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21 setembro 2009

Turismo médico

A questão do turismo médico revela a possibilidade de redução nos custos pessoais com certos tipos de tratamento. Recentemente postamos sobre o assunto.

Alguns dados mostram como é vantajoso, para o doente, usar os serviços médicos de países do terceiro mundo. Uma ponte de safena custa, nos EUA, cerca de 144 mil dólares. Se o paciente desejar conhecer Costa Rica enquanto se recupera da operação gastará 25 mil dólares. Mas este valor é caro. Por menos da metade, 10 mil dólares, a operação pode ser realizada na Jordânia. Ou por 8,5 mil dólares na Índia.

Uma angioplastia sai por 57 mil nos EUA. Na Jordânia, dez por cento deste valor, ou 5 mil dólares.

A vantagem também é encontrada nas operações de plástica, como implante de seios. Nos EUA custam dez mil dólares. Na Colômbia, 2,6 mil.

Para tratamentos dentários a diferença é significativa: um implante dentário custa de dois a dez mil dólares nos EUA. Com $500 você paga este implante no México.

Teste #146

Frank Wilson entrou para história:

por ter descoberto o trabalho de Bernuttio Pascolini, antecessor de Pacioli
por ter o primeiro contador a usar o custeio ABC
por ter sido o contador responsável pela prisão de Al Capone


Resposta do Anterior: 1o. lugar = Física/Matemática; 10o. lugar = Línguas Estrangeiras Fonte: Aqui

Marca


A maioria das grandes marcas corporativas perdeu valor de mercado em razão da crise econômica mundial, deflagrada há um ano e que começa, lentamente, a acabar. A nona edição do estudo Melhores Marcas Globais (Best Global Brands 2009), da consultoria Interbrands, divulgada sexta-feira, descreve o comportamento negativo das 100 mais importantes marcas este ano. Pela primeira vez, o valor total delas recuou, somando US$ 1,15 trilhão. Segundo o ranking elaborado em parceria com a revista Business Week, esse grupo de bens intangíveis ficou US$ 55 bilhões inferior em relação ao ano passado, uma perda de 4,6%. A queda é considerada significativa, pois nas últimas edições do estudo o volume total apresentava crescimento médio de 5% ao ano.

As marcas que mais perderam valor foram as dos setores financeiro e automotivo. Merrill Lynch e AIG sequer figuram na lista de 2009, juntamente com outras cinco que ficaram de fora. As cinco primeiras marcas da lista permaneceram em sua posição em relação a 2008: Coca-Cola, IBM, Microsoft, GE e Nokia. O sucesso das marcas não é por acaso. “O segredo parece ser a capacidade de inovação numa sociedade tão afeita a mudanças e a relação de confiança entre a marca e o consumidor”, diz Alejandro Pinedo, diretor geral da Interbrand.

A Google foi a marca que mais se valorizou desde o ano passado, saltando da décima para a sétima colocação. A gigante da internet está avaliada agora em US$ 31 bilhões. As marcas que mais ganharam valor foram: Google (25%), Amazon (22%), Zara (14%), Nestlé (13%) e Apple (12%). A Coca-Cola está fora deste grupo por se manter invicta na liderança há quase uma década.

Na outra ponta, as cinco marcas que mais se desvalorizaram foram: UBS (-50%), Citi (-49%), American Express (-32%), Morgan Stanley (-26%) e Harley-Davidson (-43%). Quatro delas vêm do setor financeiro. No geral, o valor das marcas de bancos despencou de US$ 130,35 bilhões no ano passado para US$ 78,82 bilhões em 2009. Um tombo de 40%. A crise do crédito internacional abalou os setores de transportes (-27%) e automotivo (-9%). Para a UPS, que integra o setor de transportes, a queda no valor de marca foi de 8% no último ano, o que reflete a retração no comércio e o aumento de barreiras comerciais entre os países.

Todas as marcas de automóveis do estudo perderam valor em 2009, com exceção da Ferrari, que manteve o valor da marca de luxo. Por outro lado, a concorrente Porsche, que também integra o segmento, perdeu valor este ano. Segundo analistas, a provável razão para essa queda foi a decisão de inovar fora do seu ramo preferencial de atuação, lançando modelos SUVs, que sofreram com a turbulência do mercado. Houve forte impacto sobre os fabricantes, que deixaram acumular nos pátios das montadoras o que se pode chamar de modelos “ultrapassados”.

INTERATIVIDADE. Confiança, essencial a qualquer marca, tornou-se crucial. No modelo atual de relacionamento entre consumidores e empresas, proximidade é a palavra-chave. Entre os exemplos, está a Coca-Cola que tem mais de 3,5 milhões de fãs no portal de relacionamentos na internet Facebook. (Com agências)

Valor das 100 principais marcas recua 4,6% no ano - SÍLVIO RIBAS - 21/9/2009 - Jornal do Commércio do Rio de Janeiro



A desvalorização das marcas já era esperado. O motivo é simples: a metodologia utilizada depende fortemente da cotação da empresa no mercado acionário. Com o mercado em queda, o valor da marca também diminui. Mais sobre marca:


Saiu mais uma ediçao do ranking da Interbrand com as 100 marcas globais mais valiosas - a Coca Cola mantem a liderança, avaliada em USD 68,7 bilhoes, mas o Google registrou o maior crescimento. O valor da marca da empresa subiu 25% em 1 ano, chegando a quase USD 32 bilhoes. A 2a marca de maior crescimento também é da internet - a Amazon, que avançou 22%, para aproximadamente USD 8 bilhoes. Em termos gerais, pela primeira vez, o valor total das top 100 marcas globais caiu 4,6%, recuando para US$ 1,15 trilhao.


Fonte: aqui

Links em Finanças Comportamentais

Consciência humana => Chance de um dono do Prius ter um SUV: 1/3

Exposicao a estórias surreais e bizarras, como livros de Kafka, melhora a aprendizagem

Dan Ariely e Finanças Comportamentais

Paternidade faz a mulher mais liberal e os pais mais conservadores

Criança que sorrir ao tirar foto tem mais chance de ter um casamento feliz

Saúde

Imagine que alguém inventou uma pílula. Vamos chamar a pílula de Dorian Gray, o personagem de Oscar Wilde. Cada dia que você ingerir o Dorian Gray você não vai morrer, ficar doente, ou mesmo aumentar de idade. Absolutamente garantido. O valor? O suprimento de um ano custa US $ 150.000.

Quem é capaz de suportar este novo tratamento pode viver para sempre. Certamente, Bill Gates pode pagar. Muito provavelmente, milhares de norte-americanos de renda superior de bom grado desembolsarão 150.000 dólares por ano para a imortalidade.

A maioria dos americanos, no entanto, não teria a mesma sorte. Porque o preço destas novas pílulas bem superior a renda média e seria impossível proporcionar a pílula para todos, mesmo se todos os recursos de economia foram dedicadas à produção dos comprimidos de Dorian Gray.

Então aqui vai a pergunta difícil: Como devemos nós, como sociedade, decidir quem recebe os benefícios desta descoberta médica? Será que vamos ser igualitários nos cuidados de saúde e proibir que Bill Gates utilize sua riqueza para viver mais do que o Zé Maria? Ou será que vamos aprender a viver (e morrer) com grandes diferenças nos resultados da saúde? Existe um meio termo?


Greg Mankiw via Marginal Revolution

20 setembro 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Profissão: contador

FAÇA SUA ESCOLHA
Folha de São Paulo - 20/9/2009

MEDICINA PAGA SALÁRIO MAIS ALTO

Pesquisa da FGV listou os profissionais que são mais bem remunerados pelo mercado

FLÁVIA MARTIN

O vestibulando deste ano passa por uma situação atípica: tem de escolher a sua profissão em um cenário de crise econômica mundial, em que ocorrem mudanças no mercado de trabalho e se percebe uma preocupação maior com o futuro.

E, nessa escolha, um dos fatores que pesam para muita gente é o retorno financeiro que a profissão pode render.

Como não há bola de cristal para saber como será o futuro das profissões, uma ideia é optar pelo "espelho retrovisor" e avaliar o desempenho das carreiras nos últimos anos.

O economista Marcelo Neri, da FGV (Fundação Getulio Vargas), listou as profissões mais bem remuneradas, a partir de informações da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2007.

A Folha escolheu as dez primeiras do ranking para apresentar aos vestibulandos. Segundo o levantamento "Você no Mercado de Trabalho", os profissionais mais bem pagos hoje são os médicos. Em décimo lugar, estão os arquitetos.

Para completar o cenário do que está em alta dentro de cada carreira, a reportagem consultou profissionais, sindicatos e universidades.

A crise econômica mundial valorizou algumas das dez profissões elencadas, como o direito, a economia e a contabilidade. Segundo Pedro Amaral Dinkhuysen, diretor do Grupo Foco, empresa especializada em recursos humanos, a contratação nas áreas jurídica, financeira e tributária dobrou recentemente.

Profissão: contador

CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Folha de São Paulo - 20/9/2009

CIÊNCIAS CONTÁBEIS - LÓGICA IMPORTA MAIS QUE CÁLCULO

Responsável pela saúde financeira das empresas, o contador ajuda também na tomada de decisões

NATÁLIA SOARES

Esqueça aquela imagem antiga do contador, fazendo cálculos intermináveis sem sair do escritório. Mais do que um mero registrador de contas e produtor de balanços, o profissional formado em ciências contábeis é fundamental para a saúde financeira das firmas.

Mesmo com a crise econômica que abalou o mundo, "o mercado [de trabalho] nunca esteve tão bom", afirma Silvia Mara Leite Cavalcanti, vice-presidente do Conselho Federal de Contabilidade.

Uma pesquisa realizada pela entidade em 2008 mostrou que, quatro anos após a formatura, a remuneração mensal varia de R$ 4.000 a R$ 8.000. Em concursos públicos, o salário inicial é de cerca de R$ 7.000.

Segundo pesquisa da FGV, técnicos e fiscais de tributação e arrecadação estão na quinta posição entre as carreiras mais bem remuneradas do Brasil.

Para Antoninho Marmo Trevisan, 60, dono da Trevisan Consultoria -uma das maiores do país- e diretor da Escola Trevisan de Negócios, os contadores são uma espécie de "jornalistas financeiros".

"Nosso trabalho é interpretar os fatos e transformá-los em registros", define. E para quem acha que a falta de habilidade com números pode atrapalhar, ele tranquiliza. "Sou péssimo em matemática. Só sei fazer as quatro operações", diverte-se. "Contabilidade trata-se muito mais de lógica e interpretação de fatos do que de cálculos." [sic]

Quem escolher a área agora tem uma vantagem: uma lei de 2007 fez com que as normas da contabilidade no Brasil passassem a seguir padrões internacionais, obrigando cursos e profissionais a se atualizarem. "Com a mudança, as empresas brasileiras são obrigadas a fazer a sua divulgação contábil nos mesmos parâmetros das empresas no exterior", diz Henrique Formigoni, coordenador da graduação no Mackenzie.

No setor privado, o cargo de "controller" está em evidência depois da crise econômica. Sua função, além de produzir balanços [sic], é controlar os custos das empresas. Também estão em alta o trabalho em consultorias e em auditorias -em que o contador investiga e atesta as informações contábeis fornecidas pelas companhias.

Já no setor público, a principal demanda é para fiscais de tributos. E quem não quer ter patrão pode ser autônomo.

Otávio Cabello, 27, decidiu montar com três amigos, no fim de 2007, uma consultoria na área tributária. "Há uma carência de profissionais na área tributária, que é muito complexa e muda a todo instante."

18 setembro 2009

Rir é o melhor remédio



Fonte: Aqui e aqui

EUA e IFRS 2

Regulação: SEC dará prioridade a guia para adoção do IFRS
Emily Chasan, Reuters, de Nova York - Publicado no Valor - 18/9/2009

A Securities and Exchange Commission (SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos) terá como prioridade nos próximos meses voltar a centrar sua atenção no guia básico proposto para levar as companhias do país a aderir aos padrões contábeis internacionais, segundo informou ontem um alto representante da agência.

"Regressar ao guia básico será uma importante prioridade para nós neste outono (primavera no Hemisfério Sul)", disse Jim Kroeker, o novo contador-chefe da SEC, em suas declarações na conferência de contadores públicos certificados na New York State Society, em Nova York.

Em novembro, no que foi um dos últimos grandes projetos da SEC sob o comando de seu ex-presidente Christopher Cobre, a instituição divulgou a proposta desse guia básico, sob a qual as companhias dos Estados Unidos apresentariam seus balanços pelos padrões internacionais de resultados financeiros (IFRS) até 2014, com a opção de que algumas empresas adotassem as normas antes disso.

Kroeker, que assumiu o cargo em agosto, observou ontem que, nas mais de 200 cartas de comentários que a SEC recebeu sobre a proposta, ficou "gritantemente claro" que as pessoas concordam em ter um conjunto único de padrões contábeis mundiais de alta qualidade. Há, no entanto, diferenças contundentes sobre como diferentes grupos querem atingir esse objetivo.

Como "próximo passo importante", o pessoal da SEC trabalhará para descobrir como colocar em vigor vários pilares e referências para chegar a essa meta, segundo Kroeker.

Os IFRS são elaborados pelo Conselho de Padrões de Contabilidade Internacional (Iasb, na sigla em inglês), cuja sede fica em Londres, enquanto as normas contábeis dos EUA - conhecidas como Princípios Contábeis Geralmente Aceitos (Gaap) dos EUA - são feitas pelo Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira (Fasb), de Norwalk, Connecticut.

Kroeker destacou que os dois conselhos vêm trabalhando para alinhar seus conjuntos de regras nos últimos anos e que, recentemente, aceleraram certos projetos para promover a convergência.

Pediu, no entanto, aos que trabalham para encadear as normas americanas e as internacionais, para evitarem "uma corrida ao fundo do poço", na qual, na pressa em chegar a uma convergência, os responsáveis pelas normas sejam pressionados a adotar as versões menos polêmicas das regras, em vez das que representem melhor a realidade econômica das empresas.

"Uma corrida ao fundo do poço é uma preocupação total que tenho", afirmou Kroeker. "Se formos entrar em uma corrida dessas, no fim não haverá vencedores." (Colaborou Emily Chasan)

Teste #145

O Law School Admission Test (LSAT) http://en.wikipedia.org/wiki/LSAT é um exame feito pelo Law School Admission Council (LSAC) para candidatos a escola de direito. Sua base é investigar o desempenho lógico e verbal. Entre 29 profissões, o contador ocupou o 20o. lugar (escore de 151,7) no período de 2007 e 2008. As três profissões abaixo ocuparam o primeiro lugar (escore de 160), o décimo (escore = 155,3) e o vigésimo-quarto (escore de 149,7). Você saberia dizer qual seria esta ordem?

Administração
Física/Matemática
Línguas Estrangeiras

Resposta do Anterior: 144 x 1,08 ^45 = $4,6 bilhões. Isto seria 1,1 bilhão para cada. The Beatles é o conjunto e a fortuna hoje de Paul é de $1,1 bilhão.
Fonte: aqui

Turismo Médico

O turismo médico é um setor de elevado crescimento no mundo. A facilidade dos deslocamento aéreo e o custo crescente da medicina em certos países incentivou, nos últimos anos, que pacientes de diversos países deslocassem em busca de um tratamento mais vantajoso.

Além disto, o turismo médico permite que o paciente tenha acesso a tratamentos que, de outra forma, não obteria no local onde vive.

Os países que mais "exportam" turistas que demandam tratamentos médicos são os EUA e a Inglaterra. O local do destino é geralmente escolhido em razão do custo e da qualidade do tratamento médico.

Este endereço recomenda diversos países para destino, inclusive o Brasil.

Auditoria Interna

A atividade de auditoria interna tem passado por grandes mudanças nos últimos anos,
sendo a última delas reflexo da publicação da lei norte-americana Sarbanes-Oxley. Para atender às expectativas das empresas e bem cumprir suas funções com o intuito de redução dos conflitos de agência, o Instituto de Auditores Internos – IIA define normas e padrões que constituem um benchmark a ser buscado pelas áreas de auditoria interna das empresas em todo o mundo. A aderência às recomendações do IIA pode ser entendida como uma proxy para a capacidade da área de realizar as atividades de monitoramento do conflito entre interesses de proprietários, administradores e empregados. Esta pesquisa utilizou a metodologia do estudo de caso para avaliar o grau de aderência da auditoria interna de uma grande empresa, com ações negociadas no mercado de capitais brasileiro e norte-americano, aos padrões definidos pelo IIA. Analisou também o impacto da Lei Sarbanes-Oxley sobre as atividades de auditoria da área pesquisada. Os resultados apontam uma boa aderência do departamento de auditoria interna pesquisado às normas do IIA, à exceção da formalização das atividades de consultoria realizadas pelos auditores. No que tange aos impactos da Lei Sarbanes-Oxley, verificou-se uma ampliação das atividades de auditoria interna, uma maior evidência da área dentre as outras áreas de negócio da empresa e a implementação de metodologias de trabalho que melhoraram o desempenho da área.

AUDITORIA INTERNA COM FOCO EM GOVERNANÇA, GESTÃO DE RISCOS E CONTROLE INTERNO: ANÁLISE DA AUDITORIA INTERNA DE UMA EMPRESA DO SETOR ENERGÉTICO - Débora Lage Martins Lélis & Poueri do Carmo Mario (UFMG)

EUA e IFRS

Segundo notícia da CFO (Global Standards Alive and Kicking, SEC Accounting Chief Says
Marie Leone, 17/9/2009), James Kroeker afirmou que a convergência com as normas internacionais continua para os EUA.

Kroeker é contador chefe da comissão criada pela SEC para tratar do assunto.

Durante o período em que a convergência esteve aberta para o público, foram recebidos 200 comentários sobre a adoção da IFRS, sendo metade das empresas (30% das 100 maiores empresas da revista Fortune).

Apesar da crítica sofrida pela convergência, também em razão da crise financeira mundial, Kroeker acredita que os problemas econômicos destacaram a importância da IFRS.

Sonegação e Punição

Responder a uma ação penal por crime tributário e ser condenado por isso está cada vez mais difícil. Mudanças feitas na legislação nos últimos anos e a interpretação dada pelo Judiciário a essas normas têm reduzido a possibilidade de suspeitos de sonegação fiscal ou apropriação indébita sofrerem punições. Recentemente, a Justiça tem determinado a suspensão de processos criminais de empresários que contestam na Justiça autuações fiscais. Nesse caso, a ação penal só poderia ser proposta se comprovada que a cobrança pelo Fisco é devida. O problema, segundo advogados, é que os crimes podem prescrever. Outra maneira de escapar da condenação penal é pagar o débito fiscal.

Sonegador fica livre da prisão - Laura Ignacio, de São Paulo - Valor Econômico

Contabilidade e Eleição


Mesmo com o comemorado avanço que acaba com qualquer censura na internet, durante a campanha, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Ayres Britto, criticou a possibilidade de empresas e de pessoas físicas doarem aos partidos políticos, em vez de direcionar os recursos aos candidatos. O ministro afirmou que a regra dificultará a fiscalização da contabilidade das candidaturas e propiciará a prática de caixa dois — doações não declaradas:

— No plano estratégico da arrecadação de recursos para partidos, nosso trabalho da Justiça Eleitoral ficou extremamente dificultado. Queríamos uma lei que nos possibilitasse fazer o caminho seguido pelo dinheiro, desde o primeiro doador até o último destinatário. Esperávamos que a lei investisse em mecanismos coibitivos de caixa dois e doação oculta. Continua faltando transparência. O trabalho da Justiça Eleitoral ficou dificultado.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, que já presidiu o TSE, discorda:

— Aquelas doações que está todo mundo dizendo que são doações ocultas não são. Estamos fortalecendo os partidos. Eles administrarão os próprios recursos, que serão, claro, fiscalizadas pelo tribunal eleitoral. (...)

Presidente do TSE diz que lei dificulta fiscalização e abre brecha para caixa dois
O Globo - 18/9/2009
Carolina Brígido

17 setembro 2009

Rir é o melhor remédio




Dro-mo (Fonte: aqui e aqui)

Teste #144

Calcular o valor do intangível é muito difícil. Em 1964 um conjunto musical apareceu no programa de televisão Ed Sullivan duas vezes. A audiência somada foi aproximadamente 144 milhões de pessoas nos EUA. Isto aumentou a popularidade do grupo, tornando-o sucesso mundial. Se na época cada pessoa que assistiu o programa pagasse $1 teria $144 milhões. Suponha que este valor seja investido a 8% ao ano. Qual seria este valor hoje? Considere que o grupo tenha quatros músicos, quanto cada um receberia?

Resposta do Anterior: Na ordem, Luxemburgo, Nova Zelândia, Austrália e Suiça. Fonte: Valor Econômico, 14 de setembro de 2009, p. D3

Remuneração dos Executivos

Informar é preciso
Por Silvia Fregoni e Janes Rocha, de São Paulo e do Rio - Valor Econômici - 16/9/2009

A polêmica em torno da divulgação individual dos salários dos administradores das companhias abertas chegou ao fim. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que regula o mercado de capitais brasileiro, cedeu ao pleito das empresas e desistiu da proposta de exigir a abertura individual da remuneração de diretores e conselheiros. Mas não significa que não houve evolução. A autarquia optou por um modelo em que não se nomeia os donos dos ganhos milionários, mas se exige a divulgação ampla de uma série de informações envolvidas no processo de remuneração.

As novas regras estão no Formulário de Referência, documento que substituirá o Informativo Anual (IAN), apresentado atualmente pelas companhias abertas. O novo formulário foi colocado ontem para revisão final do mercado. A criação do documento é parte da reforma da Instrução CVM 202, de 1993, que trata do registro das companhia abertas.

Por enquanto, a CVM divulgou apenas o formulário porque o volume de alterações é muito grande e esse é uma parte da instrução que depende de processamento eletrônico, o que vai exigir tempo e investimento das empresas na adaptação técnica para o cumprimento das novas regras. O formulário ficará público para que o mercado aponte erros e incongruências até 2 de outubro. A instrução inteira será publicada até o fim do ano, para entrar em vigor eme 2010.

Com as novas regras, as empresas terão de apresentar os salários por órgão da administração - conselho e diretoria - , além de identificar a maior e a menor remuneração individual dentro de cada colegiado, assim como a média dos pagamentos. Também terão de mostrar o percentual dos salários de cada órgão relativo a partes relacionadas aos controladores, como parentes e empregados. Até agora, as companhias divulgavam apenas o valor global da remuneração, sem nenhuma separação por órgão ou tipo de verba.

As mudanças também preveem que as companhias façam distinção entre o ganho fixo e o variável e expliquem toda a política de remuneração adotada. No caso dos ganhos baseados em ações, por exemplo, terão ainda de explicar o plano e a evolução de sua implementação.

"A quase totalidade das entidades do mercado manifestaram-se contrárias à individualização dos salários e mesmo os que defenderam esse modelo reconheceram que talvez não seja o momento de exigi-lo no Brasil", disse Luciana Dias, superintendente de desenvolvimento de mercado da CVM.

No geral, o mercado aprovou a decisão da autarquia. Edison Garcia, superintendente da associação de investidores do mercado de capitais, a Amec, acredita que as informações pedidas serão úteis para a análise das empresas. "Não é o ideal do ponto de vista de governança, mas é o possível no atual estágio de maturidade do país."

A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil e um dos maiores investidores do país, concorda. "O modelo aprovado exige até mais transparência do que a proposta que enviamos à autarquia na audiência pública", afirma Joilson Rodrigues Ferreira, diretor de participações do fundo. "Era o caminho, precisávamos de mais transparência", diz o executivo da Previ, que destacou a dificuldade que existe hoje para entender porque empresas de mesmo porte e setor têm volumes de remuneração global tão diferentes.

O formulário também aumenta a transparência em vários outros campos. O modo pelo qual os investidores buscam dados sobre uma empresa muda completamente. O novo documento é muito mais completo que o IAN, que existe há 16 anos, e não apenas amplia as informações pedidas como consolida dados hoje dispersos em vários documentos de divulgação obrigatória, incluindo outros que não eram sequer acessíveis aos investidores. "Será uma fonte permanente de informações, muito mais completa", define Luciana, da CVM.

Uma das mudanças mais importantes é a divulgação da política de gerenciamento de riscos. A partir de agora, as companhias abertas terão de revelar, quantitativa e qualitativamente, os principais riscos a que estão expostas, assim como a forma de gerenciá-los. Isso não é exigido no IAN.

Outra alteração importante diz respeito às assembleias de acionistas. As empresas terão de detalhar as regras para a realização das reuniões, como as formalidades necessárias para a aceitação de procuração, a existência de assembleia on-line e a periodicidade dos encontros. Tudo isso para facilitar o voto dos investidores.

Do lado das companhias e dos próprios órgãos reguladores, um dos grandes benefícios será a agilização do processo de análise das novas emissões de títulos. O Formulário de Referência terá uma seção sobre os fatores de riscos, parecida com o item que existe nos prospectos de ofertas públicas. A ideia é que as empresas mantenham os formulários sempre atualizados e, no momento de uma emissão, façam um prospecto bastante simplificado e anexem ou façam remissão ao formulário.

"Essa medida facilitará e agilizará a confecção dos prospectos, e velocidade é muito importante nas emissões para que se possa aproveitar as oportunidades", avalia o presidente da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), Antônio Castro.

A advogada Ana Carolina Salles Freire, sócia da área de mercado de capitais do TozziniFreire, acredita que outra evolução é a exigência de que, a partir de agora, o presidente da companhia e o diretor de relações com investidores (DRI) atestem as informações divulgadas, assinando uma declaração de veracidade. "Dá segurança ao investidor, e a declaração pode ser usada em eventuais processos de responsabilidade", afirma. Hoje, o DRI é responsável, mas sem assinar nenhum atestado.

Luiz Guilherme Dias, presidente da seção Rio da Associação dos Analistas Profissionais do Mercado de Capitais (Apimec), considera um progresso a adoção das novas regras. No entanto, ele acredita que o Brasil não vai ficar muito tempo fora do que ele considera uma tendência mundial em direção à maior transparência. "Se você abre o site de uma empresa alemã, vai ver a foto do executivo, o currículo, o salário, os benefícios, tudo detalhado. Aqui, ainda não teremos esse grau de abertura." Para o advogado especialista em direito societário Gustavo Grebler, em algum momento o Brasil terá de adotar as mesmas práticas que os mercados mais desenvolvidos, já que compete pelo mesmo capital.