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05 janeiro 2013

2012: 51 postagens mais acessadas

Em 2012 publicamos 2.156 postagens. Somando-se às publicações de 2006 a 2011 (registradas no blogger) são, ao todo, 13.325 textos. É mais difícil trabalhos antigos aparecerem nos mecanismos de buscas – mesmo com esse empecilho – achei válido ressaltar as 51 postagens mais acessadas* no último ano (01/01/2012 – 31/12/2012), dispostas em ordem crescente.
As informações têm como base o Google Analytics.
Grau de Alavancagem Operacional
Vestidos e recessão
Giro do Ativo
Prazo médio de pagamento a fornecedores
Margem Líquida
Juros sobre capital próprio
O que deve ter uma "conclusão" de um trabalho científico?
Impairment
Composição do Endividamento
Valor Justo
O Caso Enron
Margem Operacional
Princípios de Contabilidade
Fluxo de Caixa Livre
Algumas dicas para escolher o tema da monografia
Endividamento
Imparidade
Carreira de Auditor
CCL
15 perguntas difíceis em entrevistas de emprego
Ebitda
Patrimônio de Referência
Depreciação Acelerada
Como Calcular Percentual?
Mappin: história de uma falência
Sustentabilidade
O que não te ensinaram na pós-graduação
Deseconomias de aglomeração
Sadia
O que motiva os cientistas?
ROI
Como achar um tema para uma pesquisa?
Custo de Reposição
Patrimônio de Afetação
Ganhe mais: peça demissão
Contabilidade e Direito
Contabilidade da construção civil
Mensuração de ativos biológicos
Margem Bruta
IFRS nas Pequenas e Médias Empresas
IFRS no Brasil
Rateio e Alocação
Contabilidade pública e contabilidade privada
As maiores empresas de contabilidade dos EUA
Retorno sobre o Patrimônio Líquido
Custo de se ter um automóvel
Brasil: vantagens e desvantagens
Plano de Contas do IFRS
Ativo monetário e ativo não monetário
Valor contábil versus valor de mercado
Trabalho de conclusão de curso - TCC

*Sem contar as diversas postagens intituladas "Frases" e "Rir é o Melhor Remédio" que são agrupadas pelo Google Analytics.

Cartoon

Fonte: Aqui (Este cartoon venceu um prêmio das Nações Unidas).

Bola murcha

O déficit dos clubes brasileiros de futebol no ano passado foi de cerca de R$ 1,8 bilhão, diz especialista.

Nos últimos anos, os clubes brasileiros de futebol deram importantes passos rumo à uma gestão mais profissional de suas atividades mas ainda há um caminho longo a ser percorrido.

Apesar do crescimento de 260% na receita gerada pelos clubes entre 2003 e 2012 e superando a casa dos R$ 2,9 bilhões de faturamento, o déficit do mercado da bola no ano passado foi de cerca de R$ 1,8 bilhão.

Os dados foram levantados por Amir Somoggi, especialista em marketing e gestão esportiva.

Da movimentação total no ano passado, os 10 clubes com as maiores receitas do futebol brasileiro foram responsáveis por R$ 1,9 bilhão, o equivalente a 66% do total.

Apesar dos clubes ainda não terem fechado seus balanços, a liderança desse ranking deve ser mantida pelo Corinthians, que com os títulos conquistados em 2012 deve superar a marca de R$ 320 milhões de faturamento, segundo projeção do especialista. (Fábio Suzuki)


Fonte: Aqui

Ciência sem burocracia


Um dos maiores entraves para o aperfeiçoamento da pesquisa científica no Brasil é a dificuldade que os pesquisadores encontram para importar o material necessário ao seu trabalho. Não são poucos os casos em que experimentos vão para o lixo devido a dificuldades burocráticas. Por essa razão, os cientistas, há muito tempo, reivindicam uma mudança radical nesse cenário, sem a qual a ciência brasileira, por mais competente que possa ser em algumas áreas, permanecerá sempre muito atrás da concorrência internacional. Essa esperada mudança está agora num projeto de lei, em tramitação no Congresso, que isenta de impostos e da fiscalização os insumos trazidos do exterior, de modo a agilizar o processo da pesquisa.
Para medir o alcance dessa medida, basta saber que 99% dos cientistas ouvidos em uma pesquisa do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro informaram que precisam importar o material com o qual farão experimentos. Dos entrevistados, nada menos que 76% disseram já ter perdido material retido na alfândega. A maior parte das perdas diz respeito a elementos perecíveis, os chamados reagentes, que representam 60% do prejuízo total. A pesquisa mostra ainda que 42% dos cientistas frequentemente deixam de realizar pesquisas ou são obrigados a mudar as especificações dos experimentos devido a problemas de importação. Para outros 48%, isso acontece eventualmente.
Houve tentativas de desemperrar os procedimentos. As mais importantes foram uma instrução normativa da Receita Federal e uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), cujo objetivo era simplificar o despacho aduaneiro de importação de bens para pesquisa científica. Apesar disso, 91% dos cientistas ouvidos pela UFRJ disseram que as medidas não foram suficientes para acelerar a importação e reduzir os custos de armazenagem. A Anvisa argumentou que a responsabilidade pela demora é em grande parte dos próprios cientistas, que não sabem preencher corretamente os formulários para a importação. Já os pesquisadores respondem que não dispõem de tempo para se dedicar à burocracia, e alguns ainda acusam a Anvisa de ter proscrito substâncias necessárias para a pesquisa em neurociência, entre as quais entorpecentes. "Somos tratados como traficantes", queixa-se um deles.
O tempo até a chegada e o desembaraço do material importado raramente é inferior a um mês e, em alguns casos, supera dois anos. Um cientista reclamou que pagou três vezes mais caro do que seus colegas americanos por um anticorpo e que levou três meses para receber sua encomenda, enquanto nos EUA esse intervalo nunca é superior a uma semana.
O projeto de lei, de autoria do deputado Romário (PSB-RJ), feito por sugestão de cientistas liderados pela geneticista Mayana Zatz, determina a criação de um cadastro nacional de pesquisadores por parte do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Esse grupo de especialistas terá licença para importar bens destinados às suas pesquisas com desembaraço aduaneiro automático, sem fiscalização e livre de taxas. Em contrapartida, o projeto responsabiliza o pesquisador por danos ambientais e de saúde causados pela eventual mudança da finalidade declarada para a importação.
O governo parece empenhado em estimular o avanço da ciência por meio do envio de estudantes ao exterior, no programa Ciência sem Fronteiras, mas esse esforço resultará inútil se, na volta, eles não puderem realizar suas pesquisas de maneira satisfatória e ágil. "Precisamos de uma importação sem fronteiras", disse Mayana Zatz. Se o poder público conseguir facilitar o rápido acesso dos pesquisadores ao material necessário para os testes de laboratório, é possível que, em pouco tempo, os cientistas brasileiros consigam reduzir a distância que os separa na competição com seus colegas no exterior, cuja vantagem está justamente na velocidade com que concluem seus experimentos. Toda iniciativa que objetive desburocratizar a ciência, respeitados os padrões de segurança, merece amplo apoio.
Fonte: aqui

Livros: dedicatórias e histórias


Era uma noite de terça-feira insuspeita em Copacabana. No fim daquele dia, 23 de outubro, um grupo de frequentadores do sebo Baratos da Ribeiro faria exatamente o que faz há cinco anos: se espremeria entre as prateleiras abarrotadas da livraria para mais um encontro do Clube da Leitura, evento quinzenal em que leem trechos de livros e trocam impressões sobre contos próprios. Quando chegou a sua vez na roda, o dono do sebo e fundador do clube, Maurício Gouveia, tirou da gaveta um livro que guardava há dez anos escondido no acervo: um exemplar em italiano de “Nove contos”, do escritor americano J.D. Salinger.

Não tinha coragem de vendê-lo. Com as bordas amareladas e as páginas carcomidas, aquele “Nove racconti” guardava uma dedicatória em português na página de rosto que Maurício considerava mais bonita do que todo o livro do autor do clássico “O apanhador no campo de centeio”. Um homem comum — que poderia ser um médico, um vendedor de sapatos ou um trapezista de circo — declarava seu amor a uma mulher, em Milão, em 26 de dezembro de 1966. Maurício leu a dedicatória enorme, que começava com a frase “De tudo que vem de você, permanece em mim uma vontade de sorrir” e se encerrava com a oração “a vida é um contínuo chegar de esperanças”. Ao final, subiu o tom para ler o nome do santo: Sylvio Massa de Campos.

Foi quando um dos frequentadores do clube soltou um “opa!”. O jornalista George Patiño conhecia a família Massa, da qual Sylvio era o patriarca. Ele não vendia sapatos, trabalhava em circo ou morava em Milão: o matemático e escritor Sylvio Massa de Campos estava vivo, trabalhara a vida toda na Petrobras, tinha 74 anos e morava logo ali, no Leblon.

— Tem certeza? — perguntou Maurício.
— Trago ele aqui no próximo encontro — prometeu George.

Feito. No dia 6 de novembro, um senhor de cabelos brancos, sorriso fácil e porte altivo entrou no sebo acompanhado de duas filhas e três netos. Emocionado, recebeu das mãos de Maurício o livro perdido. Releu a dedicatória em voz alta, com pausas longas entre uma frase e outra, o que só aumentava o suspense na livraria, entrecortado pelo ruído dos netos inquietos. Depois de ser longamente aplaudido, contou aos novos colegas a história por trás daquela mensagem.

Em 1966, ele fazia mestrado em Matemática em Milão com uma bolsa do governo brasileiro. Lá, conheceu uma italianinha de nome Febea, que tinha concluído os estudos em Literatura em Londres, e acabava de retonar à Itália. Quando ela comentou que conhecia José Lins do Rego e João Cabral de Melo Neto, e que adoraria aprender português para ler Guimarães Rosa, Sylvio se apaixonou na hora: apesar de trabalhar com algoritmos, era na literatura que descansava seus teoremas. Prestes a terminar a pós-graduação, no entanto, logo voltaria ao Brasil. O amor foi construído à distância.

— Nosso namoro durou um ano, 136 cartas, nove livros, dois telegramas e um telefonema — contou Sylvio, para suspiro coletivo da plateia, e espanto das filhas, que não conheciam todos aqueles números. — Naquele tempo, dar um telefonema era uma fortuna. Esta dedicatória escrevi no dia do meu aniversário, já doido por ela. Eu nem sei como perdi o livro, acho que foi numa mudança nos anos 80.

Um ano depois, Febea veio morar no Brasil, e Sylvio montou um apartamento no Méier para ela. Tiveram duas filhas, Isabella e Gabriella — que a essa altura se debulhavam em lágrimas na livraria —, e viveram felizes para sempre. Até que um câncer levou Febea aos 41 anos de idade. Sylvio nunca mais se casou.

— A arte de viver é a arte de acreditar em milagres, disse o poeta italiano Cesare Pavese, e se hoje eu estou aqui é porque ele está certo. Febea foi a pessoa que eu amei mais profundamente em toda a minha vida. E ela está presente aqui, nessas cinco pessoas que fizemos, nossas duas filhas e três netos. Esse é o milagre — declarou Sylvio, lembrando, ao final, uma frase que ouvira do neto quando ele tinha 4 anos, e que levava como mantra de vida: “Vovô, nada é grave.”

Na rotina dos livreiros de sebos, dedicatórias anônimas aparecem com muita frequência. Mais até do que os exemplares usados de “O Xangô de Baker Street”, de Jô Soares, um campeão nacional em rotatividade. Os livros já chegam com cantadas, desculpas, felicitações, despedidas, malfazejos.

— O livro usado traz uma história que muitas vezes é mais interessante do que aquela que ele conta. Aqui na Baratos nós tínhamos uma caixinha para guardar os objetos encontrados dentro das páginas, como cheques, receitas médicas, ingressos de cinema, flores, contas, fotos... Daria uma exposição — comenta Maurício, que também guardou por algum tempo dois livros trocados entre amigos, com dedicatórias irônicas em que tentavam dissuadir o outro das suas convicções políticas (um era de direita; o outro, um anarquista convicto).

Mas acabou vendendo os exemplares. É da natureza da profissão: o livreiro não é um colecionador, mas um comerciante.

— Todo sebo começa do mesmo jeito, quando a pessoa precisa vender os próprios livros. Esta é a diferença de um livreiro para um colecionador. Só o livreiro tem coragem de se desapegar. Ele sabe que os livros que são de verdade voltam. Já encontrei livro que tinha sido meu em acervo que fui comprar. Todo lote sempre está cercado de histórias, seja uma morte, uma herança, uma mudança repentina de casa, de estilo de vida — explica Marcelo Lachter, que começou a vender livros usados há 14 anos e hoje é dono da Gracilianos do Ramo, um sebo virtual.

Mesmo defendendo o caráter comercial do ofício, Marcelo tem um “Nove racconti” para chamar de seu: há seis anos, guarda na gaveta um exemplar de “Recortes”, livro de ensaios de Antonio Candido publicado em 1993, na esperança de devolvê-lo à família do antigo dono. A história teve início em 2006, quando Marcelo recebeu o telefonema de uma moradora da Barra da Tijuca, interessada em se desfazer da biblioteca do marido, morto meses antes. Como era uma coleção especializada em Humanas, área com muita procura, Marcelo arrematou o lote todo. Antes de fechar negócio, no entanto, a viúva fez um pedido: caso ele encontrasse ali perdido um exemplar com uma dedicatória do ex-ministro da Fazenda Pedro Malan ao marido, que devolvesse o título. Ambos tinham sido amigos de infância, perderam o contato e retomaram pouco antes de Malan tornar-se o braço forte de Fernando Henrique Cardoso.

Marcelo encontrou o livro e a dedicatória: “Meu melhor, apesar de distante, amigo. Espero que você goste deste ‘Recortes’, deste gênio literário e excepcional figura humana que é Antonio Candido. Precisamos ler coisas como estas para que não esqueçamos nunca de que há muito mais coisas na vida e no mundo que o nosso trabalho e nossas pequenas procupações cotidianas. Feliz aniversário, um abraço deste amigo e saudoso, Pedro Malan.” Mas perdeu a viúva de vista.

Outra história que aguarda um desfecho parecido é a de Nice Motta, de 46 anos, livreira há dez. Assim como Marcelo, Nice desistiu de uma loja física para se dedicar às vendas pela internet, suporte que salvou da falência milhares de livreiros no país, através do sucesso de sites como o Estante Virtual. Dona da Bola de Gude Livros, um acervo que ocupa 98% do seu apartamento na Vila da Penha, Nice é ainda mais romântica do que os colegas livreiros: ela embarga a voz cada vez que se depara com um fragmento de história perdida nos livros que compra e vende. É mais metódica também. Os objetos encontrados nos livros são reunidos numa caixa que ela guarda como um pequeno museu alheio.

Em meio aos objetos, há fotos, desenhos infantis, ingressos de espetáculos e até um passaporte para o Museu do Holocausto, na Alemanha. Há uma carta bem alegre: “Esta porra foi concebida pelo maior amigo putinho, mas com carinho. Uma beijunda e um abraçaralho deste que te escreve, com muito amor, 27/10/86, Edinho”); e uma muito triste (“À amiga Katia: cursei faculdade e não terminei, namorei cinco anos e não me casei, escrevi um livro e não publiquei. Minha vida segue em frente, sempre pela metade. Wagner, 73.”

Mas a pepita é um livro encontrado por ela em 2007: “O poder do jovem”, best-seller de autoajuda do parapsicólogo Lauro Trevisan. O exemplar tem duas dedicatórias. Uma escrita nas costas da primeira página: “Bruno, eu vi este livro e achei que você ia gostar. É coisa de mãe, fica tentando adivinhar o gosto do filho, eu queria te dar o mundo, mas é melhor você descobrir com a ajuda deste livro o seu mundo inteiro. Estou sempre aqui, filho, conte comigo, sua mãe, beijos, te amo, te amo e te amo, Rio, 15/03/02.”

Seria só uma mensagem emocionada, não houvesse a segunda, na página seguinte: “Rafael, este livro foi o último presente que eu dei para o Bruno, ele não chegou a ler. Como eu sei que ele te adorava, gostaria de dar a você, leia por ele e por você, com carinho, Clara, 15/03/06.”

— É muito emocionante pensar no amor desta mãe, que o filho morreu, e que ela teve o carinho de dividir o amor com o amigo do filho. Eu sou mãe, e sei como é inconcebível pensar na perda de um filho. Se ao menos eu pudesse repará-la em relação à perda do livro... — diz Nice, sonhando com um acaso que a coloque no caminho daquela mãe. — Trabalhar com livros é apaixonante. O livro não é só a história que o autor conta, mas a história que o antigo dono também conta.

No início deste ano, Nice encontrou outro volume de “O poder do jovem”, que ela ainda está pensando se vai para a caixinha ou não. A mensagem na folha de rosto diz o seguinte: “Para o meu querido neto Fábio conservar à sua cabeceira, e enfrentar a caminhada da vida sempre forte! E vencedor! 05/88, vovó Abigail Araújo.” Por enquanto, vai ficar lá.


Fonte: Aqui, indicado por Walderes Brito a quem agradecemos.

04 janeiro 2013

Pesquisa: jornais impressos e online

"Convido-os a participar da minha pesquisa de mestrado. A contribuição de vocês é muito importante pra mim.

A pesquisa é online, tem duração aproximada de 15 minutos e se destina a um perfil bem amplo, para participar basta ser leitor de jornal impresso, visitante de sites de jornais ou leitor de jornal por meio de tablet.

Para participar, basta entrar no link abaixo.

https://www.surveymonkey.com/s/Consumodejornal 

A sua contribuição fará toda a diferença e tomará apenas 15 minutos do seu tempo.

Muito obrigada,

Marília de Assumpção"


Rir é o melhor remédio


Indicado por Wolney Fernandes, a quem agradeço.

Pior evidenciação

O sítio Footnoted anuncia todo ano a pior evidenciação. Em 2012 o vencedor foi a General Eletric, que irá garantir 89 mil dólares mensais para um executivo não trabalhar durante os próximos dez anos. Isto corresponde a 10 milhões de dólares.

O segundo lugar foi para Dell, que gastou quase 2 milhões de dólares para mudar um executivo de lugar.

Anteriormente este sítio divulgou que a Aaron´ Rent gastou 1 milhão para que os filhos do seu executivo aprendessem a dirigir carros de corrida; ou que uma empresa comprou uma coleção de mapas antigos do Chairman; ou a GM que pediu para não comprar suas ações.

Rir é o melhor remédio

Adaptado daqui

Capitalismo

Abaixo, uma pesquisa em diversos países sobre a crença no livre mercado. Notem que 75% do brasileiros acreditam nele, apesar de termos um país governado por pessoas que, aparentemente, não gostam deste conceito. O resultado no Brasil é o maior entre os países pesquisados! E não temos nenhum partido forte que defenda claramente este conceito.


Basileia 3

O governo teme que as novas regras para fortalecer os bancos, definidas no acordo internacional de Basileia 3, sejam usadas pelo setor privado como motivo para não acelerar a concessão do crédito em 2013. (...)

As novas recomendações definidas pelo Comitê de Supervisão Bancária de Basileia (Suíça) mudam a forma como o capital principal dos bancos é composto. Elas retiram ativos que, em momento de estresse, podem perder valor ou ter dificuldade de venda.

A ideia é melhorar a qualidade desses recursos, que, em última instância, devem bancar as perdas das instituições, evitando que quebrem. Além disso, há a exigência de criação de reservas especiais para dar suporte aos prejuízos em períodos de crise.

Com as mudanças, os bancos podem alegar que têm menos capital disponível para empréstimos.

A previsão é que a mudança seja implementada de forma gradual, com início neste mês e término em 2019. Para isso, é preciso que o Banco Central defina os valores e o calendário oficial brasileiro.

Uma proposta do BC ficou três meses em audiência pública, mas ainda não há uma decisão de sua diretoria. A equipe econômica está dividida sobre a hora de começar as novas exigências. A decisão dos EUA e de países europeus de adiar a implementação acentuou a preocupação.

ADIAMENTO

Dessa forma, defende-se que o Brasil também adie o cronograma. Nas palavras de um integrante do governo, "não há por que ser mais realista do que o resto do mundo". O BC tem enfatizado que os bancos terão tempo suficiente para se adaptar.

As novas exigências foram apontadas como motivo de preocupação em 2013 por representantes dos bancos, em reunião com o ministro Guido Mantega (Fazenda), na semana passada. O encontro era justamente para tratar da situação do crédito e pedir a colaboração do setor privado.

Para o BC, não haverá problemas para o Brasil, já que as regras do país são mais rígidas que as internacionais. Enquanto, no mundo todo, para cada US$ 100 emprestados, o banco precisa ter R$ 8 de capital próprio, no Brasil a exigência é de US$ 11.

Considera-se que só com retenção de lucro é possível atender às alterações iniciais. Daí a previsão de que o impacto será "neutro" em 2013. Mas a Fazenda teme a sinalização de "aperto" e "maior restrição" que as recomendações de Basileia trazem.


Governo teme que nova regra para bancos trave crédito - 1 de Janeiro de 2013 - Folha de São Paulo - SHEILA D’AMORIM

Receita dos clubes de futebol

O mercado brasileiro de clubes de futebol mais que triplicou em receita entre 2003 e 2011. Nesse período, o faturamento anual passou de R$ 805 milhões para R$ 2,7 bilhões. A perspectiva é de que em 2012 o mercado tenha superado R$ 2,9 bilhões, segundo aponta estudo do consultor de marketing e gestão esportiva Amir Somoggi.

Houve também uma alteração na fonte da receita. “Antes, o que fazia os times crescerem era a venda de jogadores. Agora, televisão e patrocínio passaram a trazer ingressos importantes para o caixa dos clubes”, diz Somoggi. De acordo com o especialista, que elaborou o estudo com base nos balanços dos clubes das séries A, B, C e D, essa alteração permite uma estrutura econômica mais sustentável aos clubes, já que o vaivém de jogadores é instável.

Esse crescimento, no entanto, também aumentou a concentração da verba nas mãos das maiores equipes. Em 2003, os 10 clubes representavam 58% do total gerado pelo mercado. Já em 2011, o percentual saltou para 65% do mercado brasileiro.

Outra expansão expressiva se deu nas dívidas dos times, que passaram de R$ 1,2 bilhão para R$ 4,7 bilhões. As dívidas cresceram 306% entre 2003 e 2011, enquanto a receita aumentou 235%. No mesmo período, os dez clubes com maiores receitas acumularam déficits do exercício de mais de R$ 1,1 bilhão.

Confira quais são os dez clubes brasileiros com maiores receitas anuais
1 – Corinthians (R$ 320 milhões)
2 – São Paulo (R$ 260 milhões)
3 – Internacional (R$ 230 milhões)
4 – Santos (R$ 214 milhões)
5 – Flamengo (R$ 200 milhões)
6 – Palmeiras (R$ 159 milhões)
7 – Grêmio (R$ 158 milhões)
8 – Vasco da Gama (R$ 145 milhões)
9 – Cruzeiro (R$ 139 milhões)
10 – Atlético-MG (R$ 110 milhões)


10 clubes concentram 65% da renda do mercado brasileiro de futebol - João Varella (Foto: Aqui)

Os mais populares How to...

O que as pessoas, de diferentes países, perguntam para o Google? "Como é que ...". Eis as perguntas mais comuns:

Argentina: how to update Facebook
Australia: how to love
Brazil: how to remove Facebook
Canada: how to rock
Chile: how to make a family tree
Colombia: how to make cupcakes
Czech Republic: how to lose weight
Denmark: how to kiss
Finland: how to get a fever [for the purposes of sick leave]
France: how to lose weight
Hungary: how to kiss
Ireland: how to draw
Israel: how to make money
Italy: how to have sex
Japan: how to save [battery] power
Kenya: how to abort
Mexico: how to vote
Netherlands: how to survive
New Zealand: how to screenshot
Nigeria: how to love
Norway: how to write
Poland: how to delete Facebook
Portugal: how to lose weight
Romanian: how to kiss
Russian: how to become nicer
Senegal: how to address an envelope
Singapore: how to rock
Slovakia: how to pick up babes [i.e., women]
South Africa: how to kiss
Spain: how to install WhatsApp
Sweden: how to make out [i.e., kiss]
Ukrainian: how to lose weight
United Kingdom: how to draw
United States: how to love


No Brasil é como remover seu nome do Facebook. Na Itália é como fazer sexo; na Dinamarca (e Romênia e África do Sul) é como beijar.

Prazo

As pequenas e médias empresas têm até o final deste mês para a aplicação do novo padrão contábil, o IFRS (International Financial Reporting Standards). Desde que o processo entrou em vigor em 2010, poucas empresas cumpriram a determinação e, em caso de fiscalização, aquelas que não se adequarem aos novos padrões poderão ser multadas. [1]

O processo de convergência obriga todas as empresas brasileiras e órgãos da Administração Pública a adequarem suas demonstrações financeiras para o padrão Internacional. [2]

Transparência
O IFRS é irreversível e todas as empresas deverão estar preparadas para produzir demonstrações financeiras e contábeis com números que retratarão com maior clareza e transparência a real situação financeira e patrimonial da empresa.[3]

“Vivemos um momento de amadurecimento na utilização das Normas Internacionais, as empresas estão trabalhando na melhoria da utilização dos conceitos inseridos nas IFRS’s e os Órgãos Reguladores estão acompanhando de perto a geração e publicação destes novos Demonstrativos, alguns como a CVM, já estão aplicando multas pela não entrega no prazo”, revela o executivo da FTI Consulting, Luís Fagundes.


Empresas têm até final de janeiro para se adequarem ao IFRS - BOL

[1] Não é bem isto. Os contadores serão multados.
[2] Mas os prazos são diferentes.
[3] Juízo de valor. O texto toma partido.

Evidenciação demais

Eu acho que o maior problema é que as regras de evidenciação transformaram as demonstrações financeiras em depósitos de dados. Para isto, dê uma olhada nos 10K de uma empresa de capital aberto, mesmo que pequena, e você vai ver um documento com dezenas ou mesmo centenas de páginas. Por exemplo, o 10K mais recente da Procter  Gamble possui 239 páginas e é magro ao lado do 10K mais recente do Citigroup que possui mais de 300 páginas. Se você está interessado em avaliar a Procter  Gamble ou o Citigroup, você terá que trabalhar através destas páginas, separando o trigo do joio, ou mais especificamente, a informação dos dados. Confrontado com a sobrecarga de informações, é fácil se distrair com clichês legal (assim como você pode jogar fora toda a seção que discute risco) e os detalhes triviais das evidenciações modernas. Na minha estimativa, menos de 10% (e estou sendo generoso) da divulgação financeira moderna tem algum valor para um investidor.

Damodaran 

Teoria dos Jogos: dilema de Eduardo Campos


Curiosamente, embora políticos e economistas, quando no exercício da autoridade, sejam vistos como pertencentes a esferas diversas e operando com lógicas diferenciadas, ambos podem encarar dilemas marcados pela presença de riscos relevantes, em que a escolha a ser feita dependerá do balanço que cada um fizer acerca das probabilidades de um ou de outro cenário. Tome-se o caso de Ben Bernanke, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Se sua política monetária for frouxa demais, o risco que corre é de gerar inflação daqui a alguns anos. Já se ela for apertada antes do tempo, pode lançar os EUA em nova recessão. Defrontadas com o mesmo quadro, pessoas diferentes podem tomar decisões diferentes entre si. São os riscos da vida.
Já na política, candidatos à Presidência também enfrentam escolhas relacionadas com a decisão acerca de dar ou não um grande salto. Barack Obama deu um passo arrojado há alguns anos, quando se lançou numa corrida vista por muitos como fadada ao insucesso e que, pouco depois, foi coroada de êxito.
No campo da economia, na teoria dos jogos aprende-se a pensar em termos estratégicos, entendendo que cada agente define o seu comportamento em função da opinião que ele tiver acerca da ocorrência de outros eventos. Um caso interessante para análise, nesse sentido, é a dúvida a ser enfrentada nos próximos meses pelo governador Eduardo Campos.
Para entender a questão, é conveniente pensar em termos de possibilidades. Num caso, tem-se o estado da economia em 2014, que pode ser definido como "bom" ou "ruim". No outro, tem-se a reflexão de Campos, no sentido de se postular ou não para a Presidência. A combinação de circunstâncias enseja um quadro de possibilidades em que, nas colunas, se tem o estado da economia e, nas linhas, a definição do governador entre ser candidato ou não. Isso gera um quadro com quatro cenários:
Cenário A: Economia em "bom" estado, com candidatura do governador. Trata-se de um contexto delicado para ele, uma vez que, neste caso, a presidente Dilma Rousseff seria uma forte candidata à reeleição. Assim, as chances de Eduardo Campos dependeriam de um fator não econômico ou semieconômico, associado à valorização do "novo" na política e, eventualmente, ao argumento de que ele poderia "tocar" mais rapidamente a agenda da competitividade, por exemplo;
Cenário B: Economia em estado "ruim", com candidatura presidencial de Campos. Pode ser uma situação politicamente boa para ele, uma vez que se desligaria do ônus associado à situação, com a possibilidade de capitalizar parte da eventual insatisfação com o rumo do País, reforçada pela imagem de político jovem e dinâmico;
Cenário C: Economia em "bom" estado, sem que o governador se lance candidato. Poderia ser um cenário interessante para ele, uma vez que teria boas chances de ocupar uma posição de destaque caso a presidente seja reeleita, ao mesmo tempo que almejaria a se credenciar, como aliado, a ser ungido como candidato da própria Dilma para a sucessão de 2018;
Cenário D: Economia em estado "ruim", sem candidatura de Campos à Presidência. Poderia ser uma situação negativa para o governador, que seria visto como alguém que permitiu "passar o cavalo selado" sem aproveitar a oportunidade, deixando a pista livre para que o possível desconforto com a economia seja monopolizado pela oposição, neste caso provavelmente liderada por Aécio Neves.
O problema para o governador é que a decisão acerca de ser candidato ou não terá de ser tomada antes de 2014, para ter condições de ser um candidato competitivo, caso decida concorrer. Isso significa que, para ele, é chave tentar perscrutar o futuro para antecipar qual deverá ser o quadro da economia nos próximos 18 meses. Isso porque, se julgar que a economia estará bem, terá fortes incentivos a manter o seu partido, o PSB, na coalizão oficial, ao passo que, se concluir que a economia entrará em crise, poderá ser induzido pelas circunstâncias a correr em raia própria nas eleições presidenciais.
Como hoje o cenário básico da maioria dos analistas é de que a economia está em recuperação moderada e que esta se estenderá durante 2014, pareceria que, ao governador, interessaria se manter no mesmo barco que o PT, ainda que preservando sua individualidade, para usufruir da popularidade associada à bonança e se perfilar como o candidato "natural" à sucessão da presidente Dilma, se Lula não concorrer em 2018.
Há dois senões a esse raciocínio. O primeiro é que Lula poderá ser candidato em 2018, pondo essa estratégia a perder. O segundo é que, mesmo com uma situação econômica boa, Campos pode ter chances se juntar, numa coalizão alternativa à coalizão oficial atual, partidos que estiverem insatisfeitos com o governo e mais o apoio da oposição, se esta se dispuser a mudar de estratégia.
Fazer política implica correr riscos e tudo indica que o governador está diante da decisão política mais importante da sua vida. Será interessante ver que caminho irá escolher.

Perda contábil versus caixa

Imagine que, depois de anos e anos de trabalho, você gaste R$ 1 milhão para comprar a casa dos seus sonhos - capriche na imaginação, já que com os preços atuais o desembolso teria que ser bem maior. Contabilmente, naquele ano, o dinheiro sai do seu caixa e vira um "ativo imobilizado".

No ano seguinte, cai uma bomba em cima da sua casa - sem você dentro. Como você não tem seguro contra bombas, sua querida casa passa a valer zero e bye-bye R$ 1 milhão.

Pense então que você está desolado na rua, olhando para aquele monte de entulho, e um vizinho te cutuca e diz: "Fique tranquilo, foi uma perda contábil, sem efeito caixa."

Ainda que ele tenha total razão, o que você responderia? Provavelmente algo impublicável.

Mas, quando isso se aplica ao mercado de capitais, por alguma razão difícil de entender, as reações são diferentes.

Executivos de empresas têm o hábito de minimizar perdas quando elas são "meramente contábeis" e não representam desembolso de caixa imediato. Analistas, investidores e imprensa costumam comprar esse argumento.

Como se nota no exemplo caricato acima, o fato de a bomba destruir sua casa não lhe obriga a desembolsar um centavo. Mas o R$ 1 milhão já tinha saído do seu caixa no ano anterior. Então, trata-se de uma perda efetiva de valor, e também de caixa.

Empresas gostam de ressaltar aos investidores quando uma perda não tem efeito imediato no caixa porque os modelos usados por analistas para calcular o valor das companhias costumam se basear em expectativas de geração futura de caixa operacional. Tendo em conta o exemplo acima, o dinheiro gasto para a compra da casa não estaria mais nas previsões, uma vez que foi desembolsado no passado.

Mas, a não ser que as premissas usadas na modelagem estejam muito fora da realidade, esse fluxo de caixa futuro depende, em alguma medida, dos ativos detidos hoje pela companhia. Se um ativo relevante da empresa perde valor, é razoável imaginar que seu potencial de gerar recursos no futuro seja prejudicado.

Para ficar mais fácil de entender, basta substituir a casa do exemplo acima por uma fábrica. Uma bomba diminuiria a capacidade de produção e de venda da companhia dona da unidade fabril. E consequentemente seu valor. Para reequilibrar a equação, uma opção seria a empresa gastar mais R$ 1 milhão para construir uma nova fábrica idêntica, no mesmo lugar (com efeito caixa).

Investidores poderão dizer que a baixa contábil feita pela empresa já estava nas contas de seus modelos, porque, mais conservadores que as empresas, eles já teriam considerado que aqueles ativos não gerariam o valor previsto. Ainda que isso possa ser verdade (embora em muitos casos não seja), isso não esconde o fato de que a empresa perdeu dinheiro.

Pense então que, em vez de uma bomba, que é algo totalmente imprevisível, a casa (ou a fábrica) foi destruída por um incêndio causado por falta de manutenção da fiação elétrica, ou que ela simplesmente ruiu, por uma falha estrutural de engenharia.

A perda de valor é a mesma.

Mas nesse caso é possível também identificar os responsáveis pela baixa – que deixa de ser o acaso.

Podem ser o arquiteto e o engenheiro que construíram a casa. O antigo proprietário, que não fez a manutenção devida, ou você mesmo, que comprou o imóvel sem avaliar corretamente os riscos.

No caso das empresas, é a mesma coisa.

A não ser em caso de catástrofes, sejam elas naturais ou financeiras, a baixa contábil de ativos é um reconhecimento de que alguém, em algum momento, fez um mau negócio com o dinheiro dos investidores, mesmo que na melhor das intenções.


‘Foi só contábil, sem efeito caixa’ - Fernando Torres - Valor

Punições da CVM


A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), xerife do mercado de capitais brasileiro, aplicou punições que somam ao todo R$ 134,6 milhões em 2012, três vezes mais do que em 2011, quando a soma foi de R$ 37,6 milhões. O valor se refere a 146 multas a executivos, empresas e investidores em processos administrativos, além de 38 termos de compromisso assinados entre a autarquia e acusados, de forma a encerrar o inquérito antes do julgamento, segundo balanço da CVM ao qual O GLOBO teve acesso.

Essas acusações e condenações variaram de insider trading — negociar de posse de informações privilegiadas — a falta de prestação de informações a acionistas, além de fraudes com derivativos, demonstrações financeiras e práticas desleais de corretoras.

Segundo o superintendente-geral da CVM, Alexandre dos Santos, a quantidade e valor de multas e acordos varia em função do aquecimento do mercado. Houve, ainda, casos específicos, com valores altos.

— Com mais participantes, mais operações e mercado, existe aumento dos desvios. É sempre um fator para afetar a quantidade de processos e de propostas de termos de compromisso — diz Santos, explicando que o mercado pouco movimentado fez com que poucas multas fossem aplicadas em 2011.

Existem basicamente dois caminhos para os investigados: tentar um acordo com a CVM para encerrar as investigações ou apresentar defesa e enfrentar um julgamento. No primeiro caso, os investigados aceitaram pagar em 2012, somados, R$ 53 milhões para evitar julgamento da CVM, 178% a mais frente a 2011. Já os que optaram por um acordo tiveram que desembolsar R$ 81 milhões, alta de 350% no ano.

A maior multa aplicada no ano foi sobre o Banco Schahin, no valor de R$ 6,3 milhões, o equivalente a duas vezes os ganhos obtidos com operações irregulares, no âmbito da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Segundo a CVM, a multa foi por “práticas não equitativas” no mercado financeiro. O Schahin foi comprado pelo banco BMG em abril de 2011, por R$ 230 milhões.

Entre os acordos, aparece o assinado por 16 dos 17 envolvidos no episódio de derivativos da Aracruz, que levou a uma perda de R$ 4,6 bilhões para a empresa. Luciano Soares, Valdir Roque, João Cesar de Queiroz Torinho, entre outros ex-executivos, aceitaram pagar R$ 13,2 milhões para encerrar o processo, um dos seis maiores termos de compromisso da história da autarquia.
O recebimento dos valores das multas, contudo, segue comprometido pelos recursos dos condenados ao Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN), o Conselhinho, ligado ao Ministério da Fazenda. Um recurso leva, em média, dois anos e cinco meses para ser julgado no Conselhinho, segundo o último balanço de atividades disponível no site do Ministério da Fazenda, de 2008.

Fonte: aqui

03 janeiro 2013

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

EUA no Iasb

Como forma de pressionar alguns países em adotar as normas internacionais de contabilidade, o Iasb está criando um Fórum Consultivo de Normas Contábeis, denominado ASAF (vide aqui, o fato da semana). Entre as exigências iniciais o Iasb, só devem participar do fórum os países que aprovam ou endossam as normas internacionais de contabilidade. Isto excluiria países como Estados Unidos e Índia.

A FAF (Fundação de Contabilidade Financeira), entidade que engloba o Fasb e o Gasb, numa correspondência de 27 de dezembro, defendeu a participação dos Estados Unidos, sem que seja necessário um compromisso escrito em adotar as normas. Segundo o texto, a exigência do compromisso excluiria muitas juridições, incluindo os EUA. Aparentemente os curadores da FAF gostariam que, num futuro próximo, ocorresse padrões contábeis comuns internacionais.

A proposta da ASAF é ter 12 membros, sendo três das Américas, três da Ásia-Oceania, três da Europa, um da África e dois do restante do mundo.

Leasing enfrenta resistências

O esforço conjunto do Iasb e Fasb em produzir novas normas para a contabilidade do leasing está enfrentando profunda resistências nos Estados Unidos e Europa, informa o Financial Times (Lease accounting change worries Europe, Adam Jones, 1 jan 2013). Segundo o jornal, as resistências são maiores no Reino Unido e Alemanha. Duas entidades destes países (Financial Reporting Council, do Reino Unido, e o Comitê de Padrões Contábeis, da Alemanha) escreveram uma correspondência ao Iasb dizendo temer que a nova abordagem possa provocar abuso das empresas. A França, através da ANC, também critica a proposta.

A proposta aumentaria os ativos e passivos das empresas. Isto, por sua vez, poderia provocar violações nas cláusulas dos empréstimos bancários, com efeitos sobre o risco das empresas. Os principais opositores são as arrendadoras e varejistas, que usam contratos de leasing que não aparecem no balanço.

Fator Sorte

Lendo o livro de Daniel Kahneman (Rápido e Devagar), o mesmo comenta que a sorte é fundamental e geralmente é desprezada na análise do "sucesso" das pessoas. Outro autor da área comportamental, Michael Mauboussin, estimou o efeito "sorte" em diversos esportes:



Observe que 53% do desempenho no hockey se deve a contribuição da sorte.

Bancos, Estabilidade financeira e Iasb

Uma norma internacional de contabilidade desencadeou uma onda de pressão na comunidade européia, informou o The Telegraph. Segundo o jornal, um grupo de investidores apelou secretamente ao Comissário Michel Barnier ao não ter uma resposta do Iasb em outubro de 2012. Um assistente de Barnier respondeu dizendo que as preocupações são legítimas.

As normas internacionais de contabilidade são criticadas por aumentar o risco das instituições financeiras. Para alguns, em períodos de crise, as normas tendem a aumentar em excesso os lucros e permitir distribuições de resultados imprudentes. Em meados do ano passado o Banco da Inglaterra já tinha feito uma alerta contra as normas. Anteriormente o The Telegraph já tinha feito um vínculo entre a crise financeira e as IFRS.

Pirataria

Parece comédia:

Zaha Hadid, considerada uma das grandes estrelas da constelação da arquitetura de vanguarda, tornou-se também uma superestrela na China, onde seus projetos mais recentes irradiam desde as escolas e os estúdios de arquitetura de todo o país. Numa recente viagem a Pequim, 15 mil artistas, arquitetos e outros aficionados acorreram para ouvir a palestra que ela deu na inauguração do complexo futurista Galaxy Soho - apenas um dos 11 projetos que ela está realizando em toda a China.

Mas o apelo da arquitetura experimental da ganhadora do Prêmio Prtizker, principalmente desde a apresentação da sua brilhante e cristalina Ópera de Guangzhou, há dois anos, cresceu de uma maneira tão explosiva que atualmente, vários arquitetos e equipes de construção piratas estão construindo no sul da China uma cópia perfeita de uma das criações de Zaha em Pequim. O que é pior, Zaha disse numa entrevista, agora ela é obrigada a competir com esses piratas para concluir em primeiro lugar seu projeto original.

O projeto que está sendo pirateado é o Wangjing Soho, um complexo de três torres que se assemelham a velas infladas, esculpidas na pedra com faixas de alumínio em motivo de onda, que parecem mover-se levemente na superfície da Terra quando vistas de cima. (...)

KEVIN HOLDEN PLATT, DER SPIEGEL - O Estado de S.Paulo - 30 dez 2012

2012: Frases


Algumas das melhores (e mais divertidas) frases que postamos em 2012:


JANEIRO

ACCOUNTS. To cast up one's accounts; to vomit.
- Dicionário de língua vulgar, 1811.

A Contabilidade não pode impedir a administração de fazer coisas estúpidas. Mas podemos informar tão logo possível, para que o mundo possa ver os resultados.
- Walter Schuetze.

Pessoas que amam o fim de semana provavelmente não são contadoras.
- Public Accounting.

Eu duvido que a SEC irá tomar qualquer decisão sobre IFRS até depois da primeira terça-feira em novembro (dia da eleição) e os resultados estiverem divulgados.
- David Albrecht.

Pepsico pode cortar funcionários para impulsionar ganhos
- Brasil Econômico.

Até o final deste mês, os ministérios e demais órgãos da administração direta da União terão de se adequar para participar do Sistema de Informação de Custos do Governo Federal (SIC).
- Estado de S Paulo.


FEVEREIRO

O objetivo da incorporação é "ganhar agilidade" nos processos operacionais e reduzir o "conflito de interesses" nas negociações entre o controlador Itaú e controlada Redecard.
- Roberto Setubal, presidente do Itaú.

Em toda a minha vida, eu nunca conheci alguém rico que não lesse o tempo todo... nenhum, zero!
- Warren Buffett.


MARÇO

Vamos consertar o que precisar ser consertado e nada mais
Hans Hoogervorst, presidente do Iasb, no México, prometendo um período futuro de poucas mudanças nas normas.


ABRIL

Um adágio comum de Wall Street afirma "a tendência é sua amiga". Céticos algumas vezes adicionam "... até não ser mais".
- Christopher Faille.

Se os auditores continuarem no caminho em que estão, daqui duas décadas eles vão deixar de ser relevantes em tudo.
Lynn Turner, ex-contador-chefe da Securities and Exchange Commission e membro de um grupo consultivo PCAOB.

O Brasil, assim como ocorre com Canadá e Austrália, tem que ter orgulho de ser exportador de commodities
-Murilo Ferreira, presidente da Vale.

O grupo que é exemplo da política do BNDES de formar campeões nacionais mantém mais emprego nos Estados Unidos do que no Brasil e deu prejuízo em três dos últimos cinco anos.
Miriam Leitão.


MAIO

O produtor precisa ter uma contabilidade clara, ter os custos de produção e comercialização bem definidos e precisa se capitalizar, para usar a colheita bem sucedida como financiamento para a próxima safra, o que reduz a necessidade de ir ao banco
José Carlos Vaz, secretário-executivo do Ministério da Agricultura.

O estudo da evolução histórica da Contabilidade Pública brasileira mostra a forte influência de seus personagens, sejam eles funcionários públicos de carreira ou políticos com mandato.
Lino Martins.

O Iasb é ainda um organização frágil.
- David Tweedie, ex-presidente do Iasb.

Reguladores estão procedendo a construção de um conjunto monolítico de normas contábeis mundiais sob a bandeira da harmonização, mas baseado numa Abordagem Conceitual duvidosa.
- Stephen Penman - Accounting for Value.


JUNHO

Reunião do conselho. Bons números = conselho feliz – postado no Twitter por Gene Morphis, CFO da rede de roupas Francesca Collection, que foi demitido depois disso.


JULHO

Se você quiser convencer alguém de uma bobagem sem tamanho, basta apresentar um número. Mesmo a tolice mais absurda parece plausível quando expressada em termos numéricos.
- Seife, Chalres. Os números (não) mentem.

O gigante global bancário HSBC e sua afiliada nos EUA expôs o sistema financeiro dos EUA a uma ampla gama de lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e financiamento do terrorismo.
- Senado dos EUA.

[...] mas, nas entrelinhas, o FASB está um pouco desiludido com o IASB e todo processo.
- Tom Selling.


AGOSTO

Os maiores bancos americanos nos últimos anos foram cada vez, com maior frequência, avalistas ocultos dos cartéis sul-americanos, lavando dinheiro proveniente do narcotráfico, enquanto na outra parte do globo as organizações comiam literalmente a Grécia e a Espanha.
- Roberto Saviano.


SETEMBRO

O sistema financeiro nacional está saudável, hígido e tem elevados índices de capitalização.
Isaac Sidney Menezes Ferreira, Procurador-geral do BC, sobre a quebra dos bancos no Brasil.


OUTUBRO

Nós temos ultrapassado prazos tantas vezes que ninguém mais acredita neles.
- Hans Hoogervorst.

Então, se os políticos estão falando sobre o problema é hora, talvez, de algo ser feito a respeito.
Jill Treanor, sobre as regras de provisão para bancos.

People always ask me, 'Were you funny as a child?' Well, no, I was an accountant.
- Ellen DeGeneres.

Acredito que eles [Pacioli e Da Vinci] provavelmente eram amantes.
- Jane Gleeson-White, autor de Double Entry: How the Merchants of Venice Created Modern Finance.


DEZEMBRO

Brasil: o país das piruetas contábeis
Gustavo Franco.

Há sólidas, inteligentes e respeitáveis razões para que um país adote as IFRS, mas nenhuma delas se aplica aos Estados Unidos.
Matt Kelly, em um artigo para a Compliance Week.

02 janeiro 2013

Rir é o melhor remédio


Psicopatas

Segundo o livro The Wisdom of Psychopaths (algo como A Sabedoria dos Psicopatas), as profissões do lado esquerdo são mais propensas a este tipo de pessoas: executivos, advogados, repórter, vendedor, cirurgião, jornalista, policial, pessoa do clero, chef e funcionário público são as profissões ideais. Ao lado de enfermeiras, professores, médicos e pessoas que trabalham com caridade temos o contador! 

Fonte: Aqui

Deutsche Bank

Dois ex-funcionários do Deutsche Bank acusaram a instituição financeira alemã de não ter reconhecido 12 bilhões de dólares de perdas com derivativos. Aparentemente o banco deixou de usar o valor de mercado, com medo de quebra. Segundo informou o Financial Times, os reguladores dos EUA estão examinando as acusações. O valor nocional dos títulos é de 130 bilhões de dólares.

Comparabilidade

Já comentamos isto anteriormente...
Cada vez mais, pesquisa contábil tem mostrado que as IFRS [normas internacionais de contabilidade] falharam em entregar sua promessa de único padrão contábil. Muitos estudos recentes (Kvaal e Nobes, 2010, em Accounting and Business Research, vol 40, n. 2, p. 173-187; e Wehrfritz e Haller, no próximo Journal of International Accounting Auditing and Taxation) relatam que diferentes versões nacionais da IFRS existem atualmente, refletindo um pré-IFRS específico de normas de cada país. O que isto significa? Significa que na Austrália, França, Alemanha, Espanha e Grã-Bretanha, as empresas que estão agora usando as normas internacionais continuam a usar a mesma política contábil anterior a "adoção" das IFRS (...) Aqueles que promovem as IFRS provavelmente o fazem para ganhar dinheiro. Se você não acredita nisto, verifique no website da AICPA e note todo treinamento e oportunidades de publicação promovidos...
Fonte: Aqui

Carlsen

Como já tinha sido previsto, o jovem enxadrista norueguês Magnus Carlsen bateu o recorde de Kasparov, de maior rating da história deste esporte. No recente rating divulgado pela federação internacional de xadrez, a Fide, Carlsen aparece com 2861. Quando tinha apenas 18 anos, Carlsen já tinha suplantado a barreira de 2800 de rating.

Apesar de ser o jogador mais forte de todos os tempos, Carlsen não é o campeão mundial. O título pertence ao indiano Anand. O norueguês não concordou com a forma de disputa e, por este motivo, não participou do torneio que apontou o campeão.

Quanto pesa ...

Quatro ladrões mascarados invadiram uma loja da Apple em Paris, levando 1 milhão de euros em iPhones e iPads. Mas não levaram dinheiro.

Segundo o sítio Quartz a razão da escolher os produtos é o valor em grama. Um iPhone desbloqueado é vendido em Paris por 7,6 dólares a grama na versão 64 GB. Enquanto isto, uma grama de ouro é vendida por 54 dólares e uma grama de cocaína rende 80 dólares.

Mas um iPhone, além de ser fácil de ser repassado, não possui o risco envolvido no roubo de ouro de um banco ou um armazém dos cartéis de drogas. (Imagem: Anúncio de 1936.

Tripé: contabilidade, auditoria e transparência

No mundo inteiro dos negócios, o tripé contabilidade, auditoria e transparência promove retidão e mais qualidade de vida. Elenco abaixo algumas das principais travas para o desenvolvimento sustentado do Brasil decorrentes da falta de prestação de contas via contabilidade e a falta de auditoria independente no país. Não há democracia e retidão, de fato, quando abrimos mão no Brasil de prestação de contas entendíveis e de transparência via contabilidade para todas as entidades privadas, públicas e governamentais.

A Receita Federal do Brasil tem dispensado, desde 1995, a apresentação de prestação de contas via contabilidade para empresas com receitas anuais até R$ 48 milhões. Criou uma alternativa supersimples de apuração denominado regime de lucro presumido (atualmente, cerca de um milhão de empresas) e para empresas no regime simples (cerca de quatro milhões de empresas) com receitas anuais até R$ 3,6 milhões. A base de tributação é o valor das receitas declaradas (dispensando prestação de contas entendíveis via contabilidade). Dentro do bom senso deveria ter sido revogada antes de 2000.

Em vez de haver moções da sociedade brasileira e das entidades contábeis de forma unificada para acabar com a anomalia denominada de apuração de lucro pelo regime presumido (que dispensa contabilidade), existem ações no Congresso Nacional para elevar o limite atual de R$ 48 milhões para R$ 79,2 milhões.

Qual é a lógica de recolher imposto de renda e contribuição social de lucro líquido com base em receitas?

A anomalia de prestação de contas é estendida para o Sped (Serviço Público de Escrituração Digital). Todas as empresas que adotam o regime de apuração do lucro presumido não estão, hoje, obrigadas a submeter os informes contábeis de suas atividades para a Receita Federal. Com o eventual aumento do limite, mais empresas ficarão dispensadas de prestar contas via Sped contábil. Segundo se noticia, muitas empresas, desde 1995, abandonaram a contabilidade. O reporte para a Receita Federal só com base em rendas declaradas precisa ser abolido de forma gradual e programada, acompanhada de processos educativos. Atualmente, apenas cerca de 200 mil empresas fazem declaração anual de imposto de renda com base no lucro real e encaminham tempestivamente para a Receita Federal todos os informes do Sped contábil - devidamente parametrizado com o plano contábil prescrito pela mesma.

O problema é que o Sped contábil, com todas as simplificações, está distanciado das normas contábeis brasileiras e internacionais de prestação de contas. Prestação de contas contábeis e de transparência entendível é praticado por todas as empresas no resto do mundo. Qual é a lógica de recolher imposto de renda e contribuição social de lucro líquido com base em receitas? Se a Receita Federal mantiver a anomalia, seria o caso de mudar o imposto de renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para um nome mais correto: impostos sobre receitas declaradas?

Na maioria dos países, a auditoria independente de prestação de contas anual é obrigatória, excluindo as microempresas. Exemplos de países com auditoria obrigatória: Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Bélgica, Bolívia, Canadá, Colômbia, Dinamarca, Egito, Equador, El Salvador, Espanha, Filipinas, Finlândia, França, Guatemala, Grã-Bretanha, Grécia, Holanda, Índia, Japão, México, Noruega, Nova Zelândia, Portugal, Singapura, Suécia, Suíça e Tailândia. Nos Estados Unidos, as companhias abertas não são obrigadas a ter auditoria independente. Todavia, é bastante comum que o façam por exigências de acionistas, credores, instituições financeiras ou outros agentes.
Aqui no Brasil, a obrigatoriedade somente existe para as companhias abertas, sistema financeiro nacional, de seguros, planos de saúde, empresas de grande porte e entidades filantrópicas com receitas anuais acima de R$ 3,6 milhões. Somos um dos países menos auditados do mundo.
[...]
Segundo a organização World Audit, os dez países com melhor nível de retidão são Nova Zelândia, Dinamarca, Finlândia, Suécia, Singapura, Holanda, Suíça, Austrália e Canadá. O Brasil situa-se em 54º lugar. Na pesquisa da entidade Transparência Internacional, o Brasil ocupa a 73ª posição entre 200 países, muitos nem ranqueados por falta de informações.

Em termos de retidão, estamos mal na fotografia. Existe uma correlação direta entre a qualidade de prestação de contas e de auditoria obrigatória. Quanto mais, melhor é a percepção de retidão. É interessante também notar que, onde há mais retidão, há muita qualidade de vida. Não é isto que queremos?

É necessário destacar que todos ou a maioria dos profissionais ligados às entidades profissionais estão de acordo com os pleitos acima, e que muitos dirigentes das entidades defendem com entusiasmo tais melhorias.

Se prestação de contas via contabilidade com mais auditoria independente e transparência na prestação dessas contas promove retidão e qualidade de vida, o que estamos esperando? A contabilidade, quando bem feita, atendendo as novas normas contábeis em vigor no Brasil com reconhecimento universal, é extremamente necessária para todos os empresários, o governo e a sociedade em geral. Não podemos abrir mão de prestação de contas com qualidade.

Charles B. Holland é contador, empresário, diretor executivo da Anefac e da Holland Consulting. Ex-diretor nacional e regional do Ibracon e ex- conselheiro do Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo.

01 janeiro 2013

2012: Rir é o Melhor Remédio - retrospectiva


Em meados de 2012 começaram a surgir os quadros “o que pensam que eu faço”. Aqui no blog publicamos dois em especial, um sobre o contador e outro sobre o professor:

 


Claro que é só uma brincadeira. Mas sério: eu, como professora, sou sim como o Robin Williams em Gênio Indomável.

Ainda sobre a sala de aula, outras postagens de sucesso foram a do “twitter de antigamente” (quando eram passados bilhetinhos entre os alunos), além dos professores mancomunando para que os alunos tenham todas as provas na mesma semana:

 

 

É verdade. Nós fazemos isso. Mas tudo para que o aluno, ao gabaritar uma prova, sinta que realmente foi testado e atingiu o seu verdadeiro potencial, como neste “Rir é o Melhor Remédio”:

Ingressos para ver o time do coração: R$ 40,00

Vestido novo para formatura: r$ 180,00

DVD da banda favorita: R$ 35,00


----PORÉM...

Somar 4 páginas de contas patrimoniais na HP12C e ver no visor que o ATIVO fechou com o PASSIVO durante uma prova de contabilidade:

... N Ã O  T E M    P R E Ç O ! !”


Além do que, “precisamos de mais gênios”:


... e não queremos que isto ocorra com os nossos alunos recém formados...
 

...ou isto...
 



... queremos que vocês, alunos (leitores, colegas, amigos, familiares), tenham uma vida cheia de possibilidades:


 E que em 2013 gargalhemos juntos pois rir é realmente o melhor remédio.

Bobagens

Em sua lista anual dos piores abusos contra a ciência, a organização inglesa Sense About Science também lembrou o ex-candidato à presidência dos EUA Mitt Romney por fazer declarações absurdas sobre janelas de aviões e o nadador campeão olímpico Michael Phelps, que divulgou justificativas falsas para urinar na piscina.

Mitt Romney, que em setembro perguntou por que simplesmente não se abrem as janelas de um avião quando há um incêndio a bordo, teve sua dúvida respondida pelo engenheiro aeronáutico Jakob Whitfield.

"Infelizmente, Mitt, abrir uma janela em grande altitude não é uma boa ideia. De fato, se você conseguir abrir uma janela durante o voo, o ar sairá de dentro do avião, mais pressurizado, para fora, onde há menos pressão atmosférica."

A atriz January Jones (foto) admitiu em março que tomou pílulas de placenta seca após ter seu filho. A especialista em dieta do Hospital St. George, em Londres, Catherine Collins, responde:

"Nutricionalmente, não há nenhum ganho em comer placenta, seja ela crua, cozida ou seca. Fora o ferro, que pode ser obtido facilmente de outras dietas, a placenta pode conter toxinas e outras substâncias desagradáveis que ficam retidas nela para não atingir o bebê."

A afirmação de Michael Phelps de que não há problema em urinar dentro de uma piscina pois "o cloro mata" foi rebatida pelo bioquímico Stuart Jones, que lembra que "em primeiro lugar, a urina é essencialmente estéril, portanto, não há nada ali para ser morto".

Gary Moss, cientista farmacêutico, [sobre o fato de Patsy Palmer esfregar grãos de café em sua pele] assinala que enquanto a cafeína pode ter efeitos contra a celulite, é improvável que esfregar café na pele funcione, já que a substância não consegue sair do grãos e penetrar na pele.

Ao hábito de Cowell [que carrega cápsulas de oxigênio], a médica Kay Mitchell responde que níveis altos de oxigênio, na verdade, podem ser tóxicos, principalmente nos pulmões, onde o nível já é alto.

"As afirmações implausíveis e perigosas das celebridades sobre como evitar o câncer, melhorar a pele ou perder peso estão se tornando cada vez mais ridículas. E infelizmente elas têm mais penetração no público que pesquisas sérias e evidências científicas", disse Tracey Brown, diretor da ONG.

Ingleses listam bobagens científicas ditas por famosos - REUTERS

Petrobras

O ano de 2012 foi bastante ruim para a empresa Petrobras em termos de desempenho. A empresa poderá ter sua nota rebaixada pela dificuldade de gerar caixa; o endividamento aumentou em 30%,  o controle dos preços internos deixou de gerar 30 bilhões de reais; ocorreu o primeiro prejuízo trimestral em treze anos; o lucro do ano projetado deve ser metade do ano anterior; e a produção sofreu queda.

Na realidade, os problemas de 2012 são reflexos da gestão passada, quando a empresa deixou de fazer manutenção nas plataformas, assumiu planos mirabolantes e foi usada como instrumento político.

Ernst Young e Sino Forest

A empresa de auditoria Ernst &Young irá pagar US$ 117 milhões para os acionistas que foram "enganados" ao investir na empresa chinesa Sino Forest. A empresa foi acusada de ser um grande esquema Ponzi em meados de 2011. Com isto as ações caíram em 80% em pouco tempo. Na época a E&Y era a empresa de auditoria da Sino Forest.