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10 janeiro 2011

Seguro e Estoques

Em 9 de janeiro de 1999, meses depois da contratação dos serviços das seguradoras, a dupla adentrou um dos barracões da Embratec e ateou fogo.
(...) Em fax enviado às seguradoras, o então sócio-gerente afirmou que tudo havia se perdido, à exceção de uma listagem de controle de estoques, emitida dois dias antes do sinistro e que estava em seu poder. De acordo com ele, o espaço estocaria quase 850 mil camisas, tanto inacabas quanto das marcas Dijon e Guy Laroche, mais de 90 mil calças, também da Guy Laroche, além de quase 200 mil shorts de diversas marcas. O espaço guardaria, ainda, outros 250 mil metros de tecidos e mais de um milhão de retalhos sortidos, além de equipamentos de escritório, incluindo sete computadores pessoais e um no break.

(...) Laudos técnicos, testemunhas e recibos comprovaram que era tudo forjado. (...) A perícia verificou que os saldos dos estoques informados pelos sócios eram completamente diferentes daqueles apresentados nas Declarações de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, em desalinho com os princípios da contabilidade.

Coma a alegação da existência de fraude, as seguradoras se recusaram a pagar as indenizações. Com isso, desencadeou-se uma batalha judicial.


Tentativa de fraude gera condenação de sócios - Marília Scriboni

04 outubro 2010

Risco e seguro

A frente de baixa pressão que provocou inundações na cidade de Görlitz, na fronteira oriental da Alemanha com a Polônia, se desenvolveu no Mediterrâneo, contornou o flanco oriental dos Alpes, dirigiu-se para a Polônia e finalmente fez uma parada em Erzgebirge, ao longo da fronteira entre Alemanha e República Checa. Mas Angelika Wirtz ainda não estava preocupada.

Quando as chuvas tombaram o longo do Rio Neisse, ela começou a ficar mais atenta. Görlitz foi inundada na noite de 7 de agosto, quando as águas do rio subiram quatro metros em três horas. Quando Angelika recebeu a notícia, fez algumas anotações no computador, mas não muito longas - já tinha visto coisa pior.

No fim de semana das inundações em Görlitz, o Paquistão foi assolado por chuvas de dimensões apocalípticas; na Rússia, houve notícias de mais de 800 focos de incêndio; um temporal na Finlândia deixou 70 mil pessoas sem eletricidade; e pelo menos 80 pessoas morreram e centenas estavam desaparecidas devido a deslizamentos de terra na China.

Angelika Wirz colocou todas essas informações no seu computador na manhã de 9 de agosto. Ela está habituada às provações que a vida prepara para os seres humanos. Há 17 anos dirige a chamada “célula de crise” da Munich Re, a maior empresa de resseguros do mundo.

O banco de dados da Munich Re contém informações sobre desastres que já ocorreram e também sobre os que estão começando ou podem ocorrer no futuro. Dados de todos os terremotos e tremores na crosta terrestre, sobre a altura das ondas oceânicas, temperaturas do ar e da água, e sobre a direção e velocidades das correntes. Informações sobre o derretimento das geleiras no Himalaia e nevascas no Ártico e Antártida também estão documentadas.

Os novos conhecimentos nas áreas de nanotecnologia, incineração de lixo, produção de petróleo, construção naval, os avanços no campo médico dos transplantes e da reprodução também estão armazenados nos computadores.

Essa oferta ilimitada de dados, provavelmente sem paralelo em tamanho e profundidade, flui de cada continente para um grupo de prédios ao lado do Jardim Inglês em Munique. A Munich Re é uma seguradora das companhias de seguros. Ela assume os riscos que são grandes demais para gigantes do setor, como a Allianz ou a alemã Gothaer.

Probabilidades. Contando com suas subsidiárias, a empresa tem 47 mil funcionários em todos os continentes, e mais de um quarto da população do mundo, cerca de dois bilhões de pessoas, está indiretamente garantido por meio dela. As decisões tomadas por essas pessoas, os acidentes que elas sofrem, as circunstâncias do seu nascimento e morte, todas essas informações são transmitidas para a Munich Re. O objetivo é encontrar padrões dentro do caos e probabilidade no que é improvável.

Até onde vai o risco de um acidente com um cargueiro no Midland Canal, na Alemanha, provocar um apagão na Itália? Quanto pode custar para assegurar toda a cadeia logística de uma montadora internacional, um total de quatro mil empresas espalhadas por todos os continentes, contra qualquer problema concebível na entrega dos veículos, desde greves até erupções vulcânicas? Esses são os tipos de pergunta que os pesquisadores da Munich Re têm de responder. A tarefa deles é avaliar os riscos o maior cuidado possível, porque o nível de risco vai determinar o quão frequentemente um prejuízo pode ocorrer. E a frequência desses prejuízos, ou pedidos de indenização, é que vai determinar o valor do prêmio a ser pago. Por exemplo, se uma determinada casa tem risco de ser inundada por um rio uma vez por ano, o prêmio do seguro vai corresponder ao valor da casa.


Munich Re, a central de riscos do mundo - Uwe Buse SPIEGEL ONLINE - 4 Out 2010 - O Estado de São Paulo - TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO

As previsões dos técnicos da Munich Re nem sempre são acertadas. Interações que não foram levadas em conta, condições que mudaram muito rapidamente ou o impossível se tornou possível são algumas das causas de riscos mal avaliados.

Os atentados de 11 de setembro em Nova York são um bom exemplo. Os matemáticos da Munich Re tinham calculado o custo de um incêndio em dez andares de uma das Torres Gêmeas provocado pelo choque de um avião contra o edifício. Mas parecia impossível que dois aviões com os tanques repletos de gasolina intencionalmente se espatifassem nas duas torres. Calcularam o custo de Nova Orleans ser diretamente atingida por um furacão e estavam cientes também das consequências de uma grande inundação na cidade. Mas não calcularam o custo de um furacão atingindo a cidade e o colapso dos diques ao mesmo tempo.


Nem toda tragédia pode ser prevista - 4 Out 2010 - O Estado de São Paulo

Qual a possibilidade de a histórica Cidade Velha de Colônia ser inundada uma segunda vez no próximo ano? 10%. Ou de San Francisco ser atingida por um terremoto este ano? 1%. E qual seria a possibilidade de a Copa do Mundo na África do Sul ter sido cancelada por causa de um ataque terrorista? Essa probabilidade, segundo estimativas dos analistas de risco da Munich Re, era de 1% também.

Há 130 anos, analistas da companhia colocam a teoria em prática na sede da central de risco global. O trabalho deles é adaptar os modelos dos matemáticos a casos individuais e se manter informados sobre estratégias de segurança, a força dos muros corta-fogo, o desempenho de sistemas de combate a incêndio e a estabilidade de governos nacionais. Eles veem o mundo como uma coleção de riscos e tentam quantificar esses riscos. Usam um método indutivo com base no qual enfocam o desconhecido, o que significa tirar conclusões gerais a partir de incidentes isolados.

Desvios da norma são calculados e levados em conta. No final, depois que tudo foi pesado e medido, aparece o prêmio a ser pago. É assim que os riscos do mundo são dissecados e avaliados na Munich Re. É uma tentativa ambiciosa de oferecer uma rede de proteção para o capitalismo global, usando todas as ferramentas do comércio e sem intervenção do governo.


A complexa matemática dos desastres - 4 Out 2010 - O Estado de São Paulo

28 setembro 2010

FDIC

A diretoria da Corporação Federal de Seguros de Depósito (FDIC, na sigla em inglês) aprovou uma proposta final para mudanças nas regras para os títulos lastreados em ativos (ABS, na sigla em inglês). As novas regras visam tornar os bancos mais imputáveis, dado o papel que a securitização tem tido em vários casos de bancos em colapso.

Sob as novas regras, que entram em vigor no dia 1º de janeiro de 2011, a FDIC ganharia acesso a pagamentos de hipotecas comerciais e residenciais e cartões de crédito patrocinados por bancos que são agrupadas em títulos e vendidas para investidores. A proposta aprovada exige que os vendedores de ativos securitizados retenham 5% do risco, se eles quiserem proteção contra novas regras de contabilidade para ativos de bancos em colapso.

A agência tradicionalmente fornecia um "porto seguro" para tais ativos, evitando que o governo tomasse os ativos que lastreavam os títulos no caso do colapso de um banco.

Recentes mudanças nas regras de contabilidade, além do papel que a securitização teve no crescente número de bancos que entraram em colapso, forçaram as autoridades reguladoras a reconsiderarem o assunto. A diretoria da FDIC já prorrogou as proteções para os "portos seguros" duas vezes, sendo que a última deve expirar na quinta-feira.

"Esta regra está sendo elaborada há quase um ano, e o setor não deve ter problemas para se ajustar até o prazo para vencimento dos portos seguros, no fim do ano", disse Sheila C. Bair, presidente da FDIC. "Nós queremos que o mercado de securitização volte, mas de uma forma que seja caracterizada por fortes exigências de transparência para os investidores, boa qualidade de empréstimos, documentação acurada, fiscalização melhor dos serviços e incentivos para garantir que os ativos sejam gerenciados de uma forma que maximize o valor para os investidores como um todo", acrescentou.

As novas regras também visam adequar o papel da FDIC às determinações da reforma financeira aprovada recentemente nos EUA, chamada Lei Dodd-Frank. A legislação deu à FDIC poder para lidar com empresas financeiras sistematicamente importantes que estejam com problemas. Bair afirmou que "a regra é totalmente consistente com o objetivo da Lei Dodd-Frank de aplicar uma exigência de retenção de 5% do risco, a menos que existam padrões de subscrição suficientemente fortes para conter incentivos para empréstimos negligentes". Legisladores dizem que a medida visa a alinhar os interesses dos emissores dos títulos com os interesses dos investidores que compram seus produtos financeiros.

Mas participantes do setor expressaram receios de que as regras mais rigorosas possam prejudicar a emissão de ABS. A emissão e venda desses títulos ajuda a diminuir o custo do empréstimo para os consumidores, essencial para o fluxo de crédito na economia. Mais de US$ 11 bilhões em novas emissões de ABS foram precificados no período de duas semanas encerrado na última quinta-feira, de acordo com dados do Citigroup. No ano, já foram vendidas US$ 80 bilhões em ABS.

Para Tom Deutsch, diretor executivo do Fórum Americano de Securitização (ASF, na sigla em inglês), o risco de uma tomada iminente dos ativos securitizados no caso de um banco entrar em colapso deve diminuir o interesse dos investidores nesses títulos. "Embora alguns dos membros do ASF possam apoiar algumas das condições das novas regras, eles não apoiam a ideia de a FDIC criar um 'porto seguro' ineficaz que vai interromper pagamentos de seus investimentos programados em contratos no caso de um banco entrar em colapso", comentou.

Segundo Deutsch, a emissão de bônus pelos bancos deve diminuir com as novas regras. Assim, os ABS emitidos por empresas de financiamento automotivo e outras entidades não bancárias devem aumentar, já que as regras não se aplicam a esses emissores.

Em um esforço para dar suporte ao mercado de ABS, o Federal Reserve lançou o Programa de Crédito a Termo de Títulos Lastreados em Ativos (Talf, na sigla em inglês) em março do ano passado. As informações são da Dow Jones. (Álvaro Campos)


EUA: Fdic Aprova Novas Normas Para Títulos Lastreados Em Ativos - 27 Set 2010 - DJ em Português

25 maio 2010

Seguro para o contador


O volume cada vez maior de complexas normas e obrigações tributárias - como o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) - e o perigo de terem de indenizar por falhas de seus empregados têm levado os contadores a contratar seguros de responsabilidade civil. As vendas do produto cresceram 27% no primeiro trimestre, comparativamente a igual período do ano passado, de acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep).


Seguro livra contadores de indenizar empresas - Valor Econômico, via Alexandre Alcantara - Laura Ignacio, de São Paulo - 24/05/2010 (Foto: Ffffound)

18 maio 2010

25 março 2010

Microsseguro

Este trabalho tem dois objetivos. O primeiro é precificar o microsseguro compreensivo residencial no Brasil, para algumas coberturas e importâncias seguradas. O segundo objetivo é estimar o potencial de mercado deste produto. De acordo com a definição da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) o microsseguro é o produto voltado para as famílias com renda mensal per capita até 2 salários mínimos. Foi empregada como fonte de dados a Pesquisa Nacional por Amostra de Dados (PNAD - 2007) feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta pesquisa fornece um extenso conjunto de informações referentes aos domicílios (particularmente aspectos construtivos relevantes para a formação do preço do microsseguro residencial) e à população brasileira. Os domicílios elegíveis ao microsseguro (mais de 42 milhões) foram divididos em 4 faixas de renda domiciliar de acordo com múltiplos do salário mínimo. A pesquisa mostra que os prêmios mensais, para as coberturas de incêndio, raio, explosão e perda de aluguel são bastante reduzidos, indo de R$ 1,91 a R$ 4,00. Estes valores são inferiores a 1% da renda domiciliar. Os resultados mostram que esse tipo de microsseguro é adequado para as famílias de baixa renda. O potencial do mercado é bastante expressivo, sendo superior a R$ 1,5 bilhão anual, o que é uma evidência de sua atratividade para as seguradoras.

MICROSSEGURO COMPREENSIVO RESIDENCIAL NO BRASIL: PRECIFICAÇÃO E ESTIMATIVA DO POTENCIAL DE MERCADO - Maria Pilar Varela Sepulveda; Luís Eduardo Afonso (USP)

18 março 2010

Tábua biométrica

Nos seguros, vida média de 82 anos
Janes Rocha, do Rio - Valor Econômico - 18/03/2010

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) e a Fenaprevi, que reúne as seguradoras que operam nos ramos de vida e previdência aberta, anunciam hoje a adoção da primeira tábua biométrica - que calcula a expectativa de vida e mortalidade da população - desenvolvida especialmente para o Brasil. Encomendada ao Departamento de Matemática Aplicada da UFRJ, ela aponta que o brasileiro vive em média 82 anos, mais que os 75 anos estimados pelo IBGE

19 janeiro 2010

Seguradoras

NOVA YORK e WASHINGTON. Oito seguradoras, a maior parte delas socorridas com recursos públicos, poderão ser obrigadas a pagar a Taxa de Responsabilidade Financeira pela Crise, proposta semana passada pelo presidente dos EUA, Barack Obama, informou ontem o “Wall Sreet Journal”. A reportagem cita um relatório do Credit Suisse, no qual analistas do banco avaliam que a American International Group (AIG) e Hartford Financial estariam entre elas. Juntas, as duas empresas receberam mais de U$180 bilhões do governo americano desde o agravamento da crise econômica internacional, em setembro de 2008.

A AIG teria de pagar ao governo americano US$388,8 milhões em um ano, nos cálculos do Credit Suisse. O Citigroup também divulgou relatório em que avalia o valor devido, caso haja incidência da nova taxa, em US$367 milhões. Já a Hartford Financial seria taxada em US$28,2 milhões, nas estimativas do Credit Suisse.

A taxa proposta por Obama consiste na cobrança de 0,15% sobre os ativos totais menos o capital de alta qualidade, como ações ordinárias e lucros retidos e divulgados. Isso se aplicaria a empresas com patrimônio acima de US$50 bilhões. Reservas para seguros não seriam taxadas porque já estão sujeitas a impostos federais. Mas analistas acreditam que há brechas para que seguradoras sejam incluídas na lista, pois algumas delas têm unidades de produtos financeiros. O tributo ainda precisa ser aprovado pelo Congresso dos EUA para entrar em vigor.

Seis seguradoras não receberam ajuda oficial

As outras seguradoras apontadas pelo Credit Suisse como elegíveis para a nova taxa são MetLife, Prudential Financial, Allstate Corp, Lincoln National Corp, Ameriprise Financial e Principal Financial Group. A Lincoln National recebeu US$950 milhões do governo. As demais não receberam ajuda oficial.

Também ontem, fontes da Casa Branca disseram que Obama apresentará a proposta de orçamento para 2010 em 1º de fevereiro.

Oito seguradoras podem ser taxadas nos EUA
O Globo - 19/1/2010

24 novembro 2009

Desempenho de Seguradoras

Este artigo tem como objetivo analisar o desempenho contábil-financeiro no setor brasileiro de seguradoras, aplicando análise hierárquica (AHP) às informações do ano de 2007. Para tanto, utiliza-se de informações sobre lucratividade, eficiência gerencial (despesas operacionais), sinistralidade e risco (de uso de capital de terceiros), que são os fatores resultantes da análise fatorial feita com os índices contábil-financeiros disponíveis na base de dados da Revista Conjuntura Econômica (2008). (...) A análise do desempenho mostra que a melhor seguradora é a Safra e o pior resultado fica por conta da Sulina. Os resultados mostram, ainda, não existir qualquer relação entre o desempenho e o tamanho. Apesar disso, foi possível observar impacto do tamanho no desempenho contábil-financeiro, ao nível de 5% de significância, pois o desempenho das cinco menores seguradoras se mostrou significativamente superior ao das cinco maiores. Mesmo que de forma incipiente, isso pode estar mostrando uma mudança nos paradigmas de desempenho no setor, onde o foco pode estar saindo das questões mais financeiras (comum a grandes seguradoras pertencentes a grandes conglomerados financeiros) para as mais operacionais como qualidade da carteira e outras congêneres.

ANÁLISE DO DESEMPENHO CONTÁBIL-FINANCEIRO DE SEGURADORAS NO BRASIL NO ANO DE 2007: UM ESTUDO APOIADO EM ANÁLISE HIERÁRQUICA (AHP) - Marcelo Alvaro da Silva Macedo (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO) & Luiz João Corrar (USP)

06 novembro 2009

Teste #170

Veja a seguinte notícia do Jornal do Commércio (Nova regra contábil afeta área de seguros, Lucas Vettorazzo, 5/11/2009)

O Grupo Bradesco de Seguros e Previdências fechou os nove primeiros meses do ano com lucro líquido de R$ 1,89 bilhão, recuo de 9,67% sobre os R$ 2,09 bilhões apurados em igual período do ano passado. O vice-presidente executivo do grupo, Samuel Monteiro dos Santos Júnior, explicou que o cálculo foi afetado uma mudança na regra contábil brasileira, que determinou o aumento da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) das seguradoras de 9% para 5%, e da ocorrência de eventos extraordinários, como aumento na sinistralidade e das despesas operacionais.


O teste de hoje é: ache os erros na segunda frase.

Resposta: Reagan. Fonte: aqui

31 agosto 2009

Seguros

Contabilidade: Reguladores americanos preparam a reorganização das regras do setor
Os maiores rombos nos balanços das seguradoras ainda estão por vir
Jonathan Weil, Bloomberg, de Nova York - Valor Econômico - 31/8/2009

Quantas pernas um bezerro teria se chamássemos seu rabo de perna? Quatro, é claro. Chamar um rabo de perna não faz dele uma perna, como disse Abraham Lincoln em uma frase que ficou famosa.

Do mesmo modo, chamar uma despesa de ativo não faz dela um ativo. Isso nos leva às estranhas normas contábeis para o setor de seguros, que inclui a Lincoln National, que usa Honest Abe (como é conhecido Abraham Lincoln) como mascote empresarial.

Dê uma olhada no lado dos ativos do balanço da Lincoln National e você verá um item de US$ 10,5 bilhões chamado "custos de aquisição diferidos", sem os quais o patrimônio dos acionistas de US$ 9,1 bilhões desapareceria. O número também é maior que o valor de mercado da companhia, atualmente em US$ 7 bilhões.

Esses custos são apenas isso - custos. Eles incluem comissões de vendas e outras despesas relacionadas à aquisição e renovação de apólices de seguros de clientes. Na maioria das companhias, esses custos precisam ser registrados como despesas quando são contabilizados, afetando imediatamente os lucros.

Mas como ela é uma companhia de seguros vendendo apólices que podem durar muito tempo, a Lincoln pode lançá-las em sua contabilidade como um ativo e ir dando baixa contábil lentamente - por períodos de até 30 anos em alguns casos -, sob um conjunto de regras contábeis implementado há décadas e feitas exclusivamente para o setor de seguros.

Mas esses dias podem estar contados, sob uma decisão unânime tomada em maio pelo Fasb, o conselho de contabilidade financeira (Financial Accounting Standards Board) dos Estados Unidos, que vem recebendo pouca atenção da imprensa americana. O Fasb deverá anunciar no quarto trimestre uma proposta de reorganização de suas regras para os contratos de seguros. Se tudo correr de acordo com o plano, as seguradoras não poderão mais adiar custos de aquisição de apólices e tratá-los como ativos.

Um problema que o Fasb ainda não resolveu é o que fazer com os custos de aquisição diferidos que já estão na contabilidade das companhias. Embora ainda não haja nenhuma decisão a esse respeito, é razoável supor que as seguradoras provavelmente terão de dar baixa neles, reduzindo o patrimônio dos acionistas. O Fasb já decidiu que esses custos não são um ativo e devem ser lançados como despesas. Se isso for mantido, não faria sentido deixar as companhias manter seus custos diferidos existentes intactos.

O impacto dessa mudança seria enorme. Alguns exemplos:

Até 30 de junho, a Hartford Financial Services Group mostrava um custo de aquisição diferido de US$ 11,8 bilhões, que representavam 88% do patrimônio de seus acionistas, ou ativos menos obrigações. Em comparação, o valor de mercado da companhia é de apenas US$ 7,3 bilhões.

A MetLife mostrava um custo de aquisição diferido de US$ 20,3 bilhões, equivalente a 74% de seu patrimônio líquido. O custo diferido da Prudential Financial era de US$ 14,5 bilhões, ou 78% do patrimônio. A Aflac dizia que seu custo era de US$ 8,1 bilhões em 30 de junho, bem mais que seu patrimônio de US$ 6,4 bilhões. A Genworth Financial listava seu custo diferido em US$ 7,6 bilhões, ou 76% dos ativos líquidos. Isso era mais que o dobro do valor de mercado da companhia, de US$ 3,4 bilhões.

As regras sobre os custos de vendas das companhias de seguros são um resquício dos dias em que o chamado princípio do confronto das despesas com as receitas era aceito de uma maneira mais ampla entre os contadores e investidores.

Nas seguradoras de vida, por exemplo, é comum o pagamento adiantado de comissões equivalentes a um ano de prêmios de apólices. Ao expandir o reconhecimento das despesas sobre o tempo de vida das apólices, a ideia é que as companhias deverão comparar suas receitas e as despesas que foram necessárias para gerar essas receitas no mesmo período de tempo.

O problema com essa abordagem é que os custos de aquisição diferidos não atendem o padrão de definição de ativo do Fasb. Isso porque as companhias não os controlam uma vez que eles são pagos. O dinheiro já está fora. Não há garantias de que os clientes continuarão renovando suas apólices.

Até mesmo as autoridades reguladoras estaduais, normalmente amigáveis, não reconhecem os custos de aquisição diferidos como um ativo para propósito de avaliação do capital, sob os princípios contábeis estatutários adotados pela National Association of Insurance Commissioners.

Certamente, as decisões tomadas pelo Fasb até agora são preliminares. Uma das muitas questões que o conselho está analisando como parte de seu projeto mais amplo para os seguros é como tratar os custos de aquisição. Outras incluem o problema de como medir os riscos das seguradoras nas obrigações com os detentores de apólices.

Enquanto isso, o Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (International Accounting Standards Board - Iasb), com sede em Londres, está trabalhando em seu próprio projeto para os seguros e já disse que vai adotar uma postura mais complacente em relação aos custos de aquisição de apólices.

As seguradoras terão de lançá-los como despesas imediatamente. No entanto, o Iasb disse que deixará as companhias registrarem antecipadamente uma receita de prêmio suficiente para compensar os custos. Dessa maneira, elas não terão que reconhecer quaisquer perdas no começo.

Até agora, o Fasb vem rejeitando o método do Iasb.

O curinga desse baralho é o Congresso americano. No segundo trimestre, o setor de seguros uniu-se aos bancos e às cooperativas de crédito para fazer membros do Congresso pressionarem o Fasb a mudar suas regras sobre os títulos de dívida, incluindo aqueles garantidos por hipotecas subprime tóxicas, de modo que as companhias possam manter grandes perdas contáveis fora de seus lucros. Como o FASB já cedeu antes, é seguro apostar que o setor vai seguir esse caminho mais uma vez.

Com tanta coisa em jogo, não devemos esperar nada menos do que isso. O que está em jogo não é o valor real dos ativos do setor, e sim a percepção dos investidores sobre o valor deles.

Honest Abe não seria enganado. (Jonathan Weil é colunista da Bloomberg . O texto reflete apenas as suas opiniões)

18 agosto 2009

Análise de Seguradoras

A utilização de indicadores financeiros para a avaliação do desempenho das organizações já é realizada há muito tempo. Usualmente, esses indicadores são utilizados para fazer comparações entre empresas ou mesmo entre unidades de uma mesma companhia. No entanto, a análise dos indicadores, geralmente, é realizada de forma individual e seqüencial, ou seja, as análises são realizadas com base em comparações, por exemplo, dos indicadores de liquidez, em que se busca verificar quais são as melhores empresas com base em um padrão médio de liquidez, depois disso, uma nova análise é feita para indicadores de rentabilidade etc. Esse tipo de avaliação seqüencial e individualizada não permite avaliar a influência de alguns indicadores sobre os demais, além de depender de critérios subjetivos para avaliar quais dos indicadores são os mais relevantes. O que se pretende com este trabalho é propor uma metodologia que: (1) diminua o grau de subjetividade na escolha dos indicadores que deverão compor a avaliação das empresas e (2) permita uma análise simultânea do comportamento de vários indicadores. Na realização deste trabalho foi utilizada uma das técnicas de análise multivariada de dados: Análise Fatorial (AF) para criação dos critérios de seleção dos indicadores financeiros.


PERFORMANCE DE INDICADORES FINANCEIROS DE SEGURADORAS NO BRASIL: UMA ANÁLISE DE COMPONENTES PRINCIPAIS - Veronica Favato e Silva (FGV)

Acredito que a análise de indicadores ainda carece de muitas pesquisas. Este texto é específico para seguradoras. A principal conclusão do estudo é que:

Essa análise permitiu identificar os indicadores financeiros mais relevantes para as avaliações e mensuração do desempenho das seguradoras, que foram substituídos por três fatores, de recursos próprios, recursos de terceiros e recursos de liquidez e giro, facilitando assim a análise financeira do setor.

12 junho 2009

IFRS em seguros

Adequação ao padrão IFRS gera impactos
Jornal do Commércio do Rio de Janeiro - 11/6/2009

O sócio responsável pela área de seguros da Everis Brasil, Rafael Garrido, chama a atenção das seguradoras para o processo de adequação ao padrão internacional de contabilização (IFRS, na sigla em inglês), que tem prazo até o ano que vem. Mas, para ele, o ajuste deve começar logo, já que, de acordo com a experiência europeia, a conversão para o formato IFRS pode levar 18 meses ou, em média, nove meses, para empresas com maior facilidade de adaptação. Além disso, ele lembra que as demonstrações financeiras deste ano já deverão seguir o novo modelo, para efeito comparativo já com o 1º trimestre de 2010.

“A transição para a IFRS não impacta somente as regras contábeis das seguradoras”, sustenta Rafael Garrido. “Impacta também – prossegue – a organização como um todo, incluindo tecnologia, controles internos, tesouraria, impostos, jurídico, gerenciamento de caixa entre outros, alem de alterar a apuração dos resultados e, consequentemente, a análise que o mercado faz sobre o desempenho da companhia”.

A conversão, segundo ele, requer mudanças que envolvem funcionários, processos e sistemas, mas, se devidamente planejada e administrada, poderá trazer melhorias substanciais no desempenho das funções financeiras, nos controles internos e na redução de custos.

Para o especialista, é necessário que as seguradoras brasileiras iniciem o quanto antes a avaliação dos impactos que serão gerados pela adoção das normas contábeis internacionais, seguindo o exemplo de empresas europeias que se anteciparam na implantação da IFRS.

20 janeiro 2009

Seguros

Seguradoras são pouco eficientes no Brasil, diz estudo
19 Janeiro 2009
Valor Econômico

As seguradoras brasileiras são pouco eficientes quando comparadas com suas parceiras em outros países. Aqui, gasta-se muito. A relação entre as despesas administrativas e os prêmios ganhos com as vendas de seguro, um dos indicadores para se avaliar a eficiência, é de 22,35% no Brasil, quase o triplo do mesmo índice das seguradoras de países desenvolvidos, como a França. Mesmo em comparação a outros países da América Latina, o Brasil tem posição desfavorável e só tem melhor indicador que o México. (...)