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20 agosto 2010

CVM, Petrobrás e Transparência

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) irá avaliar a operação de cessão onerosa de 5 bilhões de barris de petróleo do pré-sal da União para a Petrobras, afirmou hoje a presidente da autarquia, Maria Helena Santana. A análise será feita como uma operação entre partes relacionadas, já que o governo é o principal acionista da companhia. "Esse será certamente um tema muito observado por nós", disse.

No processo de análise, a CVM não irá verificar o preço do barril da cessão onerosa em si, mas se a Petrobras cumpriu o dever fiduciário na operação, ou seja, se o processo foi conduzido de forma transparente e equitativa. Ela citou como modelo de avaliação os negócios de incorporação entre empresas do mesmo grupo. "Nesse caso também se trata de uma operação entre partes relacionadas", comparou.

O preço do barril no processo de cessão onerosa definirá o valor total do processo de capitalização da estatal. A União pretende adquirir ações na oferta pública pagando com títulos públicos, que voltarão aos cofres do Estado como pagamento pelas áreas que serão cedidas para a Petrobras explorar no pré-sal.

Para Maria Helena, é normal que, em qualquer País que possua uma empresa do porte da Petrobras, uma operação como a planejada pela estatal traga impactos grandes ao mercado e que a busca por notícias relacionadas ao negócio seja grande. A presidente da CVM avaliou, porém, que o risco de diluição aos minoritários na capitalização - que será maior ou menor dependendo do valor do barril definido na cessão onerosa - é inerente a qualquer oferta pública de ações. Maria Helena participou hoje de seminário promovido pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).


CVM avaliará transparência da operação da Petrobras
Por Vinícius Pinheiro

Visão e Fome

Uma pesquisa mostrou que a visão exerce um papel importante na nossa fome. Pesquisadores convidaram pessoas para um almoço em Berlim. Num primeiro momento, o restaurante estava escuro e os participantes foram servidos por garçons capazes de trabalhar no escuro. Para um grupo, foi servida uma porção normal; para outro, uma porção maior. Depois da refeição, as luzes foram ligadas e oferecidas sobremesas para os participantes.

A mesma pesquisa foi realizada alguns dias mais tarde, com as luzes ligadas. O experimento contou com tipos distintos de porções. Ao final, foram oferecidas sobremesas. Para o primeiro grupo, o tamanho da refeição não teve efeito sobre a saciedade.

Mais, aqui

Logos criativos

Abaixo, logotipos criativos. Muito interessante o da Ioga na Austrália, onde o mapa do país é formado com a posição da praticante. Fonte, aqui




19 agosto 2010

Lula homenageado

O presidente Lula foi homenageado pelo Conselho Federal de Contabilidade. Dizem que falou coisas interessantes, como associar o contador a um profissional cujo objetivo é pagar menos imposto ou que a melhor faculdade de contabilidade é a do Trevisan (seu amigo). Até agora, quando posto esta notícia, nenhuma informação no endereço do Conselho. Também nenhum vídeo com estas informações.

Rir é o melhor remédio



Adaptado daqui

Teste #331

Qual o periódico de contabilidade mais relevante do mundo, em termos de fator de impacto?

Accounting Horizons
Accounting Review
Journal of Accounting and Economics

Resposta do Anterior: Dell. Fonte: Corporate News: Michael Dell Faced Protest, Joann S. Lublin & Don Clark - 18 Ago 2010 - The Wall Street Journal

Finanças pessoais

Você é do tipo que sai gastando, mas depois tem dificuldade de lembrar com o quê? Embora não seja o único a agir assim – pesquisa recente feita pela Visa revelou que os brasileiros não sabem onde vão 26% dos gastos semanais com dinheiro –, é preciso ficar atento para evitar que pequenos descontroles se acumulem e comprometam o orçamento.

Para a psicanalista e coordenadora de programas de educação financeira Márcia Tolotti, um passo importante para ter maior controle sobre o dinheiro é anotar as despesas. A especialista sugere que todos os pagamentos feitos sejam contabilizados diariamente em um bloco. Ao fim do mês, basta organizar esses valores por segmentos – alimentação, saúde, vestuário, transporte, lazer, entre outros – nos quais se gastou.

– É uma medida educativa, com o objetivo de saber para onde vai o dinheiro e quanto foi gasto – afirma.

Economista e também especialista em finanças pessoais, Everton Lopes concorda. Uma pessoa que “não tem controle financeiro consistente” precisa verificar no que está gastando, pelo menos uma vez por semana. Além do planejamento, o chamado consumo consciente – “comprar o que se precisa e quando se precisa, e não só porque está em promoção” – também é importante.

– Administrar as finanças pessoais não depende do quanto você ganha no final de cada mês, e sim, de como você administra o que entra e o que sai do seu bolso – completa.

Ainda que o cartão de crédito surja como um dos grandes vilões do desequilíbrio, o meio de pagamento não é, necessariamente, instrumento de controle ou descontrole financeiro.

Márcia, que segue sua própria cartilha e anota todos os gastos, ressalta que para quem tem o hábito de controlar despesas, o cartão pode ser uma boa ferramenta. Contudo, sem disciplina, a fatura pode se tornar uma “longa prestação”.

– O crédito facilitado e a falta do cálculo do impacto da prestação podem fazer com que as pessoas acabem se perdendo nesse tipo de despesa – completa Lopes.

Para o diretor executivo de Produtos da Visa do Brasil, Percival Jatobá, o investimento na educação financeira faz com que os meios de pagamento eletrônicos – caso do cartão de crédito – não provoquem descompasso nos gastos.

Há cerca de cinco anos, a empresa montou o projeto de finanças práticas, criando um site para auxiliar os clientes na elaboração do orçamento. Foi fruto desse trabalho a pesquisa realizada em 12 países, com 12 mil pessoas entrevistadas, apontando que os consumidores brasileiros não lembram como gastaram, em média, o equivalente a US$ 23 em dinheiro por semana. A proposta é repetir o estudo anualmente.


Anotar é arma de controle
GISELE LOEBLEIN - Diario Catarinense 18 ago 2010

XBRL

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) realizou na manhã desta quarta-feira, dia 18, em parceria com o Laboratório de Tecnologia e Sistemas de Informação (TECSI) da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP), o 6º Workshop Internacional de XBRL. Participaram do evento cerca de 200 pessoas, público formado por presidentes e diretores dos Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs), conselheiros do CFC, representantes de entidades da classe contábil e servidores de órgãos públicos com interesse na aplicação e na disseminação da ferramenta.

O XBRL - Extensible Business Reporting Language é uma linguagem padronizada utilizada para relatórios financeiros, que oferece vantagens como a diminuição de custos; maior eficiência, exatidão e confiabilidade; e diminuição de riscos e necessidade de redigitação.

Na abertura do Workshop, o presidente do CFC, Juarez Dominguez Carneiro, destacou os principais objetivos do evento, que são buscar uma sintonia com as principais lideranças contábeis e demais agentes envolvidos no processo, sobre o andamento dos trabalhos, e divulgar informações sobre o mecanismo, já que o Brasil recebeu em fevereiro deste ano a validação para utilizar a taxonomia XBRL.

Juarez Carneiro também destacou que esta foi a primeira vez que o evento foi realizado, em Brasília, em parceria do TECSI com o CFC. As cinco edições anteriores do Workshop ocorreram em São Paulo.

Com a adesão do Conselho Federal de Contabilidade ao trabalho iniciado pelo TECSI, ações conjuntas vêm sendo desenvolvidas nos últimos anos, visando à implementação da taxonomia brasileira e à criação da jurisdição do XBRL no País. De acordo com o presidente do CFC, serão realizados eventos nos Conselhos Regionais de Contabilidade para a ampla disseminação dessa tecnologia.

Programação
A programação do 6º Workshop de XBRL contou com três painéis. O primeiro, com o tema "XRBL histórico, importância e realidade brasileira", teve palestras feitas por Edson Luiz Riccio e Paulo Roberto da Silva, membros do Comitê Estratégico do XBRL-Brasil.

No segundo painel - "A visão internacional", as abordagens foram feitas por Nelson Carvalho, diretor do XBRL Internacional e membro do Comitê Estratégico do XBRL-Brasil, e por Anthony Fragnito, executivo-chefe do XBRL Internacional.

Com o tema "XBRL: Uma visão governamental", o terceiro painel contou com explanações de Maria Betânia Gonçalves Xavier, coordenadora-geral de Sistemas e Tecnologia de Informação (Cosis) da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), e de Homero Rutkowski, membro do Comitê Estratégico do XBRL-Brasil.

6º Workshop Internacional de XBRL é realizado no CFC
Comunicação CFC

18 agosto 2010

Cerveja



O gráfico mostra o consumo de cerveja no mundo. Atualmente o país que mais consome o produto é a China. O Brasil é um grande consumidor.

Quando usa o dado por pessoa (entre parênteses), a Alemanha confirma a fama de grande consumidora de cerveja: quase o dobro do consumo do brasileiro.

Fonte: aqui

Rir é o melhor remédio



Bilhete premiado

Teste #330

Esta empresa da área de informática concordou em pagar ao órgão fiscalizador do mercado de capitais do seu país $100 milhões de dólares por manipulação contábil no período de 2002 a 2006:

Dell
Intel
Sony

Resposta do Anterior: o maior lucro da história. Fonte: Estatal tem o maior lucro da história. Estado de São Paulo, 17 de ago de 2010.

Correlação

"são bom preditores dos retornos realizados e das taxas de crescimento dos dividendos realizados, com R2 entre 8,2% a 8,9% para retornos e 13,9% a 31,6% para taxas de crescimentos de dividendos"

Binbergen e Koijen. Predictive Regressions. Journal of Finance, aug 2010, p. 1439

É interessante notar que algumas pessoas acham um R2 abaixo de 0,5 reduzido.

Leasing


O Iasb e o Fasb lançaram uma proposta para mudança na contabilidade do leasing. Atualmente para contabilizar leasing é necessário classificar em operacional e financeiro. Sendo financeiro, as empresas não reconhecem a operação no balanço, melhorando os índices de alavancagem e reduzindo o passivo.

As condições para que uma operação de leasing seja classificada em financeira (ou operacional) são controversas. No livro de Teoria da Contabilidade, de Niyama e Silva, apresentamos no seu capítulo dez figuras esquemáticas sobre o assunto.

A proposta do Iasb e do Fasb acaba com esta distinção. A operação de leasing deverá ser reconhecida no balanço. Isto provavelmente terá impactos sobre as empresas aéreas, os bancos, alguns tipos de varejo, ferrovias, entre outras. A estimativa do Iasb é que 640 bilhões de dólares não aparecem no balanço. Ao promover o reconhecimento do leasing financeiro, o Iasb e o Fasb estarão simplificando esta contabilidade. O Iasb imagina que isto não irá afetar as operações de leasing, ao contrário do que acredita o setor, que sempre resistiu a esta mudança.

O assunto é polêmico. Na fase do discussion paper, preliminar a esta, recebeu mais de 300 comentários. Mas o tempo de discussão é curto, encerrando em 15 de dezembro deste ano. Provavelmente em meados do ano de 2011 deveremos ter uma nova norma sobre o assunto, se não houver atrasos.

Apesar da proposta não afetar alguns tipos de operações, como o leasing de ativos biológicos, a proposta simplifica também as operações de curto prazo, que passam a ignorar os juros incorridos na operação.

Mais sobre o assunto:
Proposal Would Require Most Leases to Appear on the Balance Sheet – Journal of Accountancy, 17 de ago de 2010

IASB and US FASB publish proposals to improve the financial reporting of leases, Sítio do Iasb, 17 de ago de 2010

Foto: Turpin

Mercado eficiente


a economista Mia de Kuijper, PhD por Harvard, CEO da consultoria Kuijper Global Partners e diretora da Duisenberg School of Finance, de Amsterdã, demonstra que, sim, a informação perfeita (ou quase isso) existe, igualzinha à de que fala a teoria [mercados eficientes]. Mas, eis o detalhe meio para o herético: ela convive muito bem, e na realidade, com grandes lucros de empresas tão competitivas que lideram sua cadeia de negócios como monarcas absolutistas: determinam a distribuição de riscos e de investimentos, entre afagos e repreensões aos coadjuvantes.


(Fonte: Valor Econômico, via Vladmir Almeida)

Isto contradiz claramente o trabalho de Grossman e Stiglitz, publicado na American Economic Review, em 1980. Este autores mostraram que a eficiência de mercado é impossível exatamente por causa da impossibilidade da informação sem custo. Ou Grossman e Stiglitz estão errados no seu modelo ou Kuijper descobriu uma contraprova. Prefiro acreditar em Grossman e Stiglitz.

Foto: Nick Turpin

A história da economia


A figura (fonte, aqui, publicado na The Economist) mostra a história da economia nos últimos dois mil anos. Foram compilados por Angus Maddison.

É possível perceber que China e Índia dominavam a economia mundial até 1820, quando a Revolução Industrial aumentou a participação dos EUA e da Inglaterra. Uma razão para este domínio: a grande população, que até 200 anos era o fator dominante para a produção econômica.

17 agosto 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Teste #329

A divulgação dos resultados trimestrais da Petrobrás chamou a atenção para um fato interessante:

a concentração da sua dívida com o Bradesco
a grande participação de acionistas chineses no capital da empresa
o maior lucro da história de uma empresa de capital aberto, de R$16 bilhões

Resposta do anterior: a contabilidade era feita manualmente. Fonte: Polícia e TCE analisam documentos, Zero Hora, 12 de Agosto de 2010

Links

Fasb e leasing

CVM investiga transação com ações da TAM antes do acordo e aqui

Auditoria interna no Brasil

Identifiquei uma fraude. E agora?

Parecer da PwC maculado

Linguas mais faladas

1. Mandarim – 846 milhões de pessoas
2. Espanhol – 329 milhões
3. Inglês – 328 milhões
4. Hindu/Urdu – 242,6 milhões
5. Árabe – 221 milhões
6. Bengali – 181 milhões
7. Português – 178 milhões
8. Russo – 144 milhões
9. Japonês – 122 milhões
10. Alemão – 90,3 milhões

Fonte: aqui

Iasb

Em entrevista ao jornal inglês The Financial Times Greatest challenge in last days at top, Rachel Sanderson & Adam Jones, 16 ago 2010), o atual presidente do Iasb faz alguns comentários sobre o futuro próximo. Sir David Tweedie deve-se aposentar em junho de 2011 e é uma das figuras mais controversas no mercado internacional. Para Tweedie, a batalha mais pesada diz respeito a relação entre os bancos e a crise financeira.

Tweedie minimiza o não cumprimento do prazo pelo Iasb e o Fasb em convergir as normas contábeis em junho de 2011 e afirma que já sabia da possibilidade do atraso. Na entrevista também comenta da possibilidade de maior poder as economias emergentes e no foco dos estudos nas regras de contabilidade das economias emergentes, como indústria extrativa, agricultura, transação em moeda estrangeira, incluindo a “contabilidade do valor da borracha”.

Em outro texto, Hunt for IASB head hits hurdle (Rachel Sanderson & Nikki Tait , Financial Times 16 de agosto de 2010), o jornal inglês comenta sobre a sucessão de Tweedie. O sucessor, cujo anuncio do nome deveria ocorrer em julho, está sendo escolhido em conjunto com uma empresa de headhunters, a Spencer Stuart. Dois candidatos parecem destacar. A comunidade européia gostaria de Michel Barnier. Algumas pessoas próximas a Tweedie falam em Ian Mackintosh, da Inglaterra. Nomes europeus.