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26 janeiro 2013

Produção de petróleo dos EUA


A produção de petróleo dos Estados Unidos cresceu mais em 2012 do que em qualquer outro ano desde os primórdios da indústria no país, em 1859, e deve crescer ainda mais em 2013.
A produção de petróleo cru no ano passado, de 6,4 milhões de barris por dia em média, foi a mais alta nos últimos 15 anos e apresentou um crescimento recorde de 779.000 barris por dia em relação a 2011, segundo o Instituto Americano de Petróleo (ou API, na sigla em inglês), uma organização do setor.
Everett Collection
Edwin Drake (à dir., de cartola) perfurou o primeiro poço dos EUA em 1859
É o maior salto anual na produção desde que Edwin Drake perfurou o primeiro poço de petróleo comercial em Titusville, no Estado da Pensilvânia, dois anos antes do início da Guerra Civil americana.
A Agência de Informação Sobre Energia dos EUA prevê volumes ainda maiores em 2013, estimando o aumento da produção média diária em 900.000 barris.
Esse surto de produção é resultado de uma combinação de tecnologias: perfuração horizontal e fraturamento hidráulico, ou "fracking", que consiste em bombear água, químicos e areia a altas pressões para quebrar formações rochosas subterrâneas.
Juntas, essas técnicas possibilitaram a produção de depósitos de petróleo e gás aprisionados em formações antes consideradas inatingíveis.
Isso fez ressurgir a atividade em áreas há muito estabelecidas, como a bacia Permiana do oeste do Texas, e também em vastas áreas pouco exploradas no passado, como a formação de xisto Bakken, no Estado de Dakota do Norte.
A produção da Bakken subiu de apenas 125.000 barris de petróleo por dia cinco anos atrás para quase 750.000 barris por dia hoje. Os benefícios desse salto na produção americana de combustíveis incluem o aumento no emprego em algumas regiões e um renascimento da manufatura doméstica.
"Num nível bem elementar, esse surto está criando empregos e riqueza onde antes não havia", disse Michael Levi, um estudioso de ambiente e energia do Conselho das Relações Exteriores. O surto também tornou o país menos vulnerável a agitações externas que podem prejudicar o suprimento de combustíveis.
"Os acontecimentos [recentes] na Argélia, por exemplo, mostram a importância de aumentar a produção nos EUA e outros países", disse Amy Myers Jaffe, diretora executiva para energia e sustentabilidade da Universidade da Califórnia. O boom da exploração de xisto mirou primeiro o gás natural, mas, quando a abundância de gás derrubou os preços deste combustível, as petrolíferas redirecionaram seus recursos para o petróleo.
Diante da lenta recuperação da economia e dos padrões mais rigorosos para o consumo de combustível impostos à frota de carros e caminhões americanos, a demanda por petróleo caiu em 2012 para seu menor nível em 16 anos, segundo a API. As importações totais de petróleo no ano diminuíram 6,9%, para o volume mais baixo dos últimos 15 anos, informou a organização.
As refinarias, que nos últimos dez anos gastaram bilhões de dólares modernizando e ampliando instalações, estão agora com excesso de capacidade, tentando escoar sua produção extra de diesel e gasolina nos mercados da América do Sul e outras regiões.
A petrolífera americana Exxon Mobil Corp. projeta que a América do Norte se tornará um exportador líquido de combustíveis até 2025, graças ao contínuo crescimento da produção de petróleo no Canadá e das exportações de gasolina e diesel.
A continuação dessa tendência ascendente na produção não está garantida, dizem os especialistas, observando que o setor precisa continuar melhorando suas tecnologias de exploração e produção, principalmente nas áreas mais populosas, ou então poderá enfrentar regulamentações cada vez mais rigorosas. As preocupações com o meio ambiente continuam sendo um aspecto crítico na expansão da tecnologia.
Maior produção de petróleo bruto não implica necessariamente gasolina mais barata, pois os preços dos combustíveis ainda são influenciados pelos mercados mundiais.
Mas o aumento na produção doméstica já está tendo um impacto considerável no setor do refino, que no passado havia se concentrado em processar petróleo importado, mais difícil de refinar.
[...]

Fonte: aqui

25 janeiro 2013

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Os Cinco Pecados da “Essência e Forma” em Trabalhos Acadêmicos


Muitos professores gostam de dizer que num trabalho acadêmico o importante é o conteúdo. E que um trabalho “bonitinho” não ganha pontos. Usando um conceito muito contábil, o que importa é a essência, não a forma.

Tenho sérias discordâncias sobre este ponto. Como avaliador e orientador sei que a forma também é relevante. Pode não contar pontos, mas se não prestar a atenção o aluno irá perder pontos.

Listei os cinco principais pecados cometidos por um aluno na forma do trabalho.

1 – Letra - A letra escolhida poderá provocar reações diferentes no avaliador. A regra geral é use uma fonte simples. O uso de fontes complicadas torna o texto mais lento de ser lido. Para um trabalho acadêmico, uma letra “Times New Roman” é uma opção razoável. Mas tipos como “Mistral” são cansativas. Veja o exemplo a seguir:

O uso de fonte complicada pode gerar irritação do leitor. Outra observação: a letra geométrica, como a horrenda e muito usada Arial, é cansativa.

2 – Enrolation (Tamanho da letra e do parágrafo) – um dos artifícios mais usados por alunos que fizeram um trabalho pequeno é aumentar o tamanho da letra. Com isto, ocupa-se mais espaço da folha e o trabalho “rende mais”. Parece que o aluno pensa que o professor é bobo e não irá perceber isto. Tradicionalmente o tamanho é o 12, mas em muitos trabalhos de congresso e monografias existem exigências específicas. Observe a regra para não correr o risco de perder pontuação.

Outra maneira de tentar enganar o pouco do texto é mudando a formatação do parágrafo. Isto inclui aumentar o espaço entre os parágrafos, aumentar as margens, aumentar o espaçamento da primeira linha entre outras possibilidades.

3 – Alinhamento – Em geral um processador de texto, como Word ou Google Docs, possui quatro padrões de formação do alinhamento: à esquerda, centralizado, à direita e justificado. Na dúvida, não arrisque: use sempre o alinhamento justificado no trabalho científico.

4 – Tabelas e Gráficos – Um trabalho pode ser prejudicado pela escolha inadequada de um gráfico ou apresentação ruim de uma tabela. Este ponto merece, na verdade, uma postagem específica, que faremos no futuro. Mas observe o gráfico a seguir:

Ele foi construído a partir de uma questão com respostas “sim” e “não”  e o valor total. Não sabendo usar a planilha eletrônica, a pessoa juntou as respostas com o total, não colocou a referência de cada cor, não colocou o título na figura, entre outros pecados. Era muito melhor colocar uma tabela do que um gráfico com esta qualidade de formatação.

5 – Belo Antônio – O Belo Antônio  é um filme italiano com o galã Marcello Mastroianni. Apesar de bonito, Antônio era impotente. Temos o oposto ao trabalho desleixado: um trabalho muito caprichado, mas com conteúdo ruim. A forma tenta disfarçar o problema da essência. Isto funciona quando o professor não lê o trabalho. Mas para o professor que busca qualidade no texto, a frustração pode não compensar. 

SEC

O presidente norte-americano Barack Obama vai nomear a ex-procuradora federal Mary Jo White para liderar a Securities and Exchange Commission (SEC) -- órgão equivalente a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil --, disse a da Casa Branca nesta quinta-feira, restaurando o poder da agência em sua revisão de Wall Street.

Mary irá suceder a atual chairman da SEC, Elisse Walter, que assumiu em dezembro depois que sua antecessora Mary Schapiro se demitiu.

O presidente também planeja renomear Richard Cordray Para continuar a liderar o Escritório de Proteção Financeira ao Consumidor (CFPB, na sigla em inglês), órgão de regulação dos Estados Unidos para produtos ao consumidor como hipotecas e empréstimos estudantis, disse o porta-voz da Casa Branca Jay Carney


Fonte: Aqui

A SEC será a entidade que irá emitir a decisão sobre a adoção das IFRS nos EUA.

Balanço das elétricas 2

O custo novo de reposição [1] não é uma novidade para as empresas elétricas. As maiores delas, incluindo Cesp, Cemig e Copel, já haviam recalculado recentemente o valor de suas barragens, turbinas, subestações, máquinas e equipamentos, especialmente os mais antigos, usando esse mesmo método. Isso ocorreu no fechamento do balanço de 2010, ano da adoção integral do padrão contábil IFRS no Brasil.

Mas apesar de usarem o mesmo conceito, as empresas não chegaram a valores próximos aos calculados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para os ativos não amortizados.

Isso se deve aos critérios da Aneel, conforme a nota técnica 388 de 2012. Não entraram na conta da agência gastos com financiamento da obra (quando ela foi custeada com empréstimos), nem investimentos em reformas, melhorias, ampliações e modernizações. A Aneel também calculou a depreciação considerando que todos os equipamentos das usinas começaram a operar no dia zero, mesmo quando houve intervalo de tempo relevante entre a instalação de um equipamento e outro.

No processo de prorrogação dos contratos, a Aneel também deixou claro que considera correto usar as taxas de depreciação regulatórias vigentes em cada época - o índice era de 3% por ano para todos os equipamentos até 1999, quando foi alterado, sofrendo novas modificações em 2007 e 2012.

Na visão do órgão regulador, ao contrário do que vale para a contabilidade dentro do IFRS, não importa para o cálculo da depreciação a perspectiva de vida útil futura da barragem ou da turbina, mas sim as taxas históricas determinadas pelo governo.

Outra mudança que deve haver no balanço das elétricas é que as geradoras que aceitaram as condições de prorrogação propostas pelo governo deverão ficar sujeitas à regra contábil que trata de contratos de concessão, conhecida como Ifric 12, ou ICPC-01. Isso significa que, em vez de ativos imobilizados, o registro contábil será feito como ativo financeiro ou intangível, como ocorre com transmissoras e algumas distribuidoras.

Um ponto ainda não explicado diz respeito ao registro da indenização prometida pelo governo. Até agora, a Receita Federal não disse se os valores pagos pelo Tesouro às empresas serão tributados, caso sejam registrados como receita. O Fisco também não disse se a baixa contábil que será feita será dedutível do imposto a pagar.

Mesmo conceito leva a valores diferentes para ativos - Fernando Torres - Valor Econômico - 24 de janeiro de 2013

Balanços das elétricas

Sobre os efeitos da MP 579 no setor elétrico

Os balanços das companhias do setor elétrico darão muito mais trabalho para os auditores, que neste momento estão debruçados sobre os números de 2012. Os especialistas terão de averiguar como e se foram aplicados os novos critérios para avaliação dos ativos, bem como as projeções feitas pelas companhias para seus fluxos de caixa, após a publicação da Medida Provisória 579, em setembro.

Transformada na Lei 12.783, que foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff no dia 11 de janeiro deste ano, a MP estabeleceu as regras para a prorrogação ou extinção das concessões e definiu um novo marco regulatório para o setor elétrico.

Segundo Guilherme Valle, sócio da PwC no Brasil, todas as empresas do setor elétrico, e não apenas as afetadas pela renovação das concessões, terão de reavaliar seus ativos. A lei, diz o executivo, estabeleceu como critério o Valor Novo de Reposição (VNR) para indenização dos ativos ainda não amortizados ou depreciados, algo que, até o momento, não havia ainda sido definido.

"Como há um novo parâmetro, todas as empresas terão de fazer uma avaliação, mesmo as que não foram atingidas [pela MP 579] ", afirma Valle.

Os auditores, porém, não arriscam prever se todas as empresas serão obrigadas a realizar baixas contábeis em seus balanços. "As empresas terão de testar os valores. Se houver indícios de que o valor a ser recuperado [no futuro] será menor que o previsto, as empresas precisarão fazer o impairment [baixa contábil]", afirma Vânia Souza, sócia da área de energia elétrica da KPMG. "As empresas, com certeza, estão se preparando", acrescenta.

"Existe um fato novo, está lá", diz Ramón Jubels, sócio do departamento técnico da KPMG, sobre o estabelecimento do VNR como critério de cálculo dos ativos. Segundo Vânia, a regra é clara a respeito da obrigação das companhias de reconhecer a diferença contábil nos valores de seus ativos, se ficar comprovado que essa divergência existe.

É praticamente certo que as empresas que aceitaram renovar antecipadamente suas concessões, como a Eletrobras, farão baixas contábeis em seus balanços de 2012. E as cifras tendem a ser bilionárias. A dúvida é se as empresas que não aceitaram os termos propostos pelo governo também irão fazê-lo. Neste time estão a Cesp e a Cemig.

"A Cesp entende que seus números contábeis estão corretos, mas necessitam ser anualmente testados por força de mudanças conjunturais (preços de energia, taxas de retorno etc). Vale destacar, também, que a companhia tem até meados de março de 2013 para fechar os números", respondeu a companhia, controlada pelo Estado de São Paulo, por e-mail.

Procurada, a Cemig afirmou que "está fechando os números do balanço de 2012" e, por isso, empresa não comentaria o assunto.

"Os balanços [das elétricas] serão bem mais complexos e bem menos objetivos que os anteriores", afirma Valle, da PwC. A firma de auditoria, que assina os balanços das empresas do grupo Eletrobras e da Neoenergia, precisou envolver mais especialistas em determinados assuntos neste ano para realizar os trabalhos.

E todos estão correndo contra o relógio. "Tudo foi muito rápido. A MP 579 só foi convertida em lei há poucos dias. O tempo é pequeno para a complexidade que o processo requer", diz Valle. As empresas têm até o dia 31 de março para divulgar suas demonstrações financeiras.

O fato de o governo ter definido o VNR como metodologia, porém, não indica que as avaliações dos ativos pelas empresas serão objetivas. Pelo contrário, os auditores esperam que, neste ano, o grau de subjetividade será ainda maior. Durante as discussões envolvendo a renovação das concessões, cujos contratos foram assinados em dezembro pelas empresas que aceitaram os termos propostos, as empresas acusaram o governo de não agir de forma transparente por não ter detalhado os cálculos feitos para cada uma das concessões. Nos bastidores, as empresas levantam suspeitas sobre os números.

Segundo Vânia, o que precisará ser levado em conta pelos auditores será a melhor estimativa feita pelas empresas. "Os auditores terão de conversar com a direção das companhias. Não há uma regra geral. Não é algo automático, preto no branco ", afirma a executiva. "Será um processo que envolverá muita discussão, muito debate", afirma Valle.

Caso o auditor verifique que uma regra contábil não tenha sido seguida, ele tem a obrigação de fazer ressalvas ao balanço.

Balanços de elétricas ficam mais difíceis para auditores - 24 de Janeiro de 2013 - Valor Econômico - Claudia Facchini

O texto é interessante, mas peca num ponto: o teste de impairment já existia antes da MP. O que alterou foi um parâmetro. Portanto, a rigor, o volume de trabalho não deveria "aumentar muito" ou a situação tornou-se "mais complexa", como insiste o texto. O que mudou é que diante da possibilidade de baixa, o auditor deve estar mais atento.

Frase

Slow Economic Growth Is the ‘New Normal’ – Fannie Mae

Obesidade e liderança

Boa forma é documento.

Novas pesquisas sugerem que uns quilinhos a mais ou uma cintura um pouco maior afeta a percepção que as pessoas têm sobre a liderança de um executivo e sua energia no trabalho.

Treinar para maratonas e fazer exercícios de madrugada ainda não são partes explícitas da descrição do cargo de um diretor, mas especialistas em liderança e recrutadores de executivos dizem que se manter em forma hoje é um requisito virtual para quem quer chegar ao topo da pirâmide corporativa.

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Tim McNair, gerente geral da Martin Guitar, está tentando perder 15 quilos através de um programa de exercícios

"Como as demandas para liderança podem ser extenuantes, o aspecto físico é tão importante quanto todo o resto", diz Sharon McDowell-Larsen, uma fisiologista de exercícios que dirige um programa de condicionamento físico para executivos no Center for Creative Leadership, uma organização sem fins lucrativos dedicada à preparação de profissionais para cargos de liderança.

Executivos que têm cintura larga e altos índices de massa corporal tendem a ser vistos como menos eficientes no trabalho, tanto em desempenho quanto em relacionamentos interpessoais, segundo dados compilados pelo CCL. O IMC, uma medida comum de gordura do corpo, é baseado em altura e peso.

Embora o peso continue sendo um assunto tabu no trabalho, ele é difícil de se ignorar. Um executivo pesado é considerado menos capaz por causa de presunções sobre como o peso afeta a saúde e a estamina, diz Barry Posner, um professor de liderança da Faculdade de Administração Leavey da Universidade Santa Clara, nos Estados Unidos. Ele diz que não sabe de nenhum diretor-presidente com excesso de peso nas empresas do ranking Fortune 500. "Nós temos estereótipos sobre gordura", acrescenta, "então, quando vemos um diretor acima do peso, nossa reação inicial não é positiva".

O pessoal do CCL detectou uma correlação depois de coletar centenas de revisões de desempenho entre colegas e resultados de exames físicos de diretores-presidentes e outros executivos de alto escalão que participaram de seu workshop de uma semana no Colorado. Dois pesquisadores universitários, usando dados de 757 executivos coletados entre 2006 e 2010, concluíram que o peso pode, de fato, influenciar as percepções de subordinados, colegas e superiores.

Tim McNair, um gerente geral da fábrica de violões C.F. Martin & Co., na Pensilvânia, diz que ele se motivou a fazer algumas mudanças quando viu sua barriga num vídeo durante um exercício recente de apresentações em público no workshop da CCL.

Ele se perguntou se seus colegas tiveram a mesma reação à sua aparência, diz ele. "Será que eles pensaram: 'Se ele não consegue [controlar seu apetite], como pode fazer seu trabalho?'"


Assim, o executivo de 44 anos que diz que as avaliações dele feitas por seus colegas foram um tanto duras, voltou recentemente para uma academia local, passando a frequentá-la depois do trabalho pelo menos três dias por semana para correr na esteira, fazer bicicleta ou alongar. Ele também parou de comer x-burguers duplos, filés, sorvete, coca-cola e bolos, optando por uma dieta mais saudável de grãos e legumes. Ele diz ter perdido cerca de 12 quilos em quatro meses.

A necessidade de manter a forma é algo relativamente novo para executivos, diz a brasileira Ana Dutra, diretora-presidente da consultoria de liderança Korn/Ferry . Já foi o tempo em que um líder executivo passava cada minuto do dia no trabalho, sacrificando exercício, férias e família em nome da firma. Esperava-se que empregados admirassem e imitassem sua devoção. Agora, o que se espera dos executivos é que tirem folga para "se revitalizar", diz Dutra.

Ela associa a mudança à morte repentina de executivos famosos, como o diretor-presidente da McDonald's Corp. Jim Cantalupo, que morreu de um ataque do coração em 2004, 16 meses depois de assumir o cargo. Seu sucessor, Charlie Bell, morreu menos de um ano depois, de câncer, aos 44. Em 1997, o presidente da Coca-Cola Co., Roberto Goizueta, um fumante, morreu semanas depois de ser diagnosticado com câncer de pulmão.

Os diretores de hoje também são figuras mais públicas do que seus antecessores e precisam estar prontos para as câmeras, bem apanhados ao cortejar investidores e preparados para responder a uma emergência da companhia. Excesso de peso pode transmitir fraqueza ou "falta de controle", diz Amanda Sanders, uma consultora de imagem que já trabalhou com altos executivos de empresas da "Fortune 500".

"É a imagem de liderança que você projeta", diz Mark Donnison, um executivo de 47 anos membro do conselho da Canadian Blood Services, que já perdeu mais de 10 quilos desde que começou uma rotina de exercícios cardiovasculares, peso e ioga no ano passado. "As pessoas reparam no seu modo de viver."

Empresas buscam líderes com resistência física para melhor dirigir negócios mundiais e resolver problemas complexos, diz Posner, que deu consultoria à Dow Chemical Co. sobre treinamento de líderes globais de grande potencial em 2010 e 2011. Esses líderes foram instruídos a reservar tempo regularmente para se exercitarem, algo que ajuda a suportar as constantes viagens e demandas de um cargo internacional. O treinamento incorporava até coisas como aulas de Zumba, Pilates, tai chi e ioga, diz Dawn Baker, diretor global da Dow para gestão de talentos.

[...]

Em geral, os executivos do estudo do Center for Creative Leadership já eram mais saudáveis do que o americano médio. Eles bebiam e fumavam menos e eram mais propensos a se exercitar com frequência. Cerca de metade foi considerada acima do peso ou obesos, ou seja, com um IMC maior que 25. Os executivos mais esguios da amostra, assim considerados por terem um IMC abaixo de 25, eram vistos mais favoravelmente pelos colegas, obtendo média de 3,92 por desempenho em tarefas numa escala de cinco pontos; líderes mais pesados obtiveram média de 3,85. Membros do grupo mais magro também tiveram notas melhores no quesito habilidades interpessoais.

O estudo foi ponderado por fatores como idade, raça, sexo, cargo e traços de personalidade. Os resultados foram semelhantes em setores diferentes, diz Eden King, um dos pesquisadores do estudo e professor associado de psicologia na Universidade George Mason.

Claro que a percepção de competência não se iguala a uma medida de sucesso de liderança. Executivos que participaram do estudo dizem que é difícil dizer quanto da percepção deriva de seu peso físico e quanto vem da insegurança que eles mesmos projetam.

Fonte: WSJ







Calouro em Contábeis

Nathaly Gomes Tenório, de 14 anos, e Deoclides Maciel Oliveira, de 89, são calouros da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Ela optou por Artes Visuais e ele, por Ciências Contábeis, e os dois já fizeram a matrícula em Campo Grande e Três Lagoas, respectivamente. A mãe de Nathaly, a advogada criminal Edelária Gomes, afirma que a filha "não é nenhum super Q.I., mas tem maturidade". Ex-pracinha da Força Expedicionária Brasileira, Oliveira comemorou: "Sou um jovem velho. Adoro a vida".

(...) Assim como Nathaly, Oliveira também começa o ano com perspectivas animadoras. Segundo amigos do ex-funcionário da antiga Estrada de Ferro Nordeste do Brasil, Oliveira concluiu o ensino médio e foi aprovado no Enem. Levará para a universidade a experiência do tempo em que fazia trabalhos internos nos escritórios da Nordeste do Brasil.

CALOUROS TERÃO DE 14 A 89 ANOS - 23 de janeiro de 2013 - João Naves de Oliveira - Estado de S Paulo

Parabéns Deoclides !!

24 janeiro 2013

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

A força da Apple

Os gráficos abaixo mostram o excelente desempenho da Apple:

Receita trimestral e lucro

 Margem de Lucro por trimestre
 Receita por produto
 Receita de venda de iPhone e estimativa dos analistas

 Receita de venda de iPad e estimativa dos analistas
Fonte: Aqui

Apontando ...

Merkel e Hollande, sempre apontando ...







Receita Federal

Os ganhos de sofisticação nas autuações da Receita Federal sobre os grandes contribuintes do país nos últimos anos têm induzido o órgão arrecadador a interferir nos negócios deste grupo formado por grandes empresas, e responsável por cerca de 70% de todo o montante arrecadado anualmente pelo Fisco.

As companhias com faturamento igual ou superior a R$ 100 milhões por ano - ao redor de 12,5 mil - viram suas declarações de pagamento de imposto tornarem-se alvo prioritário da Receita no ano passado, atingindo o valor recorde em autuações, de R$ 87,02 bilhões, devido à erros de documentação ou sonegação. O foco da vigília da Receita foram operações específicas das empresas e suas "ações de inteligência", envolvendo negócios internos.

"A Receita ao invés de entender as intenções das empresas (no caso de falhas na declaração), ela diz como tal empresa deveria conduzir seus negócios", afirma Ana Cláudia Utumi, sócia-responsável pela área tributária do escritório TozziniFreire.

Segundo ela, o Fisco deveria analisar apenas as razões econômicas das companhias quando um erro nas contas tributárias é identificado. Porém, completa ela, o órgão tem ido "muito além" da análise econômica praticada em outros países. "E isso já é um dos motivos para o uso de recursos - contra as autuações da Receita - pelos contribuintes", ressalta Ana Cláudia.

A advogada esclarece que o crescimento das autuações sobre as empresas (16,8%), entre 2011 e o ano passado, é resultado da criação, em 2010, de delegacias específicas para fiscalizar os "negócios" de tais contribuintes.

Seus auditores fiscais procuram indícios de economia tributária abusiva, quando o único intuito é o menor pagamento de impostos pelas empresas.

Ante olhos mais atentos do Fisco, cabe às empresas, segundo especialistas, maior atenção sobre certas operações.

Entram na lista ações como a reorganização societária com uso de ágio após a compra; aquisição de insumos; manuseio de juros de capital próprio; preços de transferência e receitas financeiras não consideradas no lucro real.

"As empresas terão, cada vez mais, de tomar mais cuidado com sua prestação de dados", afirma Richard Dotoli, advogado do setor Tributário do Siqueira Castro Advogados.

Uma vez autuada, a empresa pode entrar com impugnação em delegacia de julgamento da Receita, em 1ª instância. No caso de novo recurso, o contribuinte pode levar o caso ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, o antigo Conselho de Contribuintes, em Brasília.

"As autuações fiscais sobre grandes contribuintes, considerando seus valores, têm preferência na ordem de julgamento dos processos", explica Felippe Breda, advogado tributarista do Emerenciano, Baggio e Associados.

No entanto, a análise de cada processo pode demorar de três meses, em 1ª instância, até quatro anos, em média.

Segundo Ana Cláudia, a Receita tem sinalizado querer aumentar o valor das autuações - ao custo das grandes empresas - e não sua quantidade. Ela pondera, porém, que parte "relevante" dos processos administrativos ou judiciais envolvendo as autuações do Fisco resultam em derrota do órgão federal ou na redução "substancial" do valor da multa por sonegação - de 150% do valor do imposto para 75%.

Autuações da Receita geram interferências nos negócios
Rafael Abrantes - Brasil Econômico - 23 de janeiro de 2013

Conferência

Será realizado em 15 e 16 abril uma conferência da Fundação IFRS em São Paulo.

Os conferencistas são:

Hans Hoogervorst, Presidente, IASB
Dr Alexandre Tombini, Presidente, Banco Central do Brasil
Pedro Malan, Curador, Fundação IFRS
Darrel Scott, Membro, IASB
Stephen Cooper, Membro, IASB
Alan Teixeira, Diretor Senior, IASB
Sue Lloyd, Diretora Senior, IASB
Leonardo Pereira, Presidente, Comissão de Valores Mobiliários
Amaro Gomes, Membro, IASB
Allison McManus, Gerente Técnica Senior, IASB
Jan Engström, Membro, IASB
Patrina Buchanan, Diretora Técnica, IASB
Wayne Upton, Presidente, Comitê de Interpratações de IFRS
Michael Wells, Diretor da Iniciativa de Educação, IASB
João Santos, Superintendente—Finanças Internacionais, Itaú Unibanco
Caio Ibrahim David, Diretor Executivo e CFO, Itaú Unibanco
Alexsandro Broedel Lopes, Diretor de Controle Financeiro, Itaú Unibanco
José Carlos Bezerra da Silva, Superintendente, Comissão de Valores Mobiliários

Tristeza não tem fim, dinheiro sim


Quando pesquisava para seu livro “O Poder do Hábito”, o escritor americano Charles Durhigg deparou com uma prática a princípio inexplicável das empresas de cartões de crédito dos Estados Unidos. Sempre que descobrem, comparando dados pessoais, prática permitida no mercado americano, que um de seus clientes se divorciou, as empresas cortam seu limite de crédito. A redução é ainda mais radical caso o cliente seja do sexo masculino, diminuindo o limite pela metade. A explicação: analisando o histórico de crédito de recém-separados, matemáticos a serviço dessas empresas cruzaram os dados e notaram que não muito tempo depois de mudar seu status de relacionamento para “solteiro” no Facebook os homens, principalmente, começam a ter problemas para pagar suas dívidas.
À primeira vista, pode parecer um exagero – além de uma intromissão indevida na vida dos clientes -, mas um estudo recente conduzido pelos departamentos de psicologia das Universidades de Harvard e Columbia, nos Estados Unidos, mostrou que há uma lógica emocional por trás dessa situação: estar triste pode ter um custo financeiro.
“Uma pessoa triste não é necessariamente uma pessoa sábia quando se tratam das escolhas financeiras”, afirma Ye Li, professor da Universidade Riverside, na Califórnia, que participou do estudo como pós-doutorando do Centro de Ciências da Decisão de Columbia. “Descobrimos que as pessoas tristes são mais impacientes e frequentemente irracionais.”
Nos últimos dez anos, estudos aprofundaram essas descobertas, mostrando que pessoas tristes têm mais problemas com as finanças pessoais, dívidas do cartão de crédito e financiamentos, empréstimos e seguros duvidosos. Por trás de todos os resultados, está o que Ye Li e os outros dois autores do estudo, Jennifer Lerner, da Escola Kennedy de Governança e diretora do Centro de Ciência da Decisão de Harvard, e Elke U. Weber, também de Columbia, chamam de miopia da tristeza.
A miopia da tristeza é, segundo o estudo, responsável por um preconceito momentâneo que leva as pessoas a ignorar os ganhos maiores que vêm com a espera em troca da satisfação imediata. Mais: o gasto em si recebe mais atenção do que o benefício que poderá produzir. A miopia da tristeza, conclui a pesquisa, é um fenômeno robusto e potencialmente perigoso para a vida financeira das sociedades.
É certo que decisões econômicas, incluindo o que compramos, envolvem escolhas que costumam ser feitas com base em razões que nos parecem consistentes. “As pessoas não querem pagar ou consumir mais do que deviam mesmo quando estão tristes”, observa Nitika Garg, professora da Australian School of Business e coautora, com Jennifer Lerner, do estudo “Tristeza e Consumo”. É bem capaz que neguem a influência, como os voluntários da maioria dos estudos. Mais ainda: a combinação de tristeza e consumo em excesso pode levar a um ciclo em que o próprio hábito de gastar leva a alterações de humor. Por que então a propensão aos gastos?
“A pessoa que está propensa a comprar pensa: ‘Eu sou a solução para os meus problemas’”, explica Vera Rita de Mello Ferreira, psicanalista e autora do livro “A Cabeça do Investidor”. “E uma das formas mais fáceis de encontrar satisfação é por meio das compras. Quanto mais radical a sensação de perda ou de desamparo, mais radical será a busca por compensação.”
Esse não é um processo consciente, ressaltam todos os estudos. E nem mesmo faz sentido à luz da lógica. Se uma pessoa triste é mais pessimista, o normal seria que nas centenas de decisões que toma todos os dias fosse mais cética. “Nossa pesquisa não visava propriamente saber se pessoas tristes fazem avaliações mais pessimistas. Mas ser pessimista sobre o futuro é uma das possíveis explicações sobre por que elas querem obter as coisas o mais cedo possível”, diz Ye Li.
"Tears", de Man Ray
“Tears”, de Man Ray
Economistas e psicólogos tomam direções diferentes quando tentam explicar o papel das emoções nas decisões. A teoria econômica tradicional não costuma dar valor a motivações individuais nas decisões financeiras, considerando que os indivíduos tendem a agir de forma racional, pesando expectativas e probabilidades. Psicólogos ligados à economia comportamental contra-argumentam, no entanto, que as teorias econômicas não conseguem dar conta dos verdadeiros processos mentais por trás de nossas decisões. Novos estudos nas duas últimas décadas começaram a aproximar os dois campos, assim como a neurociência, principalmente no que diz respeito ao consumo.
É inegável – aponta o estudo de Harvard e Columbia – que as pessoas normalmente fazem algumas das escolhas econômicas mais importantes da vida por causa das emoções. “O amor impulsiona a decisão de propor ou aceitar o casamento. Raiva pode levar a uma separação. O medo leva à decisão de abandonar a casa em meio a um desastre”, dizem os pesquisadores. Um funeral pode obrigar alguém a tomar decisões financeiras importantes em um estado emocional conturbado. Com o trauma da separação, um divórcio vem acompanhado de novos gastos com habitação e alimentação, entre outros.
A tristeza, no entanto, há séculos é vista como uma boa parceira econômica. Samuel Coleridge (1772-1834), poeta e filósofo inglês experimentou crises profundas de ansiedade e depressão. Sua vida o inspirou a criar uma frase famosa: “O homem mais triste e mais sábio aumenta o amanhecer do dia seguinte”. Centenas de trabalhos de psicologia corroboraram essa ideia na segunda metade do século XX, atribuindo à tristeza o papel de antídoto para os otimistas em excesso, capaz de impedir alguém de agir por impulso.
Indivíduos mais tristes, segundo esses estudos, tendem a pesar mais racionalmente as implicações financeiras de suas escolhas. Então, de maneira tímida, nos anos 1980 e com mais profusão nos anos 90 e na década passada, um grupo de cientistas começou a apontar que se trata do contrário.
Tristeza, como definida pelos psicólogos, é um estado temporário, como numa morte ou separação, sendo ligada às sensações de desamparo e perda. Um de seus efeitos é provocar pessimismo sobre determinada situação, um efeito conhecido na psicologia como congruência de humor. Isso leva a uma mudança nos motivos pelos quais as pessoas em estados de tristeza costumam fazer escolhas. Por exemplo: um estudo conduzido por dois psicólogos, William Morris & Nora Reilly, descobriu que pessoas tristes, quando tinham de escolher um parceiro para resolver um problema, preferiam alguém com mais afinidade pessoal do que os mais capazes.
A pesquisa de Harvard e Columbia, concluída no fim do ano passado, teve como voluntários 200 estudantes das duas universidades, que, respondendo a um anúncio, receberam uma remuneração pela participação. Ao contrário de grande parte dos estudos anteriores, nos quais os voluntários assinalavam em um questionário qual era seu estado emocional no momento, os testes foram concebidos para provocar, respectivamente, uma “condição de tristeza”, uma “condição de desgosto” e um “estado neutro”.
Colocados em cabines individuais, os voluntários tiveram de assistir a três vídeos. Um mostrava a morte do personagem principal, interpretado pelo ator Jon Voight, diante do filho no filme “O Campeão”; outro, a cena de um banheiro infecto e insalubre no filme “Trainspotting”. O terceiro clipe foi um trecho de um documentário do canal National Geographic sobre a vida dos peixes na Grande Barreira de Corais.
Se fosse o caso, os voluntários também deveriam escrever um pequeno texto sobre uma história triste ou desagradável da qual tinham participado. Em seguida, escolheram entre 27 montantes de dinheiro e créditos no site da Amazon que deveriam receber naquele dia (entre US$ 11 e US$ 80) e maiores quantidades de dinheiro (entre US$ 25 e US$ 85) em um prazo que variava de uma semana a seis meses.
“A média dos participantes tristes em obter recompensas futuras foi de 13% a 34% menor do que dos participantes em um estado mental neutro”, diz Li. Houve casos em que os voluntários preferiram receber US$ 37 na hora a esperar três meses em troca de US$ 85 – mais do que o dobro.
Em outro dos trabalhos pioneiros, realizado pela Universidade de Columbia,
"Old man in sorrow (On the Threshold of Eternity)", de Van Gogh
“Old man in sorrow (On the Threshold of Eternity)”, de Van Gogh
estudantes tinham de informar se naquele momento se sentiam mais tristes ou ansiosos. Os dois estados levaram a decisões diferentes em um jogo. Enquanto os voluntários que se diziam tristes corriam mais riscos em busca de recompensas maiores, os ansiosos fizeram o contrário, se arriscando pouco em busca de um lucro menor, porém mais seguro de obter. A ansiedade aumentou a preocupação com o risco e a incerteza enquanto a tristeza aumenta as preocupações com a recompensa.
Se há uma arena em que as emoções reconhecidamente dirigem a necessidade de consumo é o mercado de ações. Em seu livro “Exuberância Irracional”, Robert Shiller afirma que o estado emocional dos investidores é um dos fatores mais importantes para explicar subidas fortes de preços. Foi assim nas bolhas dos últimos anos, principalmente a da internet e imobiliária. Tanto no momento de euforia e ganância como de pânico, diz a “teoria das emoções” no mercado financeiro, existe o efeito manada. Decisões de momento podem custar anos de economias.
“Ganância e medo movem a maioria das decisões. Mas duas emoções particularmente importantes são o orgulho e arrependimento. Por exemplo, pensa-se que o arrependimento tem como efeito a disposição para vender cedo demais ações que subiram rapidamente e manter aquelas que estão caindo. Se você vender uma ‘perdedora’, vai sentir arrependimento”, diz Lucy Acket, professora da Universidade Kennesaw, autora de estudos sobre as emoções e o mercado financeiro.
Uma medida do efeito da miopia da tristeza sobre os investidores foi descoberta por Jennifer Lerner e mais duas pesquisadoras, Deborah A. Small e George Loewenstein. Voluntários foram levados a fazer negócios numa experiência parecida com o que ocorre em um “home broker”. Metade ficou com um objeto, definindo por qual preço pretendiam vendê-lo, e a outra metade pôde fazer uma oferta de compra. Todos assistiram aos mesmos filmes do estudo atual, assim como cada um foi convidado a escrever explicando como se sentia. Então começaram a negociar.
Os participantes que assistiram ao vídeo mais triste e eram vendedores passaram a reduzir seus preços assim como os compradores fizeram ofertas maiores a ponto de superar as ofertas de venda. Isso aconteceu, segundo os pesquisadores, porque tanto em um caso como outro estava em jogo a busca por mudança. “No caso de venda, livrar-se do que se tem é uma oportunidade para mudar as circunstâncias que estão fazendo a pessoa sofrer, enquanto no caso de compra, a aquisição de novos bens é uma oportunidade para alterar uma realidade desagradável”, explica Jennifer.
“Um dos conselhos que dou é que a pessoa tenha um diário de bordo”, diz Vera Rita de Mello, que faz palestras e dá consultoria a investidores. “É importante colocar por conta própria o que está acontecendo. Assim, a pessoa consegue encontrar padrões.”
Um dos estudos de Jennifer, responsável por grande parte das descobertas que ligam emoções à tomada de decisões financeiras, concluiu que a tristeza deixa uma pessoa mais generosa e também mais propensa a apoiar programas sociais do que se estiver irritada. Com base no estudo, a irritação dos conservadores americanos com Barack Obama por instituir a saúde gratuita poderia ter sido menor se não fosse a crise econômica. Em um cenário de frustração, a reação de uma parte do Partido Republicano foi radicalizar, fazendo surgir o movimento ultraconservador Tea Party.
"Saudade", de Almeida Junior
“Saudade”, de Almeida Junior
Mas a tristeza não afeta apenas a maneira como se gasta dinheiro. Estudos sobre sua relação com a alimentação chegaram às mesmas conclusões, dessa vez com o aumento do consumo de pizza, salgadinhos, sorvete e doces. As pessoas tristes se entopem de “junk food” porque procuram conforto na comida, dizem outros estudos. O fenômeno é conhecido das indústrias de alimentos, que põem seus psicólogos para entendê-lo assim como um desdobramento perigoso para as vendas: se concluem que um produto não está ajudando a melhorar o humor, as pessoas tristes param de comprá-los.
Um consolo é que a miopia da tristeza é um estado temporário. No estudo de Harvard e Columbia, quando tinham de optar por receber uma quantia apenas três meses depois ou em um ano, os resultados foram parecidos entre todos os grupos. Sem a chance de obter prazer imediato, as decisões se tornam mais racionais.
Com problemas financeiros, dívidas, obesidade e problemas cardiovasculares sendo consequências da tristeza, as descobertas levam a uma questão: se as pessoas comprometem as próprias finanças por uma razão inconsciente e momentânea, mecanismos podem ser adotados para evitar a ruína financeira? “Eu penso nesse caso que isso deveria ser uma decisão pública”, diz Li.
“Por exemplo: a Federal Trade Comission [Comissão Federal de Comércio americana] tem uma regra que permite o cancelamento das vendas em três dias, exceto no caso de seguros e de imóveis.” No Brasil, as regras são parecidas. O Código de Defesa do Consumidor permite a desistência da compra em até sete dias se a compra for feita pela internet. Mas no caso de imóveis, se o comprador desistir, tem de indenizar o vendedor. “Eu acho que estender a mesma regra aos outros setores seria benéfico, embora os detalhes da implementação fossem difíceis.”
E, finalmente, uma das lacunas diz respeito ao objetivo do aumento do consumo. Embora dezenas de estudos tenham verificado a relação entre tristeza e consumo, faltam trabalhos que expliquem se gastar dinheiro realmente ajudou. “Não conheço nenhuma pesquisa que mostre que comprar realmente alivie um sentimento negativo”, diz Ye Li. “Tristeza apenas cria um desejo de comprar, mas não é necessariamente a melhor solução"

23 janeiro 2013

Rir é o melhor remédio

A explicação da Ilha de Páscoa. Fonte: Aqui

Valor de Nada


Na orelha do livro “O valor de nada”, de Raj Patel (Editora Zahar, 2010), indica que o livro tenta responder a seguinte questão: por que as coisas custam o que custam? Isto realmente atiça a curiosidade do leitor, que pode tentar vencer as 240 páginas do livro para ter uma resposta para a pergunta.

Entretanto, a obra decepciona por dois motivos. O primeiro é a falta de uma estrutura na exposição das ideias. Os assuntos são jogados, um após outro, sem uma construção lógica. Num mesmo tópico, vários aspectos são tratados, com pouca profundidade.

O segundo problema da obra é a qualidade de certas obras que são usadas para apoiar os argumentos. O autor, usando uma técnica muito comum em obras modernas, colocou as referências e notas no final do livro. Mas quando o leitor que verificar uma afirmação baseada numa “pesquisa” ou “relatório” de uma agência, ele encontra citações incompletas ou que não correspondem ao que foi afirmado no texto. Em certo trecho, o autor cita uma conhecida agência de fomento, mas as notas do final estão indicando outra fonte. Assim, o livro perde credibilidade.

Para Patel, o sistema capitalista pune a sociedade, já que não leva em conta no preço dos produtos as externalidades. Assim, o sanduíche que comemos num fast-food deveria ter um preço muito superior ao que é cobrado se for levado em consideração o impacto ambiental, os efeitos sobre a distribuição de renda, entre outros fatores. Para reforçar seu argumento, Patel solta um número mágico, exagerado para ajudar na sua lógica, de pesquisas questionáveis.

Vale a pena? Não. A metralhadora de Patel atira em todos os cantos, sem conseguir atingir nenhum alvo.

Evidenciação: Este blogueiro adquiriu a obra numa livraria, não tendo sido induzido a fazer esta postagem pelas partes interessadas.

Eletrobras

A Eletrobras realizou uma de suas assembleias mais polêmicas no mês passado. No dia 3 de dezembro, os acionistas foram convocados para decidir se a companhia deveria aceitar a proposta do governo federal de renovar os contratos de concessão, nos moldes propostos pela MP 579. Além da peleja que se tornou pública, devido aos prejuízos que decorrerão da mudança nos termos dos contratos, uma outra disputa aconteceu nos bastidores. Duas das mais influentes consultorias de voto emitiram relatórios sobre a assembleia com recomendações totalmente distintas.

A Institutional Shareholder Services (ISS) recomendou que os investidores acompanhassem a proposta da administração da Eletrobras. Aconselhou aos seus clientes rejeitar a eleição de um conselheiro de administração indicado pelos minoritários e aprovar a renovação dos contratos de concessão. Em relatório, a consultoria reconheceu que "os termos da renovação apresentados pelo governo são claramente desvantajosos para a empresa, evidenciando o risco de se investir em empresas controladas pelo Estado, onde o interesse público prevalece sobre o interesse dos acionistas". Mas acabou concluindo que acompanhar a administração seria a alternativa menos pior para os acionistas. O governo não mudaria de ideia, argumentou, até porque a maior parte das companhias aceitaria os termos propostos, e os riscos de enfrentar uma nova licitação seriam maiores do que os de renovar o contrato.

A recomendação da ISS, no entanto, não fez a cabeça dos investidores. No balanço final da assembleia, apenas a própria União, o BNDES e a BNDESPar votaram a favor da renovação — além de alguns fundos estrangeiros que, sem orientação específica de voto, seguem a proposta da administração. [...]

Na direção contrária foi a Glass Lewis, que emitiu relatório apoiando o pleito dos minoritários. Além de ressaltar o quanto as renovações serão prejudiciais aos resultados da Eletrobras, a consultoria assinalou o conflito de interesses presente no conselho de administração da elétrica, composto de membros do governo federal.

Embora vencidos, os minoritários ainda não desistiram da briga. Até o fechamento desta edição, um grupo de acionistas se preparava para recorrer ao Poder Judiciário e pedir a anulação da assembleia. Em sua defesa, eles pretendem ressaltar o fato de que, no último aumento de capital da companhia, no começo de 2011, cada nova ação ordinária foi emitida por R$ 22,61, enquanto as preferenciais saíram por R$ 27,01. Ao fazer a emissão, afirmam, o governo teria sinalizado uma expectativa de valor para a companhia que, pouco menos de dois anos depois, não existiria mais. No dia 19 de dezembro, as ações ordinárias fecharam a R$ 6,45; e as PNB, a R$ 10,01.


Fonte: Aqui

Alugar ou Comprar

Um dos casos mais típicos da análise de investimento é a decisão entre alugar e fabricar. Uma decisão parecida ocorre hoje com as operadoras de telefonia celular, segundo texto do Valor Econômico (Operadoras põem torres à venda para levantar capital, 22 de Janeiro de 2013, Daniele Madureira).

Com a possibilidade de compartilhar a infraestrutura, muitas empresas estão preferindo alugar a torre do que a opção de construir e manter um torre exclusiva. Assim, algumas operadoras estão optando por vender suas torres.

Desde o fim de 2010 até o terceiro trimestre do ano passado, a Vivo vendeu 3.925 torres, o que rendeu R$ 1,1 bilhão ao caixa da operadora.


A decisão de alugar ou manter tem vantagens e desvantagens. Para operadora, o aluguel pode ter um custo inferior ao custo de manutenção.

Uma operadora desembolsa, em média, cerca de R$ 250 mil para construir uma torre metálica no solo e R$ 150 mil por uma torre do tipo "roof top" (instalada no alto de um prédio). Além disso, precisa pagar aluguel pelo uso do espaço para os condomínios ou proprietários do terreno.

Ao vender a infraestrutura e passar a alugá-la, a conta diminui sensivelmente, já que não há gastos de instalação. O aluguel pago às empresas especializadas vai de R$ 2 mil a R$ 5 mil por mês. Quanto mais antenas instaladas por uma operadora na torre, maior o valor pago. É preciso pagar, também, o aluguel do espaço ocupado pela torre. Os preços variam de R$ 2 mil a R$ 3 mil por mês, dependendo do tipo de torre, se está no chão ou no alto do prédio. O valor é rateado entre as operadoras: quanto maior o número delas, menor o custo.

Com isto, surgem empresas especializadas em construir e gerir torres:

a American Tower administra 4,3 mil torres no país (entre próprias e das operadoras). A TorreSur tem 4 mil. A BR Towers, do GP Investimentos, criada em setembro do ano passado, tem 2 mil pontos sob seu controle. A mais nova a entrar nesse mercado é a americana SBA Communications, que comprou 800 torres da Vivo em dezembro.

Apesar de todo esse movimento, há um imenso mercado a desbravar. Estima-se que existam cerca de 60 mil torres de telefonia no país. Dessas, menos de 10 mil estão sob controle de terceiros.

O custo menor não é o único atrativo para as companhias de telecomunicações. Instalar as torres de telefonia costumar ser uma enorme dor de cabeça porque há uma diversidade de leis municipais sobre o assunto, com exigências diferentes entre si. Ao transferir para terceiros essa responsabilidade - incluindo atividades que nada tem a ver com seu negócio central, como pintar e iluminar as torres - as operadoras podem se concentrar melhor em seus serviços centrais.

Lei de Benford e dados econômicos da China

Aplicação da Lei de Benford nas estatísticas econômicas oficiais do governo chinês:

A mathematical tool devised by an American physicist in the 1930s underscores doubts about the quality and reliability of Chinese economic data, according to research by Australia & New Zealand Banking Group Ltd. (ANZ)

The results are based on “Benford’s Law,” which holds that in any series of numbers, certain patterns will be found only if the statistics are naturally generated. The rule, created by former General Electric Co. (GE) engineer Frank Benford, suggests patterns for the first and second digits in a numeric series and can be used to detect phony data, Li-Gang Liu, ANZ’s chief economist for Greater China, and colleague Louis Lam said in a Jan. 8 report.





Benford’s work has already been adapted to show Greece should have been suspected of manipulating its data before the European debt crisis and that now-jailed financier Bernard Madoff was overstating investment returns.

The ANZ economists studied China’s annual nominal gross domestic product data from 1952 to 2011 to measure how frequently numbers from one to nine appeared as the first digit. While the 24 occurrences of “one” is higher than the 18 suggested by the rule, the economists said the statistics largely abide by what Benford’s Law allows. The same is true of industrial production data.


Suspicions emerged when the data was probed more deeply and reported in percentage terms, the ANZ report said, adding that the guilty party was often the second digit. An examination of the quarterly GDP growth rate from December 1991 to September 2012 shows zero occurred as the second digit 21 times, much higher than what Benford would calculate and suggesting a rounding-up to achieve a bigger leading digit. One through four also appeared more regularly than the law reckons, while seven through nine featured less.


Inflation reported on a percentage basis also failed to fit the law. “Non-conformity to the Benford’s law does not always indicate data manipulation, but nevertheless it raises doubts about the quality of Chinese data,” the authors said. “Our statistical analysis seems to have confirmed the long-rooted suspicion on quality and reliability of Chinese data.”


Fonte: aqui