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02 fevereiro 2011

Economistas influentes

A revista The Economist fez uma pesquisa para saber qual era o economista mais influente (Economics' most influential people, 1 fev 2011) na última década. Com sete votos, Ben Bernanke, presidente do Banco Central dos Estados Unidos e estudioso de crises econômicas. Keynes recebeu quatro votos. A seguir Jeff Sachs, Hyman Minsky e Paul Krugman com três e Adam Smith, Robert Lucas, Joseph Sitglitz, Friedrich Hayek e Alan Greenspan com dois votos. Outros 26 receberam um voto.

A questão seguinte era: qual economista teve a idéia mais importante no mundo após a crise? Com quatro votos, Raghuram Rajan. Robert Shiller e Kenneth Rogoff receberam três votos.

Contabilidade Pública

Uma reportagem do DCI (Nova Regra de Contabilidade cria Desafio ao Governo Dilma) sobre a contabilidade pública comenta a questão da implantação do regime de competência.

Faltam menos de um ano para adaptação e pouca coisa foi feita. O texto ouviu duas pessoas: um auditor e diretor da Crowe Horwath e o presidente do CRC-SP.

As novas normas serão encabeçadas pelo Sistema CFC/CRCs (formado pelo Conselho Federal de Contabilidade e pelos Conselhos regionais de Contabilidade) e pela Secretaria de Tesouro Nacional, obedecendo ao disposto na Portaria do Ministério da Fazenda número 184, de 25 de agosto de 2008.

Dois aspectos são considerados pelo texto: os novos governantes ainda não entenderam as implicações das normas e não existe pessoal suficiente para fazer o processo acontecer. O texto comete alguns erros, como chamar as normas de IFRS ou acreditar que somente pela adoção haverá mais transparência. Particularmente acredito não a relação entre regime de competência de transparência não é tão simples assim. (Ou seja, adotar competência não significa mais transparência. Pode ocorre o contrário, mas isto seria um tema para uma postagem específica)

01 fevereiro 2011

Rir é o melhor remédio



Comercial de barra de chocolate

Teste 421

Entre os doutores que atuam na pós-graduação em Contabilidade a maioria concluiram seu doutorado em Contabilidade (USP, principalmente). Três outras áreas também são relevantes na sua contribuição para os cursos de pós-graduação na área contábil: administração, economia e engenharia de produção. Você saberia colocar em ordem de docentes que atuam na pós-graduação de contabilidade estas três áreas?

Resposta do Anterior: JK Rowling, Harry Potter e a Pedra Filosofal. Rio de Janeiro: Rocco, p.89, 2000. (Na primeira versão da postagem coloquei "a autora". Por exclusão seria JK Rowling.

Por que existem empresas?

Uma análise da história econômica mostra que o predomínio das empresas é algo recente. Quando Pacioli ensinou as partidas dobradas existiam ainda poucas empresas da forma como conhecemos hoje.

No século passado tentou-se uma alternativa, através do planejamento central, realizado pelos burocratas. O fracasso do império russo mostrou a dificuldade de encontrar uma opção para que possamos viver num mundo sem "Google, Vale ou Bradesco". As pessoas consomem os produtos das empresas e uma grande parcela trabalha para elas.

A pergunta desta postagem é muito importante para a teoria econômica e também para a contabilidade. A principal resposta foi dada em 1932, por um jovem economista de 21 anos (e que celebrou cem anos em 29 de dezembro de 2010): Ronald Coase. A palestra que Coase pronunciou naquele ano não teve muita repercussão. Posteriormente ele escreveu um artigo, também sem grande impacto. Somente em 1991 Coase foi reconhecido com o prêmio Nobel de Economia.

A resposta de Coase para a pergunta é muito simples e pode parecer um tanto quanto óbvia:

Os custos de realizar certas transações no mercado podem ser altos. Estes custos, denominados custos de transação, podem ser reduzidos por meio de um contrato de longo prazo realizado pela empresa.


Para ler mais:
Why do firms exist? The Economist, 16 dec 2010.

Auditoria

O termo Auditoria diz respeito ao exame das atividades financeiras e econômicas de uma entidade. Apesar do termo geralmente estar relacionado com a contabilidade, é comum empregar o termo para outras situações. Deste modo, toda ocasião que se deseja verificar a validade e a confiabilidade de algo, pode-se utilizar o termo auditoria. É interessante notar que a origem da palavra está associada com o profissional, o auditor. O termo tem sua origem associada a ouvinte.

Curiosidade Matemática

Recebi o seguinte e-mail de Denise:

Este ano vamos experimentar quatro datas incomum .... 1/1/11, 1/11/11, 11/1/11, 11/11/11 e Tem mais!!! Agora vão descobrir, pegue os últimos 2 dígitos do ano em que nasceu mais a idade que você vai ter este ano e será igual a 111 para todos! ALGUEM EXPLICA O QUE EH ISSO ????..

Minha resposta:

Sendo y = dois últimos dígitos do ano que você nasceu. Supondo que você nasceu no século passado, então você necessariamente nasceu em (1900 + y). A sua idade é dada por (2011 - ano que você nasceu) ou (2011 - 1900 - y)

O texto diz: "pegue os últimos 2 dígitos do ano em que nasceu mais a idade que você vai ter este ano e será igual a 111 para todos!"

Ou seja
y + (2011 - 1900 - y)
Como "y" se anula temos
2011 - 1900 = 111

Melhor universidade

Temos, em Brasília, algumas brincadeiras com os nascidos em Goiás. Uma delas diz que a melhor universidade do Brasil é a UFG (Universidade Federal de Goiás), pois consegue formar goiano. Mas pelo último exame do MEC a melhor universidade do Brasil foi realmente a UFG, com nota 4,57. Parabéns aos professores daquela instituição, que possui um curso de graduação relativamente novo (Ércilio, Moisés e Camila, entre outros).

Eis os sete melhores cursos e o número de estudantes que fizeram o teste:

1. UFG (63 alunos)
2. Universidade de Brasília (209)
3. Universidade Federal de São João Del Rey (80)
4. Fucape (13)
5. Universidade Federal de Santa Catarina (301)
6. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (171)
7. Universidade Federal de Viçosa (57)

O número de alunos que fizeram o exame é uma variável importante em razão da média ser influenciada pelos extremos. (vide aqui e aqui um teste neste blog sobre este assunto)

Contabilidade do Crime

Os cadernos do tráfico dão indícios de que os traficantes conviviam com policiais sem a necessidade de troca de tiros, colocando “sócios de farda” na folha de pagamento do crime organizado. As anotações revelam o preço da impunidade: R$ 259.715 em 307 dias, divididos entre “arrego” e “liberdade”.

O “arrego”, propina para a polícia evitar batidas e apreensões, custou R$ 153.150 aos cofres do tráfico. A “liberdade”, taxa para que um traficante detido seja solto antes de ser levado à delegacia, chegou a R$ 106.565.

O “arrego” custava até R$ 13.150 por fim de semana, em pagamentos feitos de sexta a domingo, e funcionava como uma espécie de “seguro-traficante”, para evitar prejuízos com apreensões.

Quando um policial furava o esquema, ele poderia cair em outra teia de corrupção, recebendo pela “liberdade” do bandido. Enquanto um representante buscava o dinheiro, o traficante aguardava para ser solto no banco de trás da viatura.
(Tráfico pagava mais de R$ 13 mil por fim de semana para policiais - Extra - Herculano Barreto Filho -30 jan 2011)

Brasil e Portugal

O gráfico mostra a quantidade de vezes que a palavra Portugal e Brazil aparecem nos livros da biblioteca digital do Google (aqui). No início do século XIX, Portugal era mais relevante para as obras publicadas em língua inglesa. A partir do início do século XX ocorre uma inversão, com a perda de prestígio de Portugal e o aumento da relevância do Brasil, que atinge o máximo durante a segunda guerra. E está caindo nos últimos anos.

Panamericano

O BTG Pactual vai pagar R$ 450 milhões pela participação do empresário Silvio Santos no banco Panamericano. Além disso, já está acertado que a Caixa Econômica Federal (que tem 49% do capital do banco) e o próprio BTG vão garantir linhas de financiamento para que o banco continue funcionando.

Pessoas que participam da operação afirmam que Silvio sairá livre de dívidas e com seus ativos liberados.

BTG pagará R$ 450 mi pela participação de Silvio Santos no Panamericano - Leandro Modé e David Friedlander, de O Estado de S. Paulo

Aparentemente foi um bom negócio para Sílvio Santos, que salvou algum dinheiro. Para o sistema financeiro, a saída de Santos é boa.

Colaboração entre os cientistas


Fonte: aqui e aqui(Dica de Pedro Correia, grato)