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09 março 2009

IFRS no Brasil 5

Mudança atinge setor de construção em cheio
Valor Econômico - 9/3/2009

A expectativa é grande. Dos analistas, dos investidores, dos concorrentes. A safra de balanços do setor de construção civil - o mais afetado pelas novas regras contábeis - nunca foi tão esperada como agora. Pelo que já mostrou o único balanço divulgado até o momento, da Camargo Correa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI), e pela previsão dos analistas e das próprias incorporadoras, deve haver uma mudança significativa nos demonstrativos financeiros do quarto trimestre e, consequentemente, do ano de 2008. A projeção é de redução de receita, de margem, do resultado operacional e da última linha do balanço.

As mudanças mobilizaram o setor, que vem se reunindo há pelo menos três meses. A preocupação é grande, sobretudo em um momento de queda das vendas. O maior temor é que as alterações contábeis sejam interpretadas como consequência da crise. Para divulgar balanços "homogêneos" que permitam que os analistas usem os parâmetros antigos para avaliar os balanços - as grandes construtoras de capital aberto fizeram um acordo. Irão publicar os resultados pelas normas antigas e pelas novas, ambos comparáveis com os períodos anteriores.

Analistas consultados pelo Valor disseram que irão avaliar os números pelas regras antiga, até porque as projeções que fizeram contemplam ao modelo anterior de balanço. Só depois que forem divulgados todos os relatórios é que os analistas devem começar a fazer as suas avaliações pelas novas regras. Isso porque ainda há muitas dúvidas, inclusive das próprias incorporadoras.

A principal e mais discutida questão - e justamente a que vai mais impactar os resultados - é o ajuste a valor presente das contas a pagar e a receber. O efeito desse tipo de cálculo no setor de construção é expressivo porque o ciclo é longo e as vendas são feitas a prazo. Sem saber exatamente que taxa usar ou que fórmula usar, as incorporadoras começaram a se reunir no final do ano passado.

Depois de mais de dez encontros, inúmeros telefonemas e e-mails trocados entre as áreas de controladoria das empresas, há cerca de quinze dias, as empresas definiram uma fórmula comum. Em linhas gerais, ficou definido que a metodologia usada será a taxa média de captação do financiamento à produção - que pode variar de TR mais 11% a TR mais 13%, descontado a inflação, medida pelo IPCA. As empresas escolheram o IPCA no lugar do INCC (Índice Nacional da Construção Civil) porque não há previsão futura do índice. Os apartamentos já entregues não serão ajustados a valor presente. "Ficou acertado assim, porque os juros já estão definidos", explica Eduardo Cytrynowicz, diretor de finanças corporativas da Even. Depois da entrega das chaves, os juros contratuais são de IGPM mais 12% ao ano.

No caso da CCDI , por exemplo, as novas regras contábeis tiraram R$ 44,9 milhões do lucro anual da empresa, de R$ 96,7 milhões para R$ 51,7 milhões. No quarto trimestre, a empresa teve prejuízo líquido de R$ 8 milhões e, pelas regras anteriores, teria apresentado lucro de R$ 1,6 milhão. No trimestre, o impacto é maior porque os ajustes do ano todo recaem sobre os três últimos meses. "É preciso analisar os números com cuidado", afirma Zeca Grabowsky, presidente da PDG Realty. "Os resultados do quarto trimestre serão afetados, mas não podem ser projetados para os próximos trimestres", acrescenta. Os executivos também frisam que as mudanças são contábeis e o desempenho operacional não muda.

Ainda que as empresas estejam procurando uma forma de se alinhar, a avaliação do setor e de analistas sobre as alterações é muito positiva. "Muitos investidores estrangeiros não gostam do setor imobiliário no Brasil porque os balanços são muito diferentes. No México é muito mais uniforme", diz um analista que acompanha o segmento. Para o diretor da Even, o mais positivo é que os balanços passam a ser comparáveis. "Havia alguma variações e interpretações importantes", acrescenta. "O balanço deixa de ser estático", avalia Leonardo Correa, diretor de relações com investidores da MRV.

Além do impacto do ajuste a valor presente, as incorporadoras têm ainda uma mudança contábil específica: as empresas passam a ter que descontar, de uma só vez, despesas comerciais e de vendas - como gastos com estande, propaganda e apartamentos decorados - que antes eram contabilizadas conforme o andamento da obra.

No Brasil, os balanços do setor acompanham o desenvolvimento das obras, modelos mais conhecido pela sigla em inglês POC, que significa percentual de conclusão. "O POC é bom no sentido de dar uma indicação de resultado. Não é preciso esperar o final do ciclo para saber se a empresa ganhou ou perdeu dinheiro", diz Correa, da MRV. A empresa definiu que, além de divulgar o balanço pelas novas regras, também continuará usando a metodologia antiga, pelo chamado POC.

Na avaliação de Henrique Campos, auditor diretor da BDO Trevisan, as mudanças para o setor devem ser ainda maiores a partir de 2010, quando o Brasil alcançar a convergência plena com o padrão internacional IFRS. Ele explica que, no padrão internacional, o negócio da incorporadora é entendido como uma atividade mercantil comum. Logo, as companhias irão contabilizar as receitas conforme a transferência do imóvel para o novo proprietário, o que caracterizará a venda efetiva do bem. Esse regime é conhecido pela expressão "chave na mão". Os especialistas têm até mesmo dificuldade de estimar os impactos sobre os resultados, uma vez que será uma grande mudança de conceito. (Colaborou Graziella Valenti)


Em outros países que adotaram a IFRS, o setor de construção civil foi um dos que apresentaram maiores diferenças. Atenção para este setor.

IFRS no Brasil 4

Para mercado, balanço de 2008 será marco zero
Valor Econômico - 9/3/2009

O desafio da nova linguagem contábil está apenas começando para os analistas de investimento. Além de emitir opiniões sobre a qualidade dos dados do tumultuado quarto trimestre, os profissionais terão que projetar os próximos resultados já de acordo com as novas normas.

Os reguladores permitiram que as empresas fizessem apenas o balanço de 2008 de acordo com a lei nova, sem necessidade de trazer a base de comparação pelo mesmo critério. Daqui para frente, os trimestrais serão também de acordo com as 16 normas emitidas pelo Comitê de Padrões Contábeis ao longo de 2008.

"Para nós será o balanço anual de 2008 será base zero. Perdeu-se o histórico", contou Lika Takahashi, chefe de análise da Fator Corretora. Ela explicou ainda que os analistas da corretora fizeram treinamento sobre as mudanças. No entanto, a aplicação prática é muito diferente e não havia como estimar quais seriam os efeitos.

De acordo com Lika, o desafio do analista é ainda maior quando se trata de companhia com efeitos sazonais. Isso porque não dá para saber como será agora de acordo com os novos padrões.

Na maioria dos casos, as companhias fizeram os comentários de desempenho sobre os balanços excluindo os ajustes da trazidos pela nova lei, prejudicando o papel educacional da adoção inicial das regras.

Segundo Sérgio Citeroni, sócio da auditoria da Ernst & Young, essa foi a preferência porque os balanços deste ano não têm a comparação. Logo, ficaria ainda mais difícil fazer a análise sem essa opção.

Além da projeção, a dificuldade de comparação deve persistir nas demonstrações financeiras trimestrais de 2009, já que as de 2008 foram feitos de acordo com o padrão antigo.

Para os analistas, o refresco virá só no próximo ano. Em 2009, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) planeja a emissão de mais 28 pronunciamentos contábeis, até setembro. Porém, eles serão aplicados apenas a partir dos trimestrais de 2010 e com apresentação dos dados comparativos.

As demonstrações anuais de 2009 seguirão rigorosamente as mesmas normas usadas para o do ano passado. "Portanto, serão comparáveis", enfatizou Eliseu Martins, diretor da autarquia, durante o anúncio, em dezembro, do cronograma de trabalhos deste ano.

IFRS no Brasil 3

Confusão contábil prejudica análise de balanços de 2008
Valor Econômico - 9/3/2009

O Pão de Açúcar divulgou e explicou um lucro de R$ 281 milhões em 2008. O ganho que ficará em seus registros históricos será, porém, de R$ 260 milhões, segundo as novas regras contábeis adotadas a partir dos balanços anuais de 2008. Assim como a rede varejista, quase todas as grandes empresas do mercado - entre aquelas que já divulgaram seus números - ofereceram ao leitor, no mínimo, dois dados de lucros. Há casos de três e até quatro resultados. A Petrobras divulgou duas receitas consolidadas. E os ajustes são relevantes, como os da Vale do Rio Doce e da Camargo Corrêa, que reduzem o lucro do ano passado em 28,6% e 46,5% , respectivamente.

A dificuldade com os balanços desta temporada em função da tumultuada adaptação à nova lei contábil foi tanta - para fazer e para entender - que nasceram diversos resultados para um único período. Não faltou criatividade na hora de tentar explicar, ou não, as mudanças. O lucro nunca teve tantos adjetivos: além do já conhecido pro forma, surgiram ainda os resultados "teóricos", os "orgânicos" e os "reconciliados".

"Não deu para fazer milagre. As circunstâncias são desafiadoras", disse Sérgio Citeroni, da Ernst & Young. Ele se refere à correria da reforma contábil, antecipada em um ano pela assinatura da nova lei em 28 de dezembro de 2007. Se ela fosse assinada três dias depois, companhias, reguladores e investidores teriam um ano a mais para se preparar.

A maioria das companhias optou por não apresentar o balanço de 2007 de forma comparável ao do ano passado, conforme licença concedida pela Comissão de Valores Mobiliários em função da correria dos trabalhos. Com isso, as empresas fizeram os comentários e explicações de desempenho sobre um número que legalmente já não é mais o oficial - o balanço de 2008 pela lei antiga. No quarto trimestre, o problema é maior, com cada empresa adotando a regra que entende mais adequada. Com a confusão, perdeu-se a precisão do primeiro registro dos efeitos da crise global.

Há setores com impactos mais dramáticos, como o de construção. A mudança para as incorporadoras imobiliárias deve resultar em perda de margem. Em compensação, os balanços passarão a ser comparáveis entre as empresas do setor, o que não acontecia antes.


Sem dúvida nenhuma, a IFRS será justificativa para muitos resultados de 2008.

IFRS no Brasil 2

Treinamento em IFRS: 2009, o ano do desafio
Gazeta Mercantil - 9/3/2009

9 de Março de 2009 - O ano de 2008 foi um dos mais relevantes em relação à evolução das técnicas contábeis no Brasil, assim como do processo de harmonização das práticas locais às normas de contabilidade internacional, ou IFRS. O termo IFRS - International Financial Reporting Standards - tornou-se conhecido pela maioria das empresas de capital aberto, de grande porte, ou multinacionais. Agora, chegou o momento de os profissionais terem contato detalhado e próximo com essa nova literatura contábil.

A importância do IFRS para os processos de governança corporativa já se faz presente e necessária para a transparência das transações e mensuração dos fatos financeiros, inclusive para haver comparabilidade global. O desafio é conhecer as normas e aplicá-las de uma forma correta.

Estima-se que, no Brasil, haja mais de 400 mil profissionais da área contábil. Acredita-se que apenas entre 5% e 10% deles tenham algum treinamento em IFRS, sendo que grande parte dos agentes em processo de treinamento avançado encontra-se nas empresas de auditoria.

Assim, possivelmente, temos um universo de mais de 360 mil profissionais que necessitam passar por adequado treinamento em relação a um padrão contábil que se tornou referência para a contabilidade brasileira desde a promulgação da lei nº 11.638, ao final de 2007, e, como conseqüência, das normas emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), órgão criado para centralizar as regulamentações do setor. Isso sem contar os universitários que se preparam para ingressar no mercado.


[há controvérsias. Alguns defendem que somente uma pequena parcela das empresas brasileiras estão sujeitas ao IFRS]

Trata-se de um desafio de proporções enormes, já que o sistema contábil brasileiro está em pleno processo, aparentemente irreversível, de harmonização rumo às normas internacionais. Até o final de 2010, empresas de capital aberto, instituições financeiras e grandes corporações que faturam mais de R$ 300 milhões ao ano devem ter suas demonstrações contábeis preparadas de acordo com as novas métricas.

A perspectiva é que, gradativamente, a convergência seja ampliada e o novo sistema contábil utilizado no país seja adotado como padrão para todas as empresas brasileiras, das gigantes multinacionais até os empreendimentos de pequeno porte. Diante desse cenário, torna-se obrigatória a preparação adequada em IFRS de todos os profissionais da área contábil.

Vale lembrar que os próprios órgãos reguladores do mercado já demonstram preocupação com o tema. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já colocou em audiência pública minuta de deliberação que dispõe sobre o programa de educação continuada dos auditores independentes. O objetivo é fazer com que esses profissionais comprovem formação mínima nas normas internacionais.

Tal esforço concentrado demandará vultosos investimentos e dedicação concentrada de empresas, profissionais, instituições de ensino, estudantes, governos e demais instâncias da sociedade brasileira que dependem de demonstrações contábeis fidedignas.

A convergência ao sistema internacional é extremamente positiva para a economia brasileira, oferecendo transparência e, especialmente, padronização global para que a contabilidade das companhias seja compreendida pela maior parte dos agentes externos. Por isso, contar com profissionais que dominem as normas de contabilidade internacional é essencial

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 2)(Ricardo Maciel - BDO Trevisan)

IFRS no Brasil

Fora de foco
Valor Econômico - 9/3/2009

Um alerta deveria acompanhar os resultados de 2008 que as companhias abertas terão que publicar até o fim deste mês. O que já era complexo na numerologia dos balanços, agora está perto do indecifrável.

A fotografia trimestral do desempenho das empresas com ações em bolsa, essencial para a tomada de decisão dos investidores, deve sair desfocada justamente num dos períodos mais críticos da economia global.

O principal motivo é a mudança das regras contábeis no Brasil. No momento, o país está num processo que, em 2010, pretende levar as empresas brasileiras ao mundo das normas internacionais de contabilidade (IFRS, na sigla em inglês), uma tentativa de unificação da língua falada pelas companhias. O futuro parece promissor: como o IFRS já foi adotado em cerca de 110 países, os investidores poderão comparar as empresas de diferentes regiões.

Mas, até lá, apertem os cintos e peçam proteção a São Mateus, o padroeiro dos contadores. Do jeito que as coisas estão, o balanço não se compara nem com ele mesmo. Os ajustes nem sempre são pequenos e há setores com maior potencial de dano, como construção e aviação civil.

Para tornar pior o que já estava ruim, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), com o endosso da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), liberou as empresas de aplicar as novas práticas aos números de 2007, o que eliminou a base de comparação.

A ideia foi facilitar a vida das companhias, perdidas em meio à enxurrada de normas que entraram em vigor em 2008. Mas a benesse dificultou - e muito - a vida dos investidores.

"É um pedágio que todos estão tendo de pagar", disse Lika Takahashi, chefe de análise da Fator Corretora. "No longo prazo, vai melhorar muito. Mas, agora, a confusão está grande."

Estamos diante de uma espécie de marco zero da contabilidade. Não é a primeira vez. A Lei das Sociedades por Ações, de 1976, causou rebuliço semelhante. Porém, naquela época, o mercado de capitais estava longe de ter a importância que ganhou nos últimos anos. (...)

A confusão ajudou a tornar mais lenta a safra de balanços. Com 21 dias para vencer o prazo legal, só 121 empresas, de um universo de 650 registradas na CVM, apresentaram o balanço completo e auditado de 2008.

O perda maior, em termos de informação, está nos resultados do quarto trimestre. Para fins de publicação legal, só existem os três primeiros trimestres do ano - o quarto é engolido pelo balanço anual. No entanto, o mercado não abre mão dessa informação. Como não houve nenhuma orientação específica da CVM para o período, as opções foram variadas e, em alguns casos, o quarto trimestre não se compara nem ao terceiro trimestre e nem ao mesmo período de 2007.

Um dos principais articuladores do processo de adoção das normas internacionais no Brasil, o diretor da CVM Eliseu Martins, admite a existência de um vácuo regulatório para o quarto trimestre. Ele recomenda que se apresentem os dados de ambas as formas: nova e antiga.

A dificuldade com os balanços desta temporada foi tanta - para fazer e para entender - que surgiram diversos resultados para um único período. Foi preciso buscar novas qualificações para tentar colocar ordem na balbúrdia contábil: há lucros "teóricos", resultados "orgânicos" e muitos números em choque que tiveram que ser "reconciliados".

E houve ainda quem não soube como fazer e tentou simplesmente deixar para lá. Num primeiro momento, a empresa decidiu não apresentar o quarto trimestre, mas acabou tendo que comentar os dados com analistas insatisfeitos.

"O cliente não quer saber da dificuldade. Quer uma conclusão: foi bom ou ruim", enfatiza Lika, da Fator Corretora.


E o usuário?

08 março 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui (adaptado)



Fonte: Aqui

Links

Em homenagem ao Dia da Mulher:

Pesquisa comprova: Franquias de mulheres faturam mais

A guerra dos sexos não acabou

Uma alerta importante

(...) Existe uma visão idealizada da web como uma espécie de armazém geral do conhecimento humano, e no sentido da amplitude daquilo que se pode descobrir com uma busca aleatória no Google, isso é verdade. Mas apesar de toda essa abertura, a rede provou ser um receptáculo ineficiente para a preservação histórica, e boa parte do que ela abriga fica perdido em um labirinto de páginas alteradas, links quebrados e sites eliminados.

O diretor da British Library recentemente alertou em artigo para o jornal Observer que, se essa memória digital não for reparada, corremos o risco de "criar um buraco negro para os futuros historiadores e escritores".

(...) À medida que proporção cada vez maior de nossa memória coletiva ganha abrigo on-line, cresce o perigo de que percamos o conteúdo e contexto de eventos acontecidos até mesmo há poucos dias, quanto mais há semanas, meses ou décadas. Tente recuperar links de escândalos antigos ou imagens inconvenientes na web, por exemplo Enron, Parmalat ou outros nomes corporativos que entraram em colapso. A maior parte deles desapareceu, apesar dos esforços de sites como a Wikipedia ou Smoking Gun ou combinação de forças da blogosfera para a preservação.

O modo como a World Wide Web evoluiu ao longo dos últimos anos tornou possível deixar obscuro ou mesmo apagar fatos inconvenientes. Isso não era a intenção do inventor da web, Tim Berners-Lee, cujo objetivo era fazer com que cada endereço apontasse para uma página de dados. Em vez disso, os projetistas da rede acharam conveniente criar endereços dinâmicos que podem tornar impossível encontrar informações em uma segunda visita a um mesmo site. Vivemos em uma época em que a capacidade de registrar e preservar o que fazemos em nossas vidas nunca foi tão grande. Mas usar a web para preservar essas memórias torna mais e mais provável que as gerações futuras vejam os primeiros anos da Internet como décadas perdidas

Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 8 – Reuters - Conteúdo da imprensa corre risco na web - 2/3/2009


Isto é relevante pois temos a mania de citar e usar a internet. Mas, e se um dia os computadores do Google apagarem os arquivos existentes?

Papel da IFRS

A ausência de padrão internacional de contabilidade seguido universalmente por todos países faz a análise e comparação de desempenho muito difícil, de acordo com o prof. David M Hunt, Presidente do Institute of Financial Accounts, da Grã-Bretanha. (...)

Uniform accounting norms needed
Business Line (The Hindu) – 2/3/2009 - 13

07 março 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

GM e continuidade

Os auditores da GM nos Estados Unidos disseram ter “dúvidas substanciais” quanto à capacidade de a montadora continuar operando. (...)

“As recorrentes perdas da corporação, provenientes das operações, do déficit dos acionistas e da inabilidade de gerar um fluxo de dinheiro suficiente para cumprir suas obrigações e manter suas atividades lançam dúvidas substanciais quanto à sua capacidade de continuar existindo enquanto negócio viável”, escreveram os auditores da Deloitte & Touche LLP, empresa que faz a contabilidade da montadora. (...)

Auditores alertam que a GM pode estar prestes a quebrar
Jornal da Tarde - 6/3/2009


Executivos de alto escalão da General Motors Corp. estão mais abertos a uma recuperação judicial financiada pelo governo, deixando de lado a preocupação anterior de que uma medida dessas afugentaria tantos clientes que a empresa não conseguiria sobreviver, disse uma pessoa familiarizada com a questão.

É uma grande mudança em relação à posição da montadora no fim do ano passado, quando solicitou ajuda do governo americano. A mudança no pensamento, combinada com a informação ontem de que os auditores da GM suscitaram "dúvida substancial" sobre a capacidade dela de continuar operando, parecem deixar a montadora mais perto da possibilidade de pedir concordata. (...)

Nesse tipo de recuperação judicial, as partes envolvidas — sindicatos, fornecedores, credores — concordariam antecipadamente com as concessões. Recuperações judiciais já previamente definidas normalmente são mais curtas.

GM fica mais aberta à recuperação judicial
John D. Stoll e Neil King, The Wall Street Journal - 6/3/2009

A General Motors alertou que bilhões de dólares em ajuda do governo não poderão evitar que a companhia fique sem caixa, se as vendas de veículos não melhorarem logo. Em informe enviado às autoridades reguladoras, a GM sublinhou a magnitude da sua crise de liquidez, ao alertar que não terá condições de saldar um título com vencimento em 1º de junho. O título é parte de US$ 27 bilhões de dívida não garantida que a GM tenta reestruturar através de uma troca de dívida por ações.

(...) A montadora informou que sua liquidez caiu para abaixo dos níveis exigidos para tocar as unidades de negócios antes de ter começado a receber empréstimos emergenciais do governo em dezembro. (...)

GM alerta sobre atraso no pagamento de títulos
Valor Econômico - 6/3/2009


A General Motors, que perdeu no ano passado US$ 30,9 bilhões, reduziu a remuneração de executivos e cortará neste ano 47 mil empregos, entre outras ações de um programa de reestruturação para se habilitar a empréstimos ao Tesouro americano.

Em razão da dependência da ajuda governamental, auditores decidiram atribuir à empresa a denominação de "going concern", significando que há dúvida substancial sobre a capacidade da montadora de sobreviver.

A montadora reiterou, em relatório, que se não for capaz de promover, com sucesso, o processo de reestruturação, poderá ter de pedir liquidação pelo Capítulo 7. Tal pedido, fundamentado neste capítulo, é indicado para empresas que não têm chance de quitar as dívidas e é feita a liquidação de todo patrimônio do devedor.

Enquanto isso, no Canadá, o sindicato de trabalhadores e a GM identificam áreas para cortar custos e manter viável a operação local da montadora.

GM admite, em relatório, que pode falir
Gazeta Mercantil 6/3/2009 - C5 - 1ª Página - Pág. 1

06 março 2009

Rir é o melhor remédio

A Fábula das Vacas

Você possui duas vacas.

Você registrou no seu balanço as vacas por $100 cada.

Você notou que as vacas estão definhando. Mas o balanço continua dizendo que elas valem $100.

Felizmente, não existe marcação a mercado, e você não registrou isto.

Suas vacas estão morrendo.

Ainda bem que não se usa valor justo para chamar atenção disto e para não aleardear demais o mercado.

Mas como você sabe que elas não estão produzindo como devia, você decide ajustar seu modelo e marcar as vacas a $98 cada.

Você sabe que o fluxo de caixa do leite irá reverter no futuro próximo.

Mas você precisa de recursos e vai ao mercado. Os investidores dizem que as vacas estão morrendo e já existe um passivo de $200 que corresponde a um empréstimo que você obteve para comprar as vacas.

Você mostra as demonstrações contábeis, onde as vacas estão registradas a $98 cada.

Você pergunta ao governo se ele não quer comprar as vacas por $98 cada.

O governo resiste e finalmente monta um plano, convoca a imprensa e injeta $45 na sua empresa. Em troca, o governo quer os direitos do leite gerado pelas vacas.

As vacas morrem. Sua dívida aumenta para 245. Você não irá comprar novas vacas.

Adaptado: Aqui
via Seeking Alpha

Correlação entre prisão e crime


(...) Por exemplo, em 2007, a população carcerária da Califórnia encolheu cerca de 1%, enquanto a população carcerária global americana cresceu cerca de 2%. Vai levar alguns anos até a decisão final da Corte ser tomada, mas o resultado provável é que, em cinco ou seis anos, haverá 25.000 presos a menos nas prisões da Califórnia do que haveria de outra forma.

O que isso significa para o crime? Se minhas estimativas estiverem corretas, o crime violento será cerca de 6% mais alto na Califórnia do que teria sido sem a ação, o que significa aproximadamente 150 homicídios, 500 estupros e 4.500 roubos a mais por ano.

Esses números parecem alarmantes, mas, de acordo com minhas estimativas, liberar os prisioneiros é mais ou menos igual, de uma perspectiva de custo-benefício para a sociedade. O dinheiro que economizamos soltando os prisioneiros funciona na mesma ordem de magnitude que a dor e o sofrimento associados com o crime extra.

O grande experimento prisional da Califórnia - e uma pista italiana a ser seguida
Steven D. Levitt via Conjuntura Contábil

Celular, imposto e consumidor

Brasileiro paga mais caro pelo uso do celular, diz UIT
2/3/2009 - Valor Econômico

O consumidor brasileiro é o que paga mais caro pelo uso de telefone celular entre usuários de 154 países, com base no critério de Paridade de Poder de Compra (PPC). Também desembolsa bem acima da média mundial pelo telefone fixo e para se conectar à internet.

(...) Por uma "cesta de preços de celular" (inclui o custo mensal da assinatura, 25 chamadas por mês e 30 torpedos), o Brasil tem o custo mais elevado, com US$ 44,2 medidos pelo PPC. É três vezes mais que o valor médio pago pelos consumidores de países industrializados e em desenvolvimento. A paridade do poder de compra corresponde à taxa de câmbio entre duas moedas, calculada conforme a quantidade de cada moeda que é necessária para adquirir determinado conjunto de produtos e serviços idêntico no país a que pertence cada moeda.

O custo do minuto local de celular em 2008 no horário de pico era de US$ 0,92 em termos de PPC, quase o dobro do que pagam os vizinhos argentinos (US$ 0,52), muito mais que os indianos (US$ 0,07) e os alemães (US$ 0,06).

Um fator que encarece os serviços de telecomunicações no Brasil são os impostos. A carga tributária incidente sobre o setor é uma das mais elevadas do mundo e ultrapassa 40% da conta telefônica, dependendo da alíquota de ICMS em cada Estado. A redução dos impostos é um pleito antigo das operadoras, que alegam que uma carga menor estimulará o uso dos serviços e, na prática, não haverá perda de arrecadação.
(...)

Índice do Batom

(...) De tempos em tempos, as revistas de economia divulgam índices baseados na economia real, como o índice Big Mac ou o "lipstick index".

O "indicador do batom" mostra que, quanto pior a crise, mais aumentam as vendas de produtos ligados à vaidade. Em 1929, as vendas de batom cresceram 25% nos Estados Unidos. Em 2001, ano dos atentados de 11 de setembro, 11%.

"Na verdade, as pessoas continuam tomando banho e as mulheres continuam vaidosas", afirma Nicolas Fischer, presidente da Nivea Brasil. "Felizmente."

Em outras palavras, isso significa que, mesmo em mares turbulentos, a Nivea navega com certa facilidade. Alguns clientes, nos últimos meses, passaram a se preocupar mais com estoques e mix de produtos e, em algum momento, diminuíram as compras. (...)

Na crise, empresários recorrem a cortes e união
Folha de São Paulo – 1/3/2009 – Cristiane Barbieri

Relatórios Trimestrais e Crise

O artigo a seguir faz um ataque aos relatórios trimestrais, usando como exemplo o Japão e a Ásia:

Maldição trimestral assola os mercados
William Pesek – 2/3/2009 - Valor Econômico

(...)
A americanização do Japão tem sido um objetivo dos Estados Unidos por décadas. (...) Há indícios de que as autoridades dos EUA estejam recebendo o que queriam, e isso não é necessariamente uma coisa boa. (...)

Não é divertido ser uma empresa de capital aberto nos nossos dias - não com as economias desabando e os mercados de crédito paralisados. Os acionistas estão exigindo ação dos executivos do alto escalão e, portanto, eles estão recorrendo a cortes de pessoal. A motivação para estas iniciativas parece bastante clara: o próximo balancete trimestral.

Pode ter chegado a hora de abolir este extremamente apreciado pilar do capitalismo ao estilo americano.

Uma das semelhanças existentes entre as explosões da Enron e do Lehman Brothers é o pensamento de curtíssimo prazo e os bizarros modelos de remuneração. O sistema dos EUA agora em frangalhos estimulou a contabilidade criativa, como: exagerar no valor dos ativos; diminuir a importância dos riscos e ocultar o que não se consegue explicar fora do balanço patrimonial.

Se os executivos não precisassem impressionar os investidores a cada poucos meses, estariam menos inclinados a assumir riscos extremos ou a cozinhar os números. Longe de resultar em menos transparência, um mundo sem dramas trimestrais poderia estimular rendimentos mais regulares e menos orgulho financeiro arrogante.

Qualquer pessoa que quiser deitar os olhos nessa linha de pensamento desejará ler "The Smartest Guys in the Room" (os mais espertos da sala), o livro de 2003 de Bethany McLean e Peter Elkind sobre o desaparecimento da Enron. Seu relato sobre os procedimentos de fritura pesada da contabilidade corporativa é valioso como nunca, nesse momento em que Wall Street arde.

Até executivos que não estão se envolvendo com fraude podem deixar as pressões dos demonstrativos de resultados trimestrais distorcerem o seu modo de pensar.

O Japão começou a exigir que todas as empresas registradas em bolsa informassem trimestralmente os seus resultados em 2003. Agora os executivos podem estar tomando providências contraproducentes que lamentarão em mais cinco anos. NEC, Nissan, Panasonic e outras estão ajudando a alarmar os consumidores, induzindo-os a uma hibernação plurianual. Em vez de gastarem mais, os 127 milhões de habitantes do país pouparão mais agressivamente.

(...) Grandes coisas podem advir de empresas que aderirem mais a padrões internacionais e acolherem positivamente o investimento estrangeiro. Maior diversidade internacional nos gabinetes dos diretores das corporações e entre os grandes acionistas poderia sacudir o Japão S.A. para melhor.

Num mundo perfeito, apresentar relatórios a cada poucos meses força a responsabilidade e a transparência, mas isso joga desproporcionalmente o enfoque num período de 90 dias, à custa do quadro mais amplo.

Hong Kong, por exemplo, quer instituir relatórios trimestrais para substituir o sistema semestral atual. É o caso de se questionar se é benéfico ter executivos na nona maior economia da Ásia sendo constantemente distraídos pelo placar.

Informes semestrais - ou até anuais - podem criar um ambiente mais estável. À medida que os executivos fortalecerem as lacunas com atualizações confiáveis aqui e acolá sobre rentabilidade e riscos, haverá menos enfoque direto sobre preços de ações.

Os investidores poderão recompensar empresas que voluntariamente oferecem análises aprofundadas reais sobre sua saúde, em contraponto às que não o fazem. Se a realidade a cada seis a 12 meses não combinar com a informação, as ações seriam castigadas. Falemos sobre deixar os mercados livres funcionarem.

A Ásia precisa se abrir mais ao mundo financeiro ao seu redor. Os comunicados recentes sobre demissões nos levam a perguntar se o Japão estaria aprendendo as lições erradas com o Ocidente.

Observe que existe uma crítica interessante a adoção das normas internacionais. Convergir para único padrão implica em reduzir a criatividade dos mercados locais.

Reversão a média

Thomas H. Forester conseguiu de alguma maneira ser o único dentre os 8.200 administradores de fundos de ações nos Estados Unidos a apresentar um ganho em 2008.

Esses fundos tiveram, em média, uma perda de 39%, enquanto o fundo Forester Value terminou o ano positivo em 0,4% - um ganho pequeno, mas um ganho.

Seu sucesso não passou despercebido, O Forester Value aumentou US$ 20 milhões nos últimos dois meses, enquanto os fundos mútuos americanos como um todo, que mexem com US$ 9,6 trilhões, enfrentam saques recordes.

Forester, contudo, está ansiosos para provar a vitória foi mais uma jogada de gênio que um golpe de sorte.

Fonte: Valor Econômico via
Conjuntura Contábil



Quando um investidor consegue um resultado inesperado, o normal é que no ano seguinte o resultado volte ao padrão. Isto significa “reversão a média”

Continuidade e seus efeitos

Este é o tempo do ano: o momento em que os auditores são exigidos para oferecer sua perspectiva sobre a saúde das empresas, que é conhecida como going-concern opinion (opinião sobre a continuidade). (...) Uma opinião questionando a continuidade pode afetar os contratos com emprestadores e conduzir a falência. Um especialista em problemas com crédito, Martin Fridson da Fridson Investment Advisors, estima que taxa de default pode aumentar em 15 por cento nos próximos meses.

‘Going Concern’ Season Brings New Risks - 27/2/2009 – New York Times. Aqui um texto mais completo

Contabilidade e ciclo econômico

Veja que interessante:

Wittenstein tinha se planejado para recessão com um sistema contábil para horas trabalhadas. Nos anos passados seus 1350 empregados fizeram um grande acordo de hora extra, que eles não eram pagos mas registrados como crédito em “conta de trabalho”. Agora que a demanda está em queda – Sr. Wittensteins diz que as ordens cairam em mais de 30 por cento em novembro e dezembro – eles trabalham poucas horas mas ainda recebem o mesmo salário.

Credit in Germany's jobs bank - Schaefer, Daniel - 26/2/2009 - Financial Times - London Ed1 - 12

Ou seja, durante o período de crescimento, as horas extras eram realizadas, mas não pagas. Isto criava uma obrigação para a empresa num banco de trabalho. Agora, na recessão, reduz o valor deste passivo, mas o trabalhador continua a receber o mesmo salário.

Teste #31

Um aluno estava pesquisando na internet sobre Buchhaltung. O que significa isto e em que língua este aluno estava pesquisando. Em sueco corresponde a Redovisning

Resposta do Anterior: IOSCO, que é corresponde a reunião dos reguladores do mercado mobiliário

05 março 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Teste #30

Você deve encontrar uma palavra, com seis letras, usando a tabela de equivalência abaixo (o valor da letra corresponde a ordem do alfabeto) e com as seguintes pistas:

1. A soma das letras é igual a 61
2. É uma palavra com cinco letras
3. Somente a terceira letra não é múltiplo de 3, mas é um número primo
4. A soma da segunda e quarta letra é múltiplo de cinco
5. Duas letras são iguais



Resposta do Anterior

Marcação a mercado

Marcação de ativos se adapta ao cenário volátil
27 February 2009
Valor Econômico

Agilidade para capturar as mudanças de mercado é o principal objetivo da nova versão das diretrizes de marcação de ativos em fundos de investimento, que acaba de ser divulgada pela Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), na visão de executivos. "A iniciativa do Conselho de Autorregulação da Anbid visa adequar a metodologia de marcação ao momento atual de mercado, mais volátil", afirma Alberto Elias, diretor da BNY Mellon Serviços Financeiros, uma dos principais administradoras de fundos do Brasil, com mais de R$ 50 bilhões em ativos.

Tanto é que esta é a primeira vez que o documento estabelece um prazo para o uso de cotação de ativos junto ao mercado, de no máximo 15 dias, para o caso de operações de renda fixa privada, acrescenta o superintendente de precificação da BNY Mellon, Sérgio Battaglia. "Todo dia é preciso fazer a atualização dos preços dos ativos, mas a nova versão diz que não se deve usar taxas coletadas há mais de 15 dias."
O documento recomenda ainda o uso como parâmetro para a marcação dos ativos, sempre que possível, de taxas e preços divulgados pela Associação Nacional das Instituições de Mercado Aberto (Andima) ou pelas bolsas. Todo o esforço, continua Battaglia, é para se chegar mais perto do valor justo do ativo diariamente e, com isso, evitar a transferência de riqueza entre os diversos cotistas de um mesmo fundo de investimento. (...)

04 março 2009

Rir é o melhor remédio


O cartoon abaixo é irônico com a questão do consumo de drogas (lembra o Brasil, não?). De um lado da fronteira, o consumidor, admirando a qualidade do produto. De outro, com o chão vermelho, o lado mexicano, onde existe a violência do cartel.

Fonte: Aqui

Teste #29

Grau de dificuldade: **

Descubra uma palavra na figura abaixo. Ela começa com a letra “I” do centro da figura e está no plural. Você deve seguir as linhas e nunca deve passar por uma letra duas vezes. Obviamente que são 17 letras e a palavra possui 17 letras.


Resposta do Anterior

Links


Pintura no corpo

Resultados de uma pesquisa realizada com investidores, analistas e executivos sobre a IFRS pela KPMG

Sobre o teste de stress para os bancos estudunidenses

Cartões de visitas criativos

Turismo hospitalar

Os custos elevados da medicina de alguns países deu origem ao turismo hospitalar. Neste caso o doente visita outro país e aproveita para fazer o tratamento. O turismo hospitalar é uma fonte de entrada de recursos em moeda forte para alguns países, mas pode sobrecarregar o sistema.

A seguir uma relação dos 10 melhores países em turismo hospitalar:

10. Lituânia
9 . Turquia
8 . Índia
7 . Israel
6 . Costa Rica
5 . Hungria
4 . Egito
3 . Africa do Sul
2 . Malasia
1 . Indonésia

Remuneração

Remuneração de executivos: a crise trouxe uma lição?
Edy Luiz Kogut - 27/2/2009
Valor Econômico

(...) Está em discussão, em audiência pública, por meio da revisão da Instrução 202, proposta da Comissão de Valores Mobiliários de tornar pública, nas Informações Anuais (IAN), a remuneração dos principais executivos das companhias de capital aberto. Nos Estados Unidos ela é pública. O interessado pode acessar o site ou a companhia e obter essas informações.

(...) No Brasil, a grande maioria das empresas tem controladores que, em geral, determinam e acompanham os salários dos principais executivos. Isto tende a diminuir os absurdos salariais mencionados acima, mesmo que a remuneração variável se baseie em resultados anuais.

O problema mais discutido aqui é o do relacionamento entre controladores e minoritários. Em princípio, parece não haver conflito entre esses grupos pelo fato de os salários não serem totalmente transparentes, a não ser que controladores sejam também administradores (conselheiros e/ou executivos) e se beneficiem de salários astronômicos.

Pode-se sempre argumentar que a remuneração dos executivos pagos por uma empresa é um elemento importante na análise de um investidor. Talvez isso seja verdade para o valor total da remuneração fixada pela assembleia, mas o montante recebido por cada administrador parece ser irrelevante. A remuneração individual pode ser, inclusive, um dos segredos da empresa, que não deve chegar aos seus competidores. A informação pública pode dificultar políticas eficientes de diferenciação entre administradores e afetar a segurança pessoal dos executivos. Também é importante lembrar que, nos exemplos dos bancos citados acima, a transparência da remuneração não evitou a diferença, no médio prazo, entre os retornos dos acionistas e dos executivos. Assim, não parece existir argumento forte para que essas informações sobre salários sejam públicas.

Caso a decisão seja pela divulgação da remuneração individual, talvez uma solução intermediária fosse a de só informar esses valores nas assembleias gerais ordinárias, quando solicitado por um acionista, no âmbito da aprovação das contas dos administradores, e não no IAN, como previsto pelas novas regras propostas pela CVM.

Fim do UEPS?

A Exxon Mobil Corp. e outras empresas estadunidenses de petróleo e gás irão pagar 31.4 bilhões em impostos nos próximos dez anos com uma proposta para eliminar ou reduzir uma série de incentivos fiscais e de produção atualmente disponíveis para o setor. O setor energético também é grande beneficiário de um principio contábil-fiscal, conhecido como LIFO, ou Last-in-first-out – que seria revogado (...)

The Obama Budget: Business Braces for a Big Hit
Greg Hitt & Jesse Drucker – 27/2/2009 - The Wall Street Journal – A8

Plágio

Um jornalista da Fortune copiou um texto do NY Times Magazine. Aqui o texto da Fortune (com as desculpas) e aqui o texto original. Abaixo, um trecho do original e um trecho da cópia:

TIMES MAGAZINE:
He did well in high school and graduated from the Azerbaijan Institute of Oil and Petrochemistry, after which he worked on the Oil Rocks, a fabled offshore field in the Caspian Sea. The facilities were Dickensian. He lived on primitive rigs prone to explosions, fires, storms and other disasters. On one occasion, a blowout on his rig threw him into the storm-tossed Caspian, and he had to swim for his life.

FORTUNE:
He graduated from the Azerbaijan Institute of Oil and Petrochemistry and soon went to work on the Oily Rocks, a storied offshore city on the coast of the Caspian Sea. The conditions there were famously treacherous. Once, during a storm, a blowout on his drilling rig sent him flying into the high seas, and he had to swim for his life.

Fonte: Aqui

Erro

BofA admite erro em ajuda ao Merrill
Valor Econômico - 4/3/2009

O pedido do Bank of America (BofA) de US$ 20 bilhões em dinheiro do governo para sustentar sua aquisição do Merrill Lynch foi um "erro tático" que fez a instituição parecer tão fraca quanto o Citigroup, afirmou o executivo-chefe do banco, Ken Lewis, ao "Financial Times", na segunda-feira. Lewis comprometeu-se a ficar como executivo-chefe do banco de Carolina do Norte até pagar os US$ 45 bilhões em dinheiro do governo que recebeu no programa de recapitalização de bancos do Tesouro dos EUA, possivelmente em dois ou três anos. É a primeira vez que sinaliza planos de deixar a empresa.

O executivo mostrou arrependimento por sua "abundância de cautela", que o levou a receber mais recursos do que era necessário para absorver o prejuízo do Merrill Lynch no quarto trimestre, de US$ 15 bilhões. O BofA recebeu de início US$ 25 bilhões do Tesouro em setembro. Depois, pediu mais US$ 20 bilhões no fim de dezembro, quando percebeu que o tamanho das perdas do Merrill eclipsaria as previsões preliminares do Bank of America.

"Olhando em retrospectiva, foi um erro tático porque nos colocou na mesma categoria do Citigroup", afirmou Lewis. "Ainda poderíamos ter ´Tier One´ [como é conhecida a taxa capital próprio, em inglês] de 8% depois da perda de US$ 15 bilhões, mas nós queríamos um amortecedor" de segurança.

Lewis observou que teria sido melhor pedir apenas US$ 10 bilhões para esse fim, o que poderia ter ajudado a conter os receios dos investidores de que havia mais problemas no horizonte.

A escala da assistência prestada pelo governo ao Bank of America e Citigroup ajudou a alimentar as especulações de que seria necessária a nacionalização direta de ambos os bancos. Essa preocupação contribuiu para uma queda de 76% nas ações do BofA desde a aquisição do Merrill, em janeiro.

O executivo ficou sob fogo cerrado por pagar quase US$ 20 bilhões para comprar o Merrill Lynch, justo quando o atribulado banco de investimento registrava prejuízo de US$ 15 bilhões no quarto trimestre, e depois pedir ajuda ao governo para prosseguir com o acordo.

Os problemas da transação e a polêmica pelo pagamento de bônus do Merrill em dezembro levaram a pedidos de renúncia de Lewis, mas o executivo disse que a hipótese não lhe passou pela cabeça nem "por um segundo". "Quero pagar o dinheiro do Tarp [sigla em inglês para o ´programa governamental de recuperação de ativos problemáticos´] antes de ir a qualquer lugar e até lá acredito que veremos o êxito da aquisição", disse. "Seria muito fácil desaparecer, mas temos de atravessar muito lentamente por tudo isto."

Lei 11638


(...) Com respeito à manutenção dos lucros acumulados ou a sua destinação obrigatória como integralização de capital ou distribuição como dividendos, a adoção da Lei nº 11.638, alterada pela Medida Provisória nº 449, será resolvida caso a caso, isto é, em função da relação existente entre os sócios - mesmo com o item 115 da Orientação nº 2 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Entendemos que, se em uma sociedade limitada, ainda que caracterizada como de grande porte, há total harmonia entre os sócios, de modo que a decisão de reter os lucros acumulados, seja por qual motivo for (reinvestimento, reserva para eventuais efeitos da crise econômica etc.) não cause disputa entre eles, não há que ser seguida a exigência legal de extinção da conta "lucros acumulados", pois os direitos dos sócios à decisão sobre os lucros e à distribuição de dividendos estão protegidos, em especial se houver deliberação assinada por sócios que detenham a totalidade do capital social. Ao contrário, se mesmo em uma sociedade limitada, ainda que de apenas dois sócios, houver, por parte de um deles, especialmente o minoritário, expectativa no recebimento de dividendos, a reunião deles deverá decidir sobre a destinação da conta "lucros acumulados", sendo tal conta extinta quando do encerramento do balanço.

As empresas limitadas e as novas alterações na Lei das S.A - Valor Econômico - 4/3/2009 - Edison C. Fernandes

03 março 2009

Rir é o melhor remédio







Os heróis nos dias de hoje

Grato, Alexandre Alcantara.

Teste #28


Grau de Dificuldade: **

Uma empresa decidiu inovar na evidenciação do seu resultado. Para tanto, elaborou o seguinte organograma:

Você seria capaz de completar o que falta? (Clique na imagem para ver melhor)

Resposta do Anterior: 1) Sim. Carvalho morreu em 1920 e Uniform Accounting foi publicado no Journal of Accountancy em 1917; 2) Não. Besta morreu em 1922 e o protetor solar foi inventado em 1936; 3) Sim, Cotrugli nasceu em 1416 e os óculos foram inventados em 1315. Fonte: Schmidt, História do Pensamento Contábil, para os dados contábeis

Links

Probabilidade de tomar um pote de sorvete quando estou de dieta

Os dez maiores bancos antes e depois da crise

Pagamento mínimo no cartão de crédito, ancoragem e finanças comportamentais

Evolução dos salários das super modelos

AIG ainda é notícia

A seguradora AIG ainda é notícia: prejuízo de 62 bilhões de dólares no trimestre. Já fizeram as contas: isto representa 465 mil dólares por minuto de prejuízo. Ou, em seis segundos você pode pagar seus estudos de um ano em Harvard.

Salmon afirma que é fascinante que ainda é uma empresa com ações em bolsa.

Valor Justo no BoA


A tabela acima é do Bank of America (BoA), uma das empresas mais admiradas na revista Fortune (Clique na imagem para ver melhor). Compara os empréstimos do banco em termos de valor justo e valor contábil. Em outras palavras, são 44 bilhões abaixo do valor de mercado. Fonte: Financial Times

Empresas mais admiradas

Em tempos de crise, eis as dez empresas mais admiradas da Fortune:

1 Apple
2 Berkshire Hathaway
3 Toyota Motor
4 Google
5 Johnson & Johnson
6 Procter & Gamble
7* FedEx
7* Southwest Airlines
9 General Electric
10 Microsoft

A Berkshire Hathaway provavelmente deve anunciar um grande prejuízo. Em 20o. da lista uma instituição financeira, J.P. Morgan Chase. Em 26o, o Bank of America.

Fonte: Fortune, via aqui

Quebra da empresa

Aparentemente, não existe nenhuma pessoa que gostaria que uma empresa como a General Motors quebrasse. Mas esta afirmação está errada. O texto a seguir, da Gazeta Mercantil, mostra que um grupo de executivos, auditores e advogados seriam beneficiados:

Quebra da empresa renderia US$ 1,2 bi de honorários
Gazeta Mercantil - 26/2/2009

Nova York, 26 de Fevereiro de 2009 - A quebra da General Motors Corp. (GM) poderia render uma festa de US$ 1,2 bilhão para os banqueiros, auditores e advogados, superando os honorários recorde obtidos com o colapso do Lehman Brothers Holdings Inc.

A GM, tentando reduzir o seu endividamento e salários extrajudicialmente, disse em 2 de dezembro passado que terá que cortar para quase a metade os seus US$ 62 bilhões em passivos, excluindo empréstimos do governo. Caso contrário, ela pode terminar como o Lehman, que vai pagar estimados US$ 906 milhões em taxas aprovadas pela Justiça por serviços profissionais, disse Lynn LoPucki, professor de direito sobre falências e concordatas na Universidade da Califórnia, em Los Angeles.

"``A festa já começou e vai continuar por meio da quebra"'', disse LoPucki, que mantém um banco de dados com estatísticas sobre falências e concordatas, que ele usou para estimar as remunerações. A GM está em grande dificuldade financeira e não pode fazer os cortes de que precisa fora de uma concordata, porque não pode obrigar os credores a concordarem com um acordo."''

Escritórios de advocacia, entre eles Dewey & LeBoeuf LLP e Weil, Gotshal & Manges LLP, que já prestam consultoria à montadora, estariam entre os que receberiam milhões de dólares em honorários no caso de a GM quebrar. Especialistas em bancos e reestruturação do Morgan Stanley, do Blackstone Group LP e da Evercore Partners Inc. também prestam assessoria à GM. Já o sindicato UAW consulta o Lazard Ltd., segundo fontes.

Tom Wilkinson, porta-voz da GM, recusou-se a comentar as remunerações potenciais em caso de falência ou concordata.

O plano de viabilidade apresentado pela GM em 17 de fevereiro ao governo mostrou quatro opções de reestruturação, entre elas a remodelação extrajudicial já iniciada pela empresa, que criaria uma montadora enxuta, com foco em marcas como a Cadillac e a Chevrolet e no modelo elétrico Volt.

A GM levou sua unidade Saab à concordata este mês e disse que estuda o futuro de suas divisões na Europa.

O plano de viabilidade custaria ao governo norte-americano US$ 27 bilhões em empréstimos, enquanto três tipos de concordatas poderiam exigir financiamentos do governo de US$ 36 bilhões a US$ 86 bilhões, segundo estima a GM.

O governo do presidente Barak Obama, que vai estudar os planos de viabilidade da GM e da Chrysler LLC, não ``pressiona pela opção da concordata, disse o senador democrata Carl Levin, depois de se reunir com membros da força-tarefa do presidente para a indústria automobilística.

A estimativa de honorários de LoPucki se baseia em comparações com outros grandes casos e reflete as diferenças em dados como o número de empregados que indicam tamanho e complexidade reais do negócio'''', disse. A GM tem cerca de 244.500 empregados, ou cinco vezes o número do Lehman, disse ele.

(Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 4)(Bloomberg News)

Pressupostos econômicos

Especial
Economia deve se admitir imperfeita, afirma Frydman
Valor Econômico - 26/2/2009


Além de culpar Alan Greenspan, o governo Bush e a desregulamentação financeira feita no governo Clinton, os economistas deveriam olhar para si mesmos ao buscarem as causas da atual crise global. Uma causa subjacente, segundo o economista Roman Frydman, foi a pretensão da corrente dominante do pensamento econômico nos últimos 30 anos de que podia estimar com precisão os preços dos ativos e, consequentemente, prever os movimentos dos mercados. Esse modelo fracassou, diz Frydman. Em seu lugar, ele defende um modelo baseado no que chama de conhecimento imperfeito.

(...) O alvo de Frydman é a teoria (ou hipótese) das expectativas racionais, um pressuposto usado atualmente nos principais modelos macroeconômicos e que prevê que a expectativa dos agentes econômicos (consumidores, empresas, traders, associações etc) é correta na média, pois essas expectativas se baseiam na análise de todos os fatores envolvidos.

"As expectativas racionais são uma metodologia muito poderosa, que postula que os economistas são capazes de determinar com precisão o que os mercados pensam sobre o futuro. Soa estranho, mas é isso", disse Frydman.

Assim, seria possível prever "cientificamente" a evolução dos preços dos ativos, isto é, de ações, imóveis, moedas, commodities etc. Obviamente há oscilações não previstas, mas com o tempo o preço do ativo tenderia a voltar a uma situação de equilíbrio.

"Todos esses modelos são baseados na ideia de que os economistas, analistas ou alguém que trabalha num banco pode precificar uma ação. Isso se chama a precificação racional das ações. O preço depende das expectativas de para onde a ação está indo. Se essa expectativa está errada, então o preço não é o preço racional. Mas, por causa dessa crença dos economistas de que podem saber exatamente quais são as expectativas, eles achavam que podiam desenvolver métodos para modelar os preços."

Essa ideia levou à elaboração de complexos modelos matemáticos que são usados diariamente por instituições financeiras e empresas em todo o mundo para tentar antecipar preços dos ativos. "Isso se tornou um enorme negócio", afirma Frydman.

O que isso tem a ver com esta crise? Frydman cita dois efeitos importantes. Em primeiro lugar, os modelos fracassaram ao não conseguir prever os riscos da valorização contínua dos ativos. Como o modelo previa "cientificamente" o preço dos ativos, e estes só subiam, isso desestimulou os agentes econômicos a prestar atenção aos fundamentos que deveriam sustentar aqueles preços. Os mercados se iludiram de que os preços podiam continuar se apreciando indefinidamente.

Em segundo lugar, se o mercado conseguia fazer uma avaliação científica do risco, o principal fator para se precificar um ativo, então não era necessário que a autoridade regulatória fiscalizasse as instituições. Elas mesmas estariam se fiscalizando continuamente, ao analisarem o risco umas das outras. O ex-presidente do Fed (o banco central americano) Alan Greenspan comprou essa ideia. Deu no que deu.

"Os EUA precisam aceitar o fato de que desregulamentar não foi uma boa ideia. A teoria econômica nos EUA não está muito boa, pois é amplamente baseada nas expectativas racionais. E as expectativas racionais fazem você pensar que, quando os mercados disparam, eles estão certos, ou então não teriam disparado. Essa teoria é incapaz de explicar o que estamos vendo agora."

O embate com as expectativas racionais marcou a atividade acadêmica de Frydman. "Eu tinha acabado de imigrar para os EUA no final dos anos 60, vindo da Polônia, onde a economia planificada havia fracassado, e fiquei muito surpreso de saber que lá se pretendia elaborar um modelo exato para o mercado. Fui até Phelps e perguntei a ele se as pessoas nos EUA acreditavam mesmo que podiam dizer exatamente para onde o mercado estava indo. Então começamos a desenvolver uma crítica às expectativas racionais."

Ele mesmo admite que boa parte dessa crítica (como o livro escrito com Phelps e publicado em 1983, "Individual Forecasting and Aggregate Outcomes: 'Rational Expectations' Examined") foi ignorada. "O pensamento econômico continuou trabalhando com as expectativas racionais."

"Todas essas implicações fracassaram na prática. Há uns dez anos começou a ficar claro que a economia tinha de aceitar que não pode prever exatamente para onde vai o mercado", diz Frydman. "Então, a pergunta principal passou a ser: é possível fazer algum tipo de modelo se você não sabe para onde o mercado está indo? Ou se teríamos de desistir dos modelos?"

Em 2007, Frydman publicou, em conjunto com Michael Goldberg, "Imperfect Knowledge Economics" (Economia do Conhecimento Imperfeito), que viria a ser a sua resposta a essa pergunta. Resumidamente, sim, é possível elaborar modelos, mas eles têm de se basear no fato de que o conhecimento é imperfeito, diz Frydman.

Como isso funciona? "A economia do conhecimento imperfeito postula que há limites para o que os economistas podem saber. Ela permite a formulação de modelos substituindo condições quantitativas - economistas gostam de fortes condições matemáticas nos seus modelos - por condições qualitativas, que são o máximo que podemos ter. Ou seja, regularidades qualitativas, não regularidades quantitativas."

O conceito fundamental para Frydman é o de padrão histórico (historical benchmark) de preços de um certo ativo. Assim, o risco relacionado a determinado ativo cresce à medida que o seu preço se distancia, para cima ou para baixo, de seu padrão histórico. "O modo tradicional de pensar sobre o risco é que ele depende de volatilidade. Nós temos um modo de olhar o risco que retoma Keynes, que mede o risco relativamente ao distanciamento de um ativo, por exemplo uma moeda, em relação a um padrão de valores das moedas."

Como professor, Frydman gosta de dar exemplos de seus conceitos. Foram vários na conversa com o Valor. Eis um deles: "O valor padrão do dólar é perto da paridade com o euro. Sabemos que, na história do dólar, quando ele sobe 30% ou 35% acima da paridade, é muito alto. Então, as chances são grandes de que ele vá cair".

Assim, o modelo de Frydman não consegue prever (mas será que alguém hoje consegue?) onde o dólar estará em relação ao euro na semana que vem, mas pode dizer se ele está alto ou baixo demais em relação a onde normalmente está.

Esse padrão histórico proposto por Frydman para a avaliação de preços de ativos não é um valor, mas um intervalo dentro do qual o preço do ativo costuma oscilar. Esse intervalo também não é fixo, já que ao longo do tempo vários fatores, como ganhos de produtividade, podem alterar a tendência de preço de longo prazo. "Essa visão que temos, de conhecimento imperfeito, implica que só fundamentos sólidos podem mover os preços dos ativos para além de seu padrão. Nós não negamos que a psicologia tenha um papel, mas não precisamos da psicologia para ter flutuações. O importante é que as flutuações de preços ocorrem por conta dos fundamentos."

Frydman acha que seu modelo ajuda a evitar grandes oscilações nos mercados, que acabam resultando em grandes correções, com custos sociais elevados. Ele defende que, em caso de distanciamento importante do preço de um ativo em relação ao seu padrão histórico, caberia à autoridade reguladora intervir, mas sem se comprometer com um determinado preço.

Exemplo: "O índice Shiller-Case [de preço de moradias nos EUA] dobrou de 2000 a 2006. E, ainda assim, o governo continuou a oferecer financiamento imobiliário a taxas mais e mais vantajosas. É o oposto do que deveria ser feito."

Ele admite que seria superficial atribuir toda a culpa à economia. "Houve pressão política, dos democratas e dos republicanos, para a concessão de financiamento imobiliário, para que todo mundo possuísse uma casa. Isso é bem documentado. Instituições como a Fannie Mae foram informadas de que deveriam expandir os financiamentos. Isso é política."

"A solução que propomos para esse tipo de problema é que sejam tomadas medidas que contenham a magnitude das oscilações, mas sem assumir nenhuma posição sobre onde os preços devem estar amanhã", diz Frydman.

Que medidas? "Pode haver intervenção direta e indireta. O Fed tem discutido se a política monetária deve ser usada para limitar as oscilações do mercado. Mas as taxas de juros não são uma medida adequada, pois afetam toda a economia. Uma coisa simples que pode ser feita é ressaltar os padrões históricos de vários tipos de ativos. Isso deixaria claro que o risco está aumentando para os investidores, quanto mais o mercado sobe."

Frydman sugere que as autoridades reguladoras divulguem regularmente o seu padrão histórico para os preços de ativos. O banco central, por exemplo, divulgaria o que considera o padrão para a cotação do real em relação ao dólar. Mas não se comprometeria a manter a moeda nesse padrão, apenas alertaria o mercado de que se reserva o direito de intervir sempre que a cotação estiver muito fora do padrão. "Quanto mais ela se distanciar, mas arriscado será para o mercado. O BC nunca perde credibilidade, pois ele nunca se compromete em manter uma certa taxa de câmbio." Essa intervenção poderia ser feita comprando ou vendendo dólares ou por meio de medidas administrativas que onerem (ou desonerem) as operações.

"Se acreditarmos que as flutuações são o normal no mercado, e não que os mercados estão sempre em equilíbrio, e se não acreditarmos que, quando o mercado sobe, a única coisa a fazer é rezar para que volte, então teremos a chance de limitar, não de eliminar, mas de limitar as crises."

Apesar dessa extensa acusação a um pensamento econômico que se julgava preciso, científico, Frydman não acredita que os economistas se tornarão menos arrogantes no futuro. "Num fenômeno tão complexo como essa crise, não é fácil atribuir as responsabilidades. Eu ainda não vi o movimento entre meus colegas de que tudo isso tenha de ser reexaminado. Há pessoas, como Phelps, que acham que essa responsabilidade é inequívoca. Mas é muito difícil para os economistas aceitar que a economia não pode afinal dizer o que vai acontecer. É duro. Os economistas tiraram fortes conclusões a partir disso. E economistas têm a tendência de ser muito seguros de si mesmos."

Conseqüência da IFRS


IFRS pode desenquadrar debêntures

25/2/2009 - Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 1)(Silvia Rosa)
Gazeta Mercantil

São Paulo, 25 de Fevereiro de 2009 - As alterações dos indicadores financeiros das empresas por conta da adequação às regras do padrão contábil internacional - International Financial Reporting Standards (IFRS) - poderão levar ao desenquadramento de algumas cláusulas contratuais, chamadas de covenants, relativas a limitadores de endividamento nos contratos de emissões de dívida como debêntures, notas promissórias ou empréstimos sindicalizados.

Segundo a presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de (Apimec), Lucy Aparecida de Sousa, algumas mudanças contábeis com a adoção do IFRS, como a contabilização de instrumentos financeiros, incluindo derivativos, e alterações na reserva de reavaliação de ativos imobilizados, podem impactar no valor do passivo e patrimônio líquido das empresas. "Alguns contratos de debêntures, por exemplo, colocam um compromisso de limite de alavancagem da empresa de três vezes o patrimônio. Com as mudanças contábeis pode haver um desenquadramento desses limites, devendo haver um acordo particular entre as partes para sua renegociação", diz.

Segundo o diretor de normas contábeis da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Eliseu Martins, essa renegociação não cabe à autarquia e deve ser realizada entre investidores e empresas. O diretor da Pentágono DTVM - que atua como agente fiduciário - Maurício Ribeiro afirma que, na maioria das escrituras de emissões de debêntures, há algumas cláusulas que estabelecem que em casos de eventual desenquadramento dos convenants, os investidores podem pedir o vencimento antecipado dos papéis. Nesse caso, o agente fiduciário pode convocar uma assembléia para renegociar novos limites de alavancagem, que variam para cada setor. (...)

Bancos com Problemas


A figura mostra o número de bancos nos EUA com problemas. Em 2008 foram 252 entidades, muito abaixo da crise do início dos anos 90. Mas isto não é tranquilizador por dois motivos: primeiro, não se considera que o porte atual das entidades é maior; segundo, a crise está começando e o ano de 2009 pode ser pior que 2008.

Passivo Ambiental

Apesar de uma grande maioria de empresas possuírem passivos ambientais, não existe a preocupação em evidenciar. É o que afirma as pesquisas acadêmicas na área. As empresas ignoram a possibilidade dos reguladores aplicarem multas em razão da não evidenciação, conforme uma pesquisa da Universidade do Arkansas (via It's Easy Not Being Green, Sarah Johnson, CFO, 18/2/2009)

Esta pesquisa revela que o principal motivo para não evidenciação é o receio que isto afete o preço da ação. Mas uma eventual punição por não evidenciar também possui efeito sobre o valor de mercado da empresa. Efetivamente, a experiência mostra que as penalidades possuem um grande efeito sobre a ação.

Uma possibilidade é que a evidenciação de uma violação ambiental pode ter reflexo na necessidade de mostrar que as empresas são “amigas” do meio-ambiente.

Tenho outra hipótese: provavelmente a possibilidade de uma punição seja pequena, o que torna o valor presente favorável a não evidenciação

02 março 2009

Rir é o melhor remédio



Adaptação livre (Clique na imagem para visualizar melhor)

Teste #27

Grau de Dificuldade: **

1) Carlos Carvalho, pensador contábil brasileiro e autor de diversos livros de contabilidade, poderia ter lido Uniform Accounting?

2) Fabio Besta poderia ter usado protetor solar?

3) Bernardo Cotrugli poderia ter usado óculos de grau para escrever o primeiro manuscrito sobre as partidas dobradas?

Resposta do Anterior: “cada lançamento no diário deve originar dois lançamentos no razão [ um em uma conta de débito e outro em uma conta de crédito]” Luca Pacioli (via SCHMIDT, Paulo. História do Pensamento Contábil, p. 43)

Links

1) Veneza do alto – fotos

2) o pior ano de Buffett

3) Em defesa dos bônus

4) Um gráfico interessante, que mostra as remunerações excessivas dos executivos incompetentes

5) Pinturas clássicas, na versão Star Wars

Lei 11638 e Imposto

Alterações da lei 11.638 podem refletir no caixa

2 de Março de 2009 - Com o agravamento da situação econômica mundial, a precisão do planejamento financeiro das empresas assume um papel ainda mais relevante - e se torna também mais complexo. Assim como nas demais áreas das empresas, no planejamento fiscal a palavra de ordem é evitar tudo o que tenha impacto tributário imediato. Em outras palavras: para enfrentar a crise, é preciso aliviar o fluxo de caixa e cortar custos das empresas.

Neste sentido, a Medida Provisória (MP) 449, editada em dezembro de 2008 pelo Governo Federal, foi muito bem-vinda. Para assegurar a necessária neutralidade fiscal dos ajustes provocados pela nova Lei das SAs (Lei nº 11.638/07), a MP instituiu o Regime Tributário de Transição (RTT), que permite às empresas optar entre continuar no sistema de cálculo atual ou adotar os novos métodos.

Como já era esperado, a MP não trouxe aumento de imposto para as organizações. Mas, dependendo da forma como os ajustes forem feitos, principalmente na fase de transição de um sistema de cálculo para o outro, as empresas podem ter impactos tributários significativos. Todas as possibilidades de reduzir ou postergar desembolsos têm de ser avaliadas.

É importante relembrar que o conjunto de normas que começa a ser construído pela lei 11.638 e pelos novos pronunciamentos contábeis emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), visa harmonizar as demonstrações financeiras adotadas no Brasil ao padrão internacional, conhecido como IFRS (International Financial Reporting Standards). É neste sentido que as novas regras podem afetar a demonstração de resultados das empresas e a base de cálculo do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

Entre as questões mais complexas do novo sistema, estão aquelas que envolvem a avaliação dos ativos das empresas, uma vez que a nova legislação introduz o critério de mensuração de ativos e passivos de longo prazo com base no valor presente e o conceito de valor justo para certos ativos.

A opção ou não pelo RTT não tem repercussão sobre os valores registrados no ajuste de avaliação patrimonial, que decorrem da avaliação de ativos a valor justo, mas pode provocar impacto para empresas com ativos trazidos a valor presente que sejam superiores aos passivos. Isso porque, ao descontar os juros futuros dos recebíveis de longo prazo, haverá uma redução patrimonial temporária. O inverso também pode ocorrer, no caso de companhias com valores a pagar.

Outro ponto importante diz respeito à criação do critério de valor recuperável dos ativos, que pode resultar no lançamento de ajustes que reduzirão contas do ativo. Com isso, as alterações podem repercutir na apuração do PIS e da Cofins não cumulativos, uma vez que a lei admite créditos referentes à depreciação dos bens do ativo imobilizado.

Há diversas outras mudanças nas normas contábeis que devem ser consideradas no momento de optar ou não pelo RTT, como, por exemplo, a contabilização de investimentos, no que diz respeito ao método da equivalência patrimonial e a amortização fiscal do ágio decorrente da expectativa de rentabilidade futura nas aquisições seguidas de incorporações.

A forma de reconhecer os resultados de investimentos em controladas e coligadas no exterior, no balanço das controladoras no Brasil, também sofreu mudanças que podem ter impacto significativo. Em alguns casos, desconsidera-se a existência da subsidiária e o registro das suas transações é feito no balanço da controladora.

Como o prazo para formalizar a opção pelo RTT se estende até a entrega da declaração do IR do ano-calendário 2008 - normalmente até o final de Junho -, ainda há tempo suficiente para uma análise profunda da situação da empresa dentro do novo cenário criado pela MP 449. No entanto, a recomendação é que esta análise seja feita o mais breve possível, pois requer um estudo de todos os pronunciamentos contábeis emitidos até agora pelo CPC e a avaliação do correspondente impacto da MP 449.

Apesar do objetivo de neutralidade fiscal, a MP pode trazer surpresas. É o caso de empresas que têm incentivos fiscais na forma de subvenção para investimento, que agora devem ser lançados no resultado como receita. Para que esta receita não seja tributada pelo IR e pela CSLL, é preciso destinar a parcela do lucro correspondente a esta receita para uma conta de reserva de incentivo fiscal, criada pela nova lei. Porém, empresas que têm prejuízo contábil, mas que tem IR a pagar, poderão ter um impacto no cálculo do imposto, devido à impossibilidade de fazer a destinação prevista na lei, por não ter lucros. O tema tem gerado discussão. A limitação estaria em desacordo com o objetivo de neutralidade da MP. O fato é que, dependendo da relevância dos ajustes contábeis decorrentes da lei 11.638, os impactos tributários podem ser significativos.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 3)(Pedro Anders - Sócio da KPMG no Brasil na área de impostos)

Sapatos

Em novembro, a Subprefeitura da Sé autuou um engraxate que estava trabalhando irregularmente na Avenida Paulista. Junto estavam mais de 30 pares de sapatos de clientes vips da região, como políticos e empresários. Entre eles, o presidente da Cohab, Ricardo Pereira Leite, e o deputado estadual Salim Curiati (PP), que teve 20 pares "'apreendidos". Depois de um longo verão, o engraxate pagou a multa e a Subprefeitura prometeu entregar-lhe o precioso acervo ainda hoje, para alívio dos clientes.


Pés descalços - 2/3/2009 - Gazeta Mercantil

Valor Justo em Bancos

Um texto muito interessante sobre a questão do valor justo em bancos:

Balanços de bancos começam a revelar algumas verdades
Valor Econômico - 2/3/2009

Os investidores que analisam os ativos nos balanços patrimoniais dos bancos simplesmente querem boas estimativas de quanto valem. Não é fácil ter uma resposta direta.

Vejamos o que foi divulgado quarta-feira pelo Regions Financial no balanço anual. Para propósitos contábeis, o Regions informou ter terminado 2008 com US$ 94,9 bilhões em créditos. Em nota de rodapé, porém, explicava que o "valor justo" desses mesmos créditos era de US$ 79,9 bilhões, ou seja, US$ 15 bilhões a menos.

No Huntington Bancshares, a história é parecida. O valor no balanço da carteira de crédito era de US$ 40,2 bilhões. O banco, porém, informava que o valor justo era de US$ 33,9 bilhões. Segundo o balanço, o número menor "refletia descontos que o Huntington acreditava ser consistentes com as transações ocorrendo no mercado". Em outras palavras, "há muito mais ceticismo aí fora sobre o valor dos ativos", segundo o diretor de finanças do Huntington, Donald Kimble. Nisto, não há discussão.

O motivo pelo qual os valores nos balanços são tão maiores é que as regras contábeis não exigem que os bancos marquem todos os créditos a mercado com periodicidade trimestral. Em vez disso, os créditos normalmente são carregados no balanço pelo custo histórico e recebem baixa contábil só para refletir perdas que os executivos consideram prováveis.

Uma vez por ano, contudo, as empresas precisam incluir notas de rodapé nas demonstrações financeiras auditadas que mostrem a diferença em relação ao valor justo de todos os instrumentos financeiros, incluindo os créditos. O Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira (Fasb, na sigla em inglês) propôs a exigência de que a revelação seja trimestral, a partir do próximo mês. Essa mudança na regra é mais do que necessária e deveria ter chegado bem antes.

A discussão se os créditos deveriam ser marcados pelo valor de mercado, assim como os derivativos e muitos outros instrumentos financeiros, arde há anos. Desde 2005, o Fasb e seu homólogo em Londres, o Conselho de Padrões de Contabilidade Internacional (Iasb), vêm dizendo que acabariam querendo ver todos os instrumentos financeiros calculados pelo valor justo, com ganhos e perdas reconhecidos trimestralmente.

As autoridades reguladoras do setor nos EUA, ecoando a visão de muitos executivos, opõem-se a estender a contabilidade pelo valor justo. Dizem que seria muito complicado fazê-lo com itens difíceis de avaliar e que resultaria em volatilidade demais nos números.

No mercado, o argumento é altamente controverso. Os preços das ações do Regions e Huntington, por exemplo, já são negociados com grandes descontos em relação ao patrimônio líquido que reivindicam ter nos livros. As regras contábeis dizem que as instituições de crédito podem escolher registrar os empréstimos pelo valor justo. Assim como a maioria dos bancos, o Regions e o Huntington optam por não o fazer.

O valor de mercado das ações do Regions é hoje de US$ 2,6 bilhões, 19% do patrimônio líquido, de US$ 13,5 bilhões. Tirando os US$ 15 bilhões em excesso do valor da carteira de crédito, o valor seria negativo. Tim Deighton, porta-voz do banco, não quis comentar.

A capitalização de mercado do Huntington é de US$ 608 milhões, uma pequena fatia de seu valor contábil, de US$ 5,3 bilhões. O banco também teria valor negativo não fossem as regras contábeis.

A parte mais enervante dessas divulgações é que os bancos sabiam, em todo o ano passado, que o valor de mercado dos portfólios de crédito estava despencando. E, ainda assim, não foram forçados a revelar os números. Mesmo assim, o mercado percebeu sozinho que não deveria confiar nos balanços.

O valor justo também tem implicações para o capital dos bancos. O propósito de um balanço patrimonial é fornecer uma foto da posição financeira de uma empresa em determinado momento. O capital de um banco é ilusório, se seus ativos na vida real não valem o que o balanço diz, não importa quão maluca seja a matemática que o governo usa para embelezar os índices oficiais de capital dos bancos. Embora uma divulgação correta não seja a cura para a má contabilidade, oferece de fato informações valiosas para investidores dispostos a estudá-las. (Jonathan Weil é colunista da Bloomberg News. As opiniões expressas neste artigo são pessoais.)