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23 dezembro 2006

Intangíveis

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O livro mais vendido...


A bíblia é um livro muito vendido. Texto do New Yorker (THE GOOD BOOK BUSINESS. Why publishers love the Bible, de DANIEL RADOSH)mostra isto.

A bíblia é o livro mais vendido do ano, a cada ano. Entretanto, calcular o número de livros vendidos é uma tarefa difícil. Nos Estados Unidos existe uma estimativa de 25 milhões de bíblia em 2005, cerca de duas vezes o livro de Harry Potter. Em termos financeiros estima-se em meio bilhão de dólares.

O negócio é competitivo e isto inclui versões numa linguagem mais fácil, traduções aparentemente mais fiéis ao original, transcrições em vídeo e aúdio, versões comparativas, versões sintéticas entre outras.

Nos Estados Unidos existem mais de 500 versões da Bíblia. Uma boa livraria deve ter mais de 15 no seu estoque.

Michael Jackson e seus contadores


Notícia da France-Presse em espanhol:

Michael Jackson demanda a ex contadores por supuestos negocios fraudulentos
22/12/2006

La ex estrella estadounidense del pop Michael Jackson y su productora demandaron a sus ex contadores por supuestos negocios no autorizados para luego cargárselos a la cuenta del artista, indicaron fuentes judiciales el viernes.

La demanda presentada por Jackson y MJJ Productions Inc. fue presentada el jueves ante la Corte Superior de Los Angeles contra la firma Bernstein, Fox, Whitman, Goldman & Sloan, alegando que fueron negligentes por lo que piden una suma no especificada por daños y perjuicios, indicaron las fuentes.

Según la demanda, Jackson contrató a esta firma en 2003 para que llevaran su contabilidad, abrieran cuentas y manejaran los impuestos de sus asuntos personales, corporativos e inmobiliarios.

Los contadores habrían contratado personal y se metieron en otros asuntos financieros del artista sin su autorización, además que no mantuvieron contacto directo con el artista sobre sus asuntos financieros, especificó la demanda del intérprete de "Thriller".
(...)

Apagão pode ser explicado pela redução nos custos


Notícia do Estado de ontem mostra que parte do problema do apagão aéreo (só uma pequena parte, é verdade) pode ser explicada pela necessidade de reduzir custos.

(Por preço, aéreas operam no limite Para cobrar tarifas mais baixas, empresas usam aviões por até 14 horas; qualquer falha tem efeito em todo o País, Bruno Tavares
22/12/2006, O Estado de São Paulo)

(...) Para que conseguissem reduzir os preços das passagens, nos últimos anos as empresas cortaram ao máximo os custos e enxugaram as malhas. Ou seja: um mesmo avião decola ainda de madrugada de um extremo do País e só desliga as turbinas depois de 14 horas de vôo.

Se uma dessas aeronaves apresenta falhas, como ocorreu nesta semana com seis aviões da TAM, toda a seqüência de destinos - o chamado "trilho", no jargão dos aeronautas - acaba sendo impactada, gerando um efeito dominó. Se a pane puder ser resolvida rapidamente, em 30 minutos ou até uma hora, o avião volta a operar logo em seguida. Mas, caso contrário, a companhia precisa deslocar uma aeronave de outra região do País, o que requer um delicado remanejamento. Os atrasos, tanto os provocados por retenções determinadas pelo controle de tráfego aéreo quanto os ocasionados por falhas nos aviões, também interferem nas escalas de trabalho das tripulações. Por lei, pilotos, co-pilotos e comissários de bordo não podem voar por mais de 11 horas.

Juros cai e não cai


A questão do juros no Brasil prossegue:

Segundo a Folha de ontem (Juro cai, mas banco eleva ganho com crédito)

De 11 modalidades de empréstimo para empresas e pessoas físicas, em 7 houve aumento do "spread" em novembro, aponta BC

Instituições culpam carga tributária, compulsório e inadimplência pela alta diferença entre a taxa que pagam e a que cobram


Por outro lado...

A mesma Folha de S. Paulo informa a mudança na conta salário (Após pressão, governo muda conta salário, SHEILA D'AMORIM E LEANDRA PERES, 22/12/2006)

Pressionado por bancos e governadores, a equipe econômica desidratou a principal medida destinada a aumentar a concorrência bancária e reduzir os juros aos consumidores.

Anunciada na campanha eleitoral, a nova conta salário -instrumento que permitirá ao trabalhador transferir de forma automática e sem custo seus rendimentos para o banco de sua preferência- será implementada entre abril de 2007 e 2012. A previsão inicial era que entrasse em vigor em janeiro.

Foram tantas as exceções criadas que nem o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, nem o ministro Guido Mantega (Fazenda) souberam dizer quantos trabalhadores serão beneficiados no primeiro momento e qual o impacto para a economia.

Preço em alta


O minério deverá sofrer um novo reajuste este ano. As empresas Rio Tinto e Vale do Rio Doce conseguiram um aumento de 9,5% neste mês. Este aumento é possível diante da demanda pelo minério, em especial da China.

Isto significa dizer que provavelmente a Vale deverá ter outro recorde de lucro no próximo ano.

Ontem a Gazeta noticiou que a Merril Lynch recomendava a compra da ação da Vale. Conforme a notícia (MINERAÇÃO: ML reitera recomendação de compra para Vale, Gazeta Mercantil News, 22/12/2006)

"Recomendamos fortemente a compra das ações PN da Vale, dado que o atual desconto de 18% sobre as ações ON é injustificável, pois ambas classes de ação dão os mesmo direitos a voto."

De acordo com Merrill Lynch, a rapidez no processo de negociação é uma clara indicação de que os fundamentos de mercado seguem firmes e que as relações da empresa com os chineses estão cada vez mais saudáveis. O banco reitera sua expectativa de estabilidade nos preços do minério para 2008, com o risco de alta no preço caso a relação oferta/demanda se mantenha justa.

O banco acredita que o patamar de negociação das ações da Vale deve mudar dado o acordo para o preços e pelo fato de que, agora, cerca de 30% das receitas operacionais da companhia serão geradas pelo negócio de níquel.

(...) Para o Merrill Lynch, os próximos catalisadores para a Vale são: maior preço para o níquel em 2007; redução de custos no Brasil, que podem resultar em um aumento de US$ 3 por ADR; sinergias com que podem gerar outro US$ 1 por ADR e notícias positivas resultantes da integração e reestruturação com a Inco.

Dúvida sobre o superávit do Governo


O governo divulgou que as contas públicas apresentaram um superávit de R$5,6 bilhões. A expectativa era de um número entre R$1,8 bilhão a R$4 bilhões. A desconfiança de um embonecamento nestes números. Duas razões possíveis:

1. Previsão do resultado das estatais
2. Redução da dívida em relação ao PIB

Existe uma desconfiança de que o governo considerou um crescimento da economia de 5% (em lugar dos 3% ou 2,5%, que deve ser a taxa correta)

Como explicar isto para as agências de risco?

22 dezembro 2006

Benefício do Feedback


O uso de instrumento de feedback já rendeu uma grande enciclopédia virtual (Wikipedia). A prestigiosa revista Scientific American utilizou este instrumento para fazer a reportagem sobre o "bebê de Lucy", um esqueleto antigo encontrado na Etiópia. O resultado foi interessante e, segundo a revista, o artigo ficou melhor. (Clique aqui para ler mais)

Livros


Os dez melhores do ano, segundo o NYT - clique aqui

E os cem mais notáveis - clique aqui

Custos de produção

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou ontem (21) as regras do Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar (PGPAF), que vai garantir que, quando os preços caírem abaixo dos custos de produção, o agricultor terá um abatimento em seu financiamento agrícola. Cada financiamento com recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) terá vinculado um preço de garantia, baseado nos custos de produção em diversas localidades do país. Se o preço de venda do produto cair abaixo desse preço de garantia, entram os recursos do PGPAF

Acho que eles não sabem como é a contabilidade de custos...

Ford reconhece perda de mercado

Mulally adota agenda emergencial para tentar recolocar a Ford no azul
Clip Monica Langley, The Wall Street Journal

A fatia de mercado da Ford nos EUA despencou de 25% para 16% desde 1995. A Toyota deve superá-la como a segunda maior montadora nos EUA no ano que vem.
Mulally diz que a Ford fez mudanças organizacionais no marketing e nas vendas para "comunicar nossa ótima linha de produtos". Ele cita resenhas de inúmeras publicações nos últimos meses que elogiaram o Fusion, o Mustang e a caminhonete F-250 Super Duty, e diz que a empresa precisa divulgar seus produtos mais eficientemente.

Ainda o aquecimento global


No dia 20/12 postei uma notícia de um jornal português sobre o efeito do aquecimento global no turismo (clique aqui).

Hoje na Folha notícia sobre o mesmo fato:

Falta de neve deixa esporte em alerta

No último mês, três etapas da Copa do Mundo de esqui alpino foram canceladas ou adiadas por falta de neve. Segundo os organizadores, não há frio suficiente nem para produzir neve artificialmente. Com isso, os resorts que abrigam os eventos sofrem prejuízos financeiros com custos operacionais e perda do marketing televisivo.

Relatório Stern


O relatório Stern - cujo nome é devido ao coordenador do grupo responsável pela elaboração - causou um grande debate sobre o aquecimento da terra, suas conseqüências econômicas e o que pode ser feito. Entretanto sua metodologia tem sido largamente contestada. A seguir uma reportagem do Valor Econômico de hoje:

Relatório Stern sobre aquecimento global tem inconsistências

(...) o grande relatório de Nicholas Stern sobre mudanças climáticas, publicado em outubro pelo governo britânico, obrigou ambientalistas desmiolados a ingerir uma dose adicional de hermetismo multicultural: em cena, o alfabeto grego.
Na realidade, apenas duas letrinhas já serão suficientes: delta e eta. Os caracteres são a abreviatura convencional de Stern para dois conceitos. Delta assinala o peso que ele atribui ao bem-estar das gerações futuras que, como ainda não estão aqui, não têm como defender seu próprios interesses. Eta baliza a resposta de Stern a uma questão distinta: qual peso deveria ser dado ao consumo dos ricos em comparação com o dos pobres?
Apenas para recapitular, o relatório Stern conclui que, se as emissões de gases que provocam o efeito estufa continuarem na sua atual tendência, o custo em termos de produção perdida no decorrer dos próximos séculos poderá ser colossal. Mas os custos de mais curto prazo decorrentes de um abandono dos hidrocarbonetos não seriam gigantescos.
(...)
O peso que Stern dá às gerações futuras é alto demais para o gosto de William Nordhaus, da Universidade Yale. Em contraste, o valor atribuído por Stern ao eta é muito baixo para Partha Dasgupta, da Universidade de Cambridge, que atribuiria ao consumo dos pobres uma ponderação um pouco maior do que Stern faz em seu relatório.
Stern considera que uma pessoa nascida em 2106 deveria valer tanto quanto outra nascida em 2006. Em sua defesa, ele cita alguns grandes estudiosos, entre eles Roy Harrod, economista britânico conhecido principalmente como teórico do crescimento e biógrafo de John Maynard Keynes, para quem aplicar taxas de desconto a gerações futuras era apenas uma "referência eufemística a voracidade".
Ele admite existir uma modesta probabilidade de que tais gerações em potencial na realidade podem não existir: a Terra pode, por exemplo, ser arrasada por um meteoro. Por isso, e apenas por esse motivo, ele aplica uma taxa de desconto de apenas 0,1% ao bem-estar das futuras gerações para cada ano transcorrido até a chegada de cada nova geração de humanos.
(...)
A geração atual merece um respiro por outra razão, afirma Nordhaus. As gerações futuras não apenas nascerão mais tarde do que nós, como também serão mais ricas - muito mais ricas. Ele enfatiza que, se o consumo por pessoa crescer 1,3% ao ano, crescerá de US$ 7,6 mil, atualmente, para US$ 94 mil em 2200. Apesar disso, Stern convida a geração atual a fazer um sacrifício econômico para ajudar seus descendentes mais ricos.
Uma redistribuição dos mais pobres para os mais ricos parece algo um tanto perverso. A maioria das pessoas aceita que um dólar tem mais valor para um mendigo do que para um plutocrata. Mas, quanto mais? Stern atribui o valor 1 a eta, e por isso um dólar vale dez vezes mais para alguém com um décimo de renda. Essa pode parecer uma grande diferença. Mas significa que um aumento de 10% no consumo dos pobres - dez centavos de dólar a mais para alguém vivendo com US$ 1 por dia - não vale mais, em seu cálculo moral, do que um bônus de 10% para os ricos: mais US$ 100 para alguém com um orçamento diário de US$ 1 mil.
Partha Dasgupta acha que isso é desfavorável aos pobres. Ele argumenta que um eta entre dois e quatro produz "conseqüências mais eticamente satisfatórias". Se eta fosse igual a dois, um dólar valeria cem vezes mais para alguém dez vezes mais pobre.
Os torpedos disparados contra o relatório Stern vêm das mais diversas origens, mas Nordhaus e Dasgupta concordam num ponto: as escolhas de Stern contêm contradições internas. (...)

Aqui o relatório: www.hm-treasury.gov.uk/independent_reviews

Mudam as prioridades nos celulares


A alteração na regra do setor faz com que as operadoras passem a valorizar os clientes do pré-pago, anteriormente desprezados.

"especialmente aquelas pessoas que têm popularidade e recebem muitas ligações - voltaram a ser valorizados pelas teles. (...)

resultado das novas regras de interconexão na telefonia móvel, que entraram em vigor em meados deste ano e passaram a ter impacto nos balanços das companhias no terceiro trimestre.
A Anatel eliminou o chamado "bill & keep" parcial, no qual as teles faziam um acerto de contas somente entre o que excedia um determinado limite na interconexão (tarifa cobrada quando uma utiliza a rede da outra para completar uma chamada). Uma operadora só pagava quando as ligações originadas em sua rede ultrapassavam 55% do tráfego total entre ela e outra empresa.
(...)
Esse limite acabou. Agora, todas as receitas e todos os custos de interconexão são contabilizados. Os pacotes foram remodelados de acordo com a nova realidade, na qual receber ligações de uma outra rede tornou-se muito interessante, pois elas são uma fonte de receita de interconexão.
A nova regra do jogo, para qualquer operadora, é vender planos que incentivem o tráfego na própria rede e procurem estimular o recebimento de chamadas feitas por clientes de outras operadoras. Daí o valor que ganharam os "pais-de-santo", já que eles são clientes que mais recebem do que fazem chamadas.
(...)
"Há clientes que só recebem. Estimulá-los é bom. A gente já vinha tentando fazer isso mesmo antes das mudanças", diz o gerente de marketing de pré-pago da Vivo, Alex Kanfir. Ele acrescenta que adeptos dos planos de cartão não são sinônimo de clientes piores. Na operadora, 20% deles geram receita média mensal igual à dos assinantes pós-pagos.


(Valor Econômico, 22/12/2006)

21 dezembro 2006

Imagem que prova o aquecimento global (fonte: blue bus)

Os mais vistos


As maiores pesquisas no Google em 2006

1. bebo
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Vale em dívida?


O liqüidante da Interunion Capitalização ingressou na CVM com pedido de suspensão do processo de emissão de novas debêntures pela Companhia Vale do Rio Doce, enquanto não forem pagas debêntures emitidas pela Companhia Paulista de Ferro Ligas (subsidiária integral da Vale), vencidas e não pagas desde setembro de 2002. Alega o liquidante que precisou recorrer a uma ação judicial para receber os papéis, hoje no valor de R$ 250 milhões, e que o atraso no pagamento causa prejuízo ao processo de liquidação extrajudicial, com milhares de credores esperando para receber o que já teria sido pago se os títulos tivessem sido honrados no vencimento.

Fonte: Gazeta de hoje

Custo do apagão aéreo


Notícia da Gazeta de hoje sobre o custo do apagão:

Desde outubro, as companhias aéreas contabilizam um prejuízo de R$ 80 milhões com apagão. As companhias aéreas já têm pronto um plano de contingência para tentar pelo menos minimizar os efeitos da crise do setor aéreo no período de festas de fim de ano. O presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), Marco Antonio Bologna, revelou que o prejuízo das companhias com a crise, deflagrada em outubro pelo acidente da Gol, já chega a R$ 80 milhões. O executivo, que também preside a TAM, admitiu que a situação em todos os aeroportos só deverá voltar à normalidade no primeiro semestre do próximo ano.

(...) Com relação às perdas das companhias aéreas com a crise, Bologna confirmou que ocorrem não só por conta do aumento dos chamados custos variáveis - com a compra de combustíveis, alimentação e reservas em hotéis -, como também pela queda de receita potencial. Como mesmo reconheceu o executivo, muitos passageiros optam por outros meios de transporte, ou simplesmente por não viajar, diante dos problemas nos aeroportos.

Custo da mão-de-obra


O custo da mão-de-obra está criando a mobilidade da mão-de-obra. Veja trechos da reportagem do O Globo:

Firjan admite que mão de obra brasileira não é competitiva
Ramona Ordoñez - O Globo
20/12/2006
Agência O Globo

(...) A ãlemã Tyssen, junto com a Vale do Rio Doce, contratará uma empresa chinesa para uma das etapas das obras que trará 600 trabalhadores chineses.

- Nós lamentamos, mas entendemos que o empresário tem sua estratégia para realizar o investimento ao menor custo e ser mais competitivo. Cabe a nós advogar pela redução do nosso custo de trabalho - disse Eduardo Eugênio.

O vice-presidente da Firjan, Carlos Mariani Bittencourt, destacou que esse feñômeno não é novo, principalmente em relação à China.

Um dos primeiros casos foi na construção do pólo petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul, há 30 anos.

Uma empresa de Taiwan propunha uma associação com empresários nacionais para construir uma fábrica de PVC. Uma das condições foi que eles pudessem importar toda a mão de obra,

Outro caso aconteceu com a companhia siderúrgica do Maranhão, da Vale do Rio Doce, a Arcelor e a chinesa Bao Steel.

- O investimento desse projeto no Maranhão feito com tecnologia e mão de obra chinesa. O custo sai pela metade - explicou Bittencourt.

Segundo a Firjan já é um fenômeno que está acontecendo no mundo: a mobilidade de mão-de-obra, o que até pouco tempo não acentecia.

- É até aceitável. O que nos chama atenção é que não é razoável imaginar que o Brasil tenha escassez de mão-de-obra. Isso levanta a discussão do custo do trabalho no país.

(...)

Ainda o custo da Sarbox

Novos custos para as exportações

21/12/2006
Gazeta Mercantil

21 de Dezembro de 2006 - O mercado norte-americano ocupa espaço considerável na pauta de exportações brasileira. Principalmente como consumidor de produtos manufaturados, com maior valor agregado, o que significa empregos de melhor qualidade e maior geração de renda. Por este motivo, merece atenção o alerta do consultor Joel Stern de que mesmo com as sucessivas medidas tomadas pela Securities and Exchange Comission para abrandar as exigências da lei Sarbanes-Oxley, o quadro permanece pouco favorável para as empresas que pretendam "acessar o mercado dos EUA", especialmente as de menor porte.

O principal problema é o custo elevado da obediência desta lei, aprovada em 2002 para combater fraudes contábeis. Desde a implantação da Sarbanes-Oxley, as empresas norte-americanas reclamam do tempo gasto para o atendimento das exigências, em especial as determinadas pela chamada seção 404 do instrumento regulatório que obriga o uso de rígidos controles contábeis internos em todas as etapas de produção e comercialização das empresas. Estas exigências tornavam muito mais curto o prazo de informação periódica ao mercado, impondo rotação de auditorias e alterações de regras de operação e fiscalização dos conselhos de administração. A lei passou a exigir publicação antecipada de balanços trimestrais e anuais para as empresas de capital aberto com valor superior a US$ 75 milhões.

As demandas da Sarbanes-Oxley não se limitam às empresas norte-americanas. Toda companhia estrangeira que opera nas bolsas de valores dos EUA está submetida às mesmas exigências. O custo da implantação dos controles internos é alto, como já perceberam as empresas brasileiras com papéis negociados em Nova York. O custo inicial para atender às regras da seção 404 ultrapassa US$ 1 milhão, além de cerca de US$ 500 mil a cada ano. Na prática, como só grandes empresas conseguem atender tais exigências, a Sarbanes-Oxley acaba por impedir a presença das empresas menores no mercado americano.

(...)
A maior preocupação dos [NORTE-]americanos é a mudança de rota dos capitais na direção dos concorrentes. Em 2005, enquanto pouco mais de uma dezena de empresas brasileiras procuraram o mercado norte-americano, 48 companhias recorreram às bolsas européias. O lobby em Washington apresentou dados de que os "custos regulatórios" estão afastando investidores externos de Nova York.

(...)
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 2)