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09 agosto 2010

Fora do Balanço

Por decisão do Banco Central (BC), os bancos pequenos e médios brasileiros vão continuar a manter bilhões de reais em ativos fora dos seus balanços individuais, ao menos até 2012. Levantamento feito pelo Valor com oito bancos que costumam ceder carteiras de crédito - Panamericano, BMG, Cruzeiro do Sul, Mercantil do Brasil, Rural, Paraná Banco, Bonsucesso e Matone - verificou um estoque de R$ 18,4 bilhões em empréstimos que só apareceram nas notas explicativas dos balanços individuais de 2009. Isso equivalia a 40% do total de crédito desses bancos no fim do ano passado.
Na semana passada, o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu adiar, pela terceira vez, agora para 2012, a adoção de uma nova regra contábil que traria de volta para os balanços esses ativos, na maioria crédito consignado e financiamento de veículos cedidos a outros bancos e a fundos de recebíveis (FIDCs). As instituições menores vendem essas carteiras para antecipar receita, captar recursos para novos empréstimos e reduzir sua alavancagem. O adiamento representou um alívio para a liquidez do setor.

Especialistas em contabilidade e analistas de risco criticaram a decisão do CMN, que foi orientado pelo Banco Central. "O balanço deveria mostrar os riscos que existem numa entidade. Ao se fazer a antecipação da receita (no momento da cessão), há uma distorção nos números reais. Por isso, essa postergação de entrada em vigor da nova norma não é bem-vinda". afirma Rafael Guedes, diretor-executivo da agência de classificação de risco Fitch Ratings no Brasil.

O ex-diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e professor de contabilidade Eliseu Martins disse lamentar a decisão. "Esse é uma assunto bastante relevante e delicado e que já causou problemas sérios no mundo. Pela não adoção de boas regras como essa, descobriu-se que o Lehman Brothers apresentou um balanço não tão próximo da realidade", afirma.

No Brasil, os bancos de capital aberto ficam no meio termo e mantêm os ativos vendidos para fundos de recebíveis quando divulgam o balanço consolidado.
Pelo que o Valor apurou, ao contrário do que ocorreu nos adiamentos anteriores, que tiveram como motivo a crise, não teria havido unanimidade sobre essa última decisão de prorrogação nem mesmo dentro do BC.

Segundo um ex-diretor do Banco Central que preferiu não identificar, é normal que os técnicos defendam o que eles consideram correto do ponto de vista teórico. Mas ele diz que a diretoria do BC precisa ter uma análise mais abrangente da situação, avaliando as implicações econômicas das suas decisões.

Conforme a percepção de especialistas do mercado, o adiamento pode estar ligado a uma preocupação com a redução dos lucros dos bancos, uma vez que a receita de venda da carteira não seria reconhecida antecipadamente. Segundo Ceres Lisboa, analista de bancos da Moody's, a nova regra deve levar os índices de retorno sobre patrimônio dos bancos médios a cair de uma faixa entre 20% a 30% para cerca de 12% ou 13% nos primeiros anos. "Adiar a mudança não dá uma solução definitiva. Vou continuar questionando por mais um ano a capacidade desses bancos para rodar essa máquina", diz ela.

Outro impacto seria uma redução dos índices de Basileia, o que poderia provocar uma corrida das instituições por capital, o que também poderia não ser desejável nesse momento, segundo o ex-diretor do Banco Central.

Com as regras vigentes, os bancos que vendem carteiras reconhecem toda a receita da operação, assim como os custos de comissão, no momento inicial. Ao sair do balanço do banco cedente, a carteira de crédito vai para o balanço do banco comprador.

A questão é que boa parte dessas operações é feita "com coobrigação", o que significa que o banco vendedor se mantém responsável pela inadimplência da carteira, ou seja, continua a correr o risco. A instituição costuma repor créditos atrasados e pode até mesmo ter que recompor o principal.

Com as novas regras, o reconhecimento da receita seria feito ao longo do prazo do empréstimo, e a carteira seguiria dentro do ativo do banco vendedor, sob o argumento de que ele mantém a maior parte dos riscos e benefícios ligados ao crédito.

Após o voto do CMN, a justificativa dada pelo Banco Central para o novo adiamento foi a existência de estudos dentro do Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb) para rever essa regra até 2011. Nesse sentido, seria conveniente esperar a decisão final do Iasb para fazer a mudança aqui no Brasil, ainda que seja certo que o BC tem total autonomia para adotar ou não a regra decidida no exterior.

Com a crise global, o Iasb decidiu reavaliar diversas regras sobre instrumentos financeiros, inclusive essa. Uma das possibilidades em estudo seria usar o conceito válido atualmente no Brasil. Para especialistas ouvidos pelo Valor, é difícil imaginar que o Iasb reveja a regra atual, já que o preceito base do IFRS é que a essência deve prevalecer sobre a forma.


Bancos médios deixam bilhões fora dos balanços - 5 de agosto de 2010 - Valor Economico (SP) (via Corecon) - Fernando Torres, de São Paulo

Rir é o melhor remédio





Propagandas criativas

Links

Iasb criou um órgão para implantar as normas em pequenas empresas

As bombas atômicas explodidas entre '1945 a 1998: gráfico


Elevada correlação entre o Euro e investimento no Brasil

Um português: verificador ortográfico

Teste #325

A crítica que se fez ao papel do BNDES na economia brasileira revelou que os contribuintes, através do Tesouro, repassaram um grande volume de recursos para aquele banco. Qual seria este valor repassado em 2009?

80 bilhões de reais
100 bilhões de reais
150 bilhões de reais


Resposta do Anterior: c. Vide aqui, um verbete sobre uma das empresas de Tiburcio, e aqui, um texto sobre a vida do ilustre Tiburcio

HP

SÃO FRANCISCO. Jodie Fisher, a ex-funcionária terceirizada da Hewlett-Packard, que acusou o então diretor-executivo Mark Hurd de assédio sexual, afirmou ontem que fez um acordo com ele para encerrar o caso. A mulher, que também é atriz e cuja identidade foi tornada pública ontem, disse estar surpresa e triste com a demissão de Hurd, uma vez que sua intenção não era fazer com que ele perdesse o emprego.

Hurd, de 53 anos, anunciou sua demissão na sexta-feira. O executivo teria falsificado relatórios de gastos da empresa para ocultar o caso com Jodie, de 50 anos. Ao ser demitido da HP, o executivo recebeu uma indenização de US$28 milhões.

O acordo para encerrar as investigações teria sido negociado na quinta-feira, um dia antes da renúncia de Hurd, e não envolveria a empresa. Jodie não deu detalhes sobre o caso ou o acordo, cujo valor não foi revelado. Ela afirmou apenas que não manteve relações sexuais com o Hurd confirmando a versão do executivo.

A diretora-executiva interina da HP, Cathie Lesjak, defendeu ontem a decisão da empresa de demitir Hurd. Ela afirmou que os investidores e grandes clientes da empresa têm demonstrado forte apoio a HP.


Assédio sexual na HP: ex-diretor obtém acordo - 9 Ago 2010 - O Globo

Sobre Jodie, aqui e aqui

08 agosto 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Marca

A onda de fusões e aquisições de empresas no Brasil está tendo um efeito perverso: marcas que fizeram parte do cotidiano dos brasileiros por décadas estão com os dias contados. O Unibanco, que se uniu ao Itaú, vai desaparecer das ruas até novembro. O Banco Real, do Grupo Santander, não chega ao fim de 2011, assim como as Sendas, que começaram a ser substituídas por Extra semana passada num investimento de R$10 milhões.

A tendência, segundo especialistas, é que mais marcas desapareçam em breve. Na lista, nomes como Vivo, Embratel e Ponto Frio podem ter seu futuro contado apenas nos livros de marketing e na memória dos consumidores. Levantamento feito pelo GLOBO mostra que, das 250 maiores empresas em 2000, 17 nomes viraram pó, como Vasp, Gradiente, Rio Sul Linhas Aéreas e Sé Supermercados, adquirida pelo Pão de Açúcar.

Em geral, uma marca é aposentada de forma gradual, dizem publicitários. Isso é feito para que a companhia tenha tempo de transferir valores e manter a ligação emocional com os consumidores. Pesquisas indicam que após uma fusão ou aquisição só uma marca sobrevive — caso da Brasil Telecom (BrT), comprada pela Oi (ex-Telemar), em 2009. Em São Paulo, a rede de academias Fórmula passará a se chamar A! Body Tech.

Vivo vai virar Movistar e Embratel pode ser apenas 21

De acordo com estudo da consultoria Brand Finance, as 100 marcas mais valiosas do Brasil valem hoje R$273,2 bilhões. O número, embalado pelo crescimento da economia, é 22,3% maior em relação a 2009. Se somar o valor das marcas BrT, Unibanco e Real, haverá uma perda de R$9 bilhões.

— Com a forte competição, não há como administrar dois custos e duas estratégias. Sai muito caro. Não compensa. Por isso, as marcas estão acabando, apesar de terem seu valor — explica o publicitário Armando Strozemberg, presidente da Euro RSCG Contemporânea.

No setor de telefonia, muitas mudanças à vista. Com a compra da parte da Portugal Telecom (PT) na Vivo por 7,5 bilhões, a Telefónica, que passa a controlar sozinha a empresa, vai mudar o nome da Vivo para Movistar, segundo uma fonte na companhia. Apesar de ainda não estar nada decidido, diz a Telefónica, há quem garanta que a alteração será feita em até dois anos.

— Haverá alinhamento internacional, como já ocorre em toda a América do Sul. A marca Vivo é muito forte, mas a Telesp Celular e a Tele Sul também eram. Quando a Vivo foi lançada, em 2003, a ação de marketing foi tão intensa que em um mês o consumidor já reconhecia a marca — diz uma fonte envolvida na negociação.

Caso semelhante é o da Embratel, que está em processo de fusão com a Claro desde janeiro. De acordo com um outro executivo, há um grupo de estudo na companhia avaliando o fim da marca. Já é certo, por exemplo, o fim de nomes como o provedor Click 21. Oficialmente, a companhia não comenta.

— Mas é uma das hipóteses. O forte da companhia é o selo “21”. Esse é o patrimônio — revelou um executivo.

No varejo, as mudanças ainda estão em fase inicial. A carioca Sendas irá acabar no fim de 2011, e se juntará a nomes como Casas da Banha, Boulevard, Super Box e Paes Mendonça. A substituição da marca Sendas pela Extra Supermercado vai atingir 29 endereços até o fim deste ano. Em São Paulo, serão outros R$10 milhões para transformar o Compre Bem também em Extra.

— Essa é uma resposta à demanda do consumidor, que sabe que a marca não se modernizou. Com a mudança de Sendas para Extra Supermercado, esperamos um aumento de 30% no faturamento, pois vamos aumentar o sortimento de produtos — afirmou José Roberto Tambasco, vice-presidente executivo do Grupo Pão de Açúcar.

Gilson Nunes, presidente da Brand Finance, lembra que o Pão de Açúcar, que se associou a Casas Bahia, terá de fazer um reposicionamento do Ponto Frio, que perdeu 22% de seu valor de mercado em um ano:

— As empresas querem liderança. Por isso, acabam com uma das marcas. O processo tem de ser gradual, para não frustrar o consumidor.

Fabio Fernandes, presidente da agência F/Nazca, diz que a escolha é sempre do consumidor. Adilson Xavier, da Giovanni+Draftfcb, lembra o fim da marca DirecTV e a transformação em Sky, em 2007.

— Primeiro juntamos as duas em um nome só. Ficou Sky DirecTV por algum tempo. Depois transferimos o valor da DirecTV para Sky. Percebemos em pesquisas que o nome Sky era mais fácil de absorver — diz Xavier.

O próximo setor na lista é o de postos de gasolina. Isso porque a Cosan, que tem o direito de uso da marca Esso, assinou acordo de intenção de união com a Shell. Por isso, dizem fontes, uma das marcas pode sumir. Segundo as companhias, só haverá alguma decisão mês que vem. Especialistas lembram que o Grupo Ultra, dono da Texaco e da Ipiranga, também poderá fazer alguma mudança.


Marcas famosas vão ficar só na lembrança - 8 Ago 2010 - O Globo - Bruno Rosa

06 agosto 2010

Teste #324

Quem foi Tiburcio Parrot?

a) um papagaio famoso das histórias de pirata
b) um militar australiano, que lutou contra os Boers
c) um mexicano, empresário de mineração na Califórnia

Resposta do anterior: todas as alternativas. Fonte: aqui

Rir é o melhor remédio



Fonte: aqui

IFRS em PMEs

Padrão internacional de contabilidade vai beneficiar micro e pequenas empresas - via Gestão Financeira

O padrão internacional de normas contábeis que as companhias brasileiras terão que adotar neste ano vai beneficiar as micro e pequenas empresas, na avaliação do vice-presidente da área técnica do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Nelson Mitimasa. A padronização das normas, além de dar maior transparência à movimentação das empresas, poderá ser facilmente entendida pelos investidores. A mudança, segundo Mitimasa, pode representar mais facilidade na obtenção de crédito e atração de investimentos.

“O capital hoje não está mais restrito às grandes companhias. Com a globalização, as micro e pequenas empresas também se tornaram alvo de interesse. Mas para o investidor é fundamental saber que as demonstrações contábeis refletem a posição real da empresa, como capacidade de geração de caixa [1] para honrar os compromissos assumidos”, afirmou o vice-presidente da área técnica do CFC.

Adotadas pelo Brasil em janeiro deste ano, as Normas Internacionais de Contabilidade (International Reporting Standards -IRFS) são utilizadas em cerca de 110 países e alcançam perto de 100 milhões de empresas.

O novo padrão contábil é o tema do Seminário IFRS para as Micro e Pequenas Empresas, promovido pelo Conselho Federal de Contabilidade, que tem entre os parceiros o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Sebrae. O encontro, que começou na segunda-feira (2) e terminou na quarta-feira (4), reuniu no auditório do BNDES mais de 650 profissionais de todo o país. A proposta é formar multiplicadores para repassar o conhecimento nos estados.

No Brasil, onde 99% das empresas são micro e pequenas, esse seminário é particularmente importante para que os contabilistas possam preparar os empresários para adoção das novas normas. A proposta do IRFS é transformar as diversas práticas contábeis em uma linguagem reconhecida no mundo todo. Todo o conteúdo do seminário estará disponível na próxima semana no site do Conselho Federal de Contabilidade.


[1] As demonstrações contábeis não respondem a isto. Quanto se fala na capacidade de geração de caixa é importante notar que isto não é a DFC, que refere-se ao passado. É bem verdade que através de uma boa análise das informações sobre o passado de uma empresa talvez seja possível inferir sobre isto.

BNDES e contabilidade confusa 2

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está crescendo rapidamente demais e precisa de mais transparência e competição, diz a revista britânica The Economist. Em reportagem de capa na edição desta semana, a revista ataca o avanço do Estado empresário e diz que o papel do banco na economia brasileira vem provocando polêmica.

A publicação lembra que os empréstimos do BNDES já excedem os do Banco Mundial. Os desembolsos somaram R$ 137 bilhões em 2009, o dobro de 2007. A Economist destaca as conexões políticas do banco, ao lembrar que o atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, é ex-presidente do banco e o atual presidente, Luciano Coutinho, é o favorito de Dilma Rousseff para sucedê-lo.

A revista faz três questionamentos principais: que o banco cresce demais, os empréstimos são subsidiados e com contabilidade obscura e o BNDES empresta a grandes empresas, como os frigoríficos JBS e Marfrig.

O diretor de planejamento do banco, João Carlos Ferraz, responde à revista que os financiamentos foram decisões comerciais, a taxas também comerciais. Segundo ele, os subsídios, de menos de US$ 6 bilhões por ano, não elevam a dívida pública.

Entre 2001 e 2008, o BNDES atuou como contrapeso útil ao ciclo de crédito, mas esse caminho vem mudando dramaticamente, diz a Economist. A economia se recuperou, mas os empréstimos do BNDES continuam a crescer.

‘Jurássico’. A publicação cita a comparação feita pelo ex-presidente do BNDES Luiz Carlos Mendonça de Barros, que chama o banco de fomento de “ovo da serpente”, numa referência ao filme de Ingmar Bergman sobre a origem do nazismo. Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central, trata o órgão de “jurássico”. Já o empresário Eike Batista avalia que o BNDES é o “melhor banco do mundo”.

“A violência da retórica reflete a controvérsia crescente sobre o BNDES e a interferência do Estado na economia”, diz a revista.


Revista britânica questiona papel do banco na economia brasileira - Daniela Milanese, correspondente em Londres - 6 Ago 2010 - O Estado de São Paulo

BNDES e contabilidade confusa

O BNDES sofreu o escrutínio da revista “Economist” que chegou às bancas britânicas ontem. A reportagem de capa, chamada “Leviatã S.A.”, analisa o ressurgimento da mão do Estado no setor produtivo, para assegurar o crescimento da economia e a criação de empregos. Segundo a “Economist”, isso ocorre tanto em países ricos — o governo americano, por exemplo, tem hoje uma fatia da General Motors — quanto nos emergentes Brasil, Índia e China.

No Brasil, o BNDES representaria essa mão do Estado. A “Economist” cita o empresário Eike Batista, para quem o BNDES é “o melhor banco do mundo”, e o ex-presidente da instituição, Luiz Carlos Mendonça de Barros, que a chama de ovo da serpente, referência ao filme de Ingmar Bergman sobre as origens do nazismo.

O BNDES, diz a “Economist”, está envolvido na campanha das eleições presidenciais. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já comandou o banco, e seu atual presidente, Luciano Coutinho, é visto como sucessor de Mantega se Dilma Rousseff for eleita, afirma a revista.

Outra crítica diz respeito ao crescimento excessivo do BNDES. “Este ano, deve financiar 40% do investimento total do Brasil em indústria e infraestrutura, o dobro do período 2004-2006. Depois, dizem os críticos, seus empréstimos são subsidiados e seus balanços, obscuros”, afirma a “Economist”. Outra crítica é o BNDES emprestar para grandes empresas, como Petrobras, JBS e Marfrig.

O diretor de Planejamento do BNDES, João Carlos Ferraz, rebate afirmando que os empréstimos para JBS e Marfrig foram decisões comerciais. Ele explica que os subsídios são inferiores a US$6 bilhões anuais e que não elevam a dívida pública líquida.

Mas, afirma a “Economist”, há críticas mais difíceis de rebater. O BNDES parece ter expandido demais seu crédito. Mesmo com a recuperação da economia este ano, seus empréstimos continuaram a subir. Além disso, ele está prejudicando o desenvolvimento do setor financeiro. “Os bancos comerciais precisam entrar no empréstimo corporativo de longo prazo. Mas enquanto Petrobras, Vale e JBS tiverem crédito subsidiado do BNDES, por que entrariam?”, argumenta a revista. “Algumas das críticas do BNDES são questionáveis. Mas o banco está crescendo rápido demais. E precisa de maior transparência e muito mais concorrência”.


Para ‘Economist’, um tentáculo do Leviatã - O Globo - 6 ago 2010

IFRS no Brasil

Conselho considera positiva adesão do Brasil às normas internacionais de contabilidade - Por Alana Gandra (da Agência Brasil) em 05/08/2010 (via Claudia Cruz)

A adesão do Brasil às normas internacionais de contabilidade (na sigla em inglês IFRS - International Financial Reporting Standards) não vai alterar a essência ou característica da contabilidade do país, que permanece a mesma. A iniciativa vai apenas adequar os balanços das empresas brasileiras ao padrão internacional de contabilidade. Foi o que disse hoje (5) o presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Juarez Domingues Carneiro. “Queremos apenas jogar lá fora com as leis do mercado.”

Comparando as normas internacionais de contabilidade ao futebol, ele disse que a meta é que o país tenha as mesmas regras que são válidas em todo o mundo. “Imagine se as regras do futebol no Brasil fossem diferentes das dos demais países? Seria muito difícil competir”.

O Brasil será o primeiro país do mundo a adotar as IFRS para a totalidade das empresas, já a partir deste ano. As IFRS começaram a ser adotadas na União Europeia em 2005 e passaram a ser aplicadas às grandes companhias brasileiras e instituições financeiras a partir de 2007. Este ano, elas deverão ser adotadas também pelas micro, pequenas e médias empresas, que representam cerca de 99% das companhias nacionais.
Explicou que durante muito tempo o Brasil perdeu oportunidades e espaço no exterior porque a forma de contabilizar era diferente de outros países. “O Brasil foi, de certa forma, preterido em muitos negócios internacionais, porque as regras eram desfavoráveis ao país. No momento em que adota essas normas internacionais, o Brasil estabelece essa condição igualitária”.

A adequação às IFRS contribui para a redução da mortalidade das empresas [1], porque suas demonstrações financeiras são apresentadas de forma mais transparente e levam a um melhor gerenciamento das contas. O processo melhora a captação de crédito [2] com os agentes financeiros e sua relação também com os fornecedores, afirmou Juarez Carneiro. ”Conhecendo a contabilidade dessa empresa e sabendo de sua condição financeira, ele tem condições até de estabelecer uma linha de crédito maior para compras a prazo”.

O presidente do CFC estimou que as IFRS poderão ainda ter reflexos positivos sobre a geração de emprego nas companhias de todos os portes. “Estamos falando não só de normas internacionais, mas também de gerenciamento. Estamos falando de empresas que vão se estruturar melhor na área financeira. E essa estruturação demanda pessoas. Acredito que um dos impactos, quando a empresa melhora a gestão, é ter um resultado melhor, seja na venda, como nos serviços. E isso pode reverter em mais postos de trabalho para essas empresas.”


[1] Como é possível fazer uma observação desta sem qualquer comprovação. A mortalidade das pequenas empresas não está relacionada com a adoção ou não de uma norma. Se o gestor não sabe usar a informação, não importa se a mesma é uma norma internacional ou não.

[2] De igual modo, afirmar que melhora a captação de crédito também é temerário. O crédito é um recurso escasso. Se uma pequena empresa melhora suas informações, aquela que não o fez perdeu o acesso aquele dinheiro. Deste modo, como não existiu um aumento no volume de recursos no mercado financeiro, existe somente uma transferência entre as empresas. Mas o volume total de crédito não aumenta com a adoção da normas. Pelo menos no curto prazo.

Conselhos para Mensurar

1. Seu problema não é único como você imagina
2. Você possui mais dados que imagina
3. Você necessita de menos dados do que você imagina
4. Existe uma medida que muito mais simples que você imagina

Fonte: HUBBARD, Douglas. How to measure anything

(Isto deveria estar na porta da sala do contador)

Retrofit 1

Comum na Europa, 'retrofit' requalifica construções antigas - Rodrigo Brancatelli - 27 Jul 2010 - O Estado de São Paulo

Reforma do prédio precisa ser aprovada em assembleia e já existem até linhas de crédito para seu financiamento

O retrofit é uma prática extremamente utilizada na Europa para requalificar construções antigas, adequá-las a novos usos e reintegrá-las à vida urbana. Para que haja necessidade dessa modernização, os prédios devem ter pelo menos de 20 a 30 anos - pelas normas de condomínio, a decisão pela reforma precisa ser discutida em assembleia, e a empresa de arquitetura contratada faz um mapeamento de intervenções. Em São Paulo, por exemplo, endereços históricos como o Edifício Albertina, Cícero Prado e Cecília, na Avenida Rio Branco, o Edifício Viadutos, na Praça General Craveiros Lopes, e o Edifício Bretagne, na Avenida Higienópolis, já passaram por retrofit.

“Há casos no centro em que o investidor compra todo o prédio, faz o retrofit e depois revende por mais do que o dobro do valor investido”, diz Paulo Marchesi, dono de uma empresa de engenharia que fez 15 projetos de retrofit nos últimos 12 meses.

Atualmente, há até linhas de crédito para o financiamento de retrofit - um acordo firmado entre o setor da construção civil e bancos privados liberou recursos da caderneta de poupança para o financiamento de obras de modernização residencial - os recursos disponíveis somam R$ 2,5 bilhões.

Retrofit

'Cirurgia plástica' chega a dobrar preços de prédios - Rodrigo Brancatelli - 27 Jul 2010 - O Estado de São Paulo

Chamada de retrofit, modernização de edifícios vira moda em imóveis mais baratos; retorno é dez vezes maior que investimento

Foram exatos 17 meses e duas semanas aguentando o barulho de picaretas, de marteladas, de ladrilhos quebrando e de operários trabalhando de manhã até tardinha. Dona Carmem Castelo Domingues, médica aposentada de 68 anos, chegou a perder um prato de porcelana que pertenceu a sua mãe - por causa de uma megaobra de modernização em seu prédio na zona oeste de São Paulo, a parede de sua sala rachou e a tal lembrança da família espatifou no chão. Isso sem falar no elevador, que ficou intermináveis semanas sem funcionar. “Moro no quinto andar”, resume ela, sem um pingo de ironia na voz.

Dona Carmem acabou se acostumando com as marteladas e, no fim da reforma, viu seu apartamento valorizar 40%. “Antes da obra falavam que meu imóvel valia R$ 200 mil. Agora, calculam pelo menos R$ 280 mil”, conta ela, agora esboçando um sorriso. “Valeu a dor de cabeça.” Para muitos outros paulistanos, também tem valido - tendência internacional, a técnica de revitalização de edifícios antigos, chamada de retrofit, já começa a tomar conta da paisagem de São Paulo e a valorizar prédios históricos da capital que estavam degradados.

Imóvel antigo, mas com cara de novo em folha. De dois anos para cá, a palavra retrofit definitivamente entrou no vocabulário do paulistano. A cena de prédios antigos envelopados com telas de proteção já virou chavão em bairros como Perdizes, Sumaré, Bela Vista, Barra Funda, Cerqueira César, Liberdade, Santa Cecília e Vila Buarque, onde boa parte dos edifícios foi construída entre 1960 e 1980 - além de começar a se tornar comum em imóveis de classe média e em regiões mais novas da capital, como Morumbi e Moema.

Retorno financeiro. Essa onda de retrofit explica-se basicamente pelo boom imobiliário e pela escassez de espaços urbanos, principalmente terrenos vagos. As reformas variam de uma simples cirurgia plástica na fachada até uma total troca de elevadores, sistema hidráulico e elétrico - pode-se ainda transformar prédios de escritórios em habitações de renda média ou instalar novos equipamentos de lazer (como espaço gourmet e piscinas). Passada a confusão da obra, que pode demorar de um a três anos, o retorno financeiro é garantido - uma reforma que custe R$ 5 mil para cada condômino pode valorizar o imóvel em cerca de R$ 50 mil

Em alguns casos, o retorno é até maior. O Edifício Marambaia, por exemplo, localizado nos Jardins, passou por uma enorme reforma e ganhou varandas em todos os apartamentos. Cada condômino teve de desembolsar algo em torno de R$ 175 mil na modernização. Resultado: as unidades que valiam até R$ 600 mil pularam para mais de R$ 2,8 milhões.

Competitivo. “Um projeto bem elaborado, apesar de poder parecer caro à primeira vista, traz grande rentabilidade para os moradores em longo prazo”, afirma Angélica Arbex, gerente de Marketing da administradora de edifícios Lello Condomínios. Segundo ela, a iniciativa busca, além da modernização do condomínio, tornar o imóvel mais “competitivo e atrativo” no mercado em relação aos novos empreendimentos imobiliários.

05 agosto 2010

Rir é o melhor remédio



Adaptado daqui

Links

Cartazes: 50 anos de Brasília (dica Marginal Revolution)

Efeito Tretis

Cem melhores artigos publicados em revistas

Iasb busca apoio do Brasil: uma crítica

Vídeo David Tweedie enfatiza a importância do envolvimento dos EUA nas IFRS

Teste #323

David Brooks é mais uma empresário acusado de fraude. Fundador e ex-chefe da DHB, entre outros pecados, advinhe o que Brooks fez?

a) comprou pornografia para seu filho com dinheiro da empresa
b) comprou uma sepultura para mãe
c) pagou prostitutas para motivas seus empregados.

Resposta do Anterior: US$1. Fonte: aqui

Estádio de 700 milhões de Reais

Este é o valor que deverá ser gasto no estádio em Brasília, para três ou quatro jogos da Copa. Como Brasília possui clubes na segunda divisão, que já tem seu próprio estádio, a construção deverá ser um elefante branco. Com o dinheiro da construção, seria possível:

Pagar 35 anos de salário de Lebron James, o astro do basquete;

Comprar 1 bilhão de barras de chocolate;

Adquirir 28 mil automóveis para os hospitais brasileiros

Fazer pelo menos 14 mil casas populares

Pagar 11 anos de salário da Sandra Bullock

Auditoria II

Regulador vê falhas em trabalhos da E&Y
Texto de Nelson Niero (São Paulo) publicado no Jornal Valor Econômico em 04/08/2010

A Ernst & Young Auditores Independentes também não passou no crivo do regulador americano de contabilidade.

O Conselho de Supervisão de Contabilidade de Companhias Abertas (PCAOB , na sigla em inglês) divulgou na segunda-feira mais uma lista de inspeções feitas em firmas de auditoria que atuam fora dos Estados Unidos, que incluiu a operação brasileira da E&Y, uma das chamadas "quatro grandes" do mercado global de contabilidade.
Anteriormente, o órgão divulgou relatórios sobre a Deloitte e a BDO no Brasil, com ressalvas.

No caso da E&Y, a equipe da PCAOB informa ter identificado "o que considerou ser deficiências de auditoria". Esses problemas foram encontrados em dois de três trabalhos examinados e, pela relevância, os investigadores concluíram que os auditores da E&Y "não obtiveram comprovação suficiente para dar base às suas opiniões sobre as demonstrações financeiras" dos clientes.

Os nomes das empresas não foram divulgados.

Os itens destacados pelo PCAOB estão relacionados com contratos fechados pelas empresas para proteger os balanços de variações cambiais e de taxas de juros. Num deles, o órgão afirma que os procedimentos de auditoria não foram suficientes para avaliar a operação.

A conclusão é contestada pela E&Y. "A auditoria é feita por amostra, com base no risco e na relevância", diz Idésio Coelho, diretor de auditoria da E&Y. Ele exemplifica: se a empresa tem 100 contratos de hedge, o auditor examina 10, por exemplo. "A equipe do PCAOB achou que deveriam ter sido feios mais testes. Refizemos, e a conclusão não mudou." A empresa, no caso, tinha despesas em dólar, e fez o contrato para proteger seu fluxo de caixa. Segundo ele, a possível deficiência já havia sido identificada pela revisão interna da firma.

A auditoria examina esses contratos de proteção cambial para saber se são "efetivos", ou seja, se protegem de fato o caixa da empresa. Isso é importante para determinar como as operações serão registradas no balanço. Se forem efetivas, são "marcadas na curva", pela taxa média. Caso contrário, serão registradas pelo valor de mercado, o que pode representar uma variação brusca nos números divulgados.

O outro ponto refere-se a um empréstimo em dólar com taxa de juros flutuante. A empresa trocou, no hedge, a moeda para reais, a uma taxa fixa.

"Nos dois casos não houve mudança no resultado, no patrimônio, nem no parecer", diz Coelho. "Foram intervenções pontuais."

A inspeção do PCAOB na E&Y foi feita no fim de 2006. Segundo Coelho, foram quatro semanas, divididas entre uma avaliação interna da firma - política de avaliação de sócios, relacionamentos de negócios, revisão de qualidade etc. - e o acompanhamento dos trabalhos nos clientes.

"Em algumas ocasiões, a equipe do PCAOB gastou mais tempo na revisão do que os auditores no trabalho original", diz.

O órgão privado americano, criado pela Lei Sarbanes-Oxley, de 2002, depois dos escândalos empresariais do início da década, examina todas as firmas de auditoria cujos clientes tenham papéis negociados no mercado americano. De 2005 até junho deste ano, o PCAOB fez inspeções em 34 países. Partes do relatório, especialmente a que se refere às críticas ao sistema de controle de qualidade, são mantidas em sigilo, a não ser que a firma não consiga reparar os erros encontrados


Via Claudia Cruz

Auditoria I

Domínio das quatro grandes volta à pauta
Texto de Rachel Sanderson, do Financial Times (Londres) publicado no Jornal Valor Econômico em 04/08/2010

O domínio das quatro grandes firmas mundiais de contabilidade,

PricewaterhouseCoopers, Ernst & Young, KPMG e Deloitte, as "Big Four", como são conhecidas em inglês, voltou à agenda dos órgãos de regulamentação.

Nesta semana, a Câmara dos Lordes, no Reino Unido, tornou-se mais uma instituição a abrir investigação sobre o papel desempenhado pelos contadores - especialmente das quatro grandes - na crise financeira.

A Comissão Europeia já havia anunciado outra investigação sobre os trabalhos de auditoria e contabilidade, incluindo a questão do impacto que o "domínio" das quatro grandes pode ter na estabilidade financeira. Isso pode levar a mudanças na forma como as empresas são regulamentadas e até como são estruturadas.

Paralelamente, a Autoridade de Serviços Financeiros (FSA, órgão regulador do mercado britânico), intensificou sua retórica neste mês ao criticar os auditores por "uma preocupante falta de ceticismo" em algumas das auditorias de instituições financeiras.

Essas três investigações são observadas de perto por autoridades reguladoras nos Estados Unidos e Ásia, pois são consideradas como a vanguarda do que se pensa sobre a profissão após a crise financeira mundial. Suas conclusões deverão sair no quarto trimestre, o que traz a perspectiva de que os contadores seniores, após o recesso de verão, terão meses bem quentes pela frente.

Se toda essa situação parece ser familiar, é porque de fato o é. O debate sobre a credibilidade dos auditores e, em particular, o domínio das quatro grandes não é novo. Está em voga desde 2003, quando a quebra da Arthur Andersen, após ser acusada por seu papel na fraude contábil da Enron, reduziu as cinco grandes para quatro.

Tendo em vista as investigações subsequentes nos EUA e Europa - que deixaram o status quo inalterado - algumas das quatro grandes empresas de contabilidade sentem-se frustradas em terem virado alvo de outra série de investigações tão pouco tempo depois.

Argumentam que a concorrência e a disputa de preços é ferrenha e que o motivo de terem o domínio entre as multinacionais - trabalham com 96% das empresas do índice FTSE 350 no Reino Unido - é por terem a experiência internacional exigida pelos clientes.

Algumas das sugestões mais radicais cogitadas, como dar um prazo às quatro grandes, digamos de 18 meses, para desmembrarem suas operações em dois ou abolir completamente os informes de auditoria, são tão improváveis quanto impraticáveis.

Depois da crise, no entanto, alternativas como encorajar concorrências abertas mais frequentes, exigem consideração como forma de abrir um setor que parece alarmantemente estático.

Segundo informe do governo britânico divulgado em 2006, apenas 2,1% das empresas do FTSE 100 trocaram de auditor por ano, em média, de 1996 a 2004.

A introdução das auditorias conjuntas, como na França, poderia ser uma forma de abrir o mercado, embora continuem as preocupações sobre o custo acarretado às empresas e se isso realmente ampliaria a concorrência para mais de cinco ou seis firmas.

A Grant Thornton, umas das seis grandes, defende que as autoridades acabem com o que entende estar virando uma tendência entre os bancos. Exigir que as companhias às quais concedem empréstimos usem alguma das quatro grandes. As evidências disso são escassas, mas Steve Maslin, chefe de assuntos externos da Grant Thornton, diz que restrições desse tipo levaram sua firma a perder pelo menos um acordo recente.

O aumento na concorrência poderia surgir a partir das mudanças resultantes do novo cenário de regulamentação pós-crise.

Uma ideia mais nova é encorajar comissões de auditoria para distribuir, para mais de uma firma, as auditorias geograficamente ou de acordo com sua categoria. É uma ideia interessante até porque atende aos pedidos de investidores de ampliação da segmentação
da contabilidade, para que tenham uma noção mais clara para onde o dinheiro vai.


Via Claudia Cruz.

Sem dúvida sobre a IFRS

A discussão conjunta Iasb e Fasb sobre o reconhecimento da receita (vide postagem do blog sobre o assunto aqui) trouxe uma reação interessante de Barry Melancon, presidente da AICPA), entidade de agrega os contadores certificados dos Estados Unidos. Para Melancon, a convergência das empresas dos Estados Unidos para IFRS não é mais questão de “se” mas de “quando”.

Doubts about IFRS? What doubts?

Contabilidade e eleições

BRASÍLIA. Para conseguir o registro eleitoral este ano, o candidato não poderá mais apenas apresentar suas contas referentes à campanha anterior: é necessário que essas contas tenham sido aprovadas. A decisão foi tomada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), anteontem à noite, por quatro votos a três. Até as eleições passadas, era preciso apenas apresentar a contabilidade para obter o registro, mesmo que ela tivesse sido rejeitada. Segundo a nova tese, que será posta em prática neste ano, a quitação eleitoral deve ser comprovada, o que pode complicar a vida de muitos candidatos. Advogados do PT e do PSDB consideraram a medida controversa.

A novidade, que promete mais uma polêmica, foi defendida pelo presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski, que convenceu a maioria dos colegas. Ele ponderou que só a aceitação da contabilidade, sem analisar se há quitação das dívidas, tiraria qualquer importância sobre a prestação de contas.

— Embora a literalidade da norma possa levar a essa consideração (de que é preciso apenas apresentar as contas), a melhor solução passa por um entendimento que leve em consideração a finalidade dos preceitos que regulam essa fase do processo eleitoral — disse Lewandowski.

Relator votou pela manutenção da regra anterior

Concordaram os ministros Marco Aurélio, Nancy Andrighi e Cármen Lúcia. O relator, ministro Arnaldo Versiani, votou pela manutenção da regra anterior. Os ministros Aldir Passarinho Junior e Marcelo Ribeiro concordaram com o relator e acabaram derrotados pela maioria. Em seu voto, Passarinho Junior ainda citou trecho da Lei 12.034, de 2009, a minirreforma eleitoral, segundo a qual a quitação eleitoral não está atrelada ao registro do candidato. Marcelo Ribeiro concordou.

— A lei é expressa ao dizer que exclusivamente se negará essa certidão de quitação àqueles que não apresentarem contas — disse Ribeiro.

O advogado Márcio Silva, que defende o PT no TSE, argumenta que não se pode mudar a regra do jogo a menos de um ano antes da eleição, segundo a Constituição. Para ele, a decisão pode provocar recursos de candidatos prejudicados ao STF.

— É controvertido, pois a legislação explicita que a apresentação das contas é necessária para obter o registro, e não a aprovação delas. Como há controvérsia entre jurisprudência e lei, entendo que não dá para aplicar essa alteração de entendimento para as eleições deste ano — disse o advogado do PT, acrescentando que nenhum de seus clientes será prejudicado.

Antonio Cesar Marra, advogado do PSDB, concorda com o colega petista:

— É uma interpretação que ainda precisa ser discutida. A meu ver, o conceito de quitação eleitoral é cumprir para com suas obrigações eleitorais. É obrigação do candidato prestar contas, mas não é obrigação dele ter as contas aprovadas. Causa certa perplexidade a decisão do TSE.

Márcio Silva disse que, em alguns casos, o sistema da Justiça Eleitoral não apontava pendência para certos candidatos e, após o período de registro, o sistema foi atualizado, com pendências em contabilidades. Ou seja, quem pensou que não teria problema com a candidatura foi surpreendido:

— Vários candidatos fizeram seus registros na certeza de que não havia pendência na Justiça Eleitoral.

Marra contou que Wilson Santos, candidato pelo PSDB a governador de Mato Grosso, poderá ser prejudicado pela decisão do TSE.

Políticos com a contabilidade reprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) também são impedidos de se candidatar. Em junho, o TCU divulgou uma lista com 4.922 nomes de gestores públicos que não poderão disputar as eleições de outubro. (Carolina Brígido)


Candidato precisará ter contas aprovadas - O Globo - 5 ago 2010

Ambiente

O governo do Equador acaba de fechar um acordo inédito: criou um fundo internacional, a ser administrado pela ONU, que receberá doações para compensar o país por abdicar de explorar grande parte das reservas de petróleo do Parque Nacional Yasuní, um dos mais biodiversos do mundo.

O governo equatoriano promete deixar debaixo da terra, em plena floresta amazônica, cerca de 850 milhões de barris de petróleo, ou 20% das reservas do país. Em troca, quer receber ao menos US$ 3,6 bilhões em dez anos, a metade estimada que ganharia se explorasse a área.

"O fundo que acabamos de assinar é histórico para o Equador e para o mundo inteiro", afirmou Rebeca Grynspan, diretora regional do Pnud, programa para o desenvolvimento da ONU.

É o Pnud que vai administrar o fundo, que será aplicado especialmente em projetos de educação e saúde e na área do parque, onde vivem o povo indígena huaorani, e dois outros povos isolados, tagaeri e taromenane.

O petróleo é explorado na Amazônia equatoriana desde 1972, e se prevê gastar parte do dinheiro em recuperação de áreas degradadas. Até agora, Alemanha, Suíça, Espanha e Suécia se comprometeram a doar US$ 1 bilhão.

O projeto do Yasuní é um plano de ativistas equatorianos há mais de dez anos.

O presidente esquerdista, Rafael Correa, foi eleito com a bandeira de levá-lo adiante e apresentou o plano na Assembleia-Geral da ONU, em 2007. Ele perdeu porém ao menos dois aliados importantes por conta de discussões ambientais e não foi à assinatura do acordo.


ONU compensará Equador por manter área ambiental
Folha de São Paulo - 5 ago 2010 - FLÁVIA MARREIRO

Contador do futuro

04/08/2010
O contador ideal que as empresas procuram no momento
Portal Exame (via CFC)
Com a adoção de regras internacionais, empresas buscam profissionais de contabilidade com perfil mais voltado para o mundo dos negócios

Talita Abrantes, de EXAME.com

São Paulo - O crescimento da presença das empresas brasileiras no mercado financeiro internacional está revolucionado o perfil dos contadores no país. Além de aumentar a demanda, o novo cenário pede profissionais com um perfil mais estratégico e voltado para o mundo dos negócios.

Isso significa que a imagem de senhores sisudos que passam o dia atrás de uma calculadora científica e de uma montanha de formulários não cola mais com essa carreira. "O profissional de contabilidade deixou de ser tecnicista", afirma Edgar Cornachione, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP).

Os executivos das principais empresas brasileiras confirmam isso. Segundo pesquisa da consultoria Robert Half divulgada em julho, 96% das companhias brasileiras admitem que os profissionais de contabilidade tornaram-se peças centrais para a tomada de decisões.

De acordo com especialistas, o aquecimento da economia e o crescimento da participação brasileira no mercado internacional são os principais fatores para essa mudança nos rumos da profissão. "A competição está mais acirrada. Isso faz com que a empresa fique mais pressionada pelo mercado", diz Edilene Santana Santos professora da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP).

Nesse novo cenário, as companhias estão mais cautelosas durante os processos decisórios. E, por conta disso, cresce a demanda por profissionais capazes de analisar todas as variáveis em questão.

O pesquisador da USP exemplifica isso com situações de compra de ativos pela empresa. Segundo ele, antes, o contador era chamado para apenas registrar a operação. "Hoje, ele participa da decisão junto com os outros gestores", diz.

Regras internacionais
O fenômeno é uma tendência mundial. "Recentemente, os países membros do G20 definiram que é prioritária a adoção de uma linguagem comum de contabilidade entre as nações do mundo", lembra Maria Clara Cavalcante Bugarim, vice-presidente de Desenvolvimento Profissional e Institucional do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).


Depois que fiz a postagem, constatei que no endereço do CFC está faltando parte da reportagem, que consta do Portal da Classe Contábil. Eis a continuação:

Sem normas universais para o exercício da contabilidade, os países viviam em uma espécie de torre de Babel. "Era possível que uma empresa, de acordo com as regras usadas no Brasil, fosse altamente lucrativa, mas que em outro país apresentasse prejuízo, apenas por causa das diferenças entre as normas", afirma a especialista.

Por isso, a partir de 2007, o Brasil passou a adotar o International Financial Reporting Standards (IFRS), o conjunto de regras contábeis determinados pela International Accounting Standards Board (IASB), com sede em Londres. "Isso dá mais segurança para os acionistas", explica.

O novo conjunto de regras cooperou para a revolução na carreira. "O exercício da contabilidade era bem formalista. Tudo estava previsto na lei", explica Edilene, da FGV. Nem sempre, contudo, a legislação correspondia à realidade de todas as empresas. Um exemplo disso, segundo a professora, era o momento de registrar a depreciação dos Ativos da empresa. No caso de veículos, ela explica, a Receita Federal determina que após um período de cinco anos de uso, o valor do carro é igual a zero.

"No entanto, há muitos carros rodando com mais de cinco anos. Mas o contador não avaliava o tempo real de vida útil dos ativos. Seguia apenas o que as regras mandavam", diz. Com o IFRS, o profissional precisa julgar a vida econômica real do ativo. "E, para isso, ele precisa entender bem do negócio".

O fim do check list
Por isso, o contador não pode trabalhar em uma empresa sem entender qual a lógica por traz de cada dado que registra nos relatórios. "Antes era possível ser um bom contador sem entender tanto do negócio em questão. O profissional apenas reagia às transações", afirma Cornachione, da USP. "Agora, ele deixa de ser apenas a pessoa que tinha o conhecimento da linguagem dos negócios para deter conhecimentos sobre a lógica do negócio".

Nesse contexto, circular e compreender todas as áreas da companhia é essencial para o profissional, afirma William Monteath, diretor de operações da Robert Half."Isso o torna mais completo, afinal o setor de finanças interage com todos os outros", diz. Fluência em inglês, pós-graduação no setor de atuação e capacidade de liderança completam os requisitos do contador procurado pelas grandes companhias brasileiras.

Atualmente, os Serviços de Auditoria e consultoria, segundo os especialistas, são os que oferecem as melhores oportunidades de salário e carreira. Isso se deve, de acordo com Edilene, da FGV, ao fato de que, desde 2008, as empresas de grande porte são obrigadas a contratar Serviços de Auditoria externa. Até então, a exigência estava restrita às companhias de Capital aberto.

Além disso, o crescimento Economia brasileira também está puxando a Demanda por profissionais no setor. Indústria e mercado financeiro lideram as contratações, apontam os especialistas.Mas, diante da miríade de oportunidades, profissional deve manter o foco. "Ele precisa repensar sua carreira e ver nitidamente em qual canoa quer colocar o pé. Para então, investir as fichas", afirma o professor Cornachione.

Pesquisa e Recursos

A história de Emily Rosa é interessante por mostrar que é possível fazer pesquisa científica com pouco dinheiro e de qualidade. Emily nasceu em 1987 e aos onze anos tornou-se a pessoa mais jovem a publicar um artigo no periódico da Associação Médica dos Estados Unidos, o Journal of the American Medical Association.

Em 1996, Emily assistiu a um vídeo sobre terapia do toque (Therapeutic Touch, ou TT), afirmando que os profissionais da área podiam sentir um campo energético e poderiam usar as habilidades para diagnosticar e tratar doenças. Emily elaborou então uma pesquisa para comprovar as propriedades da TT, que foi divulgado na feira de ciências da quarta série. Quinze médicos foram testados durante vários meses para verificar a capacidade de detectar a aura.

Os praticantes da TT deveriam adivinhar em qual mão Emily segurava uma moeda. Para cada dez tentativas, o índice de acerto foi de 4,4 vezes, indicando que a TT não era capaz de identificar a aura. O artigo foi publicado no dia 1º. de abril de 1998. A publicação tornou Emily uma sensação e símbolo do ceticismo. O feito de Rosa foi reconhecido no Guiness Book.

04 agosto 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Teste #322

A revista Newsweek já chegou a vender 3 milhões de exemplares por exemplar. Entretanto, o avanço da internet e a crise fizeram com que a tiragem em 2009 fosse de 2,3 milhões de exemplares. Nesta semana o grupo Washington Post vendeu a revista pelo seguinte valor:

US$ 1
US$ 10 milhões
US$ 100 milhões


Resposta do Anterior: Ativo e Passivo. Fonte: La Nacion

Links

50 maneiras de cortar custos

Bomba tributária de efeito retardado

Número de descendentes de índios no Brasil: 20 milhões

Analistas que erraram na Lehman

Qual o automóvel do rico?

O blog “Contabilidade & Controladoria” comentou uma reportagem da revista Exame sobre o carro de um milionário. O texto começa perguntando: qual o automóvel de um milionário? Um Ford Fiesta ou o Toyota Lexus. A resposta seria o Fiesta, que possui um custo menor, com menor depreciação, menos gastos com seguros, gasolina e manutenção.

A sugestão é interessante: para ser um milionário, precisamos sacrificar bens de consumo, aumentando o volume de poupança. A lição é: se quiser ser um milionário, comece em casa.

Entretanto, qual a razão para as pessoas preferirem o Lexus? Ou melhor, será que esta resposta está sempre correta? A resposta é não.

Conforme observa Robert Franck, no excelente O Naturalista da Economia, apesar de existir uma relação entre renda e consumo de certos produtos, entre eles o automóvel, nem sempre isto ocorre. Franck pergunta: Por que os advogados gastam mais com automóveis e roupas que os professores universitários de mesma renda? A resposta mostra que a conclusão inicial pelo Fiesta pode estar incorreta.

Em certas profissões, a aparência é um indicador da qualidade de um profissional. Assim, um rábula que use um Fiesta será avaliado por um potencial cliente como sendo menos hábil que um advogado com o Lexus. O cliente irá concluir que o advogado que possui um Lexus é mais talentoso, e isto permitiu que pudesse comprar um automóvel mais caro.

Inflação


O gráfico mostra a história da inflação no Brasil, entre 1963 a 2009, usando o deflator implícito do IBGE. Como se pode notar, os últimos anos foram de grande estabilidade na variação dos preços na economia. Enquanto a década de oitenta e início da década de noventa tivemos variações acima de dois mil por cento ao ano, os últimos valores não ultrapassam a casa de um dígito.

Este gráfico é uma atualização daquele constante no capítulo nove do livro de Teoria da Contabilidade, em co-autoria com o professor Jorge Katsumi. No capítulo discute-se a questão da contabilidade em ambientes inflacionários. Existem alguns pesquisadores que considera necessário manter métodos para corrigir as variações de preços, mesmo quando a inflação fica em 5%, como ocorreu em 2009. Entretanto, as empresas preferem adotar uma postura mais pragmática, evitando adotar métodos de correção das demonstrações contábeis.

Ernst & Young Terco

A empresa brasileira de auditoria e consultoria Terco e a britânica Ernst & Young anunciaram a união de suas operações no País. A Ernst & Young Terco começará a operar em 1.º de outubro e nasce com faturamento estimado de R$ 650 milhões.

Com a junção das operações, a Terco, que era a sexta colocada nesse mercado no Brasil, e a Ernst, dona do terceiro lugar, sobem juntas para a segunda posição. O ranking usado como referência no setor é o da Comissão de Valores Mobiliários, que enumera as auditorias com base nos clientes listados na Bovespa.

A meta da Ernst & Young Terco é alcançar o primeiro lugar nos próximos anos. A Ernst já é líder em outros mercados emergentes, como Índia, Rússia e países do Oriente Médio.

Na prática, a união das operações servirá para ampliar o campo de atuação das duas empresas. A Terco tem uma atuação forte no segmento imobiliário e com pequenas e médias empresas - o chamado middle market -, enquanto a Ernst & Young tem experiência no atendimento a grandes contas e clientes multinacionais. “Teremos uma ação complementar forte, atuando com empresas de todos os portes, nacionais e internacionais, públicas e privadas”, resume o CEO da Ernst & Young Brasil, Jorge Menegassi.


Ernst & Young se une à consultoria brasileira Terco - Aiana Freitas - 4 Ago 2010 - O Estado de São Paulo

Custo e crise aérea

Sobre a crise aérea, eis uma pequena nota sobre os custos da Gol:

A Gol se define como uma companhia de “baixo custo e baixa tarifa”. É considerada por analistas uma empresa enxuta, que maximiza o uso de equipamentos e equipe - o que é bem visto por investidores. Se não fosse assim, a empresa teria problemas para enfrentar a concorrência. Conforme analistas, as empresas brasileiras de aviação são reféns do crescimento por escala, pois o preço está em patamares mais baixos do que em 2009, segundo a Anac. “A diferença está na atratividade pelo preço”, diz Brian Moretti, da corretora Planner.

Segundo o analista, o gasto com funcionários da Gol representa uma parcela menor dos custos do que na TAM, companhia com a qual disputa a liderança do mercado nacional de aviação. Nos últimos oito trimestres, em média, o item pessoal representou 18,8% dos custos da Gol e 19,8% dos gastos da TAM.

De acordo com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), os gastos menores da Gol com pessoal se refletem em salários mais baixos do que na concorrência e em uma maior rotatividade dos funcionários da empresa. No mês passado, segundo dados oficiais da entidade, 162 funcionários deixaram a Gol e 139, a TAM.

Característica da Gol é manter custo baixo - Bastidores: Fernando Scheller - O Estado de São Paulo - 4 ago 2010

Mais bem pagas

Atrizes mais bem pagas:

1) Sandra Bullock = US$ 56 milhões
2) Reese Witherspoon e Cameron Diaz = US$ 32 milhões
4) Jennifer Aniston = US$ 27 milhões
5) Sarah Jessica Parker = US$ 25 milhões.

Fonte Forbes, via Brasil Econômico

Transparência

A busca por maior transparência no mercado de capitais brasileiro tem tirado o sono de muitos especialistas. Mas eles garantem que esse ambiente regulatório mais rígido trará valor às ações das companhias.

A clareza se dará através das Instruções 480 e 481, editadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), da reforma do regulamento do Novo Mercado da Bovespa e da adequação, ainda durante este ano, dos balanços de empresas às normas internacionais de contabilidade (IFRS),

"Qualquer regra que dê ao investidor a percepção de uma governança corporativa mais robusta agrega valor às ações", ressalta Antonio Castro, presidente da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca).

Reginaldo Alexandre, presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais de São Paulo (Apimec-SP), diz que as exigências estão alinhadas com o que está acontecendo no mercado internacional.

"Tudo isso traz melhorias importantes para o mercado brasileiro e nos aproxima das exigências que já se faz no exterior."

Embora a certeza de melhoria exista, é muito difícil quantificar o quanto o papel valoriza-se em função de um ambiente regulatório mais rígido.

"Quanto menor o ruído de comunicação, melhor o ativo será precificado. E isso vale para qualquer coisa: carro, apartamento e ações", exemplifica Geraldo Soares, superintendente de relações com investidores (RI) do Itaú Unibanco e vice-presidente do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri).

A Pricewaterhousecoopers (PwC) conseguiu mensurar esse impacto, especificamente no que diz respeito à convergência contábil ao IFRS.

"Identificamos que algumas ações europeias chegaram a subir mais de 10% após o encerramento do processo de convergência contábil ao IFRS", pondera Tadeu Cendon, sócio da área de risco e qualidade (R&Q) da PwC.

Melhoria contínua

Apesar de 2010 ser considerado como um dos anos mais ricos em termos de normas que pretendem ampliar a transparência das empresas de capital aberto, ainda há muito a ser melhorado.

"Quando se fala em transparência, das 400 empresas listadas na BM&FBovespa, apenas 100 fazem um bom trabalho. Então ainda há lacunas a serem preenchidas", acredita o vice-presidente do Ibri.

Ele destaca como exemplo a Instrução 480, da CVM. "O documento revolucionou o mercado, já que exige um nível de informação alto para as companhias. Isso vai possibilitar que o mercado mude, que os investidores tenham conhecimento de quais empresas não estão fazendo um bom trabalho."

O Itaú Unibanco vem se preparando para cumprir a extensa agenda de regulação. "Aumentamos equipe nos últimos meses, para darmos conta da quantidade de informações a serem divulgadas", aponta Soares.


Transparência pode aumentar preço de ações na bolsa
Vanessa Correia - Brasil Econômico - 03/08/10 19:19

03 agosto 2010

Rir é o melhor remédio

Fotografias com o bebê dormindo: surfista, herói, rock star, chuva, selva, gigante, elefante e leitor








CPC

No livro de Teoria de Contabilidade (Niyama e Silva, Atlas, p.36) existe uma passagem onde se comenta que a constituição do Iasb deveria respeitar o “equilíbrio geográfico global”. Isto é irônico, já que a composição da Fundação Iasb tem membros oriundos principalmente dos Estados Unidos e Europa.

E os nossos organismos reguladores, também levam em consideração o “equilíbrio geográfico”? Responder a esta questão é difícil, pois as pessoas evitam expor seus currículos na rede. Além disto, o próprio CPC não divulga este currículo.

Uma aluna de graduação da UnB, Ana Paula Figueiredo de Mello, fez um levantamento das pessoas que participam do CPC e tentou encontrar sua origem. O resultado é interessante e tentarei reproduzir, de maneira resumida, a seguir:

Nelson Jinzenji – Pernambuco
Idésio Coelho Jr – São Paulo
Alfried Ploger – São Paulo
Haroldo Levy Neto – São Paulo
Nelson Carvalho – São Paulo
Maria Clara Bugarim – Alagoas
Edison Pereira – São Paulo
Ernesto Gelbcke – São Paulo
Carlos Henrique Carajoinas – São Paulo
Eliseu Martins – São Paulo
Reginaldo Alexandre – São Paulo
Dilma Eguchi – São Paulo

Em resumo, dos dozes integrantes do CPC, somente dois não atuam em São Paulo. Coincidentemente ambos são originários do Conselho Federal de Contabilidade. Existem duas possíveis razões para explicar esta concentração geográfica. Em primeiro lugar, a própria composição do CPC induz a este resultado, uma vez que devem ter assentos representantes da Fipecafi e da Bovespa, entidades com atuação no estado de São Paulo. A segunda justificativa está na própria força econômica e cultural do Estado de São Paulo. Deve-se lembrar que este estado possui uma economia que representa mais de um terço da economia nacional.

Quais as implicações deste fato? O que deveria garantir a legitimidade do CPC é a qualidade do seu trabalho. E neste ponto, acredito que devemos reconhecer que o trabalho que está sendo realizado está acima de qualquer suspeita. Mas será que as características econômicas regionais não irão cobrar uma maior diversidade do CPC no futuro?

Teste #321

Um determinado endereço da internet apresentou oito conselhos para obter a independência financeira. Num destes conselhos, adotou-se conceitos contábeis. A frase a seguir é a essência da segunda dica para conseguir a independência financeira. Complete com dois termos contábeis utilizados no texto:

Em seus livros, Robert Kiyosaki afirma que _______ é algo que põe dinheiro nos seus bolsos todos os meses, enquanto que ______ é algo que tira.


Resposta do Anterior: Mallorca, da Espanha. Fonte: UEFA rejeita recurso do Mallorca. Isto é Dinheiro

6174

Este número é conhecido como constante de Kaprekar, em homenagem ao matemático indiano. O número tem a seguinte propriedade interessante:

a) Pegue qualquer número de quatro dígitos, com pelo menos dois dígitos diferentes
b) Organize o número em ordem crescente e também em ordem decrescente. Com isto você obteve dois números de quatro algarismos (se for necessário, pode-se acrescentar zeros à esquerda)
c) Subtraia os dois números
d) Volte ao passo dois

Após algumas iterações, o resultado irá alcançar 6174. Exemplo: 1956. Colocando em ordem temos 1569 e 9651

9561 – 1569 = 8082
8820 – 0288 = 8532
8532 – 2358 = 6174

Futebol endividado

Dinheiro da china pode ser a salvação do futebol europeu
Jamil Chade / Genebra
O Estado de São Paulo - 3 ago 2010

Clubes endividados se voltam para os empresários e o mercado asiáticos

A China se apresenta como a esperança de solução para a crise financeira vivida pelo futebol europeu. O magnata chinês Kenny Huang negocia a compra do Liverpool, em um negócio que pode transformar a economia do futebol. Huang estaria em conversas com o Royal Bank of Scotland, o principal credor do time inglês.

Na Espanha, que vive a pior crise dos clubes em 50 anos, a federação modificará os horários das partidas da Liga para permitir que sejam transmitidas em horário nobre na China, além de criar um torneio anual com equipes espanholas na Ásia. Ontem, o Barcelona iniciou a pré-temporada no continente asiático.

Se a presença de magnatas russos e árabes no futebol chamou a atenção nos últimos dez anos, a chegada agora dos chineses promete ser ainda mais polêmica. O país não é conhecido por seu futebol e, nos últimos anos, esteve envolvido em diversos escândalos de corrupção no esporte.

Mas o magnata Huang não vem apenas com seu próprio dinheiro. O investimento seria feito com recursos do fundo estatal que o governo da China criou há poucos anos diante da acumulação de capital no país.

O fundo chinês estaria disposto a arcar com as dívidas de mais de 300 milhões (R$ 691.8 milhões), além de pagar um valor substancial aos proprietários. Mas os atuais donos, os empresários americanos Tom Hicks e George Gillett, resistem.

Huang representa a nova imagem dos magnatas chineses. Nada de comunismo ou citações de Mao Tse Tung. Nos anos 80, trabalhou na Bolsa de Valores de Nova Iorque. Estudou na Universidade de Guangzhou, na Universidade Columbia , nos EUA, e Universidade de Nova Iorque.

Nos últimos anos, vem ajudando empresas chinesas a fechar acordos de patrocínio com grandes clubes americanos de basquete e beisebol. Foram suas empresas que salvaram o Houston Rockets de situação crítica. Há algum tempo comprou parte das ações dos Yankees e, no início do ano, arrebatou 15% das ações do Cleveland Cavaliers.

No futebol, a China não disfarça que quer a organização de uma Copa do Mundo, depois do sucesso da Olimpíada de 2008. Mas o avanço chinês no mundo dos esportes não ocorre por acaso. Na semana passada, Pequim anunciou que estava se tornando a segunda maior economia do mundo, superada apenas pelos EUA e ultrapassando o Japão.

Nova ordem. O futebol europeu já entendeu essa dinâmica. O Barcelona viajou nesta semana para iniciar uma turnê de pré-temporada na Ásia, com jogos amistosos, principalmente em cidades chinesas. Ontem, na Coreia do Sul, o time foi recebido por uma multidão. Na China, cobrará 1 milhão (R$ 2,3 milhões) por partida amistosa.

Os objetivos também são de médio prazo, com a venda de camisas, direitos de TV e de produtos com o nome dos clubes. De olho nesse mercado, a Liga de Futebol Profissional da Espanha anunciou a alteração nos horários das partidas do campeonato nacional.

Pelo menos 17 partidas da temporada 2010/2011 serão adiantadas para aumentar a exposição dos times espanhóis no mercado asiático. “Está claro que necessitamos o mercado asiático para competir com as ligas inglesa e da Itália em igualdade de condições’’, afirmou Florentino Peres, presidente do Real Madrid. “Estamos falando de um mercado potencial de 2 bilhões de torcedores e não podemos deixar isso de lado.’’

“Nosso objetivo é ser uma das principais ligas na Ásia’’, declarou Francisco Roca, presidente da Liga. Para ele, portanto, colocar partidas ao vivo em horário nobre na Ásia é fundamental, mesmo que obrigue jogadores a atuar no meio do dia nas altas temperaturas da Península Ibérica.

Um torneio anual será ainda realizado na Ásia, com três times espanhóis e um asiático, para promover a Liga. “Os times não gostam de mudar seus hábitos e tradições. Mas acredito que todos entendem que essa é uma grande oportunidade e não temos outra forma de fazer’’, explicou Roca. ‘Vivemos a pior crise financeira no futebol em 50 anos e temos de aproveitar o sucesso da Espanha na Copa de 2010 para tirar vantagens’’, disse.

Há uma semana, o Mallorca foi suspenso da Liga Europa por dívida além dos limites permitidos pela Uefa. Deve 77 milhões (R$ 177,5 milhões).

Iasb

Conselho internacional de normas quer ouvir o Brasil
Valor Econômico - Fernando Torres, de São Paulo (via CFC)

Único representante brasileiro no colegiado do Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb), o ex-chefe do departamento de normas do Banco Central (BC) Amaro Gomes desembarca nesta semana no Brasil com uma missão: estimular a participação de empresas, investidores e agentes locais no processo de discussão das novas regras contábeis internacionais, chamadas de IFRS.

Em entrevista exclusiva ao Valor, Gomes contou que o Iasb considera importante a opinião dos brasileiros. "O Brasil é a 11ª economia do mundo e tem empresas que estão entre as primeiras do mundo em diversos setores. Todos querem ouvir o que elas têm a dizer", afirma.

Ele cita como exemplo uma discussão que se iniciou recentemente sobre regras contábeis relacionadas à indústria extrativista, em que as posições da Petrobras e da Vale, por exemplo, seriam de extrema importância.

A manifestação de empresas e entidades brasileiras já começou, com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e empresas de energia elétrica tendo enviado comentários em discussões recentes do Iasb. "A minha ideia, o meu desejo, é que essas contribuições aumentem e sejam mais regulares", afirma o conselheiro do órgão.

Entre hoje e quarta-feira, Gomes estará no Rio para participar de evento organizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). O seminário, que ocorrerá na sede do banco, terá como tema a adoção do IFRS pelas pequenas e médias empresas, o que passa a ser obrigatório a partir do balanço de 2010. Há 700 inscritos, e o ex-funcionário do Banco Central diz que será o maior evento do tipo com a participação do Iasb, se for considerado que o público é de apenas um país.

Na quinta e na sexta-feira, além de participar em São Paulo de outro evento ligado à contabilidade, este organizado pelo Banco Central, Amaro tem encontros marcados com representantes da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec) e também da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca).

Nesses encontros é que o conselheiro do Iasb pretende incentivar uma maior participação dos brasileiros nas discussões das novas normas contábeis, assim como receber um retorno das entidades sobre o processo de adoção do IFRS pelas empresas de capital aberto, que já está em curso.

Não está prevista nenhuma reunião formal de Gomes com membros do CPC. Mas está mantida a segunda reunião técnica entre os dois órgãos, agendada para setembro, e que desta vez ocorrerá em Londres.

Cerca de um ano após a entrada no Iasb, Gomes se diz plenamente adaptado à nova função e também à vida na Inglaterra.

Questionado sobre as reuniões em busca de convergência contábil com o Fasb, órgão que edita as normas nos Estados Unidos, o ex-funcionário do BC garante que o clima é tranquilo, apesar de reconhecer que há pontos em que não existe consenso atualmente. "Sinceramente, estamos trabalhando muito bem juntos. Mas é natural que em um processo que envolve 15 pessoas do lado Iasb e cinco do Fasb nem todos concordem com as mesmas alternativas."

Ele faz questão de ressaltar, entretanto, que mesmo sobre instrumentos financeiros, em que as divergências parecem mais gritantes, nem tudo está perdido. Isso porque o texto colocado em audiência pública pelo Fasb, que acaba com o registro pelo custo amortizado (ao contrário do que diz o IFRS 9), ainda pode mudar após a manifestação do mercado. Se isso não funcionar, a saída será apresentar, nos dois padrões, as diferenças nas notas explicativas.

Multa

Comerciante multado em 3 mil Mt por faltar ao comício de Itai Meque
Jorge Marcos

Eventual abuso de poder em Alto-Molócuè

O caso deu-se em Alto-Molócuè, onde a edilidade acusa um comerciante de desacato às autoridades municipais.

O comerciante do município de Alto-Molócuè foi multado em 3 mil meticais por não ter encerrado o seu estabelecimento comercial, para participar no comício popular que era orientado pelo governador da província da Zambézia, Francisco Itai Meque.

Tudo aconteceu aquando da recente visita de trabalho de Itai Meque a Alto-Molócuè, razão pela qual o conselho municipal local decidiu interromper o curso normal das actividades de rendimento, para que houvesse enchente no comício popular do governador da Zambézia.

Na altura, a edilidade estipulou que, em caso de desacato à decisão, os visados fossem, compulsivamente, sujeitos ao pagamento de uma multa de 3 mil meticais. Nos termos da decisão, o comerciante que não fechasse o seu estabelecimento comercial e, por isso, faltasse ao comício do governador, seria sujeito a uma pena e a pagar o referido montante. E assim foi.

Documento/sentença

O documento que anuncia a sentença ao infractor, que não encerrou o seu estabelecimento comercial e, consequentemente não participar do comício do governador, refere que ele (o comerciante) só reabrirá o seu estabelecimento comercial após o pagamento da quantia estabelecida.

Trata-se de um documento datado de 14 de Julho de 2010, assinada por Elton Paulo, vereador de Urbanização e Saneamento.

“O conselho municipal anunciou que todas as barracas deviam estar encerradas. Verificando-se que V.excia não cumpriu com a orientação, vimos por meio desta aplicar-lhe a multa no valor de 3.000,00 (três mil meticais) a ser pago na contabilidade deste município. Comunicamos que não deverá voltar a abrir enquanto não pagar a devida multa”, lê-se no documento da edilidade dirigido ao suposto infractor.

O PAÍS – 02.08.2010

02 agosto 2010

Rir é o melhor remédio



- Você acha que irá correr mais que o Leão?

Fonte: aqui

Reconhecimento da Receita

Nós aprendemos em teoria contábil (vide capítulo 7 do livro de Teoria da Contabilidade, de Niyama e este blogueiro) que o processo de reconhecimento da receita pode ocorre ao longo do ciclo operacional da empresa. De uma maneira geral, registra-se a receita no momento da venda, sendo este o fato gerador da receita. Entretanto admitem-se algumas exceções a esta regra geral. Uma empresa cujo ciclo produtivo é muito grande pode considerar a geração da receita ao longo do processo de produção. Outra situação ocorre quando existem muitas incertezas sobre o potencial de recebimento, sendo possível admitir o reconhecimento na entrada do caixa.

O processo de reconhecimento da receita é complexo e inconsistente. Em razão disto, o Iasb, órgão regulador das normas contábeis internacionais, e o Fasb, entidade de normatiza a contabilidade nos Estados Unidos, juntaram esforços no sentido de modificar as normas de contabilidade sobre este assunto. A proposta básica é atacar estes problemas, focando o processo de registro da receita no momento que o produto ou serviço é transferido para o cliente. Através de um exposure draft de mais de cento e cinqüenta páginas, as duas entidades querem acabar com os contratos de longo prazo, responsável pelo reconhecimento da receita ao longo da produção. Além disto, as receitas onde existem incertezas no recebimento devem ser reconhecidas usando estimativas.

Algumas observações importantes sobre estas mudanças:

1. Não se aplicam a arrendamento, contratos de seguros e instrumentos financeiros
2. Os comentários e sugestões a proposta do Iasb e do Fasb encerram em outubro. A perspectiva é que o padrão final esteja pronto em meados de 2011.
3. Será exigido mais evidenciação dos contract costs
4. A mudança nas receitas que anteriormente eram registradas no recebimento representa uma mudança no foco do reconhecimento. Em lugar da preocupação com o “quando reconhecer” a receita, a proposta é no sentido de reconhecer, modificando a quantidade, ou seja, o “quanto”.
5. A proposta irá substituir a IAS 18 e IAS 11
6. O assunto é polêmico. Somente no Preliminary Views on Revenue Recognition in Contracts with Customers, 220 comentários foram recebidos.

Leia mais sobre o assunto:
Big Changes Proposed for Revenue Recognition - Journal of Accountancy, 24 de junho de 2010.

Big Revenue Recognition Changes to Come - Accounting principles, 25 junho de 2010

IASB and FASB propose a new joint standard for revenue recognition – 24 junho de 2010

Teste #320

A questão financeira dos clubes pode ser preocupante. Apesar do livro Soccernomics constatar que o índice de falências de clubes de futebol é muito baixo, esta semana a UEFA manteve um clube fora da Liga Europa por conta de dívidas de 60 milhões de euros. Este clube é

Aston Villa, da Inglaterra
Braga, de Portugal
Mallorca, da Espanha

Resposta do Anterior: BP. Fonte: The Gulf Oil Spill: BP Seeks Tax Cut On Cleanup Costs, Neil King Jr. , 28 jul 2010, The Wall Street Journal

Efeito da Sarbox

A Sarbox foi uma lei aprovada nos Estados Unidos após o escândalo da Enron. Pela influência daquele país na contabilidade mundial, uma nova regulamentação será acompanhada de perto pelos outros países do mundo. Também foi o caso desta norma.

Segundo uma pesquisa publicada no International Journal of Disclosure and Governance, no número de agosto de 2010, (The recent international growth of mandatory audit committee requirements, Jason Fichtner), a Sarbox exerceu uma grande influencia sobre as normas de outros países. O artigo explora a criação dos comitês de auditoria, criados para melhorar a qualidade das informações contábeis. Antes da aprovação da Sarbox, somente 10 dos 40 maiores mercados do mundo exigiam tal comitê. Com a nova lei, o número aumentou para 31.

Os mais influentes no Twitter

1. Barack Obama (@BarackObama)
2. Lady Gaga (@ladygaga)
3. CNN Breaking News (@cnnbrk)
4. Taylor Swift (@taylorswift13)
5. Pete Cashmore (@mashable)

Fonte: Aqui

Lucro após morte

Obra póstuma de M. Jackson é mais lucrativa que sua carreira
Brasil Econômico - Por AFP - 25/06/10

Obrá póstuma do cantor já supera seus 40 anos de carreira

A revista Billboard, especializada em música, constatou uma verdade mórbida: Michael Jackson pode valer mais morto do que vivo. A notícia surge um ano após a morte do astro americano.

As vendas de sua obra somaram mais de US$ 1 bilhão num balanço das vendas feito pela própria revista de todos os produtos relacionados com a voz, a imagem e danças do Rei do Pop.

Outro passo importante que contribuiu para o sucesso financeiro após a morte de Jackson foi a venda das gravações dos seus ensaios quando ele se preparava no Staples Center de Los Angeles para a turnê de 50 shows que estrearia em Londres, em 13 de julho passado.

O estúdio Sony Pictures comprou essas gravações por US$ 60 milhões e, em 28 de outubro, multidões foram ao cinema ver "Michael Jackson: This Is It".

Segundo o site especializado em bilheterias, o Boxofficemojo.com, este documentário figura como o filme de um show que mais arrecadou na história do cinema.

Logo depois vieram a vendas de DVD do mesmo documentário, e mais lucros pelos direito de transmissão do material na televisão, e assim o fundo de Michael Jackson somou mais US$ 392 milhões.

Outros milhões vieram com o lançamento de edições especiais de sua música, cerca de US$ 130 milhões, assim como com um acordo assinado com a Sony Music (US$ 31 milhões) para lançar dez álbuns do cantor até 2017 e, inclusive, US$ 35 milhões pela licença e a turnê que nunca chegou a realizar.

Paradoxalmente, a situação financeira do cantor em seus últimos anos de vida era caótica, a ponto de hipotecar seu rancho de Neverland. Suas dívidas chegavam a US$ 500 milhõ
es.

01 agosto 2010

Rir é o melhor remédio



Fonte: Estado de S Paulo, 31 jul 2010 (Edição/Digitalização: Mariana Ferreira)

Copa do Mundo e Dinheiro Público

Candidatas a financiamentos de R$ 4,8 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), as obras milionárias dos estádios para a Copa do Mundo de 2014 reúnem indícios de superfaturamento, desperdício de recursos e negócios arriscados para os cofres públicos. Até sexta-feira, o Comitê Organizador do evento contabilizava o início das obras em apenas metade das 12 arenas pré-selecionadas para o Mundial. O palco de São Paulo segue indefinido.

A reconstrução do estádio da Fonte Nova, em Salvador, por exemplo, custará R$ 591,7 milhões, mas o Estado da Bahia já se comprometeu a pagar valor pelo menos 50% maior ao parceiro privado, responsável também pela administração e exploração da nova arena. Em Brasília, a reforma do Mané Garrincha é a obra mais cara da Copa, orçada em R$ 745,3 milhões. O novo estádio, com 71 mil lugares, corre o risco de virar um elefante branco em uma cidade sem torcidas nem tradição no futebol. Em Manaus, a construção da Arena Amazônia começou sob suspeita de preços superfaturados em pelo menos R$ 63 milhões.

De acordo com a divisão de responsabilidades, os governos locais se encarregam da construção e reforma dos estádios. A União participa com os financiamentos do BNDES, que têm taxas de juros abaixo da média do mercado, além de três anos de carência e 12 para pagar. “Tememos que aconteça como nos Jogos Pan-Americanos”, observou o procurador da República no Amazonas, Athaíde Ribeiro Costa. Ele coordena grupo do Ministério Público (MP) responsável por acompanhar os empreendimentos do Mundial. No Pan-Americano de 2007, o orçamento inicial estourou e a União cobriu o rombo para evitar o fiasco do evento. O grupo de procuradores se reúne no final desta semana em Brasília.

Riscos. As primeiras movimentações dos órgãos de controle tornam evidentes os riscos dos negócios da Copa para os cofres públicos. Correspondência encaminhada ao BNDES pela procuradora da República Juliana de Azevedo Moraes recomenda que o banco não conceda empréstimo de R$ 400 milhões ao consórcio responsável pela reconstrução da Fonte Nova. O consórcio é integrado pelas empreiteiras OAS e Odebrecht.

Contabilidade do Ministério Público mostra que em 15 anos o Estado pagará ao consórcio mais de três vezes o valor do estádio. O governo da Bahia contesta o cálculo, mas confirma que o pagamento supera o custo da obra, apesar de o parceiro privado ter assegurada pelo menos parte da bilheteria dos eventos. A taxa de retorno do investimento foi fixada em 16,47% ao ano, informou o secretário executivo da Parceria Público-Privada, Rogério Princhak.

O BNDES se limitou a informar que não há decisão sobre o empréstimo. Ao Estado, o banco informou que analisa os pedidos de financiamento já formalizados por seis Estados, mas o crédito ainda não foi aprovado para nenhum deles.

O estudo de viabilidade econômica dos estádios a longo prazo é uma das exigências do BNDES para a liberação do dinheiro. Esse pré-requisito pode inviabilizar o financiamento da reforma do Mané Garrincha. Caso a operação dos estádios não se mostre lucrativa, os governos estaduais serão chamados a cobrir os prejuízos.

Elefantes brancos. Em relatório aprovado há pouco mais de um mês, o Tribunal de Contas da União (TCU) destacou o risco de gestão dos estádios em Brasília, Manaus, Recife e Cuiabá. “O risco de elefantes brancos pode ser considerado alto em virtude de serem locais com pouca tradição de futebol”, destaca o documento.

Para o TCU, o novo estádio do Amazonas reúne os principais riscos das obras iniciadas no País para adequar as arenas das cidades-sede às exigências da Fifa. Auditores do Tribunal identificaram indícios de 46% de superfaturamento em apenas uma amostra dos custos do Vivaldão. O preço extra apontado era de R$ 63 milhões.


Risco dos elefantes - Marta Salomon/BRASÍLIA - 1 Ago 2010 - O Estado de São Paulo