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05 junho 2018

Golpe do artigo a ser publicado

O site Retraction Watch revela uma série de golpes contra pesquisadores interessados em publicar suas pesquisas. Os pesquisadores geralmente recebem um e-mail fraudulento de alguém anunciando serviços para aqueles que estão com problemas. Um dos e-mails era de alguém que se dizia amigo do editor. Outro, cobrando uma taxa de submissão e publicação. Em outro, comentários de revisores falsos e em seguida um e-mail de aceitação com um contato.

Os problemas são agravados pelo fato dos pesquisadores não revelarem que caíram no golpe: vergonha ou medo de uma retaliação de um comitê de ética. Muitos dos problemas ocorreram no Irã, China, Rússia ou Ucrânia. A solução para o problema, segundo o site, é “os editores forem mais explícitos sobre o que acontecerá durante o processo de submissão e revisão por pares, os autores terão uma melhor compreensão de quando as promessas são boas demais para ser verdade.

18 maio 2018

Excesso de informação científica

Nos dias de hoje não podemos reclamar do acesso as informações de pesquisas publicadas recentemente. Entretanto, em muitos casos, estas informações são mera distrações para o que é realmente importante. Um texto de Anne-Wil Harzing oferece alguns conselhos para se manter atualizado nas novas publicações relevantes, aproveitando o que a internet tem de melhor a oferecer.

Harzing começa lembrando do tempo onde a sobrecarga de informação não era um problema expressivo. As pesquisas envolviam ir à biblioteca e folhear os periódicos disponíveis. E no caso de interesse, tirar cópia dos artigos. E somente dos artigos relevantes, já que o custo era elevado.

Nos dias atuais, estamos estressados com medo de perder a última novidade. Entre as dicas citadas, gostei da discussão sobre “redes sociais”. De pronto, não confunda vida pessoal do cientista com pesquisa científica. Muitas vezes seguir um pesquisador em uma rede social não garante que você tenha acesso as novidades da ciência. Pelo contrário, talvez você fique sabendo que o professor gosta de vinho ou que estava na praia lendo um livro. Veja o que Harzing diz sobre o ResearchGate:

“Não acompanho quase ninguém no ResearchGate e desabilitei 95% dos alertas, incluindo os alertas de seguidores que informam quando alguém lê ou cita seu artigo, bem como o tipo de alerta gratuito “você / seu papel é / é o melhor”. Mas mesmo assim, ainda recebo vários e-mails por semana, pois eles não têm uma função de "resumo". Os alertas de mídia social normalmente fornecem informações de baixa qualidade que desviam sua atenção de qualquer pesquisa em que você esteja trabalhando e o tenta a fazer login novamente para verificar toda a atividade. Isso é bom se sua intenção é distração e diversão, mas não se for para manter-se atualizado com pesquisas sérias.

01 fevereiro 2018

Quantidade x Qualidade na pesquisa científica

O bom pesquisador deve deixar de lado a quantidade e focar na qualidade? Uma pesquisa mostra que isto depende da área. Mas em geral,

há um retorno de qualidade positivo do aumento da produtividade. Um número maior de documentos resulta em números ainda maiores de artigos citados. Em outras palavras, estimular a produção de artigos importa e parece ser um incentivo positivo e não negativo aos pesquisadores. Sendo assim, os níveis de produção devem ser levados em consideração na avaliação de pesquisadores e organizações. Isso, é claro, não implica que a produção seja o único critério de avaliação relevante; mas que é relevante parece indiscutível.

O gráfico abaixo resume a relação por área:


30 outubro 2017

Avaliação baseada em classificação dos periódicos marginalizam regiões e temas

Uma prática comum em muitos sistemas de avaliação de pesquisa é avaliar o valor de um trabalho baseado no periódico em que é publicado. Essas avaliações baseiam-se no pressuposto de que a pesquisa publicada em revistas de prestígio ("topo") é excelente e, portanto, deve ser recompensada. A declaração DORA e o Manifesto de Leiden advertiram contra esta prática, mas os sistemas de avaliação baseados em periódicos continuam a ser usados ​​em muitos países como a Espanha, o Brasil, a Colômbia, a África do Sul e em rankings globais influentes(...)

Um estudo mostra que os sistemas de avaliação de pesquisa baseados em periódicos subestimam a pesquisa que é relevante para importantes questões sociais, econômicas e ambientais, marginalizando assim alguns tipos de conhecimento. Por exemplo, horticultura de maracujá, doenças de palmeira de óleo, patógenos específicos que atacam cravos vermelhos, os estudos botânicos de biodiversidade e a história comercial latino-americana são assuntos publicados principalmente em revistas que obtêm baixa classificação. Como esses tópicos não se encaixam em idéias de excelência, eles recebem pouco reconhecimento e recursos governamentais e não são considerados desejáveis ​​na perspectiva da responsabilidade pública. No entanto, essas questões são essenciais para o desenvolvimento econômico, ambiental e social de regiões como a América Latina.

Outro estudo mostra que a inclusão de periódicos nas mais prestigiadas bases de dados de citações, a Web of Science (WoS), não se baseia em critérios objetivos. Especificamente, o estudo mostra que o país, a linguagem e a disciplina de um periódico influenciam a probabilidade de inclusão, independentemente da sua qualidade editorial ou impacto científico. (...)

Fonte: Aqui (grifo nosso)

15 setembro 2017

Compra de autoria

O site Retraction Watch divulgou que alguns periódicos estão vendendo autoria em artigos por um valor. Numa pesquisa feita por Pravin Bolshete, o escritor perguntou a centenas de periódicos se concordariam em adicionar um autor num artigo. 16% dizeram que sim.

Um dos e-mails enviados por Bolshete era assim:

Devido à minha agenda ocupada e à sobrecarga de trabalho, não consigo escrever / publicar nenhum artigo, mas agora isso é necessário para minha promoção. Um dos meus colegas me disse que sua revista pode me ajudar com isso. Ficarei feliz se você puder me adicionar como co-autor em qualquer artigo relacionado com medicamentos ou se alguém escrevesse um artigo em meu nome e me ajudasse na publicação de alguns artigos.

Um dos periódicos não somente respondeu como convidou para ser membro do corpo editorial.

22 agosto 2017

Pesquisa: contadores públicos

A pedidos, divulgamos a seguinte pesquisa:

Contadores Públicos: construindo uma classe unida, valorizada e útil à Sociedade Brasileira!

Este questionário ajudará a entender os Contadores públicos do Brasil: Quem somos, onde estamos, quais os desafios da classe contábil no Setor Público.

Disponível: aqui.

06 maio 2017

Pergunta

por que ainda estamos usando o modelo de ‘periódicos’ para nossa comunicação primária, mesmo embora nossa tecnologia moderna, a Internet, não os requeira mais?

Jan Velterop - Abertura é a única qualidade de um artigo científico que pode ser objetivamente aferida - Aqui

Uma reflexão importante sobre o fator de impacto, os problemas dos periódicos e a possibilidade de publicar pesquisa através do preprint.

23 abril 2017

Construção civil: Formação Estratégica e Sistemas de Controle Gerencial

Saiu a nova edição da revista Contabilidade, Gestão e Governança e gostei muito deste artigo:

Relação Entre Formação Estratégica e Sistemas de Controle Gerencial dos autores: Marcia Athayde Moreira, Danilo Lacerda Borges, Ana Margarida Santiago

O resumo diz: Esta pesquisa teve como objetivo analisar as relações existentes entre a formação estratégica das empresas e seus sistemas de controle gerencial [...]. Foram realizados dois estudos de caso em duas empresas do setor de construção civil da região metropolitana de Belo Horizonte/MG. Nessa perspectiva, identificou-se que as empresas pesquisadas utilizam estratégia genérica de enfoque para vender seus empreendimentos, sendo que uma empresa possui planejamento de longo prazo e a outra se guia por perspectivas de curto prazo. As empresas analisadas possuem diversas ferramentas formais de controle, contudo notou-se que parte dessas ferramentas existem com o objetivo de atender as normas e auditorias estabelecidas por órgãos certificadores, não sendo utilizadas para a tomada de decisão. Nesse sentido, concluiu-se que a relação existente entre os controles gerenciais e a formação da estratégia dessas empresas se dá de forma passiva, servindo os sistemas de controle gerencial como garantidores da realização das estratégias e metas organizacionais, mas não sendo os mesmos usados efetivamente como forma de identificação de oportunidades e fonte da formação de novas estratégias.

A pesquisa com duas empresas já foi bem interessante, imagina com mais! Torna-se ainda mais atraente quando consideramos que as empresas de construção civil têm chamado muita atenção do público em geral frente aos escândalos sobre a corrupção no Brasil. Dá pra fazer uma campanha pras empresas obrigarem incentivarem os gestores e contadores a participarem com mais afinco de questionários e trabalhos acadêmicos?

Sobre a amostra:

Foram realizados dois estudos de caso em duas empresas do setor de construção civil da região metropolitana de Belo Horizonte, MG, entre 19 empresas originalmente selecionadas junto ao Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Minas Gerais (SINDUSCON-MG), tendo como critério o nível de estruturação dos controles internos. Todas as 19 empresas foram contatadas por e-mail e telefone e as duas empresas pesquisadas foram as que aceitaram o convite.

18 abril 2017

Ciência e gasto em pesquisa

No Futility Closet uma história interessante sobre a importância da pesquisa (transcrito abaixo com adaptações):

Em 1970, pouco depois do primeiro pouso na lua, o cientista Ernst Stuhlinger recebeu uma carta de uma missionária, Irmã Mary Jucunda, na Zâmbia, questionando como o governo poderia justificar gastar bilhões de dólares em exploração espacial enquanto existiam tantas crianças na Terra morrendo de fome. Ele respondeu com uma história:

Cerca de 400 anos atrás, existia um conde em uma pequena cidade na Alemanha. Ele era uma boa pessoa e deu uma grande parte de sua renda para os pobres em sua cidade. Isso foi muito apreciado, porque a pobreza era grande naquela época e havia epidemias que devastavam o país.

Um dia, o conde encontrou um homem estranho. Ele tinha um pequeno laboratório em sua casa e trabalhava duro durante o dia para que pudesse usar algumas horas da noite para trabalhar em seu laboratório. Ele montou as lentes em tubos e ele usou esse aparelho para olhar para objetos muito pequenos. O conde estava particularmente fascinado pelas criaturas minúsculas que podiam ser observadas com o aparelho e que ele nunca tinha visto antes. Ele convidou o homem a mudar seu laboratório para o castelo e devotar todo seu tempo no desenvolvimento e aperfeiçoamento do seu aparelho ótico.

Os habitantes da cidade, no entanto, ficaram zangados quando perceberam que o conde estava desperdiçando seu dinheiro, como eles pensavam, em algo sem propósito. "Estamos sofrendo a praga", disseram eles, "enquanto ele está pagando esse homem por um hobby inútil!" Mas o conde permaneceu firme. "Eu também apoiarei este homem e seu trabalho, porque eu sei que algum dia algo sairá dele!"

Na verdade, algo muito bom saiu deste trabalho, e também de trabalho semelhante feito por outros em outros lugares: o microscópio. É sabido que o microscópio tem contribuído mais do que qualquer outra invenção para o progresso da medicina e que a eliminação da peste e muitas outras doenças contagiosas na maior parte do mundo é em grande parte resultado dos estudos que o microscópio tornou possível.

O conde, ao destinar parte de seu dinheiro gasto para pesquisa, contribuiu muito mais para aliviar o sofrimento do ser humano do que ele poderia ter contribuído, dando tudo que tinha, para a sua comunidade cheia de pragas.

A história mostrou que o cientista estava correto. A exploração espacial possibilitou o desenvolvimento de inúmeros produtos e melhorias desfrutados por nós dos dias de hoje (figura).

18 setembro 2016

Impacto dos artigos de contabilidade

Em “O QUALIS REFLETE O IMPACTO DOS ARTIGOS DE REVISTAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE?” Soares e Casa Nova apresentam uma interessante (e importante) pesquisa sobre os artigos publicados no Brasil. Os autores levantaram os textos publicados entre 2007 a 2012, totalizando mias de três mil artigos de 38 periódicos. Usando o Google Scholar, Soares e Casa Nova verificaram se a publicação num periódico melhor classificado na listagem do Qualis significaria mais citações. A resposta obvia seria sim.

Com base nessa análise, é possível concluir que a estratificação de Qualis reflete o impacto das revistas apenas nos estratos mais altos, e que não é possível dizer que haja essa diferenciação nos estratos B3 a C. Evidentemente, há algumas explicações para essa conclusão, que podem ser testadas em pesquisas futuras. As revistas da amostra classificadas nos estratos B3 a C são, em média, mais jovens que as dos estratos mais altos.

Além disto,

há diferenças entre as médias de citações dos artigos publicados em revistas mantidas por diferentes organizações. Em ordem descrescente, encontra-se a média de citações dos artigos publicados em revistas mantidas por instituições de ensino com programas de pós-graduação em Contabilidade, seguida da média de citações dos artigos publicados em revistas mantidas por associações ou conselhos de classe e, por último, a média de citações de artigos publicados por revistas de instituições de ensino sem programas de pós-graduação em Contabilidade.

Uma pesquisa original e muito importante para todos nós. (Muito embora os autores não destaquem isto na relevância do texto).

14 setembro 2016

Relevância das universidades

The Conversation reflete sobre a perda de relevância das universidades. Segundo o texto, a academia não consegue impor algumas verdades triviais, como a evolução das especies, a existência do holocausto entre outros.

Para o autor, existe esperança. As universidades devem focar na pesquisa, ensino e serviço. Mas também no impacto no mundo. Isto passaria por melhorar o discurso público da ciência, mas também entender e participar do impacto da mídia social na sociedade. Ou, "engajar nas novas realidades da idade da informação". Isto significa inclusive ir onde as pessoas estão e treinar os professores para esta nova realidade. Isto inclui também ter um blog para divulgar as novas verdades.

Em frente Contabilidade Financeira!

09 junho 2016

Efeito Google e a Pesquisa Contábil

A presença da internet está mudando a forma como pensamos e usamos nosso cérebro. O chamado “efeito Google”, que permite que a informação esteja sempre à mão, permite que nós deixemos de preocupar em guardar o número do telefone ou o valor do prejuízo da Petrobras.

Leia CAPELAS, Bruno. Efeito Google muda uso da memória humana


A questão tem uma implicação metodológica interessante para os nossos trabalhos acadêmicos. Atualmente as pesquisas em contabilidade – mas não somente – depositam um grande esforço na revisão bibliográfica. Algumas teses e dissertações gastam muitas linhas para produzir um texto que é uma mera informação que está facilmente disponível na internet. O mesmo é válido para artigos. Mais importante que falar da globalização ou de pesquisas que arranham o tema é destacar a contribuição em relação a outros trabalhos e poder demonstrar onde a pesquisa inova. Isto não necessita de dezenas de citações inúteis, que estão disponíveis no Scholar ou em outra base de pesquisa.

Uma consequência natural deste fato é o enxugamento desta revisão. Nossas pesquisas irão parecer cada vez mais com aquelas que são produzidas na medicina. E finalmente nos afastaremos da pretensa cultura que predomina nas ciências jurídicas, por exemplo. Citar o que os autores escreveram é pouco relevante nos dias de hoje. É muito mais importante saber a contribuição da pesquisa na ciência, como difere das existentes e qual a contribuição para a humanidade. Simples e direto. Como sempre deveria ter sido.

18 maio 2016

Elsevier compra SSRN

A editora científica Elsevier, uma das maiores do mundo, adquiriu a SSRN, um dos maiores repositório de produção científica do mundo, numa transação que poderia ser considerada como improvável. Afinal, a Elsevier vive de direitos autorais e compra um valor considerável dos leitores para a leitura dos seus periódicos. Já a SSRN não tem taxa nenhuma.

A Elsevier disse que nada irá mudar na SSRN. Enquanto isto, endereços como Scihub permitem que o usuário possa ter acesso às obras de editoras, como a Elsevier. A editora não é bem quista por alguns, como o site Boingboing, que afirma que a Elsevier tem um histórico de criação de falso periódico especializado para ajudar as empresas farmacêuticas. Ou por fazer lobby contra o acesso aberto.

A Mendeley também faz parte desta associação.

O comunicado por parte da SSRN foi feito por Michael Jensen

10 fevereiro 2016

O papel da contabilidade nas finanças comportamentais

Resumo:

This short letter argues that insights from behavioral accounting are highly relevant for studies examining human aspects in finance. This is important because research focusing on the users of financial information and their characteristics often assumes that financial information in itself is neutral, unbiased and value-free. However, the information used by investors and capital markets participants for making economic decisions is prepared by accountants, who use their professional judgments by interpreting and applying accounting standards.

Fonte: Andreas Hellmann, The role of accounting in behavioral finance, Journal of Behavioral and Experimental Finance, Volume 9, March 2016, Pages 39-42, ISSN 2214-6350.

16 dezembro 2015

Sucesso

Daniel S. Hamermesh (foto) é um dos grandes especialistas na pesquisa bibliográfica na área econômica. Aqui um extrato da sua pesquisa mais recente:

Os economistas acadêmicos, como qualquer outro grupo de profissionais, são extremamente competitivos e preocupados com medição de seu próprio sucesso. Este texto argumenta que não se pode classificar os resultados alcançados pelas medidas tradicionais, tais como onde a sua pesquisa é publicada ou a instituição a que estão filiados. O correto é julgar o sucesso nos resultados individuais, não os agregados, que são sinais pobres dos resultados.

27 outubro 2015

Os Erros Graves de um projeto de pesquisa

Há dias participei da comissão examinadora de seleção do programa de pós-graduação. Neste período li muitos projetos e escutei muitos candidatos apresentarem sua proposta. Durante este processo, listei os pecados capitais de um projeto de pesquisa. Evitá-los aumenta sua chance de ser aprovado. Naturalmente esta é uma lista pessoal, mas pode ajudar o candidato futuro a ter um projeto mais adequado.

Erro 1 – Plágio e autoplágio – O plágio é bastante condenável na nossa área. Um projeto com plágio pode significar que seu autor não tem apreço em dar o crédito devido a quem foi pioneiro na área. E que pode apropriar-se do texto alheio, da pesquisa alheia e fazer outras práticas condenáveis eticamente. Imagine um professor analisando uma proposta com plágio e considerando a possibilidade de no futuro seu potencial orientando ser acusado de comportamento aético e sofrer, também, as consequências? Realmente não é nada animador. O autoplágio é a citação do próprio autor e pode ser um sinal de preguiça.

Erro 2 – Português ruim – O projeto é o cartão de visita do candidato. Ele tem tempo de rever o texto, de pedir opinião a terceiros, contratar um revisor ou até digitar o texto num programa que possui revisão de gramática e ortografia. Um orientando que escreve errado geralmente dá muito trabalho ao orientador, que terá que preocupar com corrigir a língua portuguesa em lugar de prestar atenção nos achados da pesquisa.

Erro 3 – Citação fora das normas – É parecido com o erro anterior. O orientador não terá muito tempo para ficar corrigindo ou verificando se as citações estão dentro das normas. Espera-se que o futuro aluno já saiba destas coisas básicas. O cuidado com as regras será importante quando no trabalho final de curso as regras de espaço, citação e outros serão considerados na comissão examinadora. Além disto, se o edital do concurso de seleção solicitar que o projeto esteja em espaço 2, apresentar em espaço 1 não será bem visto.

Erro 4 – Não aproveitar a oportunidade – O projeto de pesquisa é uma oportunidade para o candidato vender sua imagem de bom candidato. Se as normas exigem no máximo cinco páginas, apresentar duas é um erro: ou você não teve tempo, ou não sabe o que quer fazer, ou não fez uma pesquisa prévia suficiente para submeter o projeto ou não conhecer o assunto ...

Erro 5 – Trabalho com pouco esforço – Uma proposta de pesquisa onde o candidato consegue fazer em alguns dias dificilmente será bem aceita, comprometendo sua aprovação futura ou impedindo sua publicação. Além disto, o candidato pode estar mostrando que não conhece o assunto proposto para pesquisa ou que é preguiçoso. Qualquer uma das alternativas não é algo agradável.

Erro 6 – Proposta que já possui resposta – Muitos temas de pesquisa já foram realizados exaustivamente na academia. Mais um trabalho sobre o mesmo assunto realmente não acrescenta muito para um programa de pós-graduação. Outro lado da moeda é uma proposta que não tem resposta ou que a resposta não será possível durante os anos de curso. Aqui, um pequeno parágrafo indicando a relevância da pesquisa proposta ou sua originalidade é uma boa solução, desde que o candidato não exagere nos termos.

Erro 7 – Chavões – Começar uma proposta com uma afirmação sobre globalização não. Ou citando um autor nacional que comentou a finalidade da informação contábil. Sua proposta deve ser diferente das demais, sobressaindo diante da mesmice dos textos acadêmicos, chamando a atenção de um potencial orientador. O avaliador deve ter lido inúmeros projetos e artigos sobre o tema e certamente não quer perder seu tempo com globalização ou finalidade da informação contábil.

Erro 8 – Falta de relação entre as partes – O projeto tem, de certa forma, uma introdução e desenvolvimento. A pergunta da pesquisa deve ter relação com o objetivo. As referências com o que se pretende estudar deve ter relação com a proposta. E assim por diante.

Erro 9 – Referências defasadas ou esquecidas – Se você estiver propondo um trabalho sobre convergência, além de não necessitar escrever sobre a globalização, use trabalhos que foram realizadas nos últimos anos. Mas não se esqueça dos trabalhos seminais da sua pesquisa. Este é um erro facilmente detectado pela comissão examinadora: basta dar uma olhada nas referências e verificar o ano de sua publicação.

Erro 10 - Deixar de citar um expoente da universidade na qual você está pleiteando vaga – Um dos projetos que li comentava um determinado assunto e fazia algumas citações, mas esquecia de pesquisas muito próximas que foram feitas por um dos professores do meu programa. Isto é péssimo, pois é natural que você tenha interesse no programa por algum motivo, além da comodidade ou o diploma. A maioria dos candidatos não tem a curiosidade de conhecer os professores do programa no qual estão pleiteando vaga.