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23 agosto 2007

Rir é o melhor remédio



A eterna diferença entre o homem e a mulher. No espelho. Fonte, aqui

Custo Operacional

Quando compramos certos produtos, como uma casa ou um carro, nós consideramos geralmente somente o preço de compra, esquecendo do custo operacional. Manutenção, reparos e melhorias podem ser significativos em certas situações. E geralmente descobrimos isto após a compra.

Este erro também tem sido cometido por empresas, quando adquirem uma máquina ou equipamento. E por milionários, como mostra o WSJ Blog (aqui). Segundo este blog, o custo operacional de um barco é cerca de 10% do valor da aquisição. Então, um iate de 150 pés que custa 24 milhões de dólares terá um custo operacional de cerca de 2,5 milhões por ano.

Para mansões, o cálculo é mais complicado pois depende das suas características e do número de empregados. De acordo com uma revista de milionários, para manter uma mansão de 3 mil a 5 mil pés quadrados, que a revista chama de "pequena", o custo é de 100 mil dólares por ano. Já uma mansão média (entre 5 mil a 10 mil pés quadrados), o custo é maior: 650 mil dólares. Uma grande mansão pode ter um custo de 1,5 milhão por ano.

Um sortudo que ganha na loteria esportiva comete um erro em comprar uma mansão. O custo operacional anual pode acabar com a riqueza.

Em termos contábeis, é como uma empresa que investe seu capital (patrimônio líquido) num ativo (mansão), mas sem condição de gerar receita e lucro. A médio e longo prazo será necessário desfazer do ativo.

Links

1. Efeito J.K. Rowling - Dez por cento dos britânicos aspiram ser escritores

2. Google lança o Google Earth 4.2, que permite explorar o espaço

3. Uma proposta de melhorar as agências de ratings

4. Comida com baixo colesterol

5. Aproveitando a postagem sobre os heróis e a rede de relacionamentos, este link aqui apresenta um mapa da produção, por país. É interessante notar a rede de relacionamento entre os setores da economia existente no Brasil.

Super-herois e relacionamento

A estatística possui uma série de ferramentas que permite estabelecer relacionamentos entre indivíduos. Estas técnicas permitem, por exemplo, relacionar a composição de um conselho de administração de uma empresa com o de outra entidade.

O relacionamento social é, muitas vezes, parte importante da explicação de vínculos entre empresas. Seu estudo pode ser interessante para a contabilidade financeira.

Um estudo mais interessante (aqui) denominado How to become a superhero analisou a rede de colaboração no Universo Marvel dos comics books. Usando uma binary network, o autor analisou a ligação entre os personagens e o grau de correlação existente. O autor usou também outras técnicas para definir as comunidades dos heróis.

A figura abaixo apresenta parte da pesquisa do autor. SM é o Homem Aranha, T = A Coisa, B = Beast, CA = Capitão América, N = Princípe Namor e H = Hulk

E tem gente que acha que quadrinhos não é algo sério.

Pequena e grande amostra

Um dos conceitos básicos de finanças é a existência de uma relação entre risco e retorno. Em outras palavras, quanto maior o risco, maior o retorno. É algo básico e fundamental no arcabouço teórico.

Entretanto, é necessário saber se esta relação básica ocorre na prática. Um estudo interessante, publicado em julho de 2007 (aqui, link. É necessário ser assinante) no Jornaul of Financial Economics mostra algo interessante (The risk return tradeoff in the long run: 1836–2003; Christian Lundblada, University of North Carolina)


Estudos anteriores encontraram tipicamente insignificância estatística entre o prêmio pelo risco do mercado e sua volatilidade esperada. Mais ainda, muitos destes estudos estimaram um tradeoff negativo entre risco e retorno, contrário as previsões da teoria. Usando simulações, eu demonstrei que mesmo cem anos de dados constitui uma pequena amostra.


Neste link alguns comentários críticos do artigo.

Normas Norte-americanas e normas internacionais

É sabido que os Estados Unidos estão caminhando na direção de adotar as normas internacionais de contabilidade do Iasb. Entretanto, esta opção traz resistências e questionamentos, como qualquer tipo de mudança.

Um documento da SEC (aqui, em PDF) traz uma listagem de questões interessantes relacionadas com a adoção das normas internacionais. Existiria uma preocupação com a rapidez com que o processo de convergência está ocorrendo? (aqui, para ler mais)

22 agosto 2007

Rir é o melhor remédio

Uma experiência interessante


A revista Piauí (uma das melhores revistas brasileiras da atualidade) de julho publicou uma reportagem traduzida do Washigton Post. Muito interessante. Trata-se de um experimento do jornal norte-americano que colocou para tocar numa estação do metrô de Washington um dos mais destacados violinistas do mundo, Joshua Bell. Durante quase uma hora Bell tocou com um violino Stradivarius peças que geralmente apresenta em concertos e o jornal filmou a reação das pessoas (clique aqui para o link onde tem os vídeos. Vale a pena).

Poucos transeuntes pararam para escutar o violinista. Em geral as crianças viravam a cabeça na tentativa de absorver a música, mas eram contidas por suas mães. Um adulto parou para escutar e ficou durante muito tempo encostado numa pilastra. Mais tarde, quando perguntado pela reportagem, este adulto lembrou da experiência, embora não sabia quem era o violinista. E somente uma mulher reconheceu o violinista.

A experiência também colocou um boné para recolher doações. Ao final do concerto, Bell recebeu 32 dólares. Muito pouco para quem faz apresentações com ingressos a mais de 100 dólares.

Apesar de longa a reportagem, a sua leitura é agradável. Clique aqui para ler.

Gini


O Coeficiente de Gini mede o grau de desigualdade de uma nação. Quanto mais próximo de um, maior a desigualdade social na distribuição de renda. O Brasil possui um coeficiente próximo a 0,6, um dos mais elevados do mundo.

A notícia é que na Venezuela o coeficiente tem aumentado, apesar das "políticas sociais" do governo Chavez. Na foto, Caracas.

Celular não aumenta o risco no trânsito

Contra todas as evidências, uma pesquisa revela que o uso do celular no trânsito não aumenta o número de batidas. É isto mesmo.

Usando uma série histórica, dois estudantes de graduação não notaram nenhuma diferença no uso do celular.

Clique aqui, aqui e aqui

Links

1) Norte-americanos gastam mil dólares nas férias de verão

2) Empresa brasileira Camil compra empresa do Uruguai de arroz - Notícia do El País

3) O nome Páginas Amarelas vale 320 milhões

Banco do Brasil e seus patrocínios

Senador pede auditoria em patrocínios do BB
Rosa Costa Gustavo Freire
O Estado de São Paulo - 22/08/2007

Mantida em sigilo mesmo quando estava sendo investigada pela CPI dos Correios, a lista de beneficiados pelo patrocínio do Banco do Brasil mostra que nem de longe atende ao "compromisso social para preservação dos valores da cultura nacional", como determinam as diretrizes do governo para a área de publicidade. Ao contrário, revela interesses tipicamente partidários ou privados. A conclusão é do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que decidiu pedir auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) nos patrocínios do BB e apresentar projeto de lei definindo como as entidades estatais devem distribuir recursos para essa finalidade.

Entre os casos apontados por Dias está a destinação de R$ 500 mil ao 8º Congresso Nacional da CUT e de R$ 1,52 milhão para o Minas Tênis Clube de Belo Horizonte custear placas de sinalização da sede, ingressos para o jogo de futebol Brasil e Argentina, torneio interno de futebol society e uma festa de Natal.

Os dois casos são de 2003. Na época, a DNA do publicitário Marcos Valério - tido como um dos mentores do esquema do mensalão - era uma das agências que atendia ao BB. O banco patrocinou ainda com R$ 2,5 milhões organizações-não governamentais que participaram das reuniões do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre.

(...) Numa relação sob o título "suspeitos e irregulares", feita pelos técnicos do Senado, estão vários casos de doação de R$ 10 mil. Esse valor foi destinado, por exemplo, à posse do prefeito peemedebista da cidade de Saquerema, ao aniversário do município de Joanópolis, às despesas de fax do Sindicato Rural de Xinguara, no Pará, à ONG Brasil-Cuba no Século 21, ao pagamento da festa de fim de ano dos funcionários da FB Projetos e ao pagamento da confraternização dos funcionários dos Supermercados Já Serve.

Saiu igualmente do banco estatal os R$ 19,5 milhões que custearam os brindes distribuídos pela DNA de Marcos Valério. O BB também patrocinou com R$ 733 mil a festa de Natal dos empregados da BBTur Viagens e Turismo. Sobrou até patrocínio, de R$ 4.780, para os "servidores do TCU que analisam as contas do BB". O dinheiro foi usado nas comemorações da festa junina e na semana do servidor do tribunal. (...)


E o acionista minoritário?