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04 dezembro 2009

O próximo

Investidores avaliam quem será o próximo a dar calote
Aline Lima (alima@brasileconomico.com.br)
Brasil Econômico - 02/12/09 07:55

O pedido de suspensão do pagamento das dívidas do fundo Dubai World fez reacender, no mercado, o sinal de alerta sobre a real capacidade de recuperação da economia global.

Depois dos Emirados Árabes - que têm US$ 106,6 bilhões em débitos externos, segundo dados do BID - os investidores agora se perguntam: quem será o próximo da fila?

A fila, diga-se de passagem, é grande. Grécia, Rússia, Irlanda, Ucrânia, Lituânia, Letônia, Estônia, Bulgária, Hungria, Paquistão e Jamaica apresentam alto nível de endividamento.

Para Newton Rosa, economista da SulAmérica Investimentos, os países do Leste Europeu estão entre os mais vulneráveis e, por consequência, os bancos europeus, que mais ofereceram empréstimos para lá.

"Essas economias aproveitaram o período de farta liquidez para financiarem o crescimento com recursos externos", lembra.

"Mas o encolhimento do crédito após a quebra do Lehman Brothers trouxe enormes dificuldades para esses países honrarem as obrigações, e é aí que surge o risco de default."

Letônia, Lituânia, Estônia, Bulgária e Hungria estão prestes a estourar 100% de endividamento sobre o PIB. Nem mesmo os países da Zona do Euro estão totalmente a salvo. A situação da Irlanda, por exemplo, é bastante delicada.

O forte crescimento econômico apresentado pelo país nos últimos anos, agravado pela especulação imobiliária, fez com que sua dívida passasse de 25% do PIB, em 2007, para uma estimativa de quase 85% em 2010.

A Rússia é outra que tem uma dívida enorme prestes a vencer, graças à atratividade exercida pelo alto preço do petróleo. Vale lembrar que a Rusal, maior companhia de alumínio do mundo, congelou o pagamento dos US$ 16 bilhões que deve, a exemplo da DubaiWorld.

Os riscos de uma nova recessão, porém, são pouco prováveis, na opinião de Rosa. "Os bancos centrais estão atentos e, antes que alguma bolha estoure, é provável que eles estendam uma rede de proteção", diz.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) chegou a criar linhas de crédito especiais no auge da crise. Mas adiou, recentemente, o pagamento de parte de sua ajuda à Romênia, por conta da instabilidade política, e à Ucrânia, castigada por não ter aplicado os cortes orçamentários exigidos.

Não só os emergentes estão às voltas com níveis elevados de endividamento. Felipe Miranda, analista da Empiricus, ressalta que Alemanha, Japão e Estados Unidos "também andam com déficits de dar inveja ao governo Sarney". Os títulos de dívidas das empresas, da mesma forma, crescem de maneira acentuada desde 2002.

"Uns US$ 200 bilhões maturam entre 2009 e 2010", diz ele. As empresas mexicanas precisariam de novos US$ 10 bilhões, assim como as chinesas.

De acordo com o JP Morgan, os empresários russos emitiram US$ 200 bilhões (13% so PIB) em bônus entre 2006 e 2008; as companhias dos Emirados Árabes, US$ 135 bilhões (53% do PIB); da Turquia, US$ 72 bilhões (10% do PIB); do Casaquistão, US$ 44 bilhões (44% do PIB).

Será que os governos darão suporte em caso de calote? "Não, eles já estão preocupaíssimos com a própria dívida", responde Miranda.

27 janeiro 2009

Risco Brasil

A mensuração do risco de um país foi atentamente acompanhada até o momento que o Brasil recebeu uma nota melhor da agência de risco. Mas nos últimos meses não percebi uma análise sobre o efeito da crise no risco dos países.

Neste endereço (Country Default Risk Continues to Rise) uma análise deste índice foi realizada através do preço do CDS para dívida externa. Este índice mediria o custo de proteger uma dívida de 38 países no mundo no valor de 10 mil dólares por cinco anos.

Os piores países são Argentina e Venezuela (países que o contribuinte brasileiro gosta de investir, através do governo brasileiro). Depois Islândia, Cazaquistão, Rússia e Egito. O Brasil está em 16º. Lugar (de um total de 38, ou seja, próximo da metade.

No começo de 2008 o custo de um seguro de uma dívida externa brasileira de 10 mil dólares era de 103 dólares. No final de 2008 era de 298 dólares. Agora já é de 355 dólares. Ou seja, o risco do Brasil aumentou, mesmo sabendo que a crise é uma marolinha.

Veja o gráfico a seguir (Clique na imagem para ver melhor).

21 novembro 2008

Risco Brasil

(...) Desde que a Lehman Brothers entrou em concordata e a crise de crédito internacional se agravou, o risco-Brasil subiu 187%. Seu pico foi de 600,8 pontos básicos em 23 de outubro.(...)

Risco-Brasil explode - Valor Econômico - 21/11/2008

19 novembro 2008

Equador

Auditoria quer default da dívida externa do Equador
Valor Econômico – 18/11/2008

A comissão que auditou a dívida externa equatoriana disse que detectou irregularidades vinculadas a quase todas as emissões de bônus pelo país e que recomendará que o Equador declare default de sua dívida de US$ 10,3 bilhões. Após um ano de investigações, auditores descobriram "sinais de ilegalidade, abusos e ilegitimidade" nos contratos de empréstimos e processos de negociação, disse Hugo Arias, coordenador da Comissão Especial de Auditoria da Dívida Externa. Arias disse que a dívida tornou-se "um monstro gigante e impagável" e o não-pagamento dos compromissos relacionados com os bônus - em poder de governos estrangeiros, investidores privados e organizações multilaterais - será "um marco histórico para o país". No sábado, o Equador adiou o pagamento de US$ 30,6 milhões em juros relativos a bônus com vencimento em 2012, valendo-se de um período de carência de 30 dias para avaliar os resultados da auditoria que gerou um relatório de 30 mil páginas e deverá ser divulgado amanhã.

O anúncio fez despencar os bônus referenciais equatorianos e provavelmente congelará os já apertados fluxos de crédito e freará o interesse dos investidores nos setores petrolífero e minerador do país. Com a notícia, a Standard & Poor´s rebaixou em três níveis a classificação da dívida de longo prazo do Equador, para CCC. (...)


O texto é claramente favorável ao default da dívida. Mas Salmon (Ecuador Approaches Default, Felix Salmon, 18/11/2008) lembra que os títulos já estão por um preço baixo e que talvez o default não seja considerado em razão do elevado custo econômico (comércio multilateral, linha de crédito e problemas internacionais) para uma dívida relativamente pequena.

Mas o mercado está considerando isto fortemente pois o spread dos títulos do Equador (EMBI) é de 4.457 sobre o título do tesouro dos EUA (mais arriscado que o Paquistão - 2073 – ou Argentina, 1834). E agora o Equador não tem uma assessoria de advogados compatível com a dificuldade da discussão atual.

16 novembro 2007

A força dos Emergentes

A The Economist desta semana (que deve chegar aos assinantes brasileiros na segund-feira) lembra da força dos emergentes (Aqui).



O gráfico é ilustrativo do crescimento do mercado brasileiro, desde 2003: 900%. Mas o risco é elevado, embora a revista chame a atenção para a existência de diferenças entre os países.

Para a revista, as economias mais arriscadas são Índia, Turquia e Hungria (vide figura 3). A reportagem destaca o grande número de oferta pública de ação e a valorização do real.

23 outubro 2007

Fazendo negócios no Brasil

Ser empresário no Brasil não é fácil. Os relatórios apontam para dificuldades de abrir uma empresa, conseguir uma autorização da burocracia etc. Um relatório do Banco Mundial faz uma análise comparativa, e a posição do Brasil é muito ruim. Clique aqui para ter acesso. E aqui numa planilha Excel. Aqui, os links via Financial Times.

14 setembro 2007

Risco dos emergentes

Risco persiste nos emergentes. Brasil parece melhor preparado
Joanna Slater - The Wall Street Journal

Depois de recuperarem-se heroicamente da recente turbulência financeira, os mercados emergentes estão com desempenho melhor que os dos Estados Unidos e Europa. Foi uma vitória para os investidores que argumentavam que esses mercados têm fundamentos mais sólidos do que antes, e melhores perspectivas de crescimento que os países desenvolvidos.

Mas embora a maioria desses mercados esteja bem mais firme que no passado, nem todos estão em forma financeiramente. Alguns têm problemas que lembram os emergentes do passado — e como naqueles tempos, podem deixar muitos investidores ingênuos com prejuízos.

Entre os países na lista de observação estão Turquia e Hungria, que gastam mais do que poupam; Venezuela e Argentina, por causa de suas controversas políticas econômicas; e até México e Israel, cujas enormes indústrias de exportação seriam vulneráveis a um desaquecimento na economia americana.

(...) Alguns, como Brasil e Rússia, acumularam reservas impressionantes e reduziram suas tomadas de empréstimo externo, o que melhorou bastante sua capacidade de suportar mais instabilidade.

(...) Outros discordam, notando que os EUA continuam sendo um consumidor importante, especialmente para América Latina e Ásia. México, Israel e Colômbia estão entre os países particularmente vulneráveis a um declínio da demanda dos EUA, que foram destino de mais de um terço das exportações deles no ano passado, segundo o Fundo Monetário Internacional. O México é de longe o mais exposto: 85% de suas exportações foram para os EUA.

Ações individuais também estão suscetíveis. O Morgan Stanley analisou as 20 empresas com maior valor de mercado em seu índice de emergentes e concluiu que sete dependiam dos EUA para mais de 20% de suas receitas: a Infosys Technologies e a Reliance Industries, da Índia; a Teva Pharmaceuticals, de Israel; a TSMC e a Hon Hai Precision, de Taiwan; a Cemex, do México; a Samsumg Electronics, da Coréia do Sul; e a Petrobras. Entre as empresas que obtêm mais de 30% de suas vendas nos EUA, segundo o Citigroup, estão a Embraer, a peruana Southern Copper e a mexicana Gruma.

13 setembro 2007

Onde o risco do Brasil é maior?

A The Economist faz um ranking, por país, do risco, dividindo sua análise em tópicos. Para o Brasil os pontos positivos são o risco de estabilidade política (nota B, 25o. lugar), o risco macroeconômico (B, 40o. lugar, com melhoria em relação a penúltima pesquisa) e o risco vinculado ao comércio exterior (B, 32o. lugar).

Os problemas do Brasil? Risco de efetividade do governo (nota D, 68o. lugar), da política de impostos (D, 63o. lugar) e da infra-estrutura (nota D, 63o. lugar).

Coerente.

06 setembro 2007

Brasil pode ser muito afetado pela crise, segundo a ONU

A ONU alerta que uma real turbulência no mercado financeiro internacional ainda virá, que a crise pode se aprofundar e que, nesse cenário, o Brasil será um dos países mais afetados. (...) Para a ONU, o resultado da política monetária brasileira é "decepcionante", os custos são "insustentáveis para a economia real" e a especulação do real só tende a crescer. (...)

Na opinião de Flassbeck, a decisão do Banco Central de acumular reservas ao mesmo tempo que mantém juros altos está "equivocada". "Os custos de manter essa reserva são enormes e quem está pagando por isso são os contribuintes ."

(...) Segundo o documento, as altas taxas de juros, aliadas à valorização do câmbio, acabam criando oportunidades para a especulação internacional com o real. O resultado disso é uma queda também na competitividade brasileira. A especulação seria tão intensa em volume como nos momentos antes do regime monetário adotado em 1999.

ONU vê mais problemas para o Brasil, Jamil Chade, O Estado de São Paulo, 06/09/2007

03 setembro 2007

Crise imobiliária e reputação das agências de rating

Acredita-se que o Brasil deverá receber nos próximos meses o grau de investimento por parte das agências de rating.

O problema é que as agências estão sendo questionadas pelo comportamento no caso da crise imobiliária dos EUA. Uma reportagem do Estado de S. Paulo de 02/09/2007 tenta fazer este vínculo (Crise imobiliária dos EUA faz estragos nas agências de rating, Patrícia Campos Mello, p. B10)

"A reputação das agências foi bastante prejudicada; só vamos saber a extensão do dano quando a crise acabar", disse ao Estado Lawrence J. White, professor de Economia da Universidade de Nova York, que vê semelhanças com a situação de empresas de auditoria como a Arthur Andersen durante os escândalos contábeis. As ações da Moody's, negociadas a mais de US$ 70 há três meses, estão hoje na faixa dos US$ 45.

(...) Segundo ele, é um problema inerente à função das agências, que tentam apresentar um panorama de longo prazo, e não flutuações diárias na saúde financeira. O segundo problema, segundo White, é que essas empresas têm consciência da importância de seus ratings - os mercados respondem vigorosamente a uma promoção ou rebaixamento de nota. Um grau de investimento funciona como um selo de qualidade que economiza milhões em juros de empréstimos. Já um rebaixamento pode custar milhões a uma empresa ou mesmo excluí-la de alguns negócios - certos fundos são proibidos, em seus estatutos , de comprar títulos de empresas ou países que não tenham atingido o grau de investimento.

23 maio 2007

A visão do Brasil e Argentina pelo investidor estrangeiro

O blog de Yaser Anwar apresenta longas análises sobre investimento. Recentemente teve uma análise sobre investimento no Brasil e na Argentina, com análise dos fundamentos da economia. A conclusão final do blog foi de que a qualidade da governança permanece pobre, podendo ser afetada pelo aumento do autoritarismo dos governos da América Latina.

20 dezembro 2006

Notícias


1. Controle de capital na Tailândia - A Bolsa de Valores de Bangcoc caiu 14,8% depois do anúncio pelo governo da Tailândia de medidas para controlar o movimento de capitais

2. Cheira mal - O ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, afirmou que o governo brasileiro desistiu da arbitragem internacional. Irá adotar a negociação para determinar o preço do gás natural.

3. Risco Brasil - Apesar das notícias, o risco Brasil atingiu o menor patamar desde que começou a ser medido: 199 pontos.

4. Coca compra Sucos del Valle - clique aqui para ler

28 novembro 2006

Rating


Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, a principal razão para mudança no rating de uma empresa é a melhoria do risco país.