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03 julho 2007

CVM e CPC estreiam ação conjunta

Do Valor Econômico de 02/07/2007:

As empresas brasileiras têm novidades na área contábil para aprender. Terão de avaliar melhor a necessidade de baixa contábil por deterioração (ou "redução do valor recuperável") de ativos. Além disso, aquelas que possuem ativos fora do Brasil não precisarão mais assumir a volatilidade cambial em seus balanços.

Na sexta-feira, duas minutas de pronunciamentos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) introduziram as questões. Foi a estréia das deliberações, desde que foi decidido que tratariam do tema em conjunto.

Em relação à deterioração dos ativos, já conhecida das companhias européias e americanas, ficou decidido que as empresas terão de reconhecer perdas sobre ativos quando seu valor não for recuperável ao longo do tempo ou numa eventual venda. Já sobre a questão cambial, foi estabelecido que as oscilações da moeda não devem transitar por balanço, para que os dividendos não sejam influenciados por essa variação. (GV)


Enviado por Ricardo Viana

Erro na Sabesp

Erro faz Sabesp republicar balanço de 2006
Valor Econômico - 03/07/2007

A Sabesp, companhia de saneamento do Estado de São Paulo, republicou, no sábado, as demonstrações financeiras de 2006 por conta de uma diferença de R$ 93,7 milhões em um item das "contas a receber" da empresa. O assunto havia sido motivo de ressalva no parecer do auditor no balanço publicado em 25 de abril. Segundo a Deloitte, a conta, que é de "natureza credora", apresentava um saldo devedor. "Foi um problema de contabilização", afirma Nara Maria Marcondes França, superintende contabilidade da Sabesp. Trata-se, diz, de uma conta que registra muitas transações e foi necessária uma revisão das rotinas de registro de valores para sanar o problema.A Sabesp tem ações negociadas no Novo Mercado da Bovespa e na Bolsa de Nova de York. A empresa está em meio à revisão de seus controles internos, um exigência da Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais americano.

Segundo Mário Azevedo Arruda Sampaio, superintendente de relações com investidores da estatal, o erro no balanço não está diretamente relacionado à revisão imposta pela SEC.No entanto, ainda está em discussão com os auditores se a questão é ou não um problema de controle interno. A Deloitte terá que atestar a eficácia dos controles em parecer que acompanha o documento da SEC, o chamado 20-F. O prazo para entrega do 20-F é até o fim de junho, mas há uma "prorrogação regulamentar" de 15 dias. Na semana passada, a AmBev anunciou que usaria esse prazo por ter encontrado falhas nas demonstrações pelas regras americanas de 2004 e 2005.Com o ajuste no balanço, o lucro líquido da Sabesp passou de R$ 872,6 milhões para R$ 778,9 milhões.


Grifo meu. Na Gazeta Mercantil (Sabesp e AmBev anunciam republicação de balanços, 03/07/2007), a mesma notícia, recebeu um destaque um pouco diferente, mais positivo, eu diria:

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) fez um ajuste no item contas a receber no valor de R$ 93,7 milhões no balanço do exercício de 2006. A mudança resultou numa queda de 10,7% do lucro líquido do período, para R$ 778,9 milhões. Com isso, o ganho líquido, que havia sido 0,8% superior ao de 2005, agora ficou 10% menor. O item contas a receber, incluído no ativo circulante, foi reduzido em 7,7%, de R$ 1,2 bilhão para R$ 1,1 bilhão no novo resultado. Além disso, o patrimônio líquido da Sabesp no final de 2006 ficou 1% menor, recuando de R$ 9,1 bilhões para R$ 9,02 bilhões.

O ajuste foi uma prestação de contas sobre a ressalva feita no balanço de 2006 pela empresa de auditoria. Segundo Mário Sampaio, superintendente de relações com investidores da Sabesp, o ajuste não afeta os fundamentos da empresa, nem os dividendos pagos aos acionistas. "A maior parte do impacto será lançada na seção reserva de investimentos", disse o executivo.

As corretoras Socopa e Coinvalores não quiseram se manifestar sobre o assunto, mas puseram o papel da Sabesp em reavaliação. Na Bovespa, a notícia não mexeu com o ânimo dos investidores. A ação ON da companhia subiu 3,76%, para R$ 43,60, com a quarta maior alta do Ibovespa.

Links

1. Vínculo entre mobilidade social e limites da educação

2. A educação pode ter um importante papel como sinalizador. Um homem (mas não mulher) que possui graduação em artes recebe menos que se ele não fosse para a Universidade. Qual a razão disto? Talvez pelo fato de que um homem formado em artes seja visto como um "bon-vivant". O retorno de algumas graduações é zero no setor público.

3. Segundo a AT&T, homem usa, em média, mais o celular do que a mulher

4. A divisão de uma conta no restaurante

Ipod


Um estudo da University of California procurou mostrar o valor por trás do iPod. (clique aqui para acesso ao estudo em pdf e aqui também, para um bom resumo de Hal Varian).

Mais do que confiar nos dados apresentados, o estudo mostra como é complexa a economia global e como é difícil traduzir esta complexidade nas estatísticas econômicas. Os autores usaram como parâmetro o iPod de 30 gigabite que custa 299 dólares. O item mais caro que compõe o produto é o hard drive, que é fabricado pela Toshiba, e custa $73. A Toshiba é uma empresa japonesa, que fabrica o hard drive na China. O hard drive representa 51% do custo das partes do iPod e a empresa tem uma margem de 26,5%. O display é fabricado pela Toshiba-Matsushita no Japão e representa 14%, com um custo de $20,39 dólares.

Usando as informações do custo do iPod, os pesquisadores mostraram que as empresas norte-americanas capturaram 163 dólares do produto. Já o Japão obteve $26 de valor adicionado. Entretanto, isto não é tão simples assim já que o resultado não fica necessáriamente nestes países.

Um bom estudo de caso para nossas aulas de custos.

Preço do Produto


O gráfico mostra a grande variação no preço da cocaína em diversos locais do mundo. O local mais barato é a Colômbia, conde custa dois dólares a grama, menos que um Big Mac. Os países mais distantes da América Central e do Sul ou mais isolados possuem preços mais elevados. Na Nova Zelândia o preço chega a 714 dólares. Outros fatores que influencia neste preço é a existência de competição entre os fornecedores ou restrições ao comércio. Como qualquer outro tipo de produto.

Fonte: The Economist

02 julho 2007

Rir é o melhor remédio

Boa gestão no Futebol

Brasil pode ter clube global com boa gestão
Folha de São Paulo - 01/07/2007

(...) "Os clientes dos times são seus torcedores", afirma Peter Draper, um dos responsáveis pelo processo de profissionalização do clube [Manchester], que ocupou o cargo de diretor de marketing por dez anos, até o ano passado. "É impossível construir um negócio sem saber exatamente quem são esses clientes."

(...) Para chegar lá, diz Draper, os clubes brasileiros poderiam passar por um processo semelhante ao do Manchester. Doze anos atrás, o time percebeu que não havia, em seus quadros, executivos com habilidades gerenciais. Foi ao mercado contratar profissionais e equipou-se com as mesmas ferramentas de gestão das empresas.

Traçou então metas e ligou-as aos resultados, inclusive os dos campos. Ao mesmo tempo, colocou em prática metodologias de governança, auditoria e fiscalização, bem como metas agressivas de negócios.


Aqui para ler completo

Previsão

A previsão do mercado possui muitas vantagens, em especial sobre os chamados "focus groups". Geralmente a previsão do mercado é realizada através de apostas, que encoraja opiniões diversas entre os participantes. Isto não ocorre com o "focus groups", que são dominados por pessoas mais carismáticas no seu consenso.

Um exemplo do uso do mercado no processo de previsão ocorre com os filmes de Hollywood, no Hollywood Stock Exchange.

Aqui uma reportagem da New Yorker. Aqui um comentário sobre o assunto

Links

1. Um serviço que mede a reputação - bom para mensurar também o goodwill?

2. Cartunistas estão desempregados

3. A Wikipedia tem uma série de atividades de aprendizagem

4. ınbɐ ǝnbı1ɔ - ǝʇuǝɹǝɟıp ɐɯɹoɟ ǝp ɹǝʌǝɹɔsǝ ɐɹɐd

Importância da Contabilidade numa IPO

(...) é preciso ter uma contabilidade de excelente padrão. A maioria das companhias fechadas mantém uma contabilidade mínima, apenas voltada para o pagamento de impostos.

Para ir ao mercado, os controles precisam ser significativamente melhorados, garantindo não apenas números confiáveis, mas também sólidas análises gerenciais, como margens por produtos, por exemplo.

Indo além, não devemos desprezar o fato que muitos setores da economia brasileira são absolutamente informais - um jeito um tanto mais polido de dizer que o caixa dois é uma instituição no segmento. Na verdade, só o fato de ter que limpar as contas - e isso é absolutamente necessário para ter um parecer favorável dos auditores e conseguir listar - já é um impeditivo para um bom número de companhias, principalmente nesses setores.


Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4, Márcio Veríssimo - Preparando-se para abrir o capital - 27/06/2007


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