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23 março 2011

Direitos de Transmissão do Brasileirão

Por Pedro Correia


O mecanismo de leilões usado pelo Clube dos 13 propicia que qualquer empresa possa deter os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. Neste modelo, os concorrentes (Globo, Record, etc) dão lances e vence aquela empresa que pagar mais. Mas como as empresas definem o valor que devem pagar?

Bem, elas olham para o potencial de receita que pode ser gerado com a exclusividade daquele produto. A principal fonte de receitas é o anúncio de empresas durante os jogos, e durante todo o resto da programação. Portanto, aquela empresa que tiver maior potencial de receita dará o maior lance.Veja que só o fato de a Record, ou outra empresa qualquer entrar no leilão, já faz com que a Globo tenha que cobrir pelo menos o lance da concorrente. Isso em si já aumenta o valor esperado do ponto de vista do leiloeiro (Clube dos 13).

Há também um outro equívoco ao olhar os dados do Ibope. Pode ser verdade que o índice seja menor no horário do futebol, mas o telespectador é outro. Quem vê a novela é a minha mãe, eu assisto o futebol. Então, em um intervalo de 4 horas foram dois consumidores bombardeados com anúncios, e não apenas um. Por isso, no horário do futebol a propaganda é da empresa de cerveja, e no horário da novela é de amaciante de roupa.

Enfim, eu só gostaria de apontar que o grande diferencial não está em gostar ou não de futebol, e sim no valor (quantidade x preço) gerado por este programa televisivo. O valor depende não somente do número de telespectadores, mas também de quanto ($$) esse telespectador criará renda pra empresa (valor da cota de anúncios).

Cristiano M. Costa
Ph.D. em Economia pela University of Pennsylvania

Inteligência Contábil

Postado por Pedro Correia



O site Accountacy Age listou as 50 pessoas mais poderosas da área contábil no âmbito financeiro mundial neste ano. É interessante acompanhar a atuação desses indivíduos no cenário contábil durante todo ano de 2011.

Tipos de blogueiros

Adaptado daqui

Liberdade econômica

Saiu o índice de Liberdade Econômica. O Brasil ficou em 113o. lugar, com 56,3 pontos, 0,7 acima do ano passado. Enquanto a pontuação em liberdade fiscal, monetária e de comércio o desempenho é interessante (69; 69,8; e 75,9, nesta ordem), o grande problema é a corrupção (37 pontos). Neste item, que tal aprendermos com a Nova Zelândia, que obteve 94 pontos?

Críticas a Convergência

Será que alguém pensa por um momento que as regras [contábeis internacionais] serão aplicadas de forma consistente tanto na Rússia quanto, digamos, em Londres? E é interessante notar que não existe sequer um único regulador de valores mobiliários na União Europeia.
David Reilly - Wall street Journal - via Accounting Onion

Corrupção

Nesse sentido, a propina pode ser entendida como o meio financeiro de se transformar relações impessoais em pessoais, com o objetivo de transferir ilegalmente renda dentro da sociedade, ou realizar a apropriação indevida de recursos de terceiros ou ainda garantir um tratamento diferenciado.
A microeconomia da corrupção I - 15/03/11 Brasil Econômico - Carlos José Guimarães Cova

Para quem gosta de Basquete

(Fonte: Blog da Susan Polgar)

22 março 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui

Teste 451

Gerhard Gribkowsky está sendo acusado de ter subestimado a avaliação num negócio. Gribkowsky representava o banco estatal alemão Beyern LB na venda de uma participação de 47,2%. Por fazer “corpo mole”, Gribkowsky recebeu US$50 milhões em pagamentos, realizados através de dois contratos de consultoria. Esta participação é num esporte (?) muito popular no mundo:

Boxe
Fórmula 1
Hipismo

Resposta do Anterior: Deixou de incluir na estrtura os custos de design, royalties, distribuição, marketing etc. Fonte: Components for the iPad 2 Cost Apple $326

Por que valor da marca depende do valor de mercado?

A Brand Finance acaba de divulgar as maiores marcas do mundo. Eis o ranking com as principais marcas (incluindo três brasileiras entre as cem maiores do mundo:
Assim, a marca Google tem um valor de 44 bilhões de dólares. A maior marca de uma empresa brasileira é do Bradesco, com quase 19 bilhões. O problema desta estimativa é o elevado grau de subjetividade. Em outras palavras, não é possível acreditar que a marca Google tenha um valor de 44 bilhões. Talvez o valor verdadeiro esteja entre 10 bilhões e 80 bilhões.

Em virtude da dificuldade de mensurar o valor real de uma marca, as empresas que promovem avaliação terminam por usar os dados do mercado. Assim, compara-se o valor de mercado da empresa com o valor contábil; quanto maior a diferença, maior “deve” ser o valor da marca.

Para comprovar que não devemos acreditar muito nos números acima, fiz um pequeno teste. Comparei o aumento no valor da marca, de um ano para outro, com o aumento no valor de mercado. Ou seja, em 2010 a marca Bradesco valia, segundo a Brand Finance, 13,2 bilhões de dólares. Ou seja, em um ano a empresa aumentou o valor da sua marca em 5,4 bilhões. No mesmo período o valor de mercado do Bradesco saiu de 56,6 bilhões para 69,6, ou 13 bilhões. Esta variação no mesmo sentido não é coincidência.

Usando os dados de variação no valor da marca e variação no valor de mercado das cem maiores empresas fez-se um cálculo para verificar se realmente existia relação entre ambos. Neste caso, calculou-se uma regressão entre estas duas variáveis e o resultado foi o seguinte:

Variação da Marca = 2181,33 + 0,037 Variação do Valor do Mercado

Isto significa que para cada aumento de 1 bilhão no valor do mercado a marca aumenta 37 milhões. O modelo apresentou medidas estatísticas boas (R = 0,344; DW = 1,797; Fc = 12,244), indicando que o modelo é bom. O gráfico abaixo mostra esta relação:
Existem alguns pontos que distorcem o resultado. A Verizon aumentou o valor de mercado em 185 bilhões de dólares, mas sua marca só cresceu 4,3 bilhões. Se tiramos a Verizon do cálculo as medidas estatísticas são ainda melhora mais, com R = 0,40; DW = 1,87; Fc = 17,122.

Como melhorar o seu referencial

Como melhorar o seu referencial – Por Isabel Sales

Qualquer trabalho científico - inclusive monografias e trabalhos de conclusão de curso - precisa de referências diversas e não apenas livros, como já foi comentado no blog. Após a publicação do texto “Pecados na Produção Científica”, várias pessoas já me perguntaram como baixar artigos com o acesso periódicos.capes e por isso resolvi escrever esse post. A intenção é ensiná-los como eu faço as minhas buscas (não é necessariamente a melhor forma ou totalmente sem possibilidades de melhorias).

Para tanto, hoje estou utilizando a internet wi-fi da Universidade de Brasília. Se você aproveitar a rede da sua universidade ou de alguma biblioteca provavelmnete poderá seguir etses passos da mesma forma.

(Eu tenho o costume de pesquisar os meus temas no Scholar.google, no Jstor e no Science Direct. Mas existem outros incontáveis sites com bases de dados que vocês podem utilizar...)

É tudo muito simples. Vamos ao exemplo.

Digamos que a minha monografia é sobre finanças comportamentais. Pesquisarei o termo “behavioral finance” no Scholar.google. Em seguida irei colocar um filtro com os artigos publicados após 2010, pois quero apenas os mais recentes.



Apareceram vários resultados, mas o que me interessa é o primeiro: Confidence, opinions of market efficiency, and investment behavior of finance professors, publicado na revista Journal of Financial Markets, volume 13, edição n. 1 de fevereiro de 2010.

Quando a busca é por fontes internacionais, geralmente me deparo com um artigo que eu não tenho acesso por não ser assinante da base de dados. Então eu entro no site periódicos.capes (ainda utilizando a rede da minha universidade), pesquiso o journal no qual está o artigo (nesse caso o Journal of Financial Markets), entro na base de dados da revista, encontro a edição e baixo o artigo, conforme demonstrado nos passos a seguir:

Passo 1: Preencha o campo “Buscar periódico” com o journal do seu interesse e clique em “buscar”:


Passo 2: Selecione na lista o periódico do seu interesse:


Passo 3: Procure o volume e a edição em que foram publicados o artigo pesquisado:



Passo 4: Clique no símbolo de pdf que aparece abaixo do título do artigo para baixá-lo:


Pronto! O artigo será aberto em uma nova tela, você poderá salva-lo e utilizá-lo da melhor forma possível em sua referências. Lembre-se de citar as suas fontes! (Posteriormente falaremos mais sobre isso no blog).

A sua biblioteca provavelmente não terá acesso a TODOS os periódicos da sua área, portanto, vira-e-volta, aparecerá algum que você naturalmente terá que deixar de lado ou comprar (cada um custa cerca de US$ 40,00). Faz parte. Mesmo seguindo todos esses passos. Em contabilidade, pela Universidade de Brasília, por exemplo, não temos acesso ao Journal of Accounting Research e por isso escrevi alguns e-mails para a Capes solicitando essa inclusão por ser uma fonte de informações essencial, ao meu ver. Ainda não fui feliz na empreitada, mas acredito que em breve o pedido seja atendido (hopes up). Portanto, deixo como sugestão comunicar a Capes qualquer problema que apareça pra vocês.

Essa é a forma como eu baixo artigos. Provavelmente existem mais simples ou mais rebuscadas que te darão resultados distintos. Caso tenham sugestões, participem nos comentários.

- Clique nas imagens caso queira uma resolução melhor -

Hedge Inusitado

Por Pedro Correia

A indústria da aviação tem sido muito atingida pela elevação dos preços do combustíveis, mas em Las Vegas a companhia Allegiant Air encontrou uma solução.

Segundo o WSJ, ela montou um sistema onde o preço de um bilhete varia com o preço do combustível. É um sistema onde o passageiro escolhe entre um bilhete a preço fixo ou variável. Com um bilhete variável, se o preço do querosene de aviação cai na data de embarque, o indivíduo recebe a diferença. Se o preço do combustível sobe, o passageiro paga mais até um montante pré-determinado.[1]

Em outras palavras, Allegiant Air está convidando seus passageiros a jogar. Isso só poderia de uma empresa de Las Vegas. Daniel Indiviglio listou alguns prós e contras desse sistema.
[1] - Como diriam os americanos : é um sum zero game para a companhia aérea

Links

Por Pedro Correia

Dez artigos bizarros da Wikipedia

O teste mais difícil do mundo

El PIBón: a Argentina cresceu 9.2% em 2010. Confiável ou não?

A economia comportamental em países pobres.

Porque a bolha imobiliária não estoura no Canadá e na Austrália ?

A popularidade de Anne Hathaway influencia o preço das ações da Berkshire Hathaway, de Warren Buffett?

WSJ E NYT criticam visita de Obama ao Brasil.

26% dos responsáveis por criança que mendigam nas ruas recebem Bolsa Família

A importância do capital humano no Japão

Robô na concorrência pública 2

O uso do software é considerado legal pelo Ministério do Planejamento, apesar de o órgão reconhecer que os programas diminuem a "isonomia entre participantes".
O advogado Rubens Naves também avalia que a prática não vai contra a legislação.
Para o especialista em licitação pública Uesley Sílvio Medeiros, no entanto, o uso de robôs pode ser considerado crime, de acordo com o artigo 90 da Lei de Licitações Públicas, por ferir o caráter competitivo dos pregões.
Se for comprovado o crime, a pena é multa e detenção de até quatro anos. Medeiros argumenta que a compra do software é um gasto com o qual muitas empresas não têm condições de arcar, o que torna a disputa mais difícil para as de menor porte ou fluxo de caixa. Há 154 mil microempresas cadastradas como fornecedoras do governo federal.
Em julho de 2010, o TCU (Tribunal de Contas da União) decidiu que "a regra "antirrobô" do Comprasnet [site de pregões do governo federal] não é suficiente para impedir vantagem competitiva por meio do uso de dispositivo robô". O site obriga o fornecedor a digitar códigos de confirmação se der diversos lances consecutivos. O tribunal fixou um prazo de 90 dias para que o sistema fosse melhorado, e o ministério afirma ter feito ajustes no sistema, sem especificá-los.
Três empresas que dão lances em pregões em tempos inferiores a um segundo foram contatadas e negaram o uso de softwares. Para elas, a rapidez dos lances se deve às equipes bem treinadas. "Temos 20 pessoas trabalhando em pregões aqui", afirmou um empresário.
Legalidade de robô é polêmica - Folha de São Paulo (enviado por Caio Tibúrcio, grato). Mais sobre o assunto aqui e aqui

Robô na concorrência pública

Programas de computador usados para dar lances automáticos em pregões públicos eletrônicos, realizados na internet, estão causando problemas para empresários em compras governamentais. Também chamados de robôs, os softwares são vendidos por preços que vão de R$ 1.400 a R$ 5.500 e garantem o primeiro lugar na disputa. 
A cada oferta dada por um concorrente, os robôs dão lances mais baixos em menos de um segundo -uma pessoa demora seis segundos- até o encerramento do pregão ou até o limite de preço definido pelo usuário. 

O empresário Henrique Dendrih, 61, dono da Eletrônica Henrique, diz ter notado, em 2010, o aumento do número de pregões em que é derrotado por menos de um segundo. Os casos ganharam apelido: "perder pelo fotochart" -equipamento que define o vencedor de provas quando corredores chegam praticamente juntos. "Não consigo dar lances tão rapidamente quanto outros", diz ele, que não pensa em comprar o software. Cerca de 70% do faturamento de sua loja de pequeno porte vem de vendas para o poder público. 
Desde 2007, micro e pequenas empresas têm, por lei, preferência nas compras governamentais. O Ministério do Planejamento, responsável pelos pregões do governo federal, afirma, por meio de sua assessoria de imprensa, que "vem trabalhado constantemente no sentido de impedir a utilização de robôs". 

Robôs ganham licitações e preocupam empresários - Marcos de Vasconcellos - Folha de São Paulo (enviado por Caio Tibúrcio, grato)

Custo do míssil

Um míssil Tomahawk custa um pouco mais de U$ 736 mil. Como os Estados Unidos dispararam 110 mísseis ontem, isto significa US $ 81 milhões.

21 março 2011

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Teste 450

A figura mostra a composição do preço de um iPAD2, aparelho recém lançado pela Apple. Qual o erro da figura?
Resposta do anterior: A gasolina na Venezuela custa 0,12 centavos de dólar o galão, conforme esta notícia. Este preço corresponde a algo como R$0,20 por galão. Como cada galão corresponde a 3,785 litros, o preço do litro da gasolina naquele país é R$0,05 o litro. Num país desenvolvido o preço é US$ 4 o galão. Ou R$1,80 o litro.

Por que nem sempre a Receita é uma boa medida de desempenho?

A receita de uma empresa tem sido usada para medir o porte, informando quais são as empresas que dominam um setor. Quando a imprensa divulga as receitas dos maiores varejistas do país, no fundo estaria divulgando uma informação aproximada das maiores empresas. Se três ou quatro empresas possuem grande parte da receita de um setor, podemos dizer que o setor aproxima-se de um cartel. Mas a informação de receita possui alguns problemas. Iremos comentar três delas.

A primeira, é que receita que geralmente é evidenciada pode esconder o porte real da empresa. Quando coletamos a informação de receita numa demonstração de resultado, devemos ter o cuidado de usar a receita líquida de impostos e devoluções. Além disto, uma empresa pode ter boa parte de sua receita em atividades financeiras, que poderia não ser incluída no valor da receita.

Em segundo lugar, a receita não informa o esforço real da empresa na cadeia de valor. Uma indústria que possui muita agregação de valor terá uma receita igual a outra que adquire o produto quase pronto e agrega pouco valor.

Finalmente, em alguns setores a informação de receita, sozinha, talvez não seja tão relevante. Considere o caso de um hotel. A receita gerada por uma unidade pode ser enganosa se não levar em consideração a capacidade, ou seja, o número de quartos. Por este motivo, neste setor, a informação RevPAR (Revenue per Available Room ou receita por quarto disponível) é muito importante.

Paradoxo das maças

Por Leonado Monastério


Custos de transporte podem gerar efeitos curiosos. O Teorema de Alchian-Allen ilumina um desses fenômenos. Esses autores buscaram uma resposta a um mistério econômico: por que em uma região produtora de maçãs são encontradas apenas as de pior qualidade, enquanto as melhores são exportadas. O motivo é simples: como o custo de transporte é o mesmo para maçãs boas ou ruins, o frete torna as maças boas mais baratas em relação as ruins. Um exemplo numérico com o caso dos vinhos torna tudo mais claro. Suponha que existem dois tipos de vinho: o Chateau Caro custa R$ 50,00 e Chateau Vagabundo, R$ 5,00. É razoável supor que os custos de transporte são os mesmos para qualquer tipo de vinho; digamos, R$ 5,00. No local de produção, a relação de preços vinho bom/vinho ruim é de 10 para 1. No mercado consumidor, com frete, a relação de preços passa a ser de 5,5 (R$ 55,00/R$ 10,00). Ou seja, em termos relativos, o vinho bom fica mais barato no mercado distante do que no local. Portanto, o vinho bom tenderá a ser exportado e o ruim ficará para consumo local. O Teorema de Alchian-Allen significa, assim, que uma tarifa fixa leva uma substituição de bens de pior qualidade pelos de melhor.

E nos casos em que os turistas compram os produtos locais de alta qualidade? Por acaso os turistas que compram uísque em Edimburgo estão violando o Teorema de Alchian-Allen? Não. A diferença é apenas quanto ao modo como se dá o custo de transporte: em um caso a garrafa vai até o consumidor, e em outro o consumidor é que vai até a garrafa. Quão irracional seria viajar até a Escócia e lá comprar uma garrafa de uísque de má qualidade!

Pela mesma lógica, o teorema prevê que, se você paga uma babá para ficar com o seu filho, você não vai jantar numa lanchonete barata, e sim em um restaurante chique. (Como o custo de contratar a babá é fixo, a ida à lanchonete ficaria muito relativamente cara). Por fim, ele explica a evidência empírica que mostra que, ceteris paribus, quanto mais longe viajam os turistas, mais eles gastam por dia (Hummels e Skiba, 2001)."


Fonte: Blog do Leo Monasterio.

Ainda: Apostila completa publicada pelo Ipea (2011) disponível aqui.
Economia Regional e Urbana: Teorias e métodos com ênfase o Brasil.
Org.: CRUZ, B. O.; FURTADO, B. A.; MONASTERIO, L.; RODRÍGUES JÚNIOR, W.