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17 fevereiro 2011

Plágio

Grandes editoras ciêntíficas estão se preparando para lutar contra o plágio. Os editores, incluindo Elsevier e Springer, estão prontos para a implantação de software em seus Journals que fará a varredura para encontrar papers com blocos idênticos ou parafraseada de textos que aparecem em artigos já publicados. O movimento segue testes-piloto do programa de identificação de plágio que já confirmaram elevados níveis de plágio em artigos submetidos para algumas revistas, de acordo com uma pesquisa informal realizada pela Nature de nove editoras ciência. Incrivelmente, um Journal relatou rejeitar 23% das submissões aceitas após a verificação de plágio. Além disso, a reportagem afirma que o crescimento exponencial de doutorados na China está gerando um aumento substancial de plágio de artigos publicados no ocidente. (Pedro Correia, grato)

Fonte: Nature

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Acidentes aéreos e Retornos

O presente trabalho buscou investigar se uma estratégia de investimentos baseada em acidentes aéreos geraria retornos anormais. No primeiro momento, foi feito um estudo de eventos considerando todos os acidentes aéreos ocorridos no período de 1998 a 2009 e para isso, foram coletadas informações de todas as companhias aéreas e fabricantes, que possuíam ações negociadas nas bolsas de valores, à época do evento. Inicialmente, para identificar se havia retornos anormais, foram feitos testes de diferença de médias, buscando apurar se existiam diferenças entre os retornos normais das ações das companhias aéreas e fabricantes e os portfólios utilizados como referência. No segundo momento, foi utilizado o modelo de Campbel, Lo e Mackinlay (1997), para definição de retornos anormais, por meio de uma regressão linear entre o retorno dos títulos e o retorno do portfólio de mercado utilizado como benchmarkin. ; a partir daí, foi possível projetar os retornos futuros esperados para as ações das companhias aéreas e fabricantes e, compará-los aos resultados efetivamente obtidos na ocorrência do evento. A aplicação dos testes Z para significância e testes de diferença de médias, tanto para os retornos anormais médios, quanto para os retornos anormais médios acumulados, revelaram a presença de retornos anormais positivos nas ações das companhias aéreas e dos fabricantes de aeronaves, após a ocorrência de um acidente. O resultado obtido sugere que uma estratégica de investimentos baseada em acidentes aéreos seria viável e que retornos anormais poderiam ser obtidos no período imediatamente posterior um acidente aéreo.

ESTRATÉGIA DE INVESTIMENTOS BASEADA EM ACIDENTES AÉREOS: HÁ RETORNOS ANORMAIS? - Marcos Rosa Costa - Fucape

O resultado era razoavelmente esperado. Mas imaginar que alguém teria condições de fazer uma estratégia de investimento baseada em acidentes aéreos é estranho. Necessitaríamos saber, com antecedência, o evento.

Provisão na Espanha

A Espanha possui um sistema de provisão para as instituições bancárias que tem sido estudado no mundo. A idéia é aumentar a provisão nos momentos ruins e reduzi-la na crise. Alguns denominam de provisão dinâmica ou anticíclica.

Entretanto, parece que o sistema não funcionou adequadamente nos últimos anos. Talvez as regras possam ter suavizado a influência da crise, mas o problema de reforçar o capital continua. Apesar da experiência ruim, não seria o caso de continuar testando o sistema?

Mas o teste mais relevante diz respeito a confiança, independente do sistema ser dinâmico ou não. Se o mercado sentir confiança no sistema tradicional isto é o que importa.

Fuga de cientistas

O governo chinês está em busca de professores titulares americanos - pessoas com um história de pesquisa e uma capacidade comprovada para trabalhar num laboratório. E eles estão oferecendo subsídios de deslocação de 146.000 dólares, mais salários tão elevados quanto $ 250.000 por ano. O esforço da China é o último problema no que alguns especialistas veem como uma perda de uma década dos EUA para as nações estrangeiras (...)

A preocupação: No momento em que a ciência e a tecnologia estão se tornando cada vez mais fundamental para o progresso econômico, os EUA estão perdendo muitos de seus melhores e mais brilhantes cientistas. "O governo dos EUA está adormecido ao volante aqui", disse Vivek Wadhwa, professor adjunto da Universidade Duke's Pratt Escola de Engenharia e um associado de pesquisa sênior da Harvard Law School.

E não é evidente que os EUA é capaz de preencher o vácuo - pelo menos por agora. Os estudantes americanos parecem preferir carreiras nos negócios, direito ou medicina, e não em ciência, matemática ou engenharia.

Estatísticas confiáveis sobre o número de experientes cientistas e engenheiros estrangeiros voltando para casa são escassos. Mas um olhar sobre as mudanças na proporção de estudantes estrangeiros que se encontram de volta os EUA depois de ganhar seus doutorados é revelador. O percentual daqueles que ainda estavam em os EUA dois anos depois de receber o doutorado caiu de 71 por cento entre 2001 e 2003, para 66 por cento em 2005, de acordo com um estudo realizado por Michael Finn, no Oak Ridge Instituto de Ciência e Educação em Oak Ridge, Tenn As tendências indicam que a maior "Enquanto destinatários doutorado estrangeiros ficaram em números crescentes durante os anos 1980 e 1990, este já não parece ser o caso", disse Finn observou. (...)

Fonte: aqui (Tradução e Dica de Pedro Correia)

16 fevereiro 2011

Rir é o melhor remédio

Notas interessantes

Esperma

Observação sobre a funcionária

Câncer

Por que a edição especial da Sports Illustrated é importante para o mundo dos negócios?

Acabou da sair o número tão aguardado da revista Sports Illustrated. A capa é a seguinte:

A garota da capa chama-se Irina Shayk, jovem russa de 1,78 de altura e namorada de Cristiano Ronaldo.

Existem dois “sérios’ motivos para vincular a edição da revista com o mundo dos negócios.

Em primeiro lugar, o atual secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Hank Paulson, no seu livro de memórias, afirmou que as edições da revista fazem parte da sua vida:

Longas horas no escritório pode causar problemas em casa, e esse foi um período de grande estresse no meu casamento. Eu chegava em casa cansado demais (...) Às vezes eu me tranquei no banheiro com a Sports Illustrated para relaxar. (Fonte: aqui)

O segundo motivo é o indicador da capa da revista. Quando a modelo da capa é dos Estados Unidos, o comportamento da bolsa de valores daquele país é melhor do que quando a modelo é estrangeira. Em 2009 foi a modelo Bar Rafaeli, israelense, mas o retorno foi 26,46%, contrariando o índice. Em 2010, Brooklyn Decker, uma americana de Ohio na capa e o mercado aumentou 12,5%. A previsão para este ano é um mercado acionário em alta.

Teste 432

Um país sul americano condenou a Chevron pela poluição. Uma estimativa inicial aponta um passivo de 8,6 bilhões de dólares, mas o valor pode dobrar se a empresa não pedir desculpas publicamente. A empresa considerou a decisão ilegítima e acusou os juízes de corruptos. A Chevron entrou com uma ação contra uma série de pessoas, acusando de extorsão. Qual o país onde a justiça condenou a empresa? (Mais ainda, na sua opinião, deveria ser reconhecido como passivo?)

Para ajudar, é um dos três países listados a seguir: Bolívia, Equador e Venezuela

Resposta do anterior: Observe que 4,8 bilhões de visitas está relacionado com 315 milhões de dólares, o valor do Huffington Post. Ou seja, cada mil visitas por ano corresponde a US$65,625 de valor. Como o número de visitas do Contabilidade Financeira foi de 300 mil, o valor seria 65 x 300 = 19500, aproximadamente. (atenção: existe muita simplificação neste cálculo. Por exemplo, o mercado brasileiro é muito menor que o norte-americano)

Orçamento

Afinal, orçamento faz parte da área contábil? Sim. Apesar do nosso ensino não enfatizar como deve a questão da elaboração do orçamento nas empresas privadas, algumas pesquisas recentes mostram a importância do estudo deste instrumento contábil-financeiro.

Em “Uma Análise das Características da Aplicação do Orçamento Matricial como Uma Ferramenta Gerencial”, Antônio Souza, Neiva Caires, Amanda dos Santos e Ewerton de Souza, da UFMG e da Universidade Federal de Lavras, mostram, através de estudos de casos, o uso do orçamento como instrumento de controle e seus benefícios. Os autores destacam, no entanto, que pode ocorrer problemas no comportamento e de falta de integração entre os setores.

Já “O Processo Orçamentário e Criação de Reservas em uma Instituição Hospitalar”, de Sheila Muritiba e Andson de Aguiar (da Fucape) o foco é a questão comportamental. Em especial, a propensão dos gestores em criar reservas. Usando questionários, os autores notaram que os administradores submetem orçamentos com metas fáceis de serem alcançadas.

O estudo “A Assimetria da Informação na Elaboração do Orçamento”, de Juliano de Faria, Sonia Gomes, José Maria Dias Filho e Vandenir Silva, todos da UFBA, faz um estudo da produção científica sobre a questão da assimetria da informação na elaboração do orçamento. Os autores verificaram que o volume de publicações é baixo.

Balanço do Panamericano

Em balanço patrimonial do ano de 2010 divulgado na madrugada desta quarta-feira, a atual administração do banco Panamericano confirmou que o rombo total nas contas da entidade chegam à cifra de R$ 4,3 bilhões.

Inicialmente apuradas na ordem de R$ 2,5 bilhões, as perdas do banco foram revistas pela nova administração --com o auxílio de consultores externos-- que identificou irregularidades adicionais nas contas no valor de R$ 1,8 bilhão.

Segundo o balanço, o rombo total anunciado é a soma de: R$ 1,6 bilhão referente à carteira de crédito insubsistente; R$ 1,7 bilhão referente a passivos não registrados de operações de cessão liquidados/referenciados; R$ 500 milhões referentes à irregularidades na constituição de provisões para perdas de crédito; R$ 300 milhões referentes a ajustes de marcação a mercado; R$ 200 milhões referentes a outros ajustes.

O BTG Pactual e o Grupo Silvio Santos acertaram no último dia 31 de janeiro a venda do banco por R$ 450 milhões. O acordo também incluiu um empréstimo adicional pelo Fundo Garantidor de Créditos, entidade dirigida pelos bancos, de R$ 1,3 bilhão ao PanAmericano. Em novembro do ano passado, o fundo já havia emprestado R$ 2,5 bilhões. Os outros R$ 500 milhões foram tirados do próprio banco PanAmericano, de uma forma que o fundo ainda não explicou.

Em dezembro de 2009, a Caixa Econômica Federal havia adquirido 36,56% do capital total do banco por R$ 739,27 milhões. O restante das ações segue na Bolsa, com acionistas minoritários.

Reportagem da Folha publicada no último dia 3 aponta que a Caixa e o BTG Pactual ainda devem comprar R$ 14 bilhões em títulos e carteiras de crédito do banco para que ele possa funcionar em condições competitivas. A Caixa se comprometeu sozinha a colocar entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões no PanAmericano.

PanAmericano divulga balanço confirmando rombo de R$ 4,3 bilhões - Folha de S Paulo

Primeira entrevista de Madoff

Bernard L. Madoff concedeu a primeira entrevista ao New York Times (aqui, só para assinantes). Ele afirmou, segundo resumo do do próprio NYT que a família não sabia dos seus crimes.

O mais interessante é que Madoff afirmou que as instituições financeiras eram, de certa forma, cúmplices da sua fraude, uma mudança nas alegações anteriores.

Ao afirmar a cumplicidade de outros, o Sr. Madoff na entrevista apontou para a "cegueira deliberada" de muitos bancos e fundos de hedge que lidavam com o seu investimento de consultoria empresarial e sua incapacidade de analisar as discrepâncias entre os documentos oficiais e outras informações disponíveis para eles.

"Eles tinham que saber", disse Madoff. "Mas a atitude foi uma espécie de 'Se você está fazendo algo errado, não quero saber."

Petrobras

A Petrobras anunciou hoje uma nova descoberta de petróleo nos trabalhos de perfuração no pré-sal da Bacia de Santos
(fonte, aqui)

Até as 21 horas de ontem não existia nenhum fato relevante no sítio da CVM.

O gráfico mostra o comportamento da ação PN, nos últimos cinco dias. No dia 15, data do anúncio, ocorreu uma ligeira alta do mercado. É difícil dizer que existiu uma informação confidencial sendo usada.

Marcação a Mercado

Segundo o jornal Financial Times (Good books, bad books at the banks, Tracy Alloway, 15 de fev de 2011) o Fasb recuou na marcação a Mercado dos ativos financeiros. Um documento emitido em conjunto com o Iasb representa também mais um alento na convergência das normas entre as duas entidades.
Mais especificamente, o Fasb parece estar movendo na direção do modelo que o Iasb considera desde 2009. Analistas que foram ouvidos pelo jornal criticaram a proposta. Um deles chegou a afirmar que haverá duas carteiras de empréstimos, uma boa e outra ruim, em razão dos tratamentos diferentes e da subjetividade na contabilização.

De certa forma isto já tinha sido dito anteriormente pelo presidente do Iasb, num texto publicado no Valor Econômico (aqui uma reprodução)