Translate

Mostrando postagens com marcador salário. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador salário. Mostrar todas as postagens

29 abril 2014

Listas: Salários por equipe

As equipes que pagam a maior média anual de salários. Em primeiro lugar, Manchester City, time inglês.
Os maiores salários, pelo valor total. Barcelona em primeiro. 


29 janeiro 2014

Diferença de salário entre homens e mulheres

Em diversos países do mundo existem mais mulheres do que homens com diploma de curso superior. Esta é uma tendência que também ocorre no Brasil . Doze por cento da população adulta feminina possui diploma de curso superior, mas somente dez por cento dos homens conseguiram concluir o terceiro grau.

Entretanto, apesar das mulheres terem melhor educação, isto não se reflete no mercado de trabalho. No Brasil, 91% dos homens com curso superior possuem emprego, contra 81% do gênero feminino. Os números da OCDE mostram que esta tendência também ocorre em países menos machistas. Como o diploma superior agrega renda – um brasileiro formado num curso superior recebe 2,5 vezes mais que aquele que completou o ensino médio – isto deveria significar que as mulheres teriam um salário médio maior. Mas isto não ocorre na prática: os homens ainda ganham mais por trabalho equivalente.

Existem diversas explicações para as diferenças entre os homens e as mulheres no momento de receber seus pagamentos mensais. A mais óbvia, a diferença decorre de um passado, onde a mulher era claramente discriminada. Esta diferença pode ter reduzido nos últimos anos, mas ainda não foi suficiente para igualdade salarial.

Uma explicação menos óbvia foi obtida de um experimento apresentado por três pesquisadores. Eles publicaram um anúncio oferecendo emprego. Para metade daqueles que se interessam o salário era fixo, de 15 dólares a hora. Para outra metade, existia uma parcela fixa, de doze dólares, e uma parcela variável, de seis dólares a hora, que seria obtido numa comparação com um colega. Assim, nesta segunda proposta, o valor esperado seria de 15 dólares ou $12 + 50% x $6. Ou seja, ambas as propostas possuíam um valor médio igual, mas a segunda proposta dependeria de uma competição. Ao comparar a aceitação da proposta os pesquisadores encontraram que as mulheres eram menos propensas a aceitar a oferta de competição.

Para os pesquisadores, isto pode ser um sinal de que as mulheres não estão muito interessadas em trabalho onde exista uma competição, ao contrário dos homens. Em outras palavras, mulheres possuem preferência diferente pela competição. Como os salários são resultantes de competição que ocorre no mercado de trabalho, isto poderia ser uma explicação para a persistência da diferença salarial entre as pessoas. Em lugar de preconceito, herança cultural e outras explicações, o experimento parece indicar que parte da diferença decorre das preferências do gênero, que talvez tenha sido marcada ao longo da evolução da nossa espécie. Assim, o esforço no sentido de reduzir esta diferença é de longo prazo.

Leia mais em
FLORY, Jeffrey; LEIBBRANDT, Andreas; LIST, John. Do Competitive Workplaces Deter Female Workers? A Large-Scale Natural Field Experiment on Gender Differences in Job-Entry Decisions, 2010.

07 agosto 2013

Diferença de Salário

Uma pesquisa do IMA, da Inglaterra, mostrou que a diferença de salário entre o homem e a mulher na contabilidade é de 78%. A menor diferença ocorreu em 2006, com 80%.

Ou seja, se um homem recebe R$100.000, a mulher irá receber 78.000.

23 abril 2013

Maiores salários no futebol


10 – Drogba – 17,8 milhões de dólares
9 – Kaká – 19,3 milhões
8 – Neymar – 19,5 milhões
7 – Torres – 20,2 milhões e Toure
5 – Rooney – 20,3 milhões
4 – Aguero – 20,8 milhões
3 – Messi – 40,3 milhões
2 – Ronaldo – 43,5 milhões
1 – Beckham – 50,6 milhões

Fonte: Aqui

08 março 2013

Malditos preços, benditos preços

Os preços atraem muita emoção quando se mexem. É natural, alguns ganham e outros perdem. Mas os preços fazem parte do funcionamento das economias. Há preços dos bens e serviços, mas também do trabalho (salário), do dinheiro e do tempo (juros), das empresas (ações) e até da nossa moeda em relação às outras (câmbio). A tentação dos governos é mantê-los sob mira curta, por diversas razões. Certamente para combater a inflação e evitar excessos derivados de monopólios, porém, em alguns casos, para tentar influenciar os rumos da economia.

A questão é que os preços têm um papel público também: eles sinalizam quando sobra ou falta algo. Afinal, a lei mais conhecida da economia é a da demanda e oferta, em que os preços sobem quando falta o produto e caem quando sobra. Um preço subindo pode não ser apenas sinal de injustiça ou inflação, mas de escassez ou ineficiência que mereça atenção. A liberdade dos preços traz a transparência necessária para ajudar na correção de rumos, muitas vezes de forma natural, quando eles sobem para reduzir o consumo e aumentar a oferta (ou vice-versa).

É mais fácil concordar com a liberdade de preços de peixes, frutas e verduras do que de outros preços da economia. Estocar esses produtos é difícil e requer flutuação dos preços para equilibrar o mercado. Todavia também é importante permitir a flutuação de alguns preços menos óbvios, cuja informação é relevante para a economia.

Um exemplo clássico é o preço da gasolina. Muitos países têm regras para determiná-lo. Mas se o preço da gasolina se afasta da cotação internacional por muito tempo acaba gerando distorções. O consumo não se adapta ao preço internacional mais alto (relacionado ao que pode ser importado ou exportado). E quem vai ofertar não tem o sinal do preço correto para decidir quanto investe na produção. No limite, as estatais podem ser obrigadas a importar por valor mais alto do que vendem no mercado doméstico, o que pode levar a prejuízos importantes.

Prejuízos alteram outro preço significativo da economia: o das ações de empresas. Quedas sistemáticas e relevantes das ações refletem mudança do valor das empresas, um sinal de alerta importante. É necessário avaliar o que está causando a destruição desse valor e, caso necessário, realizar mudanças fundamentais.

Os juros básicos, determinados pelo Banco Central, são também um preço importante da economia. Quando os juros sobem, normalmente é sinal de pressões inflacionárias e de ciclo de atividade em alta. Quando caem, o inverso: inflação recuando e/ou atividade fraca. O Banco Central faz bem em insistir que os ciclos ainda não foram abolidos no Brasil, sinalizando que os juros podem eventualmente subir ou descer, apesar da mensagem básica de que devem ficar no atual patamar por um tempo prolongado.

Outro preço importante é a taxa de câmbio, que reflete o valor dos nossos bens relativos aos preços internacionais (ou comercializáveis, aqueles determinados no mercado internacional). No curto prazo, o câmbio pode ser determinado pelo governo, tanto mais quanto mais reservas tiver e mais controles de capitais introduzir. No longo prazo, o câmbio vai ser o que equilibrar as necessidades da economia, isto é, o câmbio consistente com um saldo na balança comercial e de serviços, compatível com persistentes entradas de capitais que, por sua vez, ajudem a financiar os investimentos necessários para o crescimento sustentado da economia. Uma taxa de câmbio mais depreciada que o equilíbrio de longo prazo (que leve a uma balança mais alta e a uma escassez de poupança externa, dado o investimento necessário) vai acabar gerando uma inflação corretiva, devolvendo o valor do câmbio real ao seu equilíbrio.

O salário é o preço do trabalho na economia. Reflete o excesso ou a escassez de mão de obra. Nos últimos anos os salários têm subido acima da inflação, refletindo crescimento maior da demanda que da oferta. A demanda tem aumentado por causa do crescimento mais forte dos setores intensivos em mão de obra (serviços, por exemplo), enquanto a oferta tem sido afetada por um crescimento mais lento da força de trabalho (por questões demográficas, entre outras). Reduzir os encargos da folha de pagamentos pode aliviar as empresas, individualmente, contudo não altera a falta de oferta e a necessidade de maior produtividade da mão de obra. Medidas que incentivem maior demanda por trabalho podem exacerbar o descompasso atual com a oferta. A competitividade da economia depende de a produtividade crescer acima (ou na proporção) do aumento dos salários.

Finalmente, os preços da energia elétrica também variam, apesar de ser um setor naturalmente mais regulado pelo governo. Quando há sobra (ou falta) de energia, esta é vendida no mercado livre a preços menores (ou maiores). Com os reservatórios das hidrelétricas mais baixos no final do ano, os preços no mercado livre subiram, sinalizando oferta menor. Da mesma forma, quando as termoelétricas, mais caras, são ligadas, em momentos de escassez, preços maiores acabam sendo repassados ao consumidor. Esse aumento é necessário para o consumidor agir a fim de economizar o necessário.

Os preços ajudam-nos a identificar escassez e ineficiências e a desenhar políticas para correção de rumos. Muitas vezes há exageros. A regulação dos mercados é fundamental. Mas não podemos dispensar o sistema de preços como um guia importante do que acontece na economia. É necessário observar os preços da economia para sinalizar escassez, excessos ou ineficiências e tomar medidas fundamentais para corrigir os problemas. Sem isso o risco é de gerar distorções na economia maiores do que qualquer flutuação excessiva de preços pudesse ter ocasionado.

22 dezembro 2012

Renda do trabalhador brasileiro

O rendimento mensal dos trabalhadores brasileiros aumentou entre 2000 e 2010, conforme mostraram nesta quarta-feira os novos dados do Censo 2010, divulgados pelo IBGE. Apenas os empregadores viram seus ganhos caírem 18,6%, contra alta de 15,8% dos empregados. Os por conta própria tiveram ganho de renda menor, de 6,5%. E os militares e funcionários públicos ganharam mais, com alta de 40,9%, seguidos dos trabalhadores domésticos com carteira assinada, com elevação de 33,9%. Ainda assim, em 2010, esse grupo de empregados recebia em média R$ 640 por mês. Como é um segmento altamente informal, com somente 33,8% com carteira assinada, o salário era de apenas R$ 393, em média.



Fonte: aqui

06 dezembro 2012

Chefes, Paternidade e Salários


[...]A study to be published next month inAdministrative Science Quarterly looks at what happens to workers’ pay when a male boss has a child. Researchers tracked salaries at every firm in Denmark with more than ten employees between 1996 and 2006. (They confined themselves to male bosses partly because the sample of female bosses was too small.)
Male bosses, it turns out, pay themselves significantly more once they become fathers. Even after controlling for factors such as age, length of tenure and the performance of the firm, the study found that bosses with daughters pay themselves 3.5% more than childless ones. If they have a son, that increases to a hefty 6.4%. David Ross of Columbia Business School, one of the authors, says all fathers feel a duty to support their families. For grunts this means working harder. Bosses have the more agreeable option of raising their own wages
This is bad news for underlings. That extra money comes out of workers’ pockets, the study finds. Staff employed by a father are typically paid less. The amount depends on such things as the sex of the baby and whether it is his first child. Male employees bear the brunt: if the boss’s child is a son, for example, they can expect 0.5% less salary than if he hadn’t reproduced.
Female staff fare better. After their boss’s first child, they can expect to be paid a little more. Mr Ross speculates that this might be because, having seen their wives go through childbirth, they start to respect women more. Alas, such goodwill doesn’t last. Once the boss has a second child, female workers’ wages are likely to fall, just like men’s.

04 dezembro 2012

Mulheres e negociações salariais


Although some scholars have suggested that the income gap between men and women is due to women’s reluctance to negotiate salaries, a new study at the University of Chicago shows that given an invitation, women are just as willing as men to negotiate for more pay.
Men, however, are more likely than women to ask for more money when there is no explicit statement in a job description that wages are negotiable, the study showed.
“We find that simple manipulations of the contract environment can significantly shift the gender composition of the applicant pool,” said UChicago economist John List, the Homer J. Livingston Professor in Economics.
List was a co-author of a paper based on a study of people responding to job advertisements in which salaries were advertised either as negotiable or fixed. Women were three times more likely to apply for jobs with negotiable salaries and to pursue negotiations once they applied, the study found.
Among those responding to an explicit salary offer, 8 percent of women and 11 percent of men initiated salary negotiations. When the salary was described as negotiable, 24 percent of women and 22 percent of men pursued salary discussions.
“By merely adding the information that the wage is ‘negotiable,’ we successfully reduced the gender gap in applications by approximately 45 percent,” said List.
Previous studies have shown that men are nine times more likely than women to ask for more money when applying for a job, but this paper is the first to use a field experiment to look at gender differences in the way men and women approach salary negotiations.
[...]The study found that when men determined that salary was fixed, their probability of applying was 47 percent, compared with 32 percent for women. When salary was negotiable, the probability of women applying increased to 33 percent, whereas men’s probability decreased to 42 percent.
Despite efforts to promote gender equality, women make about three-fourths as much as men, surveys have shown. Additionally, women hold only 2.5 percent of the highest paid jobs in American firms. The gap in wages begins when a person is hired, so encouraging negotiations from the beginning is likely to have a long-term impact on salary, List said.
A variety of factors may explain the gender differences in salary, including negotiations after a person is hired and differences in women’s willingness to negotiate for jobs other than the ones advertised, the paper concluded.

12 novembro 2012

Salários

Sobre a greve dos juízes brasileiros, um texto faz um comparativo interessante:

Causa perplexidade que, em um país cujo salário médio é de R$ 1.345, um magistrado venha a público afirmar que a paralisação estaria ocorrendo porque "com R$ 15 mil líquidos não é possível viver com estabilidade financeira" e, por causa disso, muitos juízes "estão vivendo com créditos consignados". (...)

Os juízes brasileiros estão entre os mais bem pagos do mundo. Um juiz federal brasileiro ingressa na carreira ganhando R$ 21.766,16 - o que, levando-se em conta o 13º, equivale a uma remuneração anual de cerca de € 109 mil. Comparado aos subsídios dos colegas europeus, os magistrados brasileiros ganham valores significativamente superiores. Na França um juiz em início de carreira ganha por ano € 40.660, e na Alemanha € 41.127 (dados de 2010 do Relatório de Avaliação dos Sistemas Judiciais Europeus da Comissão Europeia para a Eficácia da Justiça). (...)

o primeiro subsídio de um juiz já é quase o dobro do de um professor titular de universidade pública em final de carreira. E do professor se exige no mínimo o mestrado e o doutorado, o que implica pelo menos seis anos de estudos além da graduação.

Há quem alegue que os subsídios dos magistrados precisam ser altos para evitar que eles desistam da carreira e optem por advogar. Em qualquer país do mundo, porém, os melhores advogados ganham bem mais que juízes. Um escritório de advocacia é um investimento de risco que exige um capital inicial e anos de trabalho para consolidar o nome do profissional no mercado. A magistratura, por outro lado, é uma carreira bem diferente, que oferece estabilidade, aposentadoria com proventos integrais e um rendimento mensal inicial que dificilmente um advogado vai obter nos primeiros anos de atividade. Cada carreira tem suas vantagens e cada bacharel vai optar entre elas conforme seu perfil de risco e sua vocação profissional.


Julgando de barriga cheia - TÚLIO VIANNA (PROFESSOR DA UFMG) - O Estado de S.Paulo - 11 de novembro de 2012

A lei da oferta e procura informa: cada concurso para magistratura existem inúmeros candidatos. Se o emprego não fosse bom, isto não ocorreria, correto?

01 novembro 2012

Práticos

O Brasil está prestes a mudar o centenário e milionário serviço de praticagem — que consiste no apoio para que navios cheguem aos portos com profissionais, os práticos, treinados para conduzi-los nos estreitos canais de acesso aos terminais. A Marinha reconhece que poderá dispensar, já a partir do ano que vem, a contratação do serviço de assessoria aos comandantes de navios habituados a certos terminais portuários.

Outra mudança efetiva poderá surgir de um comitê que está sendo criado pelo governo para rever os altos custos, que, segundo levantamento dos armadores, são até 1.000% superiores aos registrados em países vizinhos, o que compromete a competitividade nacional. Além disso, cria uma elite de cerca de 400 profissionais no país que, não raro, recebem até R$ 150 mil mensais, ou até R$ 300 mil mensais no Maranhão.

Empresários do setor de navegação afirmam que os custos dos serviços de praticagem nos portos brasileiros estão entre os mais altos do mundo. E citam o preço para atracar navio médio (de 20 mil a 30 mil toneladas) no Porto de Paranaguá (PR): R$ 28.241,18 (pouco mais de US$ 14 mil) para operação que leva em média duas horas. Nos Estados Unidos, em portos com características próximas às de Paranaguá, dizem eles, como o de Brownsville, no Texas, no Golfo do México (também terminal de escoamento de grãos), o preço da atracação é US$ 5.712 (cerca de R$ 11 mil).

— Não queremos que os práticos ganhem mal, mas os valores que cobram aqui são estratosféricos — diz um empresário que não quis ser identificado.

De acordo com os armadores, a diferença é ainda maior na comparação com portos chilenos: lá são cobrados US$ 1.287. Ou seja, o serviço brasileiro é 987% mais caro. (...)

Fonte: O Globo

23 outubro 2012

Salário e Mercado

O gráfico acima foi publicado ontem no jornal Estado de S Paulo. Mostra a evolução do número de pessoas formadas no eixo "x" e a evolução do salário médio, no eixo "y". A contabilidade está destacada no gráfico: o salário não evoluiu, mas o número de profissionais formados sim. As profissões de verde são aquelas que aumentaram a quantidade de profissionais formados e também o salário. De azul, o número de trabalhadores evoluiu e o salário caiu. É o caso de administração, farmácia, atuarias e biologia. De amarelo, aumentou o salário e diminuiu o número de profissionais. Isto ocorreu com economia e profissões militares. Finalmente, vermelho, teve redução no número de formandos e no salário. Caso isolado da filosofia.

A situação é preocupante para a contabilidade já que o ajuste de salário ocorre muito mais rápido que a redução no número de formandos. Nos próximos anos os novos profissionais irão aumentar, mas talvez o salário não apresente uma evolução favorável. A "sorte" é que entre o número de formados e o de novos profissionais existe uma diferença em razão do exame de suficiência. Neste caso o exame impede que mais profissionais cheguem ao mercado, reduzindo o salário médio. Não por coincidência, as profissões com forte regulamentação estão no quadrante verde: medicina, odonto, engenharia e arquitetura e direito.

24 setembro 2012

Contrarreforma na Previdência I


FABIO GIAMBIAGI -ECONOMISTA; AUTOR DE REFORMA DA PREVIDÊNCIA, (ED. CAMPUS) - O Estado de S.Paulo

Em minhas palestras gosto de perguntar à plateia qual foi a notícia de 2008 com maior impacto para a vida futura de nossos filhos. Invariavelmente, a resposta é: "A crise financeira". Porém, no dia em que os historiadores, daqui a 50 anos, se debruçarem sobre o período, talvez a crise de 2008 seja no Brasil apenas uma nota de rodapé. Ao mesmo tempo, o fato que - disparado - foi a novidade mais importante de 2008 para os brasileiros foi solenemente ignorado por todos: imprensa, governo, opinião pública e o (frequentemente míope) mercado. Refiro-me à revisão da projeção populacional feita pelo IBGE naquele ano.

Nas palestras costumo chocar a plateia com um slide em que está escrito "o dia em que desapareceram 45 milhões de brasileiros", seguido de outro que diz "e ninguém falou uma palavra". Nada no Brasil terá sido mais relevante para definir o contexto em que nossos filhos vão viver nas próximas quatro décadas do que as informações que o IBGE nos trouxe naquela ocasião.

A instituição, que a cada quatro ou cinco anos tem feito revisões da projeção populacional até o ano de 2050 - antecedidas pelas revisões de 2000 e 2004 -, informou que:
A população brasileira, que na revisão de 2004 se imaginava que aumentaria até 2050, passaria a diminuir a partir de 2040;a população total estimada para 2050, que em 2004 tinha sido prevista em 260 milhões de pessoas, alcançaria naquela data, pela revisão de 2008, na verdade, 45 milhões de pessoas a menos;e a população de 15 a 59 anos, que na revisão de 2004 se supunha que cresceria até 2040 para cair depois, a rigor, pela nova revisão, começaria a declinar já em 2028.

Vamos recapitular o quadro em perspectiva um dia antes que o IBGE apresentasse sua revisão no ano de 2008. Até então o IBGE, em função da revisão de 2004, informava que:
A proporção de pessoas com 60 anos e mais de idade, prevista para 10% do total em 2010, aumentaria até 25% do total em 2050;e a população com idades de 15 a 59 anos aumentaria anualmente 0,5% entre 2010 e 2050.Tal quadro já era preocupante. Pois bem, não bastasse isso, o IBGE, em 2008 informou que, na verdade:

A proporção de pessoas com 60 anos e mais de idade aumentaria não até 25%, e sim até 30% do total em 2050;e a população com idades de 15 a 59 anos não aumentaria 0,5 % ao ano, mas, ao contrário, encolheria em termos absolutos entre 2010 e 2050.

A mudança ocorrida entre 2004 e 2008 dava sequência a um fenômeno já observado na passagem da revisão de 2000 para a de 2004: a mudança progressiva do quadro de envelhecimento da população - a proporção crescente de idosos em perspectiva era maior na revisão de 2004 que na de 2000 e foi novamente maior para cada ano na revisão de 2008 que na de 2004.

O número de pessoas com 60 anos e mais para cada 100 pessoas no grupo etário de 15 a 59 anos, previsto para 2050, passou de 38, na revisão de 2000, para 43, na revisão de 2008 e, finalmente, para 52, na revisão de 2008.

Na revisão de 2008 o IBGE nos informou, então, que a população total do Brasil alcançaria um máximo de 219 milhões de pessoas em 2039, passando a declinar posteriormente; e que a população de 15 a 59 anos atingiria um máximo em 2027, caindo depois.

A maioria dos países, defrontados com uma realidade em perspectiva tão desafiadora como essa, teria acionado todos os sinais de alerta, começando a enfrentar a difícil tarefa de explicar à população que as regras de aposentadoria estabelecidas para uma realidade que estava ficando para trás teriam de ser revistas, não apenas porque a realidade estava mudando, mas também porque essa mudança se estava processando num ritmo mais intenso do que o originalmente previsto.

Já o Brasil, porém, preferiu exercitar o seu "lado grego", lembrando o velho tango argentino que diz que vos interpretás las cosas al revés. Não só manteve as regras de aposentadoria intactas, perpetuando o regime surrealista que permite, por exemplo, que as mulheres se aposentem por tempo de contribuição pelo INSS com 30 anos de serviço, em média, aos 52 anos de idade, quando têm a expectativa de viver mais 30 anos, como também aumentou o valor médio da aposentadoria, incrementando o valor real de duas em cada três aposentadorias a uma média de 5% ao ano entre 2008 e 2012.

Defrontada com a crise, recentemente a Grécia fez o impensável: reduziu o valor das aposentadorias - algo cuja brutalidade salta aos olhos. Exatamente para evitarem ter de chegar a essa situação dramática, os países, tendo de encarar o fenômeno do envelhecimento populacional, procuraram adotar mecanismos mitigadores do desequilíbrio futuro do sistema, postergando o momento da aposentadoria. O Brasil do contexto de fantasia dos anos recentes fez exatamente o oposto: não só conservou as mesmas regras esdrúxulas de aposentadoria e pensão no âmbito do INSS - regras que permitem, no limite, que uma moça de 20 anos se case com um idoso de 80 anos que morra um mês depois, deixando para a viúva pensão integral pelas seis ou sete décadas seguintes, sem ter contribuído com um centavo -, como, ainda por cima, aumentou a remuneração real de dois terços dos aposentados.

Diante dessa realidade, o que tem sido publicado na imprensa, que o governo vai anunciar após as eleições - o fim do fator previdenciário -, é uma verdadeira contrarreforma. Num país onde a população de 15 a 59 anos em 2050 será inferior à de 2010 e que se defronta com o imenso desafio de ter de elevar a sua competitividade num contexto em que a Previdência custa cada vez mais, iríamos aumentar o valor das futuras aposentadorias. É simplesmente espantoso.

Voltaremos a tratar do assunto daqui a uma semana.

10 setembro 2012

Remuneração

(...) Quanto mais o funcionário sobe na escala hierárquica, menor a importância do salário mensal em seus ganhos. Para diretores, o valor fixo mensal só representa 49% dos ganhos totais no ano - o restante é formado por benefícios (8%) e pelos bônus de curto e longo prazo (43%). Para o nível operacional, sem cargo de chefia, o salário mensal é 60% da remuneração anual. A importância dos benefícios é maior (33%), e o bônus só contribui com 7% (veja quadro ao lado).

Para um funcionário que trabalha numa fábrica, ganha R$ 2 mil e tem mulher e três filhos, explica Chiaradia, somente o seguro-saúde pode representar uma economia mensal equivalente à metade do seu ordenado. "Para um alto executivo que tem um filho só, a importância em relação à remuneração total será bem inferior", explica o diretor do Hay Group. Portanto, o pacote de benefícios será uma forma muito mais eficaz de retenção do funcionário no primeiro caso do que no segundo.

Para profissionais que já exerçam cargos de gerência, é mais importante perguntar sobre a política de remuneração variável (como bônus e opções de ações) do que sobre benefícios. Isso porque, de certa forma, os pacotes de benefícios entre grandes empresas não variam muito. "Faz uns 10 ou 15 anos que não aparece nenhuma inovação na área de benefícios", afirma Chiaradia. "Recentemente, a única novidade foi mesmo a introdução da previdência privada."

Aposentadoria. No entanto, os planos de aposentadoria, antes restritos a estatais e alguns poucos gigantes do mercado, já são vistos como "obrigatórios" para companhias que querem atrair profissionais de primeira linha. Segundo Chiaradia, neste caso, a disputa não se dá no benefício em si, mas no tamanho da contrapartida da empresa à contribuição do funcionário. Hoje, é comum que as empresas igualem a contribuição do funcionário, mas há casos de grupos que vão além e dobram o valor mensal reservado pelo empregado. (...)

Pagamentos de bônus e benefícios têm peso cada vez maior nos salários - 8 de Setembro de 2012 - O Estado de São Paulo - FERNANDO SCHELLER

05 setembro 2012

Cristiano Ronaldo

A imprensa anunciou que o jogador Cristiano Ronaldo está infeliz com seu atual clube. Atualmente ele recebe 10 milhões de euros por ano, um valor abaixo de Torres, um jogador bem inferior a ele, que joga na Inglaterra. Eto´o e Conca recebem um bom salário, mas jogam em países foram o eixo do futebol.

19 julho 2012

Transparência para quê?

Transparência para quê?
Eduardo Graeff – 09/07/2012


Os servidores pedem isonomia com carreiras mais bem pagas sempre. Resultado: os salários nunca se alinham. A lei limita aumentos? Tentam mudar a lei. A Lei de Acesso à Informação pode pegar, graças às cobranças da imprensa, da sociedade e da melhor parte dos agentes públicos. A publicação da folha de pagamentos de órgãos públicos é um bom começo, mas é só um começo. A grande pergunta é: o que fazer com toda essa informação?
Identificar aberrações individuais é importante. Mas é fundamental usar a informação obtida para começar a botar ordem na balbúrdia da remuneração de funcionários e autoridades públicas em geral.


Na falta de políticas remuneratórias consistentes, a regra do setor público brasileiro é: quem grita mais alto, leva. A altura da gritaria é razão direta da proximidade dos centros do poder e razão inversa do número de bocas. Isso dá margem a todo tipo de aberração. Destaco três: o descolamento do teto, a gangorra ascendente e o esmagamento da base da pirâmide salarial.

Descolamento do teto é a brecha entre os salários mais altos e mais baixos do setor público. Ministros dos nossos tribunais superiores ganham tanto ou mais que juízes da Suprema Corte americana. Mas um professor primário nos Estados Unidos ganha um quarto de um juiz da Suprema Corte. No Brasil, deve ganhar um décimo ou menos. A mesma desproporção se verifica nos salários de policiais, médicos, enfermeiros etc. O que faz com que eles sempre achem que ganham mal, mesmo quando não ganham tão mal assim.


Gangorra ascendente é o efeito da busca de isonomias e equiparações entre funcionários de diferentes carreiras, órgãos, poderes e níveis de governo. Delegados de polícia querem ganhar como juízes e promotores; militares de alta patente querem ganhar como delegados; funcionários do Executivo querem ganhar como os do Legislativo e Judiciário; policiais e professores dos Estados querem ganhar como os federais. Como as escalas salariais nunca se alinham, a gangorra nunca para e vai sempre para cima.

Esmagamento da base é o impacto final dessa engrenagem sobre a carga tributária. A Lei de Responsabilidade Fiscal limitou a parcela da receita dos Estados e municípios destinada ao pagamento de salários. As demandas dos funcionários, justas ou injustas, se chocam com esses limites. irou moda tentar derruba-los via emendas constitucionais garantindo aumentos para funcionários estaduais e municipais. Assim não há carga tributária que chegue -nem dinheiro que sobre para investir em infraestrutura e melhora da qualidade dos serviços.

Acesso à informação, somente, não vai mudar esse quadro. Mas pode ajudar a sociedade e autoridades responsáveis a dimensionar o problema, discutir soluções e alinhar iniciativas na direção de uma política remuneratória consistente.

Para isso, a informação deve ser abrangente e comparável. O ideal é que todos os órgãos públicos, de todos os poderes e níveis de governo, publiquem e atualizem regularmente sua folha de pagamentos.
Agregar, tabular e comparar essa massa de dados não será nenhum bicho de sete cabeças, se eles forem publicados em formato aberto, como prevê a lei. Um órgão como o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) pode fazer isso. Outros entes públicos e privados, como o Contas Abertas, também.
Só assim saberemos quem está gritando de barriga cheia e quem está ganhando pouco ou na justa medida -que, para ser justa, tem que ser proporcional à capacidade de pagamento do país.
Quem se dá bem na sombra achará pretextos para resistir à abertura da informação. O que é motivo suficiente para os amigos da transparência insistirem.



EDUARDO GRAEFF, 62, é cientista político. Foi secretário-geral da Presidência da República (gestão Fernando Henrique Cardoso)

14 julho 2012

Fato da Semana


Fato da Semana – Divulgação dos salários no setor público

Qual a importância disto? – Pela primeira vez é possível saber dos salários dos diferentes órgãos públicos. Tim Harford, em Adapt, lembra um caso ocorrido em Uganda. Neste país da África, uma pesquisa sobre o dinheiro repassado as escolas por parte do governo revelou que 80% dos valores eram desviados. O governo central decidiu publicar em jornal cada valor repassado para cada escola, em cada mês. Em seis anos, a percentagem de desvio caiu para 20%, principalmente naqueles locais onde os pais tinham acesso aos jornais. A evidenciação dos salários permitirá corrigir problemas, como um garagista recebendo o salário acima de 20 mil reais. Estes casos esdrúxulos serão objeto de indignação e a falta de controle com a folha de pagamento, um problema antigo na administração pública, será visível para o contribuinte.

Positivo ou negativo? – Para o contribuinte será positivo. Saberemos onde está indo 34% do dinheiro da economia, que é o valor arrecadado pelo governo sob a forma de diferentes tipos de tributos. O volume gasto com pessoal é excessivo; já se sabia que o setor público é um ótimo patrão, mas o que a medida está revelando é que existem algumas distorções. Obviamente que para quem recebe estes valores será negativo.

Desdobramentos – Haverá muita pressão para evitar esta divulgação. Argumentos como “risco de sequestro” serão usados para reverter a decisão. O contribuinte deve insistir para que a medida persista. 

12 julho 2012

Salários

Uma pesquisa nos EUA mostra as profissões com maior valores de salários durante a vida profissional. Em primeiro lugar, engenheiro de petróleo. Mas analista financeira ficou em sétimo e CPA (Contador Certificado) foi o 10o.

30 junho 2012

Teto salarial do servidor público

Valor Econômico - 25/06/2012
Opinião
Página A14


O país foi surpreendido na semana passada com a notícia de que uma Comissão Especial da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta de emenda constitucional que acaba com o teto salarial dos servidores públicos brasileiros. A proposta ainda será submetida ao plenário da Câmara dos Deputados e, se aprovada, passará também pela apreciação do Senado. Há, portanto, um longo percurso pela frente. É importante observar, no entanto, que o limite remuneratório para os funcionários públicos, na prática, não existe.

A Constituição estabelece, em seu artigo 37, que o subsídio mensal do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) é o teto da remuneração de todos os servidores públicos, incluídas no cálculo as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza. Como esse dispositivo nunca foi regulamentado, cada um dos Poderes interpreta o texto constitucional à sua maneira.

No Senado e na Câmara, por exemplo, uma gratificação por exercício de função não entra no cálculo do limite. Os servidores com essa gratificação, e são centenas deles, podem ultrapassar o teto, que hoje está em R$ 26,7 mil. Os senadores podem também acumular a remuneração pelo exercício do mandato com uma aposentadoria. Muitos deles foram governadores e possuem aposentadoria pelo cargo que exerceram.

No Legislativo, numerosos servidores se aposentam e retornam à ativa para exercer cargo em função comissionada. Eles passam a acumular os proventos da aposentadoria com a remuneração do cargo que assumiram. Muitas vezes eles trocam apenas de Casa: os que eram servidores da Câmara ocupam cargo em comissão no Senado, e vice-versa. Com a entrada em vigor da lei de acesso à informação, as mesas da Câmara e do Senado anunciaram que divulgarão os salários de seus servidores, o que poderá explicitar essa situação.

No Judiciário, o assunto é regulado pelas resoluções 13 e 14 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Pelas regras em vigor, o próprio ministro do Supremo Tribunal Federal poderá ultrapassar o limite remuneratório se estiver no exercício de função no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pela qual recebe uma gratificação. Um servidor aposentado do Judiciário pode, por exemplo, fazer um concurso para juiz. A remuneração no cargo de magistrado não será somada aos proventos da aposentadoria para o cálculo do teto.

O entendimento do Executivo é diverso, pois o governo federal não aceita a acumulação dos proventos de aposentadoria com o de remuneração por exercício de função comissionada. É pedido ao funcionário que declare se tem outra fonte de renda. Os computadores são programados para fazer o cruzamento com outras fontes de informação, de tal forma que a situação irregular é identificada. O corte é feito automaticamente.

No Executivo, a ultrapassagem do teto se dá de uma forma mais sutil, que beneficia apenas os funcionários do escalão superior, aqueles que participam dos conselhos de administração e fiscal de empresas públicas e de economia mista. Essas empresas pagam jetons pelas participações nos conselhos, o que leva esses funcionários - ministros, secretários-executivos de ministérios, secretários e subsecretários - a acumular supersalários, alguns deles mais do que o dobro do subsídio de ministro do STF.

A proposta aprovada pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados acaba com o teto remuneratório porque permite que os proventos de aposentadorias possam ser acumulados com a remuneração do exercício de cargo em comissão. Acaba também com os subtetos para os servidores dos Estados e dos municípios, que foram estabelecidos pela emenda constitucional 41, no primeiro ano do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o objetivo de evitar a farra dos supersalários.

Em vez de propor mudanças no texto constitucional, o Congresso Nacional deveria regulamentar o dispositivo da Constituição que estabelece o teto remuneratório e, desta forma, padronizar o entendimento entre os três Poderes. Quando ainda estava no Senado, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, apresentou um projeto de lei propondo essa regulamentação. No projeto, ela especificava tudo o que seria considerado no cálculo do teto e aquilo que ficaria fora. O projeto de Gleisi dorme na gaveta de alguma comissão do Senado, pois não interessa aos senadores que acumulam aposentadoria e remuneração pelo exercício do mandato dar seguimento a ele.

17 janeiro 2012

Os melhores e piores empregos

Segundo o The Telegraph, entre os melhores empregos da Inglaterra, contador, com salário inicial de 28 mil libras por ano. Isto corresponde a 76 mil reais ou quase R$6400 por mês.

09 janeiro 2012

Salários de Ministros

Ocupantes do primeiro e do segundo escalão na Esplanada estão engordando os altos salários com participações, também conhecidas como jetons, em conselhos administrativos e fiscais de empresas estatais e até privadas. Os extras para comparecer, em geral, a cada dois meses às reuniões dessas companhias vão de R$ 2,1 mil a R$ 23 mil por mês. Os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, participam dos conselhos da Petrobras e da BR Distribuidora, que rendem, cada um, R$ 7 mil mensais, em média. Com tudo somado, o chefe da equipe econômica e sua colega vêm embolsando, atualmente, R$ 40,9 mil brutos todo mês.(...)

Economista da Tendências Consultoria e especialista em finanças públicas, Felipe Salto avalia que os supersalários recebidos pelos ministros e secretários representam um entrave para o corte de gastos anunciado pelo governo. “Esses valores servem como um mau exemplo e são prejudiciais para a constituição de uma estratégia fiscal de maior austeridade. Os funcionários que estão na base das carreiras sempre vão usar os que estão no topo como referência para pedir reajustes”, afirma.

Para o cientista político Rafael Cortez, da Tendências Consultoria, além dos altos salários dos ministros de Estado, a atuação de Adams em empresas privadas é grave. “A AGU, em tese, defende os interesses da União. Na medida em que o advogado-geral está em um conselho de capital majoritariamente privado e tem acesso a informações privilegiadas, há uma confusão entre o público e o privado”, sustenta.


Ministros embolsam megassalários - 08 de Janeiro de 2012 - Correio Braziliense - Ana D'Angelo & Cristiane Bonfanti

Mais do que isto, a participação dos ministros induz os gestores a posições contrárias ao interesse público. Um ministro que participa do conselho de um estatal será favorável a privatização? Certamente que não.