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21 julho 2012

Fato da Semana


Fato da Semana – Posição da SEC sobre a convergência das normas internacionais do IASB.

Qual a importância disto? – Existia uma expectativa em que a SEC iria determinar quando os Estados Unidos fariam a convergência. O relatório divulgado na sexta-feira, dia 13, não afirmava nada sobre prazos para convergência. Além disto, o relatório criticava pesadamente as normas internacionais, o processo de governança do Iasb, a forma de financiamento da entidade, a falta de contribuição de outros países, a adoção parcial das normas pelos membros, os problemas da comparabilidade etc. Mas o relatório não foi o único aspecto. Na quarta-feira, dia 18, o FASB recua na discussão sobre baixa contábil em instituições financeiras. O projeto tinha sido longamente discutido entre Fasb e Iasb durante meses e havia um acordo com respeito a uma alternativa. O recuo do Fasb irritou o presidente do Iasb.

Positivo ou negativo? – Para aqueles que defendem uma norma internacional única é negativo. Já aqueles que acham que é necessário existir concorrência nas normas, pois isto induz a melhoria nos padrões contábeis, é positivo. Acredito os que gostam de uma polêmica é bastante salutar o que ocorreu esta semana. As empresas de auditoria perderam; as empresas locais ganharam.

Desdobramentos – O recuo dos Estados Unidos poderá abrir uma discussão sobre a quantidade de membros que este país possui no Iasb. Entretanto, os Estados Unidos são os principais doadores do Iasb. Isto talvez evite um confronto entre a direção do Iasb e este país. O recuo dos EUA pode tornar mais difícil a convergência de países como Índia, Japão e China. Além disto enfraquece o atual presidente do Iasb. Alguns analistas consideram que a decisão dependerá das eleições de novembro (Obama x Rommey) e que a decisão da convergência é política.

Mestrado e Doutorado UnB/UFPB/UFRN


Já está disponível o edital de mestrado acadêmico (UnB/UFPB/UFRN) e doutorado do Programa Multi-institucional e Inter-regional de Pós Graduação em Ciências Contábeis da UnB, UFPB e UFRN.

Inscrições: 20/8/2012 a 21/9/2012.
Teste ANPAD: 16/9/2012
Prova escrita: 4/10/2012
Prova oral: 22 à 26/10/2012
Avaliação do pré-projeto: 5/11/2012
Avaliação de histótico e currículo: 9/11/2012
Data provável para a divulgação do resultado final: 19/11/2012

Deverá ser entregue, ainda, um comprovante de que realizou o Teste ANPAD a partir de 1 de janeiro de 2011 ou de que está inscrito para realizar o Teste na edição de setembro de 2012.

Informações sobre o Programa e(ou) Curso(s) podem ser obtidas na página eletrônica http://www.cca.unb.br ou na Secretaria do Programa.

Base no Polo Sul

Sobre o incêndio na base brasileira no polo sul:

Mantida em sigilo tanto pela Marinha quanto pelo grupo de 31 cientistas que estavam na base Comandante Ferraz, a realização da festa, com bebidas como cerveja e vinho, foi apurada pelo inquérito policial militar (IPM) aberto no dia do desastre, para apurar causas e responsáveis.

Como o alarme não disparou quando o incêndio começou, os encarregados pelo inquérito suspeitavam que o sistema pode ter sido desligado por ordem do comando da base. O objetivo seria não atrapalhar a festa. Na pista de dança há um mecanismo que espalha fumaça de gelo seco, como em uma boate. Os sensores são sensíveis e poderiam disparar, anunciando um falso incêndio.

Celular

Lennon disse, em Beautiful Boy, que a vida é o que acontece enquanto fazemos planos.

Fonte: Aqui


Entrevista com Edmar Bacha

Correio Braziliense
POR ROSANA HESSEL

Primeiro brasileiro a concluir o doutorado em economia na prestigiosa Universidade Yale, o economista Edmar Bacha é considerado um dos pais do Plano Real, lançado em 1994, no governo Itamar Franco. Bacha coordenou o Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio), de onde saiu a equipe que desenvolveu o programa. “Desde 1982, discutíamos alternativas para a estabilização. Em 1993, estávamos prontos para colocar as ideias em prática”, conta.

Bacha ganhou notoriedade ao escrever, nos anos 1970, a fábula da “Belíndia”, em que dizia que o regime militar estava criando um país dividido entre os que moravam em condições similares às da Bélgica e aqueles que tinham padrão de vida da Índia. Nos anos 1980, no governo José Sarney (1985-1990), participou do Plano Cruzado e presidiu o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com Fernando Henrique Cardoso, comandou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por cerca de um ano.

Para Bacha, um dos erros na execução do Plano Real foi o país não ter dado continuidade às reformas necessárias. Entre os acertos, destaca o fato de o país ter se livrado do estigma de que nada aqui dava certo. Ele recorda a histórica frase “Le Brésil n’est pas un pays sérieux”, atribuída ao ex-presidente francês Charles de Gaulle (1959-1969): “Nenhum candidato a De Gaulle pode hoje dizer que o Brasil não é um país sério”, afirma. A seguir, os principais trechos da entrevista.

O Plano Real chega à maioridade. Mas, apesar dos os avanços dos últimos 18 anos, o Brasil ainda não consegue crescer de modo sustentável sem enfrentar o fantasma da inflação. Onde o país falhou?

É uma falha relativa. Comparado com nosso próprio passado, não há falha alguma. Comparado com o resto do mundo depois de 2008, também não há qualquer falha. Falhamos ao não realizar plenamente o potencial de crescimento do país. Depois do mensalão, em 2005, faltou determinação de continuar as reformas econômicas. Sem reformas, a produtividade estancou e o investimento não cresceu.

É possível pensar em um Plano Real II, agora com o intuito de fazer as reformas abandonadas e ampliar a infraestrutura? O que é preciso para obter a unidade que levou ao Real em julho de 1994?

Pensar é possível e desejável. O que falta é a decisão política. Em 1994, havia a consciência de que, ou estabilizávamos a economia ou cairíamos num buraco sem fim. Agora falta o consenso de que é preciso reformar o setor público para termos crescimento sustentável. Mas já há um começo, tanto na comissão comandada por Gerdau (Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do Comitê de Gestão e Competitividade da Presidência), quanto na recente comissão parlamentar para a reforma do setor público.

A que o senhor atribui o sucesso do real? Por que o país fracassou tantas vezes até conseguir derrotar a hiperinflação?

Foi um aprendizado penoso. Os militares resolveram conviver com a inflação e aperfeiçoaram a indexação. Aí houve a crise da dívida externa. Depois os percalços da redemocratização, culminando com o trauma do Plano Collor. Naquela altura, ninguém aguentava mais a superinflação. Na PUC-Rio, vínhamos desde 1982 discutindo alternativas para a estabilização. Em 1993, estávamos prontos para colocar as ideias em prática. Então, Itamar Franco nomeou Fernando Henrique como ministro plenipotenciário e o resto foi história.

Se o Plano Real fosse elaborado hoje, o que teria de diferente? Haveria um processo total de desindexação da economia? Em vez do câmbio fixo já se adotaria logo o sistema de taxas flutuantes?

O projeto original previa a desindexação total. Mas a negociação no Congresso exigiu a manutenção de alguma indexação residual. Além disso, o ajuste fiscal foi menos forte do que o necessário, pois não foi possível aprovar as reformas constitucionais. Tudo o que se conseguiu foi o Fundo Social de Emergência (hoje chamado de Desvinculação das Receitas da União). Com isso, o câmbio teve que fazer o papel de âncora, com as altas taxas de juros. Se fôssemos começar de novo, seria preciso mudar a história, fazendo a revisão constitucional em 1995 e não em 1993. Com um reforma constitucional, seria possível adotar mais cedo o regime de câmbio flutuante e baixar as taxas de juros.

Nos últimos anos, o crescimento do Brasil foi baseado no consumo das famílias. Esse modelo está esgotado? Por que ainda resistimos tanto a adotar um choque de investimentos? As taxas de juros estão no menor patamar da história, mas as empresas se recusam a ampliar a produção.

Não sei se é inteiramente verdadeira essa afirmação. A taxa de investimento em preços constantes aumentou continuamente de 2005 até 2011 (exceto em 2009, por causa da crise externa). O Brasil ainda investe pouco, mas muito mais do que investia em 2005. Agora, há uma crise séria na economia mundial que desalenta o setor privado. Por outro lado, o investimento público está paralisado. E há uma enorme resistência no governo a fazer o óbvio: transferir para o setor privado a responsabilidade por investimentos que não consegue fazer na infraestrutura — em portos, aeroportos, estradas, energia, etc. É preciso é superar essa paralisia e oferecer alternativas de investimento para o setor privado.

O Brasil enfrentou muitas crises internacionais ao longo de quase duas décadas. Caiu de joelhos na maioria das vezes por causa da fragilidade das contas externas. Com o mundo em recessão, os preços das commodities tendem a desabar. Há riscos de uma nova tempestade no balanço de pagamentos?

O volume de reservas internacionais é suficiente para enfrentar problemas que possam se manifestar na área externa. Também não há perspectiva de o preço das commodities desabar. Afinal, a limitação dos recursos naturais é o problema central do planeta quando se olha o futuro.

Como o senhor avalia a política macroeconômica do governo Dilma? Ela está sendo bem conduzida? Quais são os principais pontos positivos e negativos?

De positivo, estar aproveitando a crise mundial para reduzir os juros. De negativo, não conseguir superar a paralisia de investimentos em infraestrutura.
O governo adotou um viés intervencionista na economia. Essa presença maior do Estado no setor produtivo pode pôr a perder conquistas do Real?

Tão ruim como o intervencionismo é o protecionismo. Com isso estão tentando evitar o processo schumpeteriano de criação destrutiva, que é a base da prosperidade no capitalismo. Com essa política absurda de conteúdo nacional, continuaremos a produzir carroças e não vamos chegar ao pré-sal.
O Brasil ganhou voz no mundo e hoje é ator influente na política global. Em que a estabilidade econômica contribuiu para isso? Essa relevância veio para ficar?

O Plano Real só tem 18 anos. Daqui a 32 anos poderemos fazer essa avaliação, se a estabilidade interna, que é a base da relevância externa, veio para ficar. Mas nenhum candidato a De Gaulle vai poder hoje dizer que o Brasil não é um país sério, como disse o general francês na década de 1960. Mérito da redemocratização, do real e da continuidade de políticas econômicas e sociais desde então.

Qual é maior legado do Plano Real e o que ainda precisa ser feito para aperfeiçoá-lo?

O maior mérito é ter mudado a cara do Brasil. Antes, éramos uma nau sem rumo, hoje somos uma economia emergente. Para aperfeiçoar, é preciso voltar às reformas.

20 julho 2012

Emílio Luis Bonoli

O Programa Multi-institucional e Inter-regional de Pós Graduação em Ciências Contábeis da UnB, UFPB e UFRN é extremamente especial. Há distância física entre as turmas, mas há também uma interação surpreendente e bela graças às ferramentas virtuais. Tenho muitos amigos que conheço apenas virtualmente – hoje, por acaso, é dia do amigo. Mas é um dia diferente.

O aluno Emílio Luis Bonoli, formado pela Universidade de Buenos Aires, orientando do Professor Dr. Paulo Roberto Nobrega Cavalcante (UFPB) com a dissertação intitulada “A função do Contador na controladoria das empresas do setor varejista”, faleceu ontem. Ele tinha apenas 32 anos, casado há 1,5 ano com a Isa Freire. Registramos aqui os nossos pêsames à família, amigos e todos que compartilharem a tristeza desta partida. O corpo foi cremado e as cinzas encaminhadas para Buenos Aires.

Segue abaixo uma nota da família:
AMIGOS: Nuestro muy querido Emilio dejo su presencia física y se transformó en una estrella, ahora arriba nuestro, cuidando a todos sus seres queridos desde el cielo. Aún muy consternados con la rapidez de su partida, nos quedamos con el recuerdo de su alegría, generosidad y fuerza. Por eso pedimos a todos los que lo quieren, que lo tengan presente cariñosamente por los buenos momentos vividos con... el.
Su familia.


AMIGOS: Nosso muito amado Emilio deixou sua presença física e se transformou em uma estrela, que agora está no céu cuidando de todos seus seres queridos. Ainda muito consternados com a rapidez de sua partida, ficamos com as recordações de sua alegria, generosidade e força. Por isso pedimos a todos os que o amam, que o tenham presente carinhosamente pelos bons momentos vividos com ele.
Sua família.

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Mais Ducha 2

Na quarta-feira, o International Accounting Standards Board (IASB) e a sua congênere dos EUA, o Financial Accounting Standards Board (FASB), realizaram uma reunião conjunta para discutir o problema.

Vamos poupar o suspense. Ele terminou em lágrimas.

(...) IASB e FASB têm-se centrado no desenvolvimento de um modelo de perda esperada que forçaria os bancos a reservar o dinheiro para perdas antecipadas - ou seja, antes dos empréstimos realmente começam a piorar.

Mas a reunião de quarta-feira terminou com o FASB se afastando da proposta.


‘If this is going to unravel…’ - Tracy Alloway - Financial Times

Para o leitor do blog, apresento abaixo a transcrição do diálogo entre Seidman (do FASB) e Hoogervorst (do IASB) - também citado na postagem anterior:

HH: (...) I would also like to say that, if this is going to unravel, I find it for us as standard setters, not just us but also for you, I think it is deeply embarrassing. That in three efforts, in which we have looked at at least ten alternatives, in which we have left no stone unturned, that after three years we are still not able to come up with an answer. I would really find that unacceptable. So I would really hope that when your staff does this outreach they do it with an attitude of getting things fixed and not to let it unravel.


LS: Hans in response to that I would say that as standard setters our due process procedures are to discuss our evolving conclusions with stakeholders and make sure that they perceive it as an improvement in financial reporting, and that they can understand it… and the message I would send to those stakeholders is that we have heard the widespread confusion and questions and we plan to address them before we move forward with an exposure draft. I think the time we will take over the next couple of months to bring clarity to this situation will end up with a more efficient process than were we to go out with an ED now, as desirable as that might be, with a clear understanding now of the feedback that we expect to hear. Our desire here is very much still to try and reach as converged solution here as quickly as we can but in light of the very basic feedback we have heard we feel it is our responsibility to address this.


HH: Well I would just like to remind you that when our colleagues the prudential regulators, who created Basel 3 I think two years ago, when they came to their final conclusions they had the whole banking industry kicking and screaming telling them that the whole thing would go under. I don’t hear that now from our constituents. We still hear questions but none of them are such questions that we have a feeling that we are completely on a dead end street. All I want to say that at some point you have to come to conclusions, and if we are not able to come to conclusions after three attempts, and need yet another attempt in which I cannot think of any alternatives that we have not looked at yet, then we really have done our job very poorly.

Mais Ducha

Esta semana - dias depois que a Securities and Exchange Commission dos EUA deixou claro que não irá mover em breve na direção a adoção de padrões internacionais - as duas entidades se encontraram em desacordo sobre uma das questões mais controversas para sair da crise financeira: como os bancos devem contabilizar os empréstimos ruins.

As duas entidades fecharam acordos provisórios na primavera deste ano - eu vou chegar a alguns dos detalhes mais tarde - mas Leslie Seidman, presidente da SEC disse numa reunião conjunta das duas entidades que reguladores bancários e outros manifestaram preocupação com as regras e que ela queria mais tempo para trabalhar com orientações e detalhes.

"Isso é profundamente embaraçoso", respondeu Hans Hoogervorst, o presidente do conselho internacional, que se reunia em Londres e estava ligado por vídeo-conferência para a reunião do conselho da American em Norwalk, Connecticut. Ele disse temer que "essa coisa toda vai desandar" depois de três anos de esforço.


Accounting Détente Delayed - New York Times - Floyd Norris - 19 jul  2012

Teste 569

Esta cantora, muito popular em todo o mundo, teve recentemente um problema com seu contador. Eles foram contratados em 2005, quando ela era muito jovem e bobinha. Em 2010 foram demitidos, com um prejuízo para cantora de milhões de dólares. Seu nome é:

Adele
Lady Gaga
Rihana

Resposta do Anterior: É verdade, pois o efeito já ocorreu no passado. O lançamento seria um despesa contra o ativo.

A maioridade do Plano Real e os próximos 18 anos

Pedro Sampaio Malan
O Estado de S.Paulo, 8/07/2012

Há exatamente uma semana o Real completou os primeiros 18 anos do que espero seja a longa vida de uma moeda que veio para ficar como um dos símbolos do avanço institucional do País. Os brasileiros que tinham 18 anos em 1994 - e, portanto, todos os que estão hoje na faixa dos 36-40 anos - provavelmente não têm nenhuma lembrança pessoal significativa, isto é, vivida, da marcha da insensatez que foi a evolução do processo inflacionário no Brasil pré-Real.

Vale lembrar: no meio século que vai de meados dos anos 40 a meados dos anos 90, o Brasil só teve três anos de inflação inferior a 10% (nos anos 40). Entre 1950 e 1980 a taxa média de inflação foi da ordem de 25%-30% ao ano. Do início dos anos 80 (quando chegou a 100%) até o Real, a taxa média anual foi superior a 600%, passando dos 1.000% em 1989 e chegando a quase 2.500% em 1993. Na literatura econômica há uma palavra para isso: hiperinflação.

Ainda era muito precária, à época, a percepção, que hoje felizmente existe, de que a inflação é um imposto. E o mais injusto de todos, porque incide principalmente sobre os mais pobres. Não é por acaso que os indicadores de concentração de renda e riqueza no Brasil nas últimas décadas - sejam os índices de Gini, sejam as parcelas de renda apropriadas pelo 1% mais rico e pelos 20% mais pobres - mostram que os piores anos de desigualdade na concentração de renda no Brasil foram ao final dos anos 80 e início dos anos 90.

O povo brasileiro entendeu, muito rapidamente, que o controle da inflação propiciado pelo Real era algo que redundava em seu benefício. E hoje a inflação baixa é vista como um objetivo da sociedade e como obrigação de qualquer governo minimamente responsável. Não é um fim em si mesmo, como sempre afirmamos, mas uma condição indispensável para que outros objetivos econômicos e sociais possam ser alcançados. Afinal, com inflação alta, crônica e crescente não há possibilidade alguma de verdadeira inclusão social, tampouco de crescimento sustentado.
O que quero dizer com isso? Que a importância e o significado do Real, que ora atinge sua maioridade, transcende de muito a derrota da hiperinflação em 1994. E que a agenda do Brasil pós-hiperinflação se confundia com a própria agenda do desenvolvimento econômico e social do País, que pôde, sem a zoeira da inflação, começar a alargar seus horizontes e procurar tornar-se um país mais normal, mais previsível, mais confiável, mais competitivo. Um país talvez capaz de crescer de forma sustentada, com inflação sob controle, com maior justiça social, menos pobreza, com as finanças públicas em ordem, infraestrutura decente, melhor educação e maior eficiência nos setores público e privado.

Como sabemos, 18 anos são pouco para a magnitude dessa empreitada. Mas o Brasil não começou com o Real e já havia avançado muito em períodos anteriores, apesar de aparências em contrário. Agora é preciso contemplar os próximos 18 anos. Afinal, 2030 está logo ali adiante, quando os que chegaram à sua maioridade com o Real - como meu filho mais moço - terão dobrada sua idade.

Quem viver até lá acompanhará as tentativas do governo atual, e os labores dos governos que se lhe seguirão, de lidar com as urgências constantemente postas e repostas pelo sempre fugidio "momento presente" - que exigem respostas no curto prazo da parte dos responsáveis por políticas públicas. Respostas que serão tão mais adequadas quanto mais levem em conta objetivos de longo prazo: políticas de Estado, e não apenas do governo de turno; para a próxima geração, e não somente para a próxima eleição.

Como procurou fazer o governo FHC, nessa área de respostas a problemas que precisavam ser encarados com firmeza - e o foram. Exemplos: a resolução de problemas de liquidez e solvência no sistema bancário nacional, privado e público; a reestruturação das dívidas de Estados e municípios então insolventes do ponto de vista fiscal e desde então sem problemas mais sérios nessa área; a Lei de Responsabilidade Fiscal, de maio de 2000, marco de mudança histórica nas finanças públicas brasileiras; o reconhecimento de que as necessidades de investimentos do País (não do governo) superavam de muito a capacidade do setor público e de suas empresas, exigindo mudanças, até mesmo constitucionais, que abrissem espaço ao investimento privado, doméstico e internacional.

(...)A propósito, é importante reconhecer que o governo Dilma, à diferença de seu antecessor, que nem sequer tentou (ou porque não quis, ou porque não pôde, ou talvez porque o extraordinário vento a favor que pegou da economia mundial lhe permitiu evitar incorrer em custos políticos domésticos), está procurando enfrentar certas "urgências do gradualismo", para as quais deveria ter apoio de quem pensa no longo prazo, como a mudança do insustentável regime de previdência do setor público e as "inexoráveis" concessões ao setor privado em áreas de infraestrutura, por exemplo. Para não falar nas necessárias resistências do Executivo às insaciáveis demandas de sua vastíssima "base de apoio" por contínua expansão dos gastos públicos no curto, no médio e no longo prazos.

Debates desse tipo são fundamentais quando se olha à frente. Afinal, teremos nada menos que cinco eleições presidenciais nos próximos 18 anos.

PEDRO S. MALAN, ECONOMISTA, FOI MINISTRO DA FAZENDA NO GOVERNO FHC. E-MAIL: MALAN@ESTADAO.COM.BR

Roupa 2

Clique na imagem para ampliar: as roupas de Angela Merkel

Roupa


Arqueologistas descobriram num castelo da Áustria conjunto de roupas íntimas com mais de 600 anos de idade.

Favorável

Sobre o documento da SEC, segundo o Valor Econômico

A análise sugere uma tendência favorável à adoção do IFRS, mas apresenta pontos de preocupação que teriam que ser tratados caso os Estados Unidos decidam incorporar o padrão contábil internacional ao seu arcabouço regulatório.

Fundação IFRS lamenta indefinição da SEC sobre padrão contábil - 16 de Julho de 2012 - Fernando Torres

Não vi isto no documento. Pelo contrário, o documento da SEC é bastante contrário à adoção, em especial pelas limitações das IFRS e do Iasb.

Primeiro Prejuízo da Microsoft

Nesta quinta-feira, a americana Microsoft anunciou um prejuízo líquido de 492 milhões de dólares (0,06 dólares por ação) no quarto trimestre fiscal. No mesmo período do ano passado, o lucro líquido da companhia foi de 5,87 bilhões de dólares (0,69 dólares por ação). A receita, por sua vez, cresceu 4%, para US$ 18,06 bilhões. Esse é o primeiro prejuízo da empresa, responsável por desenvolver o sistema operacional Windows, desde que se tornou uma empresa pública, em 1986.

O resultado foi atribuído em grande parte a uma baixa contábil em seus serviços on-line e ao adiamento das receitas relacionadas à promoção do sistema operacional Windows 8. Segundo a companhia, o crescimento contínuo das vendas do pacote Office a empresas ajudou a gigante da informática a amortecer o impacto da queda nas vendas de computadores pessoais.

A esperança de recuperação da empresa está na adaptação de seus produtos para o mercado móvel e no investimento em seus serviços para a nuvem. O Windows 8, a nova versão do sistema operacional da companhia, chega no próximo dia 26 de outubro com uma interface desenvolvida para dispositivos sensíveis ao toque. Já o Office 2013 está em período de testes e oferece integração com produtos como o disco virtual da empresa, conhecido como Skydrive, e o Skype – serviço de voz sobre IP.


Fonte: Aqui

19 julho 2012

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Imprensa e Valor da Empresa


O papel da imprensa tem sido extensamente discutido em diversas pesquisas acadêmicas. Acredita-se que um jornal ou um noticiário de televisão possa influenciar as pessoas. Por isto, tem sido muito comum tentar associar as atitudes das pessoas com o que foi noticiado pelos veículos de comunicação de massa.

Em tempos de internet e da existência de inúmeras formas de comunicação, as pesquisas ainda mostram esta influencia. Entretanto, o número de pesquisas sobre o papel da imprensa no mercado financeiro ainda é reduzido. Mas quando surge uma pesquisa deste nível geralmente envolve um elevado grau de criatividade: em lugar da monotonia de processar dados em pacotes estatísticos, as investigações envolvem certo grau de subjetividade. Nem por isto, são menos científicas que os estudos realizados com base de dados de empresas e negócios de ações.

Uma forma de analisar a imprensa é verificar como os fatos são noticiados. Se estivermos falando da área financeira, isto significa analisar as notícias financeiras nas suas diferentes dimensões. Dois pesquisadores,  Umit Gurun e Alexander Butler, investigaram como a imprensa local apresenta as notícias financeiras, quando se compara com a imprensa não local. Os cientistas estavam interessados nas notícias envolvendo empresas locais. Sua descoberta é óbvia, mas nem por isto irrelevante: a imprensa local usa menos palavras negativas quando se trata de notícias sobre empresas da região onde atuam. Ou seja, empresas da cidade têm notícias apresentadas de maneira mais suave pela imprensa local. O motivo é o potencial de geração de receita publicitária.

A pesquisa de Gurun e Butler descobriu também que o efeito é mais forte para pequenas empresas, entidades com predomínio de investidores individuais, empresas ilíquidas ou com elevada volatilidade.

Já se sabia do “home bias”, onde as pessoas tendem a investir, de maneira desproporcional nas empresas geograficamente próximas. Agora temos o “media bias”. Assim, na próxima vez que você ler o jornal local, seja mais crítico com as notícias financeiras das empresas de sua região.

Fonte: GURUN; BUTLER. Don´t Belive the Hype. Journal of Finance, vol LXVII, n. 2 , abr, 2012. 

Reação da Europa

Sobre o relatório da SEC, eis o comentário do porta-voz da Comissão Européia, De Rynck:

"A falta de uma visão clara dos EUA cria insegurança e dificulta que a IFRS se torne verdadeiramente uma linguagem contábil global. Também é cada vez mais difícil justificar a representação na entidade dos países que não aplicam IFRS."

Ainda a Ducha


Alguns dos aspectos do relatório da SEC sobre a adoção das normas internacionais merecem destaque:

a)     Muitos países adotam as normas internacionais com algum tipo de mecanismo de endosso. As razões são várias, incluindo a necessidade legal para isto (talvez seja o caso do Brasil) ou manter o controle sobre os padrões contábeis. Isto naturalmente tem efeito sobre a comparabilidade e a influência das normas internacionais;

b)     As US GAAP estão presente em regulamentos e contratos. A adoção das normas internacionais pode representar um grande problema legal;

c)     Existem algumas grandes diferenças entre as normas dos EUA e a IFRS. As razões para estas diferenças são várias. O documento lista as principais diferenças, que inclui impairment, passivos não financeiros (e a questão da terminologia da palavra “provável”), mensuração de certos ativos, estoques (em particular a adoção do UEPS), pesquisa e desenvolvimento, impostos e ativo permanente. Além disto, as IFRS não contemplam normas específicas para setores como petróleo, enquanto os US GAAP possuem regulações próprias sobre o assunto;

d)     A dicotomia entre princípios e regras também é analisada de maneira critica pelo documento. Em alguns trechos, o texto parece não concordar com esta dicotomia.

e)     O relatório lembra que o EUA é o principal financiador do Iasb (e isto é verdade, já que segundo as últimas demonstrações do Iasb, este país doou 3,65 milhões de libras, de um total de 20,56 de doações, que corresponde a 18% do total de doação). E que o Iasb não está conseguindo sucesso em melhorar as fontes de financiamento. Além disto, o texto ressalta  a importância de se ter fontes de recursos estáveis e independente de contribuições de empresas contábeis e outras.

f)       Cerca de 30 países participam financeiramente do Iasb. Como o número de países de adotam, de alguma maneira, as normas internacionais ultrapassa a cem, isto significa que 75% dos países que adotam não fazem qualquer tipo de contribuição (um parênteses nosso: na América Latina só o Brasil faz doações para o Iasb). 

Senhas

As senhas preferidas no  Yahoo!

123456 = 1666 (0.38%)
password = 780 (0.18%)
welcome = 436 (0.1%)
ninja = 333 (0.08%)
abc123 = 250 (0.06%)
123456789 = 222 (0.05%)
12345678 = 208 (0.05%)
sunshine = 205 (0.05%)
princess = 202 (0.05%)
qwerty = 172 (0.04%)

As baseadas somente em letras
password = 1373 (0.31%)
welcome = 534 (0.12%)
qwerty = 464 (0.1%)
monkey = 430 (0.1%)
jesus = 429 (0.1%)
love = 421 (0.1%)
money = 407 (0.09%)
freedom = 385 (0.09%)
ninja = 380 (0.09%)
writer = 367 (0.08%)

Fonte: Aqui