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13 fevereiro 2019

Rir é o melhor remédio


O astrólogo Omar Cardoso foi um dos mais famosos do Brasil. Seus conselhos e signos eram levados a sério por muitos. Em 1966, em uma coluna da revista O Cruzeiro (16 de abril de 1966, ed 28, p 105, e respondendo aos questionamentos realizados por carta, uma resposta realmente chama a atenção. Uma leitora chamada "Desconfiada de São Francisco de Paulo - RS" mandou uma correspondência aparentemente perguntando se seu marido tinha "outra" no coração e um possível curso. No trecho de sua resposta o astrólogo aconselha (grifo do blog):

Pode estudar: enfermagem, contabilidade, finanças, música, pintura, desenho, costura, farmácia, medicina, fabrico ou comércio de artigos cosméticos, fisioterapia, etc

19 dezembro 2018

Profissões ameaçadas

Profissões ameaçadas:

1. Médicos (...)
2. Abogados (...)
3. Arquitectos (...)
4. Contadores

Sobrevivirán en sus puestos aquellos contadores especializados en asuntos tributarios más complejos. Pero aquellos que llevan los asuntos más comunes y predecibles serán afectados por una falta de demanda en el mercado laboral.

5. Pilotos de guerra (...)
6. Policías y detectives (...)
7. Corredores de propiedades (...)


Esta é uma discussão que sou cético. As previsões sobre o fim da profissão são antigas. Observe que o texto não fala no fim da profissão, mas sua transformação.

P.S.: Aqui uma versão do texto original da BBC em português. 

17 dezembro 2018

Profissões Comuns

Eis as ocupações mais comuns no Brasil:

1) Auxiliar de escritório = 2.127.915 pessoas ou 4,54% do total
2) Assistente administrativo = 2.112.999 ou 4,51%
3) Vendedor de comércio varejista = 1.976.793
4) Faxineiro = 1.437.387
5) Alimentador de linha de produção = 1.058.543
6) Motorista de caminhão = 907.832
7) Operador de caixa = 817.895
8) Professor de nível médio no ensino fundamental = 757.397
9) Servente de obras = 639.424
10) Vigilante = 615.840
11) Técnico de enfermagem = 598.258
12) Trabalhador de serviços de limpeza e conservação de áreas públicas = 576.145
13) Porteiro de edifícios = 570.055
14) Recepcionista, em geral = 568.230
15) Cozinheiro geral = 531.992
16) Repositor de mercadorias = 511.468
17) Almoxarife = 437.309
18) Professor de nível superior do ensino fundamental (primeira a quarta série) = 430.509
19) Dirigente do serviço público estadual e distrital = 427.864
20) Atendente de lanchonete = 410.197

Isto representa 41% de todas as pessoas com emprego formal no Brasil. A ocupação de contador apresentava 122.659 registros, abaixo de escriturário de banco (207.988) e auxiliar de contabilidade (186.478).Os auditores de diferentes formas somam 46.835.

Fonte: aqui

Onde estão os profissionais contábeis?

A relação entre a questão geográfica e uma profissão já foi explorada em diversos trabalhos e teorias. Há mais de dez anos, Gary Richardson mostrou que as guildas (associações de profissionais) conseguiram criar e defender os interesses profissionais de pessoas de uma mesma região. Através de diversos mecanismos, as guildas regulavam as atividades econômicas de seus sócios. Elas tiveram tanta influência que até os dias de hoje falamos no queijo parmesão (de Parma), por exemplo.

Antes dele, Michael Porter enfatizava o papel dos clusters. Algumas regiões tinham certas vantagens sobre outras que permitiam a criação de negócios vinculados a certos produtos. É o caso da região do Porto, que produz um vinho que excelente qualidade, ou do Vale do Silício, que reune empresas de tecnologia. Porter tentou estruturar um teoria que explicasse a existência destas regiões e da razão da concentração de produtos/profissões em certos locais do mundo. Recentemente, Stephens-Davidowitz mostrou que a presença de uma grande universidade parece ser um razão para que uma região geográfica produza pessoas famosas. A existência de imigração seria outra possível razão.

Mas será que existe cluster de contadores? Existiria alguma região onde seria mais favorável a presença destes profissionais? Usando dados municipais, um artigo analisou a possível relação entre o número de profissionais contábeis e variáveis como o PIB per capita, a densidade populacional, o número de estabelecimentos e o IDH. O que a pesquisa encontrou é algo muito positivo para a contabilidade: parece existir uma relação entre o número de profissionais em cada região (estado ou município) e o índice de desenvolvimento humano.

Apesar do achado, não é possível afirmar que exista uma relação de causa e efeito entre o IDH e a região geográfica. Mas pode ser um início de uma investigação para tentar verificar se existe “cluster” profissional.

SOUZA, Francisca Aparecida de; SILVA, César Augusto Tibúrcio; SILVA, Polyana Batista da; SOUZA, Paulo Vitor Souza da. Onde estão os profissionais contábeis no Brasil?. Ambiente Contábil

16 setembro 2018

Emprego inútil

Um extrato de um texto de opinião da Bloomberg sobre a inutilidade de certos empregos:

Os fatores políticos também parecem cada vez mais desempenhar um papel importante na geração de lucros corporativos, à medida que novos regulamentos ajudam empresas estabelecidas (...)

David Graeber da London School of Economics argumenta em um livro recente que os mitos predominantes sobre a eficiência do capitalismo nos cegam para o fato de que grande parte da realidade econômica é moldada pela disputa por poder e status e não possui nenhuma função econômica.

É claro que a ideia de que os negócios podem ser um desperdício não é nova. Há trinta anos, o economista William Baumol sugeriu que o futuro do capitalismo poderia muito bem pertencer a empresas improdutivas, que usam o poder e a influência para lucrar sem necessariamente beneficiar a sociedade. Ele se preocupava com a ascensão de “empreendedores improdutivos” que compram rivais ou usam regulamentações para sufocar a concorrência, prosperando como parasitas em partes produtivas da economia. (...)

Xavier Gabaix, economista do MIT, mostrou que os indivíduos mais ricos (...) encontraram maneiras - como acesso a melhores informações, serviços jurídicos ou de planejamento tributário - para captar mais lucros provenientes do trabalho produtivo. Luigi Zingales argumentou que o comportamento das empresas mudou à medida que as corporações se tornaram tão grandes. As grandes corporações agora veem exercendo influência política por meio de doações de campanha ou lobbying como parte importante de assegurar sua vantagem econômica.

Em um ensaio há cinco anos, ele [David Graeber] fez a afirmação aparentemente bizarra de que talvez 30% de todos os empregos realmente não contribuem para a sociedade. Pode parecer uma afirmação desagradável, se não pelo fato de que um grande número de pessoas atestam voluntariamente a inutilidade de seus próprios empregos. Uma pesquisa realizada em 2015 no Reino Unido revelou que 37 por cento das pessoas sentiram que seus empregos “não deram uma contribuição significativa para o mundo”, e uma pesquisa posterior na Holanda encontrou 40 por cento dizendo a mesma coisa.

(...) Desde que escreveu seu ensaio, Graeber diz que ele foi contatado por centenas de pessoas dizendo concordar com ele - trabalham em empregos inúteis que poderiam ser eliminados sem absolutamente nenhuma perda para a sociedade - e os empregos vêm principalmente de recursos humanos, relações públicas, lobby ou telemarketing, ou em finanças e banca, consultoria, gestão e direito societário.  

Depois que li Against Education, de Bryan Caplan, senti um pouco nesta parcela de inutilidade. E agora, na quinta, dando aula para graduação, com muitos alunos no celular, sem prestar nenhuma atenção no que estava apresentando.

29 agosto 2018

Profissão perigo

Um estudo do Instituto Sapiens revelou que cinco profissões correm risco de extinção. (...) Mais de dois milhões de pessoas “têm uma forte probabilidade de ver seus empregos desaparecem nos próximos anos”, diz o estudo. Profissionais da área de contabilidade, caixas de lojas e supermercados, funcionários de bancos e seguradoras, secretárias e agentes de manutenção verão de perto as transformações ligadas à robotização e à inteligência artificial.


Fonte:Aqui

13 maio 2018

Rir é o melhor remédio

É velha, mas ...

Quanto é 2+2, segundo algumas profissões:

Engenheiro: A resposta está entre 3,98 e 4,02

Corretor imobiliário: Eu vou resolver isso depois que você concordar em me pagar 1% da resposta.

Matemático: Em 3 horas posso demonstrar a minha prova que revelará a resposta que todos procuraram.

Filósofo: Este problema é solucionável.

Dentista: Se você não escová-los corretamente, haverá apenas 3.

Assistente social: Eu não sei a resposta, mas estou feliz por termos discutido a questão.

Advogado: No caso de Nerd vs HMRC, 2 + 2 foi considerado como sendo 4

Político: Essa não é a verdadeira questão.

Comerciante de câmbio: você está comprando ou vendendo?

Médico: vou pedir uns exames e depois você marcar outra consulta

Consultor: para responder é necessário a elaboração de um plano estratégico seguido de ...

Contadores: O que você quer que seja?

22 abril 2018

Profissão e namoro

Pelo visto, ser contador/contadora não é algo "sexy", que garanta pontos em um namoro. De acordo com sítio de namoros Badoo (via aqui), usando uma amostra de cinco mil usuários entre 18 e 30 anos, os empregos mais “atrativos”:

Homens
1. Chef
2. Engenheiro
3. Empreendedor
4. Marketing
5. Artista

Mulheres:
1. Cabeleireira
2. Enfermeira
3. Advogada
4. Empreendedora
5. Professora

26 março 2018

Por que temos poucos contadores charlatães?

Um texto de Berk e van Binsbergen (2017) tem-se um estudo da relação entre regulamentação e a presença de charlatães. Tradicionalmente as pesquisas mostram que entre a presença de licença (caso do contador) e da certificação (caso de finanças), o primeiro caso nunca é preferível, nem para oferta nem para demanda.

Antes de detalhar este ponto, é necessário entender a diferença entre licença e certificação. Na licença, temos uma exigência para exercer a profissão. Isto ocorre com o médico, o advogado e o contador, por exemplo. Já na certificação, os trabalhadores podem exercer a profissão, mas o certificado é como uma informação (sinalização) para o mercado sobre a sua “competência”. Qualquer pessoa pode ser um diretor financeiro, mas um CPA informa que estudou para isto. A certificação, além de separar os charlatães das pessoas qualificadas, não reduz a concorrência, o que é positivo para os clientes e também para os trabalhadores. Caso o objetivo seja somente aumentar o salário do profissional, o licenciamento é preferível à certificação, já que divulga informações assim como diminui a concorrência.

Berk e van Binsbergen mostram que profissões onde existem grupos fracos, com grande oferta de trabalhadores hábeis e período de treinamento menor, com menos sinais com respeito à habilidade do profissional, são mais propensos aos “charlatães”. Compare, por exemplo, o cardiologista com o massaterapista. O cardiologista precisa de anos de estudos e são poucos os habilitados a tal; já o segundo não precisa de muitos estudos. A presença de “charlatães” será maior no segundo grupo.

Os autores analisam várias profissionais e, usando dados dos Estados Unidos, constatam que os contadores possuem maiores custos de oportunidades (a chance de um deles perder algo por um erro é muito maior que um médico, por exemplo), elevados padrões,

suggesting that the profession is likely to feature fewer charlatans.

06 março 2018

Você se arrepende de ter se formado em contabilidade?

O foco do vídeo é nas pessoas que comentaram com o autor que se arrependem da formação em contábeis.

(Novamente deixo a dica de aumentar um pouco a velocidade do vídeo: basta ir na engrenagem que aparece na parte inferior direita do vídeo quando o ponteiro do mouse está em cima do vídeo e selecionar a velocidade desejada.)



O que você acha?

15 fevereiro 2018

Risco de Extinção da profissão 2

Ainda sobre o risco de extinção da profissão, eis um trecho de um artigo publicado no Valor Econômico (14 de fev 2018, p. A9) sobre o assunto:

Quando um software de planilhas apareceu na década de 1980 previu-se que ele dizimaria empregos na área de contabilidade. Na verdade, o número de contadores e auditores que trabalham nos Estados Unidos aumentou - de 1,1 milhão em 1985 para 1,4 milhões em 2016. A nova tecnologia expandiu o escopo do que os contadores poderiam fazer e gerou uma maior demanda por seus serviços. Esse é um dos subprodutos essenciais do aumento da produtividade - maior demanda pelos novos benefícios, que se tornaram possíveis pela tecnologia.

Basicamente Spiesshofer, da empresa ABB, argumenta que o medo da obsolescência humana no trabalho é um erro. O que deve mudar é que certos trabalhos serão redundantes, mas outros serão criados.

(A figura acima é dos Jetsons, onde existia a previsão do carro voador, que até hoje não se concretizou)

21 março 2016

Efeito da Televisão na escolha da profissão

Há anos orientei uma aluna que fez uma pesquisa com futuras mães. Perguntou-se qual dos cursos listados cada entrevistado gostaria que seu filho (a) fizesse. O resultado prevalecente foi medicina, direito e outros deste tipo. Contabilidade estava, entre os dez, em último ou penúltimo, dependendo da localidade.

Uma potencial explicação para isto é o efeito da televisão. Geralmente os profissionais que aparecem nas séries são médicos e advogados, mas não contadores. A consequência é que a contabilidade talvez não seja considerada como uma profissão glamourosa.

Também já comentamos sobre o estereótipo do contador no cinema, em séries e livros, incluindo 007 ou Esquentando a Relação ou The Accountant.

Giorgio Di Pietro não pesquisou o contador, mas o efeito do reality show MasterChef sobre a escolha da opção de hotelaria e restaurante. Neste programa, o cozinheiro é mostrado de forma excitante e glamourosa. Utilizando dados em painel e controlando variáveis, o autor determinou que existe o efeito MasterChef: este programa aumentou a proporção de alunos dispostos a optar por profissões relacionadas com a culinária.

Assim, programas de televisão podem desempenhar um papel relevante na promoção de uma profissão.

06 janeiro 2016

Salário e Preconceito

Existe uma lenda urbana que diz que a única profissão onde a mulher possui um salário maior que o do homem é na pornografia. Apesar de ser uma lenda urbana, a realidade não está muito distante disto.

Usando dados de 10021 ex-alunos da Universidade de Brasília, formados em mais de cinquenta cursos diferentes, fiz uma comparação entre a remuneração do homem e da mulher. Nesta análise considerei somente os cursos com mais de trinta formados em graduação. Os dados de remuneração mensal são provenientes da RAIS, ou seja, contempla o mercado formal de trabalho, o que obviamente é uma limitação da análise. E as informações são de 2013.

O gráfico abaixo apresenta a diferença, em reais, do salário para diversos cursos (e profissões). Enquanto uma historiadora tinha um salário mensal de R$4140, o homem ganhava R$3.113. Mas somente em oito casos isto ocorreu ou 15% dos casos. Já em Nutrição, com 207 mulheres e 22 homens na amostra, a diferença é de R$1.810, favorável ao homem.

Em termos proporcionais a maior discriminação ocorre no curso de Ciências Naturais, onde a mulher recebe menos de 50% do salário do homem. Já em educação do campo a diferença salarial é de 57% (R$1265 versus R$807).

E em Ciências Contábeis? Com base nos dados de 361 mulheres e 605 homens a diferença salarial foi de R$1092 ou 20% de diferença. Nos gráficos destaquei a nossa área. Como é possível notar, em termos absolutos a área é uma das mais preconceituosas em termos de mercado de trabalho. Alguém arriscaria uma explicação?

27 novembro 2015

E-commerce: empresa individual, sala comercial e contador



Escute a mensagem de Max Gehringer. Um ouvinte pergunta sobre a obrigatoriedade de alugar uma sala comercial e contratar um contador. Vale a pena!

"Pretendo iniciar um negócio de e-commerce e procurei o SEBRAE que me auxiliou no plano de negócios e me recomendou a abertura de uma  EI (empresa individual). O problema para isso são os gastos. Pela legislação atual eu preciso alugar uma sala comercial e contratar os serviços de um contador. Não tenho necessidade da sala, já que posso trabalhar em casa, e tenho dúvidas se preciso de um contador, que custa caro. Há alguma maneira de economizar nesses aspectos?" 

05 setembro 2015

Fato da Semana: Mercado de Trabalho do Contador (36 de 2015)

Fato da Semana: O Ministério do Trabalho divulgou os números desagregados do emprego de julho de 2015. Trata-se do registro das pessoas que estão no mercado de trabalho formal. A partir desta base de dados, o blog apurou o mercado de trabalho de Contadores e Auditores (inclui aqui também os técnicos em contabilidade). O número de demitidos novamente superou os contratados, fato que se repete desde fevereiro. Além disto, conforme divulgamos ontem, o salário dos homens ainda são superiores ao salário das mulheres.

Qual a relevância disto? Provavelmente teremos redução de salário. O problema é maior quando se considera que milhares de novos profissionais estão sendo formados a cada semestre, e talvez não estejam nesta estatística.

Positivo ou Negativo? Negativo.

Desdobramentos? A tendência é acompanhar o mau momento da economia. E se isto for verdadeiro, o quadro negativo deve permanecer para 2016.