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04 julho 2011

Risco Brasil

Considerado um dos principais termômetros da confiança dos investidores, o índice EMBI+ do Brasil, calculado pelo Banco JP Morgan Chase, encerrou a sexta-feira em queda de 0,68%, aos 147 pontos. Ontem, o indicador marcou 148 pontos. Na semana, indicador acumula queda de 16%.
O Emerging Markets Bond Index - Brasil é um índice que reflete o comportamento dos títulos da dívida externa brasileira. Corresponde à média ponderada dos prêmios pagos por esses títulos em relação a papéis de prazo equivalente do Tesouro dos Estados Unidos, tido como o país mais solvente do mundo, de risco praticamente nulo.
O indicador mensura o excedente que se paga em relação à rentabilidade garantida pelos bônus do governo norte-americano. Significa dizer que, a cada 100 pontos expressos pelo risco Brasil, os títulos do país pagam uma sobretaxa de 1% sobre os papéis dos EUA.
Basicamente, o mercado usa o EMBI+ para medir a capacidade de um país honrar os seus compromissos financeiros. A interpretação dos investidores é de que quanto maior a pontuação do indicador de risco , mais perigoso fica aplicar no país.
Assim, para atrair capital estrangeiro, o governo tido como " arriscado" deve oferecer altas taxas de juros para convencer os investidores externos a financiar sua dívida - ao que se chama prêmio pelo risco.

Fonte: aqui

03 julho 2011

Rir é o melhor remédio

Adaptado daqui

Inspetora do FED

Por Pedro Correia

A senhora deste vídeo ,Elizabeth Coleman, é a inspetora do FED, que é responsável pela auditoria das contas do banco.Infelizmente, ela afirma ao deputado Alan Grayson que não sabe onde estão os trilhões de dólares, que o FED doou para os bancos.É uma lástima.

Liberdade Econômica e Qualidade de vida

Por Pedro Correia


Leia sobre o índice de liberdade econômica.

Índice de Debêntures

A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) começou a divulgar ontem em seu site um índice diário de cotação de debêntures. A iniciativa faz parte do conjunto de ações da entidade para fomentar o mercado secundário de títulos de renda fixa. Chamado de Índice de Debêntures da Anbima (IDA), o indicador será atualizado todas as manhãs a partir dos preços referentes às negociações do dia anterior.
Hoje há um estoque de R$ 153 bilhões em debêntures (excluindo-se aquelas emitidas por empresas de leasing) custodiadas na Cetip, mas o mercado secundário desse tipo de papel ainda é pequeno: em maio deste ano foi negociado um volume total de R$ 1,9 bilhão em 856 negócios.

A entidade acompanha diariamente a cotação desses papéis, e considera que um indicador publicado sistematicamente pode incentivar a comparação do desempenho das carteiras geridas pelos investidores a partir da variação do índice e atrair a atenção de investidores pessoa física.“Este é um mercado de grandes investidores institucionais, e muitos ficam com os títulos retidos por muito tempo porque não sabem qual a aceitação do mercado”, diz Silvio Samuel, presidente de um dos subcomitês da Anbima.
Segundo ele, o índice é uma “semente que foi plantada para um momento em que as negociações estiverem mais aquecidas”. Como parâmetro, Samuel cita o Índice de Mercado Aberto (IMA), indicador que mede o desempenho de papéis públicos. Lançado em 2000, só passou a ser acompanhado de perto pelo mercado há cerca de dois anos.
O IDA, que considera apenas emissões no valor mínimo de R$ 100 milhões, agrega 112 séries de debêntures de 77 emissores diferentes e terá sua composição revisada mensalmente. Juntas, todas as debêntures – que têm de ter classificação de risco mínima equivalente a “BBB” (grau de investimento) – somam R$ 46 bilhões em valor de mercado.
O indicador é subdividido em três sub-índices, de acordo com os indexadores determinados nos papéis: DI (com peso de 78,2% na composição total), IPCA (15,5%) e IGP-M (6,3%).Não há nenhuma debênture de empresa de leasing considerada na composição do índice atualmente, mas nada impede que elas façam parte da cartela final no futuro.
Fonte: Filipe Pacheco, Valor Economico

01 julho 2011

Uma nova era no IASB


Hoje começa uma nova era no Iasb. Oficialmente a entidade passa a ter um novo presidente, o holandês Hans Hoogervorst.

Aqui  um texto sobre o legado do ex-chefe. Quando foi escolhido, em outubro de 2010, este blog publicou uma série de artigos sobre o processo (aqui um exemplo). Hoogervorst é historiador e aparece nesta foto:

O novo chefe é holandês, mas seu vice é um britânico. Ele fez carreira na burocracia estatal do seu país, enquanto o vice é originário das empresas de auditoria. No momento da sua escolha afirmamos que o eurocentrismo e o mercado financeiro eram os grandes ganhadores. Os países não europeus e a profissão contábil seriam os perdedores.

Aqui o discurso de boas vindas do novo presidente.

Links


Inseto mais barulhento da Terra

Uma nova pintura de Da Vinci

Vídeo: Propaganda do Wikileaks criticando o Mastercard

O dia em que Chico Buarque resolveu ler os comentários na internet

Demissões por justo Twitter

The Economist Varejo no Brasil

Guardiões da ética nas empresas

Cassino, Pão de Açúcar e Carrefour III


Eis uma reportagem interessante sobre o assunto

O vice-presidente do BNDES, João Carlos Ferraz, afirmou nesta quinta-feira, 30, que a fusão entre as redes varejistas Pão de Açúcar e Carrefour podem conduzir a um cenário de geração de valor para produtos brasileiros (1) no mercado internacional. Ao analisar o tema, "em um nível conceitual" (2), o executivo afirmou ainda que o possível (3) apoio do banco à união das duas empresas também gerará ganhos do BNDES.


"A União, o projeto que as empresas estão apresentando, visa a criação e a geração de valor para todos (4). Portanto, se a inovação (5) tem a ver com valor, ela vai gerar valor", disse. Ele acrescentou que a geração de valor (6) é uma das razões que motivaram a decisão do BNDES de entrar na operação, via BNDESpar, braço de investimentos do banco.


Outro ponto destacado por Ferraz foi o reflexo benéfico que a operação teria no desempenho do banco (7). "Metade do lucro do BNDES é derivada do BNDESpar. Nós vimos aqui uma bela oportunidade de geração de valor, de emprego, que é a nossa missão (8)", disse.


Para o vice-presidente do banco, o projeto também favorece a presença de produtos brasileiros nas gôndolas de supermercados internacionais (9). "Nós, nos nossos supermercados, temos produtos de outros países", lembrou o executivo ao acrescentar que a operação poderia "ser mais um passo" na trajetória de crescimento da penetração de itens brasileiros (10) no mercado internacional já iniciada pelas indústrias de alimentos, agronegócios, moda e de bens de consumo. "Temos que ter mais, uma economia internacionalizada (11)", disse.


Ferraz preferiu não comentar (12) sobre a recente decisão da rede francesa Casino de aumentar a participação no grupo Pão de Açúcar. Quando questionado se as operações entre o Carrefour e o Pão de Açúcar poderiam ser atrapalhadas por uma disputa com o Casino, o executivo se limitou a dizer: "Deixa elas (as negociações) rolarem", concluiu.

Meus comentários:
(1) É muito questionável associar a geração de valor ao processo de fusão. Quanto mais usar o nacionalismo para defender a posição do governo. Segundo Millor http://www2.uol.com.br/millor/ Fernandes, “patriotismo é quando você ama o seu país mais do que qualquer outro. Nacionalismo é quando você odeia todos os países, sobretudo o seu”.
(2) O executivo quis deixar claro que a decisão era técnica. Para isto utilizou a expressão. Mas tanto a decisão é política quanto existe uma clara confusão de conceitos.
(3) Sobre a possibilidade de apoio, as declarações já dizem que o BNDES irá apoiar.
(4) É difícil acreditar numa decisão “win-win” (como chamam alguns consultores). Se todos estão ganhando, qual a razão da reação violenta do grupo Cassino? Por que o grupo Carrefour não respondeu de imediato?
(5) Qual a relação da “inovação” com o processo de fusão? Nenhuma.
(6) A decisão de geração de valor não está clara na operação. Observem que uma forma de mostrar se uma operação gerou valor é analisar o comportamento do mercado acionário. Nos últimos dias, as ações do grupo aumentaram não em razão da qualidade da decisão, mas em razão da compra de ação por parte do grupo Cassino.
(7) Aqui o apelo é para o desempenho. Qual variável de desempenho? Mais adiante o esclarecimento: lucro, geração de valor e emprego. Já sabemos que geração de valor é questionável. Um banco de fomento não pode ter o “lucro” como medida de desempenho. Finalmente emprego; a operação irá claramente reduzir o volume de emprego no setor, pela eliminação de algumas lojas.
(8) Aqui apela para missão do BNDES. Mas será que ele sabe qual a missão da entidade? Eis o que encontrei http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/O_BNDES/A_Empresa/missao_visao_valores.html: Promover o desenvolvimento sustentável e competitivo da economia brasileira, com geração de emprego e redução das desigualdades sociais e regionais. A operação não irá promover desenvolvimento, não irá gera emprego nem reduzir desigualdades.
(9) Observe que o objetivo de um supermercado é agregar valor para seus acionistas. O Wal-Mart fez isto nos Estados Unidos de que forma? Promovendo a compra de produtos baratos e conquistando mercado. Os produtos adquiridos ajudaram muito a economia chinesa, que fornece ao Wal-Mart os produtos que a empresa deseja. É questionável que um supermercado irá priorizar os produtos brasileiros; irá priorizar os produtos mais rentáveis.
(10) A operação é basicamente doméstica. Assim, é também questionável a defesa que a operação ajudaria os produtos brasileiros a conquistarem os mercados mundiais
(11) Idem.
(12) Ele já se comprometeu demais.

Cassino, Pão de Açúcar e Carrefour II


Na confusão da aquisição do Carrefour, o empresário Abilio Diniz tomou duas atitudes ontem: contratou um jurista de renome com acesso aos tribunais e deu uma entrevista defendendo o negócio.

A primeira parte decorre da acusação de  ilegalidade do negócio por parte do grupo Cassino. E da necessidade de ter um respaldo jurídico, de um advogado com trânsito nas esferas do judiciário brasileiro. Isto conta muito.

A entrevista foi, obviamente, ao Jornal Nacional. Ele defendeu a proposta, dizendo que era um bom negócio para o País, para o BNDES, para o grupo Cassino etc.

Rir é o melhor remédio

O médico aplica medidas de austeridade para Grécia e na espera Portugal, Espanha, Itália e Eire. A enfermeira pergunta quem é o próximo. (The Economist)