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Mostrando postagens com marcador medicina. Mostrar todas as postagens
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19 dezembro 2008

Ghostwriters


Este termo diz respeito a escritores contratados para escrever biografias de pessoas famosas (ou você ainda acredita que Galisteu é uma escritora?).

Segundo Duff Wilson (Wyeth’s Use of Medical Ghostwriters Questioned, 13/12/2008, New York Times) a empresa Wyeth, uma das maiores do setor, pagou para que ghostwriters produzissem artigos científicos periódicos especializados de medicina favoráveis ao hormônio Prempro. Esta denuncia é resultado de uma investigação do Congresso e foi considerada uma tentativa de manipular a literatura científica.

O porta-voz da empresa afirma que o senador responsável pela denúncia está reciclando argumentos antigos.

O hormônio chegou a ser prescritos para mais de 100 milhões de pessoas e as vendas chegaram a 3 bilhões.

Foto: Flickr

28 outubro 2008

Ética

O texto a seguir é muito interessante. É sobre a ética profissional (no caso, dos médicos) e os laboratórios. Tenho continuamente afirmado em sala de aula que o melhor congresso deve ser o de "médicos". Os "jantares" para apresentação de novos fármacos são comuns na profissão. Como o profissional deve agir?

Nos EUA, 94% estão ligados a laboratórios
Fabiane Leite e Emilio Sant´Ana - O Estado de São Paulo - 26/10/2008

Médico americano recebe até alimento; brasileiros defendem relação ética

No Brasil não há dados sobre a relação médicos-indústria farmacêutica, mas pesquisa realizada nos Estados Unidos e publicada no ano passado no New England Journal of Medicine apontou que 94% dos profissionais do país tinham algum tipo de relação com a indústria. A mais comum era o recebimento de alimentos no local de trabalho, mas 28% ganhavam por palestras e consultorias.

Conferencista em eventos da indústria e convidado em congressos, o endocrinologista e professor titular da Unifesp Antônio Chacra diz aceitar cada vez menos convites por falta de tempo e que vê com preocupação o financiamento de médicos inexperientes.

“Em determinada fase, é uma maneira de difundir assuntos. A educação médica continuada tem sido feita pela indústria, tendo em vista que os simpósios são caros e as sociedades médicas não têm recursos para organizá-los. Os conferencistas devem ser principalmente os acadêmicos, mas infelizmente o que se vê é que têm sido chamadas pessoas sem uma análise crítica”, afirma o professor. Ele diz ser a favor de novas regras para a interação com a indústria, a mesma posição da colega Carmita Abdo. “Eu sempre pude divulgar dados levantados e aceitamos apoio de todos os tipos de indústria”, diz a psiquiatra, que coordena projeto no Hospital das Clínicas da USP e foi chamada pela indústria para apresentar nos últimos anos diferentes estudos sobre sexualidade. “Existem jantares, não vou dizer que não vou. Mas meu diferencial é que falo do assunto, não do remédio.”

“Ética não é elástica nem varia de acordo com a situação”, diz a cardiologista Jaqueline Issa, speaker de remédio contra o fumo que não concorda com novas regras. “Essa regulação parte do princípio de que o médico não é ético”, diz ela.

22 julho 2008

Câncer



A figura mostra a probabilidade de sobrevivência ao câncer, depois de ajustado a diferença de idade e a taxa de mortalidade. Os estadunidenses possuem maiores chances de sobrevivência; Cuba está muito bem, mas provavelmente os números não são confiáveis. O Brasil aparece no final da lista.
Acredita-se que exista uma relação com o gasto com saúde. Fonte: Aqui

04 junho 2008

Fraude em medicina



Observe a foto acima e veja a diferença. Ela faz parte de uma pesquisa médica, onde os pesquisadores usaram Photoshop para obter um resultado. Esse tipo de fraude tem sido comum nos artigos submetidos para periódicos especializados como Science e Nature. Alguns periódicos estão contratando especialistas em detectar manipulação de imagens.

Fonte: Bioscientists photoshop their cultures to fake results, 29/5/2008

20 maio 2008

Controle de custos em hospitais

O controle de custos em hospitais é muito difícil. Uma abordagem proposta por um acadêmico espanhol onde seria possível obter o custo por produto, por paciente e por processo clínico. O texto a seguir:

Un nuevo modelo matemático permitirá optimizar los gastos
Diario Médico - 20/5/2008

El control del gasto basado en la eficiencia es una prioridad de los gerentes hospitalarios. Un modelo matemático creado en la Universidad de Extremadura y basado en el cálculo del coste por producto, por paciente y por proceso ayudará a lograr dicho objetivo.

¿Puede el sector público sanitario calcular y gestionar los costes de manera más eficaz? De esta materia se ha ocupado Mercedes Vaquera en su tesis doctoral Propuesta de un modelo para el cálculo y gestión de costes en los centros hospitalarios y su funcionamiento empírico, un trabajo dirigido por el decano de la Facultad de Ciencias Económicas y Empresariales de la Universidad de Extremadura (UEX), Antonio Fernández Fernández.

La investigación trata de proporcionar al sector hospitalario un modelo que le aporte la información suficiente para la toma de decisiones útiles en la gestión: "Estamos convencidos de que la implantación del modelo que proponemos puede aportar grandes resultados, ya que permite identificar la mejora de los procesos clínicos y una mayor racionalización de los procedimientos y eficiencia en la asignación de los recursos, además de trascender del tradicional propósito de valoración de los productos que ha caracterizado la implantación de las metodologías actuales", explica la investigadora.

Tres tipos de cálculo

El modelo propuesto, denominado Costes por Integración Sucesiva (CIS) está instrumentado para poder calcular y gestionar los costes en los centros hospitalarios desde tres perspectivas distintas: por producto, por paciente y por proceso clínico o grupo relacionado de diagnóstico (GRD), y desde tres niveles diferentes: básico de gestión, completo de gestión y coste de tarifación. "Lo hemos aplicado en una institución sanitaria privada y hemos visto que funciona de una manera muy eficaz", apunta su autora, profesora del Área de Economía Financiera y Contabilidad de la UEX.

Entre otras conclusiones, la investigación apunta que cualquier modelo de cálculo y gestión de costes proporcionará sus efectos más beneficiosos si se encuadra en el contexto de la gestión clínica, "pues una de sus principales características es lograr que sus responsables actúen en estrecha colaboración con el resto de las áreas funcionales de la empresa".

Utilidades

Además de analizar el sector sanitario, tanto público como privado, la tesis concluye que el modelo propuesto es lo suficientemente útil como para satisfacer las necesidades informativas que ayuden en la toma de múltiples decisiones en este tipo de empresas.

Añade que, pese a ser totalmente novedoso, el modelo mejora significativamente la dinámica existente en cuanto a gestión de costes en el sector, y la nueva metodología propuesta tiene utilidad no sólo desde el punto de vista económico, sino también desde el punto de vista sanitario.

La labor investigadora desarrollada por Vaquera se ha llevado a la práctica mediante sus correspondientes aplicaciones empíricas en centros sanitarios para demostrar su viabilidad.

Control de recursos

La limitación de los recursos y la necesidad de hacer que el sistema sanitario sea sostenible empuja a políticos y gestores a preocuparse cada vez más del control del gasto sanitario, y los hospitales son un buen punto de partida.

"Gracias a este trabajo hemos contactado con multitud de empresas y organismos relacionados de una u otra forma con el cálculo y la gestión de costes, que en todo momento han mostrado un gran interés por los resultados obtenidos.

Ahora nos gustaría calibrar con nuestras autoridades sanitarias la posibilidad de implantarlo en los hospitales de Extremadura que vienen aplicando sus propios modelos en los hospitales bajo su jurisdicción", explica Mercedes Vaquera.

15 março 2008

PFIZER e New England Journal of Medicine

Um contencioso entre a empresa farmacêutica Pfizer e o New England Journal of Medicine (aqui) pode ter conseqüências na área da pesquisa científica. Nunca é demais lembrar que no Brasil tivemos uma ação (absurda) da CST contra a professora Araceli por conta de uma pesquisa acadêmica e científica.

17 julho 2007

Pacientes têm mesmo tratamento?

Os pacientes num hospital possuem o mesmo tratamento? Se uma mulher é uma advogada ou é esposa de um advogado, isto significa um melhor tratamento? Estes clientes são considerados pelos médicos como potenciais "problemas" em virtude do risco de litígio legal por erros médicos. Clique aqui.

29 dezembro 2006

Custos de diálise


SUS não cobre custos de diálise

Centros de terapia renal têm prejuízo de R$ 7 milhões porque Ministério da Saúde não corrige teto de atendimento

Chico Siqueira, ESPECIAL PARA O ESTADO, ARAÇATUBA

Hospitais e centros que prestam serviços de diálise e hemodiálise para o Sistema Único de Saúde (SUS) acumulam prejuízos de pelo menos R$ 7 milhões porque as verbas repassadas pelo Ministério da Saúde para bancar os procedimentos são insuficientes. A situação prejudica a qualidade do atendimento de 67 mil doentes renais crônicos que dependem do serviço de Terapia Renal Substitutiva (TRS) da rede pública.

Levantamento feito pela Associação Brasileira de Centros de Diálise e Transplante (ABCDT) constatou que pelo menos 130 de 450 centros que prestam esses serviços para o SUS, ouvidos em novembro em todo o País, acumulam dívidas de R$ 7,03 milhões causadas por atendimentos que não foram pagos pelo SUS.

O levantamento foi enviado ao ministro da Saúde, Agenor Álvares, e à diretoria executiva do Fundo Nacional da Saúde (FNS), que em janeiro serão cobrados pela ABCDT a corrigir o teto pago aos prestadores.

De acordo com a ABCDT, os cortes variam de 5% a 13% e atingem centros e hospitais de todo o País, mas a situação é mais precária nos Estados do Paraná, onde o corte chega a 13%, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio. “O problema se arrasta desde 2002, mas piorou nos últimos anos, com a edição de portarias que estipularam limites de gastos com médias mensais estabelecidas abaixo dos custos reais de atendimento”, diz a gerente da ABCDT, Fabrivia Coelho. Segundo ela, o reajuste de 11% feito pelo governo nos valores dos procedimentos de TRS ainda é insuficiente para cobrir os custos. O custo médio real de cada sessão é de R$ 175, mas o governo repassa R$ 130. Além disso, o teto de atendimentos não foi ampliado, o que levou os centros e hospitais a acumularem prejuízos com os atendimentos extras.

Em São José do Rio Preto, por exemplo, o Hospital de Base, referência regional para 120 municípios de São Paulo e do interior de Minas, atende uma média de 290 pacientes por mês, mas recebe por 200. O hospital pediu muitas vezes a correção do teto, mas nunca foi atendido. O resultado é uma dívida de R$ 140.690 com procedimentos extras. A situação no HB começou a piorar em 2005.

“O problema é que os hospitais e centros não podem recusar os atendimentos extras. Não pode deixar o paciente morrer. Esses atendimentos extras quase sempre são autorizados pelas secretariais estaduais de saúde, mas nunca são pagos depois”, diz a gerente da ABCDT. Segundo Fabrivia, a situação está fazendo com que centros fechem as filiais e passem a funcionar num único prédio. “Isso prejudica a qualidade do atendimento, pois o paciente enfrenta atrasos ao esperar mais tempo para ser atendido e ter de se deslocar para centros mais distantes”, diz.

ENCONTRO DE CONTAS

A diretora do Departamento de Regulação, Avaliação e Controle do Ministério da Saúde, Cleusa Bernardo, disse ontem que o ministro da Saúde, Agenor Álvares, deve assinar ainda hoje uma portaria que estabelece repasse de R$ 3,7 milhões para pagamento aos prestadores de serviços de TRS. Segundo ela, a verba é referente aos serviços extras prestados em outubro por centros de diversos Estados.

Cleusa admitiu que há diferenças entre o valor pago e o prestado pelos Estados, mas que o Ministério da Saúde sempre promove “encontro de contas” para corrigir as distorções. Segundo ela, em 2006 a situação ficou mais difícil porque houve problemas com a aprovação do orçamento.

Cleusa disse não poder confirmar o valor de R$ 7 milhões apresentado pela ABCDT. Segundo ela, os R$ 3,7 milhões a serem repassados agora deverão colocar as contas em dias “para entrar em 2007 com tudo acertado”.

A diretora do Ministério da Saúde lembrou que entre 2002 e 2006 houve um reajuste de 57,4% no valor do financiamento da TRS. Em 2002 o serviço consumiu R$ 850,2 milhões; em 2006, esse valor está em R$ 1,33 bilhão. “Quando a verba não cobre o custo, a lei diz que os Estados e municípios devem fazer a complementação. Ocorre que nem sempre eles têm verbas para isso”, explicou. “Daí a necessidade das portarias para fazer o encontro de contas”, acrescentou.

Segundo Cleusa, os valores pagos para cada sessão estão dentro da realidade e o serviço é um dos poucos do Ministério da Saúde que não está defasado.


Estado de S. Paulo, 29/12/2006