma jurisprudência sobre o assunto?

Crédito de Liquidação Duvidosa

Os ratings de emissor de longo prazo do BNDES e do BNDESPar foram rebaixados de A3 para Baa2, com perspectiva positiva, e seu perfil de risco de crédito individual caiu de baa2 para ba1. Já os ratings de depósito de longo prazo em moeda local da Caixa também foram rebaixados de A3 para Baa2.

Os ratings de dívida sênior em moeda estrangeira do BNDES, BNDESPar e Caixa foram rebaixados de Baa1 para Baa2, com perspectiva positiva, mesma nota da dívida brasileira.

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que a decisão da Moody’s não vai provocar nenhuma alteração na imagem do banco oficial perante o mercado [1].

"Como o BNDES e o BNDESPar tinham ratings superiores aos da República, agora a nota fica no mesmo patamar do rating soberano" [2], destacou. "No caso da Standard & Poor’s e da Fitch, as notas do BNDES e da BNDESPar já eram equivalentes ao rating soberano. Então, as três agências agora estão no mesmo nível da República."

Ao rebaixar os perfis de risco de crédito da Caixa, do BNDES e do BNDESPAr, a Moody’s ressaltou a deterioração na qualidade de crédito [3] e o enfraquecimento do capital de nível 1 dos bancos.

Além de estimular o apoio dos bancos às políticas contracíclicas, o governo tem exigido que o BNDES e a Caixa contribuam com valor elevado de dividendos, enquanto recompõe o capital desses bancos sem o desembolso de caixa. Segundo a Moody’s, a prática tem levado a níveis relativamente baixos de capital de nível 1, que limitam a capacidade dos bancos em absorver perdas em situações de estresse, enfraquecendo a força de crédito individual.

Em dezembro de 2012, o capital de nível 1 do BNDES chegou a 8,4%, enquanto o da Caixa caiu para o mínimo de 6,62%, ambos significativamente abaixo da média de 12,4% do sistema financeiro em junho de 2012.

A estratégia de crescimento dos bancos também trouxe maior volatilidade aos balanços do BNDES e da Caixa. Os empréstimos de capital de nível 1 do BNDES aos dez maiores clientes subiram de 3,4 vezes em 2010 para mais de 4 vezes em 2012. Já as grandes exposições da Caixa equivalem a 1,5 vez seu capital de nível 1 em 2012, ante 1,1 vez em 2010, segundo a Moody’s.

Moody’´s rebaixa ratings de BNDES, BNDESPar e Caixa - Agência Estado | 21/03/2013


[1] Ou seja, o mercado não considera a nota de rating. Será verdade?
[2] O fato de ocorrer o rebaixamento é importante, não o nível.
[3] Este é um aspecto importante: na divulgação do resultado anual, levantou-se a dúvida sobre a qualidade dos créditos de liquidação duvidosa.