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24 dezembro 2012

Always look on the bright side of life...

Rir é o melhor remédio

Natal

Árvores de Natal



Inspirada na série Doctor Who




PIB, inflação e desemprego



Custos Anuais do Papai Noel

An accounting firm has come up with a number for how much Santa's entire operation costs each year.

Fonte: CNN

O Papai Noel burla o Fisco?

Do blog "Boring is Optional"

I am indebted to that satirical and very funny tax sage, Murphy Richards, of the Justice for Taxes Network for inspiring this festive blog post. He has noted the following in his tweets:
Being mythical puts Santa outside the scope of UK taxes. It may be legal but it is immoral and therefore it is illegal and Father Christmas is a tax evader.
This lead others to comment:
@BrownsAccounts: Hodge #PAC questions Father Xmas re #tax #avoidance, deliberately creating losses by giving things away

@jmalitrg: Being Laplander and non-dom and spending so little time in UK chimneys he has no perm establishment so he is ok

@jmalitrg: A General Anti Abuse of Rudolf (GAAR) provision will catch him.....
Addendum
The front cover of Private Eye's Christmas edition follows a similar theme. Maybe it inspired Murphy Richards. It shows Santa flying across the sky in his sledge with the now ubiquitous ill-informed illogical commentators saying what they think:


23 dezembro 2012

Frase


Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Dave Brubeck



Dave Brubeck, pianista, compositor e lenda do jazz, faleceu este mês aos 91 anos. Foi homenageado pela revista britânica The Economist com reportagem na edição impressa. "Tomou"o lugar de Oscar Niemeyer. O vídeo acima é um concerto gravado num programa da televisão norte-americana: Jazz Casual. O nome do grupo é Quarteto de Brubeck. Formado por: Brubeck no piano, Eugene Wright no baixo, Moe Morello na bateria e Paul Desmond (autor da música) no sax alto . Eles executam o clássico "Take Five". Fantástico!

Um execução de 2009 da mesma música no Festival de Jazz de Montreal:



Abaixo outras música com Dave:




Brasil:baixo crescimento, inflação em alta, protecionismo e estatismo



O "pibinho" de 2011 tinha a desculpa de se seguir ao "pibão" de 2010. Na média, ainda estava de bom tamanho. Mas, face aos decepcionantes números do terceiro trimestre, a renda per capita pode até diminuir em 2012. Como se não bastasse, as expectativas de crescimento para 2013 se reduzem a cada rodada das projeções encomendadas pelo Banco Central.

Não é só o PIB que decepciona, mas também a inflação. Ano passado tivemos 2,7% de crescimento com 6,5% de inflação. Este ano deveremos ter 1% de crescimento com 5,7% de inflação - valor ainda superior à meta de 4,5%, que é elevada para o padrão de nossos parceiros comerciais.

O mundo lá fora também não anda bem. Mas quem anda realmente mal são os países industriais, especialmente a Europa. Os países emergentes mantêm taxas de crescimento superiores às do Brasil, com inflação mais baixa. E nossos vizinhos na América Latina vêm apresentando um desempenho econômico vigoroso, que parece ignorar as mazelas do mundo desenvolvido.

Precisamos olhar para nosso próprio umbigo para tentar decifrar de onde vem essa doença brasileira de baixo crescimento com inflação elevada.

Recapitulando. Desde o pós-guerra até 1980, o país sustentou taxas de crescimento admiráveis. Mas em 1981, houve um colapso da acumulação de capital, detonado pela crise da dívida externa. A ela se seguiu o descontrole inflacionário, a partir do fracasso do Plano Cruzado. O período entre 1981 e 1993 ficou conhecido como a grande década perdida, que durou até o dragão da inflação ser domado pelo Plano Real, em 1994.

Na falta de um ajuste fiscal consistente, a estabilização do Real se sustentou na âncora cambial e nos juros elevados. O ambiente externo não ajudou, com sucessivas crises no México, no Sudeste Asiático e na Rússia. Em consequência, o crescimento se manteve baixo. Após a crise cambial de 1998, um novo tripé de política econômica foi adotado: superávit nas contas primárias do governo, câmbio flutuante e metas de inflação. As contas externas melhoraram, mas o crescimento continuou a decepcionar.

Enquanto persistiu o "medo do Lula", o investimento não reagiu às reformas liberalizantes implantadas no governo FHC. Tudo pareceu mudar para melhor em 2005. O medo de Lula passou, as commodities entraram em ciclo de alta, o capital externo voltou a fluir para o país.
O crescimento se acelerou e até mesmo a crise financeira mundial de 2008-2009 pareceu ser uma "marolinha", pois o país dela se recuperou com galhardia em 2010. Desde então, entretanto, só dá "pibinho" atrás de "pibinho", sem folga na inflação. Que se passa?

Com o benefício do retrovisor, o que os números sugerem é que o sucesso do período 2005-10 explica-se por uma recuperação cíclica do investimento e do emprego, no contexto de uma enorme bonança externa.

No primeiro trimestre de 2004, o investimento fixo foi de apenas 15,3% do PIB. Essa taxa cresceu continuamente (exceto em 2009), até atingir 19,5% por cento do PIB no final de 2010.
No início de 2004, a taxa de desemprego estava em torno de 12%. Desde então, ela se reduziu ano a ano, até chegar a 5,3% em outubro de 2012.

A produtividade do trabalho se beneficiou da transferência de mão de obra de atividades informais para as formais. Investimento em alta, desemprego e informalidade em queda permitiram maior crescimento.

O crescimento desse período foi também sustentado por uma enorme bonança externa: preços das commodities em alta e forte entrada de capital externo.

Todas essas fontes de crescimento perderam força. O desemprego está no limite, conforme atestam as constantes reclamações de falta de mão de obra. Também a possibilidade de transferir trabalhadores das atividades informais para as formais se reduziu. A disponibilidade de mão de obra tende a limitar o crescimento do PIB como antes não o fazia. A bonança externa arrefeceu. Os preços das commodities estabilizaram-se quando não caíram. O financiamento externo se reduziu.

O potencial de crescimento do PIB passa doravante a depender da própria capacidade do país de elevar o investimento e aumentar a produtividade. Maiores estímulos à demanda somente tenderão a piorar a inflação.

Diversos fatores estão paralisando os investimentos. Proeminente entre eles está a dificuldade do governo federal de executar os investimentos programados no orçamento, exceto pela construção de moradias (que pouco agrega à capacidade de crescimento do país). "Não é dinheiro que falta, é a capacidade de execução", já disse a presidente da República a este jornal.

A execução estatal é ruim, mas igualmente danosa é a relutância do governo em transferir os projetos de infraestrutura para a iniciativa privada.

A privatização foi demonizada pelo PT e a presidente Dilma incorporou essa herança maldita. As licitações saem a fórceps e, quando saem, têm uma formatação inadequada - como ilustrado pelo caso do petróleo do pré-sal, das estradas federais, dos portos e aeroportos. As parcerias público-privadas, que deslancham em Estados e municípios (nas áreas de saneamento, saúde e segurança), no governo federal delas nem se ouve falar.

A esses fatores se soma o populismo de querer segurar a inflação com o controle de preços das estatais e das concessionárias de serviços públicos. Disso resulta perda de capacidade de investir, no governo e fora dele.

Se o investimento não ajuda, a produtividade também não. Há muitos fatores em causa, mas eles podem ser resumidos num só, porque os demais, de uma forma ou de outra, dele resultam: o Brasil é a economia mais fechada do mundo.

Isso se comprova nos dados do Banco Mundial, nos quais o país aparece com a menor relação entre importações e PIB entre todos os países para os quais esses dados existem. Igualmente, os números de 2010 da Penn World Tables, da Universidade da Pensilvânia, mostram que entre os 169 países considerados, o Brasil ocupa a 169ª colocação tanto no que se refere à penetração das importações no mercado interno quanto à participação da soma das exportações com as importações no PIB.
Mas nem precisaria de números, porque sabemos ser esse o país que na ditadura implantou a retrógada lei da informática (ainda parcialmente em vigência), uma das mais equivocadas políticas de substituição de importações de que se tem notícia na história.

Apesar de estarmos no país que menos importa no mundo em relação ao tamanho de seu PIB, tanto industriais quanto governo não cansam de lamentar a "invasão dos importados".

A presidente da República e o ministro da Fazenda ficaram famosos por cunhar expressões como "tsunami monetário" e "guerra cambial", sem falar no "dumping chinês". Recentemente, a presidente da República adaptou uma boutade do ex-ministro Delfim Netto para explicar que não queremos mais ser "o último peru no Natal [dos exportadores estrangeiros]".

O objetivo declarado da política industrial do governo - nas áreas da saúde e da eletroeletrônica, por exemplo - é reduzir o déficit comercial setorial.

Automóveis produzidos no país são beneficiados pela redução do IPI desde que cumpram estritos requisitos de conteúdo nacional. Parceiros internacionais da Petrobras na exploração do pré-sal têm que satisfazer uma rígida pauta de substituição de importações, sob risco de fortes penalidades. Produtos nacionais que obedeçam aos requisitos de conteúdo nacional podem ser vendidos ao governo com 25% de sobrepreço. Cem produtos tiveram suas tarifas de importação recentemente aumentadas e outros cem estão na fila. Os exemplos se multiplicam.

Mas não é só no governo. Estudo recente da Fiesp, por exemplo, assusta-se com o aumento dos componentes importados na produção agrícola e adverte: "Parte das importações é necessária, mas é preciso mensurar os riscos dessa crescente dependência. Nosso estudo é um alerta."

A atitude é que importar é coisa ruim, supostamente porque subtrai mercado à produção brasileira e reduz o emprego.

Trata-se de uma postura que privilegia problemas conjunturais de falta de demanda, de que não padecemos, em detrimento da necessidade, que temos, de participar mais ativamente do comércio internacional para o país poder voltar a crescer.

Carece fazer compreender que, nesses tempos de cadeias produtivas globalizadas, é a importação que faz a exportação.

A Embraer está aí para comprovar essa tese. Mas, no clima protecionista que impera em Brasília, dá até medo de arguir que a Embraer só é a potência que é porque importa 95% das peças dos aviões que produz. Mesmo porque a Embraer já sofre para comprovar que contabilmente consegue superar o índice de 60% de nacionalização do produto final exportado, sem o qual não teria acesso aos financiamentos do BNDES.

Entre as piores consequências do fechamento às importações está o fato de, há anos, os preços dos bens de capital subirem mais do que os preços dos bens de consumo e serem hoje muito superiores aos preços de seus similares internacionais, conforme documentado em pesquisas recentes. Vinicius Carrasco e João Manoel do Pinho Mello mostram que os vergalhões de aço custam duas vezes mais no país do que no resto do mundo.

Regis Bonelli e eu estimamos que o preço das máquinas nacionais é cerca de 30% superior aos similares importados. Como se não bastasse pouparmos pouco, o poder de compra dessa poupança é reduzido pelo elevado preço dos bens de capital produzidos no país, que resulta da falta de concorrência gerada pelo fechamento da economia às importações.

Enquanto o governo ambiciona fechar o país ainda mais, querendo produzir todas as partes de todos os produtos aqui dentro, no resto do mundo desenvolvem-se as cadeias produtivas internacionalizadas, através das quais os países se especializam não só em diferentes mercadorias e serviços, mas em diferentes etapas do processo produtivo. Essas cadeias se definem em três grandes regiões: a América do Norte, a Europa e a Ásia.

Na América do Sul, Chile, Peru e Colômbia tratam de nelas se integrar, pois já entenderam que é assim que se incorpora o progresso técnico e se aumenta a produtividade. Enquanto isso, na companhia de Argentina, estamos perdendo o trem da história. 

Precisamos dar um novo rumo à economia se quisermos aumentar o investimento e a produtividade. Por um lado é preciso romper com o estatismo. Por outro, com o protecionismo.Definir uma estratégia de integração competitiva do país à economia internacional, que tenha como metas reduzir a carga tributária das empresas à metade e dobrar a participação do comércio exterior no PIB.

Difícil imaginar que o atual governo abrace essa proposta, pois vem seguindo, com gosto, exatamente o caminho oposto. Quem sabe se, com os "pibinhos" se repetindo e a inflação continuando elevada, o país não resolve mudar de rumo nas eleições de 2014?


22 dezembro 2012

Rir é o melhor remédio


Fonte: Adaptado de Tim Whyatt

Fato da Semana


Fato: O impairment potencial de duas das maiores empresas brasileiras, a Petrobras e a Vale.
A Petrobras  pagou, no passado, US$ 1,18 bilhão por uma refinaria nos Estados Unidos. Agora, sabendo que o negócio é inviável, a empresa decidiu vender o ativo e a única proposta foi de US$ 180 milhões. A contabilidade deveria registrar um prejuízo de US$ 1 bilhão no teste anual de impairment. A Vale anunciou esta semana que o teste realizado na empresa deverá resultar numa baixa de 4,2 bilhões de dólares nos ativos de alumínio e em Onça Puma.

Qual a relevância disto? O teste de impairment talvez tenha sido a grande inovação da adoção no Brasil das normas internacionais do Iasb. Tanto é assim, que foi, efetivamente, a primeira norma contábil traduzida pelo CPC e recebeu o número 1. Os efeitos do teste mostram decisões desastradas realizadas no passado pelas empresas. No custo histórico, essas decisões somente apareciam quando da venda do ativo.
Na Petrobras a empresa ainda não anunciou a baixa contábil, mas isso parece ser uma questão de tempo. A Vale, que possui menos influencia governamental, já deu a notícia.

O leitor dos jornais (e os próprios jornalistas) começa acostumar com este tipo de notícia.

Positivo ou Negativo? É positivo para a contabilidade por revelar os efeitos das decisões ruins que foram realizadas no passado. Passa um atestado de incompetência (ou outra “coisa”) dos gestores. 

Teste da Semana


Este é um teste para verificar se você acompanhou de perto os principais eventos do mundo contábil. As respostas estão nos comentários.

1 – Algumas empresas internacionais anunciaram a antecipação dos dividendos. Parece presente de Natal, mas o verdadeiro motivo está relacionado com
Impostos
Mudança nos segredos bancários da Suíça
Protesto dos minoritários

2 – A Receita Federal brasileira autuou a empresa Fibria em 1,666 bilhão de reais em razão de uma permuta de ativos. A Fibria é resultante da junção, no passado, de duas empresas brasileira que atua principalmente no setor de
Papel e Celulose
Confecção de tecidos
Soja e derivados

3 – Uma entidade dos Estados Unidos alertou que as normas internacionais emitidas pelo Iasb estão ganhando força. Esta entidade é
CFO
Big Four
Fasb

4 – A discussão sobre o baixo crescimento da economia revela a necessidade de se conhecer melhor a variação de um item contábil das empresas, que não é calculado no Brasil, mas bastante difundido no exterior. Este item é
Estoques
Ativo Permanente
Receita

5 – Esta celebridade afirmou que se seu contador estiver na dúvida, diz para pagar a mais seus impostos:
Arnold Schwarzenegger
J.K. Rowling
Brigitte Bardot

6 – Esta instituição financeira deverá pagar US$1,5 bilhão pela manipulação na taxa de juros Libor:
RBS
UBS
Citibank

7 – Além das padronização das normas contábeis, está chegando ao Brasil a padronização:
Da avaliação de empresa
Das técnicas de auditoria por amostragem
Da contabilização dos estoques

8 – Um passivo a descoberto de 1,5 bilhão foi – até o momento – calculado nesta instituição financeira:
BVA
BMG
Panamericano

9 – Este conhecido ator internacional está mudando seu domicílio em razão do aumento dos impostos:
Gerard Depardieu
Philippe Noiret
Vittorio Gassman

10 – A profecia do fim do mundo não aconteceu. Nesta semana, a bolsa de valores:
Caiu, talvez indicando que a crença do fim do mundo pudesse afetar os negócios
Caiu até sexta, mas diante da continuidade do mundo, aumentou neste dia.
Cresceu durante a semana, mas caiu levemente na sexta.

Resolução 1418

A Resolução 1418, de dezembro de 2012, institui modelo contábil para empresa de pequeno porte e microempresas. É o reconhecimento por parte do CFC de que não é viável aplicar as normas internacionais para estes estabelecimentos. De forma simplificada, estas empresas devem usar o regime de competência e evidenciar o Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado e Notas Explicativas. Só isto.

Existem alguns pontos “polêmicos” na referida resolução:

Princípios de Contabilidade – mesmo com a estrutura conceitual não admitindo mais esse termo, estrutura esta que é do CPC, a resolução 1418 ainda insiste. O mais estranho é que seriam os “princípios de contabilidade aprovados pela Resolução 750/93”, conforme item 8. O "detalhe" é que a resolução 750 foi revogada pela 1282. Ainda, o termo “princípios de contabilidade” é oriundo da 1282 (e não da 750). Pisada de bola feia.

Anexo – O texto usa “anexo” quando o correto seria “apêndice”.

Plano de Contas Simplificado – a resolução foi audaciosa ao propor um plano de contas. Seria um ponto positivo se o plano de contas fosse razoável, mas não é. Ter uma conta denominada de “outros créditos” é difícil de aceitar. Ter no grupo do patrimônio líquido a conta Lucros Acumulados, que foi revogada pela 11.638, também. (Afinal a lei é maior que a resolução do CFC). Colocar no anexo que a Demonstração do Resultado é de “31.12.x0” mata de tristeza qualquer professor sério de contabilidade. É um gravíssimo erro conceitual, inadmissível numa resolução como esta. Considerar despesa financeira como “operacional” também é difícil de aceitar.

Por fim, notem que, na última página, o revisor "comeu mosca": Despeas.

Renda do trabalhador brasileiro

O rendimento mensal dos trabalhadores brasileiros aumentou entre 2000 e 2010, conforme mostraram nesta quarta-feira os novos dados do Censo 2010, divulgados pelo IBGE. Apenas os empregadores viram seus ganhos caírem 18,6%, contra alta de 15,8% dos empregados. Os por conta própria tiveram ganho de renda menor, de 6,5%. E os militares e funcionários públicos ganharam mais, com alta de 40,9%, seguidos dos trabalhadores domésticos com carteira assinada, com elevação de 33,9%. Ainda assim, em 2010, esse grupo de empregados recebia em média R$ 640 por mês. Como é um segmento altamente informal, com somente 33,8% com carteira assinada, o salário era de apenas R$ 393, em média.



Fonte: aqui

21 dezembro 2012

Google: Zeitgeist 2012



Acesse o site Zeitgeist 2012 e veja o que o mundo pesquisou em 2012.

Rir é o melhor remédio


Normas para PME

Os pequenos e médios empresários não serão mais obrigadas a seguir as Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS, do inglês), adotadas no Brasil a partir de 2008 com a Norma Brasileira de Contabilidade Técnica Geral.[1]

Na quarta-feira (19), o CFC (Conselho Federal de Contabilidade) aprovou uma resolução que institui um modelo específico para as PMEs. [2]

Novas normas contábeis dão transparência e crédito

As novas normas simplificam a vida do pequeno empresário, ao resumir as 230 páginas do código anterior para apenas 26 e limitar as suas obrigações contábeis.

As PMEs já seguiam uma versão resumida das normas internacionais --a completa tem cerca de 3.000 páginas.

Segundo Hélio Coraza, funcionário do CFC, o empresário de pequeno porte ainda é obrigado a fazer o balanço patrimonial, demonstração de resultados e notas explicativas.

Procedimentos que exigem um detalhamento maior das variações no patrimônio, como a demonstração de fluxo de caixa, do resultado abrangente e das mutações do patrimônio líquido não serão mais obrigatórios, segundo Coraza.

Para a CFC, a resolução foi aprovada levando em consideração a realidade de movimentação das empresas de porte menor e o esforço que elas teriam de empreender para seguir as normas internacionais, dentro de uma estrutura reduzida. [3]


[1] Na realidade nunca estiveram.
[2] Foi na quarta, dia 5 de dezembro, conforme aqui
[3] Mais do que isto, o fato de que as empresas de pequeno porte possuem uma relação custo benefício contrário as normas completas.

A Resolução será publicada hoje, conforme notícia daqui

Vale

A empresa Vale anunciou, num fato relevante, que concluiu a avaliação anual de ativos de alumínio e de Onça Puma. O resultado será o reconhecimento de um impairment (redução do valor recuperável do ativo) de US$ 4,2 bilhões. Isto naturalmente terá influencia no resultado da empresa em 2012.

Segundo a mineradora, os problemas com os dois fornos de Onça Puma determinaram a paralisação total das operações de ferro-níquel desde junho de 2012.

Após estudar o caso, a Vale resolveu reconstruir um dos fornos, com custos estimados em US$ 188 milhões em 2013, com a retomada das operações esperada para o último trimestre do ano que vem.

"Dado este evento e diante da atual situação de mercado para ferro-níquel, a valoração de Onça Puma determinou a necessidade de reconhecimento de impairment antes de impostos de US$ 2,848 bilhões", explica a companhia, em nota.

Em 30 de setembro de 2012, o valor contábil de Onça Puma era de US$ 3,778 bilhões.

Além disso, a Vale diz ainda que a volatilidade dos preços do alumínio e as incertezas macroeconômicas na Europa contribuíram para a redução do valor de mercado de sua participação de 22% na Hydro ASA (Hydro), produtora de alumínio norueguesa, a um nível inferior ao valor contábil do investimento.

"Com base nos preços das ações da Hydro em 30 de setembro de 2012, estamos reconhecendo impairment antes de impostos de US$ 1,3 bilhão, o que afetará nosso lucro no quarto trimestre de 2012".


Apesar dos referidos impactos, a mineradora afirma que permanece confiante nos fundamentos de longo prazo do mercado global de níquel. [1]

Fala também que acredita no potencial dos ativos da Hydro, para criar valor significativo para o acionista, como resultado de uma combinação de recursos naturais e liderança tecnológica de alumínio.

"Os impairments anunciados não terão qualquer efeito no fluxo de caixa da Vale [2] e serão tratados como itens excepcionais. Nossa revisão anual de ativos será concluída em conjunto com a divulgação de nossas demonstrações financeiras de 2012 em 27 de fevereiro de 2013 [3]".

[1] Isto não faz muito sentido, já que se os fundamentos de longo prazo fossem bons não haveria tal impairment.
[2] Diretamente não. Mas o resultado contábil tem implicações sobre pagamentos de impostos, dividendos, etc. Ou seja, afeta indiretamente o caixa.
[3] É interessante que a empresa já antecipou a divulgação do impairment para estes casos.