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21 maio 2011

EVA , Lucro Residual e o Desempenho das empresas

Postado por Pedro Correia


Diversas empresas, incluindo AT&T,Armostrong Holdings e Baldwin Technology, deixaram de usar medidas de desempenho baseadas no lucro residual depois de a experimentarem. Por quê?Os motivos variam, mas "a evaporaçãode bônus parace ser o calcanhar de aquiles das métrica de criação de valor, como o lucro residual e o EVA- bem como uma causa importante do abandono desses planos". Os administradores tendem a adotar o lucro residual e o EVA quando so bônus são grandes, mas clamam por mudanças das medidas de desempenho quando os bônus encolhem.

Fonte: Bill Richard e Alix Nyberg,"Do EVA and Other Value Metrics Still Offer a Good Mirror of Company Performance"CFO, março de 2001,pp.56-64


Leia sobre o EVA.


01 maio 2011

Apple X Microsoft

Por Pedro Correia




Pela primeira na história a Apple obteve um lucro superior ao da Microsoft no primeiro trimestre de 2011.O resultado da empresa de Steve Jobs foi de 5.99 bilhões de dólares contra 5.23 bilhão da concorrente. A metadde da receita da Apple foi proveniente da venda do Iphone. Em maio do ano passado, esta empresa ultrapassou a Microsoft em valor de mercado e no último quadrimestre de 2010 obteve uma receita maior que a companhia de Bill Gates.

No entanto, a Microsoft obteve uma margem líquida superior de 32% contra 24% da Apple.Não obstante, a empresa de Steve Jobs aprsentou neste quesito um extraordinário ganho, pois a produção de software custa muito menos que a de hardware.[1]Assim, depois de recuperar o invetimento em Pesquisa e Desenvolvimento o que entra das vendas da Microsoft é "lucro puro", pois é uma companhia co foco na venda de software.

Fonte: Traduzido daqui.


[1] É uma análise muito simples. É preciso considerar outros fatores.

15 abril 2011

Petrobras é a segunda empresa mais lucrativa de capital aberto na América Latina e EUA, diz Economatica

Por Pedro Correia


Um estudo feito pela consultoria Economatica com base no lucro de 2107 empresas de capital aberto em toda a América Latina, mais os Estados Unidos, mostrou que a Petrobras é a segunda empresa mais lucrativa de 2010. Com lucro líquido de US$ 21,1 bilhões, a brasileira só perde para a Exxon Mobil, com lucro de US$ 30,4 bilhões. Em 2009, a Petrobras era a terceira do ranking, e a Exxon tinha a segunda colocação.


Salto maior, entretanto, deu a Vale. A mineradora, que em 2009 era a 27ª colocada, pulou para a 6ª colocação no ano passado, com lucro de US$ 18 bilhões. Em rentabilidade a Vale é a 6ª e a Petrobras apenas a 15ª da lista.


A boa notícia para o Brasil é que o lucro de Petrobras e da Vale superam o de empresas como Apple (lucro de US$ 16,63 bilhões) e Walmart (US$ 16,96 bilhões). Entre as vinte empresas mais lucrativas da amostra, a Economatica apontou apenas duas empresas latinas, justamente Petrobras e Vale. O setor com mais empresas entre as vinte mais lucrativas é o de eletroeletrônicos, com cinco representantes, seguido pelo setor de petróleo e gás, com quatro empresas.


Fonte: O Globo

09 março 2011

O lucro é do mal?

O lucro é do mal?- Postado por Pedro Correia

Existe diferença entre a crença dos leigos e de acadêmicos sobre os efeitos sociais do lucro. Os leigos, muitas vezes parecem relacionar lucro com dano social. Enquanto, que os acadêmicos afirmam que o lucro adiciona valor à sociedade.

No paper "Is Profit Evil? Associations of Profit With Social Harm". Os autores buscaram verificar se existe alguma correlação entre o lucro e o valor social percebido pelos indivíduos em relação as determinadas empresas e indústrias.

No Teste 1a, os sujeitos classificaram a rentabilidade e o valor social de 40 empresas das 500 maiores de acordo com a revista Fortune.

Os indivíduos tinham que indicar, primeiramente, a sua familiaridade com a empresa em uma escala de 3 pontos (1 = Nunca ouvi falar, 3 = Familiar). Em seguida, eles classificaram a empresa sobre o lucro percebido ("Quanto de lucro você acha que este negócio tem feito em média (das empresas em geral) no último ano?", 1 = zero ou menos, 6 = Muito mais do que a média) . Os indivíduos, em seguida, indicaram o valor percebido da empresa para a sociedade ("O que você acha sobre o valor deste negócio para a sociedade, em geral?", 1 = Seria melhor se ele não existisse, 5 = É importante e útil).

Eles encontraram uma forte relação negativa (r =-. 62) entre o lucro e o valor social. Cofira o gráfico de dispersão . Mais surpreendente, eles descobriram que a correlação entre o real lucro das entidades e o valor social percebidos foram corretos(r =-. 57). Na média as suposições dos indivíduos sobre a rentabilidade foram surpreendentemente precisas, apesar de que os palpites sobre o valor social ficaram longe da realidade.

No Teste 1b, os autores substituíram as empresas por indústrias, e mais uma vez verificaram a correlação entre rentabilidade e valor social percebido r =-. 67! . Confira o gráfico de dispersão.

No teste 2, através de um cenário hipotético, chegaram a conclusão de que a mera mudança do objetivo da mesma organização: de sem fins lucrativos para com fins lucrativos gerou uma mudança negativa no valor percebido.

Após diversos testes os autores concluíram que :

As pessoas aparentemente tem pouca fé no poder dos mercados para criar valor para a sociedade. Entre empresas reais (Estudo 1a), indústrias inteiras (Estudo 1b) e organizações hipotéticas (Estudo 2), nossos participantes associaram maiores níveis de lucro com o maior dano e menor valor social. Além disso, eles viram que os grandes lucros eram imerecidos, pois são às custa dos outros. Apesar de as próprias empresas não serem vistas como geralmente más ou desprovidas de valor, o lucro é visto como mal. Aumentar a lucratividade da empresa (ou lucro) muito prejudicaram percepção de valor social ... Estes resultados são bastantes opostos à visão dos mercados defendidas por economistas e estudiosos que a oferta,demanda e concorrência irão recompensar as entidades que buscam o lucro e que forneçam o que a sociedade quer. Assim,mesmo em uma das sociedades mais orientadas para o mercado na história humana, as pessoas não acreditam na "mão invisível" do mercado.

Fonte: Evil of profit

03 março 2011

Associação entre o lucro das companhias e o desempenho das ações

Associação entre o lucro das companhias e o desempenho das ações - Por Pedro Correia

Segundo tese de doutorado defendida no fim de janeiro pelo professor João Batista Nast de Lima, na USP, a adoção da etapa intermediária entre o modelo contábil brasileiro e o IFRS aumentou a associação existente entre os resultados das companhias e o preço das ações negociada na BMeF Bovespa.
No período de 1995 a 2007 o lucro e patrimônio líquido divulgados no balanço anual das companhias explicavam 16% dos preços de uma ação sendo o restante determinado por outros fatores, como macroeconomia, questões setoriais. Com as novas regras contábeis, segundo o estudo, esse índice chamado tecnicamente de coeficiente de determinação, aumentou para 47% em 2008 e foi de 23% no período de 2008 a 2009.
O estudo também analisou a variação do lucro e do patrimônio entre diferentes períodos e o retorno das ações nesse intervalo. Os resultados também mostraram que as novas regras elevaram a associação entre a variação dos dados contábeis e das cotações do papel na bolsa.
A amostra observada foi de 107 empresas, que participaram do índice Ibovespa em algum momento durante o período de 1995 a 2009. No total foram 2277 balanços observados. O estudo destaca que a qualidade da informação contábil depende não apenas das norma usadas em determinado país, mas também de fatores institucionais como estágio de desenvolvimento do mercado de capitais, a estrtura de capital das empresas, a concentração da propriedade e o sistema tributário vigente.Segundo Nast de Lima, o Brasil tinha todas as caracteríticas que levavam uma informação contábil de baixa qualidade.
"Temos ainda alguns fatores [ que favorecem a informação contábil de baixa qualidade] que permanecem. Eu quis verificar se o regramento novo conseguiria romper essa baixa informatividade", afirma o pesquisador que foi orientado por Alexandre Broedel, diretor da CVM e também professor da USP. A conclusão do estudo é que essa melhora de fato ocorreu.
Fonte: Valor Econômico - Caderno Eu e Investimentos - página D1- dia 28/02/2011
Informações mais técnicas e detalhadas.

30 dezembro 2009

Teste #204

Qual a empresa mais lucrativa do mundo em 2008? Exxon, Microsoft ou Toyota?

Resposta do Anterior: ABN Amro, com valor de $95,65 bilhões, em 2007. Depois a fusão entre Time Warner e AmericaOnLine, com valores de 94,3 bilhões, em 2000. Finalmente, em terceiro, BellSouth e ATT, com valores de 85,16 bilhoes, em 2006. Fonte = aqui

06 julho 2009

Bancos mais lucrativos

1 ICBC China
2 China Construction Bank Corp China
3 Santander Central Hispano Espanha
4 Bank of China China
5 BBVA Espanha
6 HSBC Holdings Grã-Bretanha
7 Barclays Bank Grã-Bretanha
8 Agricultural Bank of China China
9 UniCredit Itália
10 Royal Bank of Canada Canadá

20 Banco Bradesco Brasil

Fonte: aqui

Interessante notar que cinco dos 25 maiores bancos em termos de lucros são de uma país comunista.

25 maio 2009

As novas Demonstrações Contábeis

Acho interessante que quando falo das novas demonstrações contábeis as pessoas reagem com surpresa. Isto é um sinal de que a discussão conjunta entre Iasb e Fasb sobre o assunto ainda não chegou ao Brasil. As mudanças previstas são significativas e representa uma reformulação do que atualmente é ensinado na graduação. Mais até que a Lei 11638.

Em resumo as principais alterações são as seguintes:

a) Exigência da Demonstração dos Fluxos de Caixa pelo método direto. Apesar das normas atuais insistirem que o método direto é melhor que o indireto, a maioria das empresas utiliza o que não é recomendável. Quem está errado: o regulador ou as empresas? As empresas acreditam que implantar o método direto aumenta o custo de produção da informação. Uma estimativa da CFO para item chega a 5 milhões no primeiro ano de adoção do método direto, mais 2 milhões para os períodos seguintes. Será?

b) Conciliação entre o Fluxo de Caixa e o Comprehensive Income

c) Classificação em Operacional, Investimento e Financiamento - Utilização dos três grandes grupos para as principais demonstrações, incluindo balanço e DRE.

09 maio 2009

Novo Lucro

A mais conhecida informação contábil mudou. Pelo menos nos Estados Unidos. Em lugar do lucro líquido as empresas estão divulgando o “lucro líquido atribuído a empresa” ou algo próximo. Para E. J. Atorino, analista da Benchmark Research, as mudanças são superficiais, conforme declarou ao Wall Street Journal.

Esta mudança ocorre quando a atenção está voltada para o desempenho das empresas. Com a mudança as empresas divulgam os ganhos com investimentos em outras empresas onde a participação é minoritária.

Fonte: Earnings: New FASB Standard Clarifies 'Net Income' - Michael Rapoport - 1 May 2009 - The Wall Street Journal - B5

21 abril 2009

Resultados do Citi

O jornal Gazeta Mercantil publicou o seguinte texto sobre o resultado do Citibank, um lucro surpreendente de 1,6 bilhão de dólares:

Citi lucra US$ 1,6 bilhão no trimestre
Gazeta Mercantil - 20/4/2009

Nova York, 20 de Abril de 2009 - O Citigroup, gigante do setor bancário golpeado pela crise mundial, anunciou um lucro líquido relativo ao primeiro trimestre na sexta-feira, depois de mais de um ano de perdas espantosas e três planos de salvamento financeiro vindos de Washington.

O banco, que tem sede em Nova York, divulgou um lucro liquido de US$ 1,6 bilhão no primeiro trimestre, depois de uma perda de US$ 5,11 bilhões no mesmo período um ano antes. Contudo, ele anunciou uma perda de US$ 0,18 por ação devido a mudanças na sua estrutura de ações. Os resultados também foram ajudados por um ajuste na contabilidade que permitiu ao banco divulgar um ganho único de US$ 2,5 bilhões sobre as suas posições em derivativos.

A receita geral foi de US$ 24,8 bilhões, com alta de 99%. O ganho foi conduzido por resultados mais vigorosos relativos às comercializações e à melhoria nas suas baixas contábeis. A receita advinda de títulos e de operações bancárias (banking) foi de US$ 2,3 bilhões no trimestre, em relação aos US$ 4,6 bilhões nos três meses anteriores.

A melhora nos resultados não era esperada. Em um memorando enviado aos funcionários do Citigroup no mês passado, o principal executivo, Vikram S. Pandit, disse depois de mais de um ano de perdas espantosas e três resgates financeiros de Washington, que a companhia estava de novo fazendo dinheiro. Em média, os analistas pesquisados pela Thompson Reuters esperavam uma perda de US$ 0,34 por ação para o trimestre devido a receitas de US$ 22,9 bilhões.

As ações do banco vêm se recuperando de maneira firme depois de cair abaixo de US$ 1 no início de março, mas no acumulado do ano ainda estão em baixa de 40%.

A razão para a perda por ação do Citigroup foi ao pagamento de dividendos relativos a ações preferenciais e uma redefinição em janeiro do preço de conversão de US$ 12,5 bilhões em ações preferenciais conversíveis emitidas um ano antes. Isso resultou em uma redução do lucro disponível aos acionistas comuns de US$ 1,3 bilhão ou US$ 0,24 por ação. Sem isso, os ganhos por ação foram positivos.

Cortes

O Citigroup disse que suas despesas operacionais caíram 23% em relação a um ano antes e que havia reduzido sua força de trabalho em cerca de 13 mil pessoas, para 309 mil, desde o quarto trimestre de 2008.Ajudado pelas injeções do governo, o "Tier 1 capital ratio", uma medida da solidez financeira, foi de aproximadamente 11,8% no primeiro trimestre, em comparação com os 7,7% apurados um ano antes. "Nossos resultados neste trimestre refletem a solidez da operação do Citi e estamos satisfeitos com nosso desempenho", disse Pandit. "Com receitas de quase US$ 25 bilhões e um resultado líquido de US$ 1,6 bilhão, tivemos nosso melhor trimestre geral desde o segundo trimestre de 2007."

Ainda assim, os analistas permaneceram céticos sobre com que facilidade o banco conseguiria superar o panorama econômico ainda sombrio. O grupo de clientes institucionais do banco, que inclui sua unidade de investment banking, teve um lucro de US$ 2,83 bilhões depois de uma perda de U$ 6,3 bilhões um ano atrás. A área de clientes teve uma receita de US$ 9,5 bilhões, conduzida pela unidade de operações com receita de US$ 4,69 bilhões e de comercialização de títulos com US$ 1,9 bilhão.

A receita na sua unidade de cartões globais caiu 10%, principalmente devido às perdas de crédito maiores de seus monopólios de securitização na América do Norte. A receita relativa às transações bancárias dos consumidores caíram US$ 1,8 bilhão, conduzida por uma queda nas vendas de investimentos, efeito das mudanças do câmbio estrangeiro.

A receita relativa ao gerenciamento de riqueza caiu 20% no trimestre, refletindo os mercados de capitais ainda frágeis e uma debilitada receita advinda de investimentos no mundo.

O custo de crédito aumentou 76%, para US$ 10,3 bilhões, incluindo US$ 7,3 bilhões em perdas de crédito líquidas e um aumento de US$ 2,7 bilhões em reservas para futuras perdas de empréstimos.

Os analistas especulavam que o Citigroup continuaria a enfrentar problemas sob o peso cada vez maior da exposição aos defaults relacionados a empréstimos que têm a probabilidade de aumentar à medida que a recessão continua e mais americanos perdem seus empregos.(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 1)(The New York Times)


Um outro texto também foi publicado pelo New York Times, de autoria de Eric Dash, também na mesma data (e obtido através do Herald Tribune). O título já é mais interessante, pois usa o termo "contabilidade criativa", uma forma sutil. E no primeiro parágrafo o termo "fuzzy math" ou "matemática confusa". O texto afirma claramente que o banco usou a contabilidade criativa para obter seu resultado. A seguir, o texto completo:

Creative accounting helps Citigroup return to profit
Eric Dash - The New York Times - 20/4/2009
International Herald Tribune

New York: -- After more than a year of crippling losses and three bailouts from Washington, Citigroup said it had made money in the first quarter of the year. But the headline number - a net profit of $1.6 billion - was not quite what it seemed. Behind that figure was some fuzzy math.

Like several other banks that have recently reported surprisingly strong results, Citigroup used some creative accounting in the earnings reported Friday, all of it legal, to bolster its bottom line at a pivotal moment.

While wisps of recovery are appearing in the U.S. banking industry - mortgage lending and trading income are up industrywide - many banks are doing all they can to make themselves look good.

The timing is crucial. U.S. regulators are preparing to disclose the results of stress tests; the tests could determine which banks are strong enough to return the taxpayer dollars that they have accepted and which might need more. Many banks are eager to free themselves from the strings attached to the government bailout money, including restrictions on pay.

Meredith A. Whitney, a prominent research analyst, said in a recent report that what banks were doing amounted to a ''great whitewash.'' The industry's goal - and one that some policy makers share - is to create the impression that banks are stabilizing so private investors will invest in them, minimizing the need for additional taxpayer money, she said.

Citigroup posted its first profitable quarter in 18 months, in part because of unusually strong trading results. It also made progress in reducing expenses and improving its capital position.

But the long-struggling company also employed several common accounting tactics - gimmicks, critics call them - to increase its reported earnings.

One of the maneuvers, widely used since the financial crisis erupted last spring, involves the way Citigroup accounted for a decline in the value of its debt, a move known as a credit value adjustment. The strategy added $2.7 billion to the company's bottom line during the quarter, a figure that dwarfed Citigroup's reported net income. Here is how it worked.

Citigroup's debt has lost value in the bond market because of concerns about the company's health. But under accounting rules, Citigroup was allowed to book a one-time gain approximately equivalent to that decline because, in theory, it could buy back its debt at a lower cost in the open market. Citigroup did not actually do that, however.

''It's junk income,'' said Jack T. Ciesielski, the publisher of an accounting advisory service. ''They are making more money from being a lousy credit than from extending loans to good credits.''

Edward J. Kelly, Citigroup's financial chief, defended the practice of valuing its bonds at market prices since the company valued other investments the same way. The number fluctuates from quarter to quarter. For instance, Citigroup recorded a big loss in the fourth quarter of last year, when the prices of its bonds bounced back.

''I think it is unfair to focus on it in isolation rather than considering it with all the factors,'' Mr. Kelly said.

Other banks have taken a similar approach. Bear Stearns, now absorbed into JPMorgan Chase, and Lehman Brothers, which plunged into bankruptcy last autumn, took advantage of credit value adjustments as their bonds lost value last year, as did Goldman Sachs.

JPMorgan, which reported strong results last week, added $638 million to its first-quarter profit by availing itself of this adjustment. Bank of America and other large financial companies are expected to take similar steps when they report their results.

Citigroup also took advantage of beneficial changes in accounting rules related to toxic securities that have not traded in months. The rules took effect last month, after lobbying from the financial services industry.

Previously, banks were required to mark down fully the value of certain ''impaired assets'' that they planned to hold for a long period, which hurt their quarterly results. Now, they must book only a portion of the loss immediately. (Any additional charges related to the impairment may be booked over time, or when the assets are sold.)

For Citigroup, this difference helped inflate quarterly after-tax profits by $413 million and strengthened its capital levels.

Citigroup and other banks also benefit simply by taking a sunnier view of their prospects. Banks routinely set aside money to cover losses on loans that might run into trouble. By squirreling away less money, banks increase their profits.

That is what Citigroup did. During the fourth quarter, Citigroup added $3.7 billion to its consumer loan loss reserves, more than analysts had expected. In the first quarter, even though more loans were going bad, it set aside $2.4 billion.

22 março 2009

Banco Brasileiro é exceção

Banco brasileiro é exceção, diz ''Economist''

Evitam risco tolo pois lucram muito?

Os bancos brasileiros estão seguros e seriam uma "exceção" no setor em meio à crise, segundo reportagem publicada pela revista britânica Economist que chegou às bancas ontem.

Ao comentar o corte de 1,5 ponto porcentual da taxa de juros Selic na semana passada que reduziu a taxa básica para 11,25% ao ano, a revista afirma que o Banco Central conseguiu cortar as taxas "dura e rapidamente", e que mais cortes são esperados para os próximos meses.

"Esta é uma novidade bem vinda: no passado, a frágil moeda e a alta inflação impediam que o país adotasse medidas anticíclicas como esta", afirma a reportagem.

Mas a revista destaca que os cortes nas taxas não estão sendo repassados para os clientes, alimentado a discussão sobre os altos lucros dos bancos com seus spreads (a diferença entre as taxas cobradas sobre o dinheiro que o banco toma emprestado e que ele empresta aos seus clientes).

"Os bancos brasileiros podem ser caros, mas pelo menos eles estão seguros", diz a Economist. "Até agora, nenhum deles teve problemas com a crise financeira mundial. Isso pode ser porque seus lucros com as atividades diárias são tão altos que eles não precisaram assumir riscos tolos." Os números da Economática (veja quadros acima) sobre rentabilidade mostram que a revista está certa sobre a lucratividade dos bancos brasileiros.

A Economist afirma que, segundo cálculo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), o Brasil tem os spreads bancários mais altos do mundo.

O cálculo, no entanto, é contestado pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), que alega que os spreads são inflados pelos impostos cobrados sobre as transações bancárias.

De acordo com a revista, a segurança também se deve ao fato de a regulamentação do sistema bancário do país ser mais dura desde que vários bancos quebraram quando a inflação foi domada, em meados dos anos 90.

A revista se refere ao sistema bancário depois da adoção por medida provisória do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro Nacional (Proer). A medida utilizada para para responder à nova realidade advinda com o Plano Real e promover o enxugamento do sistema financeiro através de fusões entre bancos, bem como aquisições, reorganizações societárias, e reestruturações.

A Economist comenta ainda que os bancos HSBC e Citibank, que enfrentam problemas no resto do mundo, vão bem no Brasil.

"De uma maneira ou de outra, o sistema bancário do Brasil parece que vai continuar a ser a lucrativa exceção aos desastres em outros lugares", conclui a reportagem.BBC

30 dezembro 2008

Mudanças na Contabilidade dos Bancos

Os bancos irão fornecer detalhes dos lucros e perdas com instrumentos financeiros sob dois sistemas de mensuração, conforme proposta de mudança contábeis (...) . A proposta, tanto do International Accounting Standards Board e da contraparte dos EUA, irá exigir das empresas evidenciar os lucros e perdas que seria relatados se os ativos financeiros fossem avaliados pelos preços correntes de mercado e como se eles fossem reportados pelo “custo amortizado” - uma medida que ignora a volatilidade do mercado.(...)


IASB proposes P&L changes - Jennifer Hughes – 22/12/2008 - Financial Times - Asia Ed1 - 14

30 novembro 2008

Suavização do Lucro


Se executivos corporativos possuem uma liberdade para relatar qualquer número que desejar nas demonstrações financeiras, então o que deveria ser o(s) princípio(s) norteador (s) por atrás de suas escolhas? A resposta, fiéis leitores, é que temos de novo a Suavização do Lucro (Income Smoothing) vindo para os Estados Unidos.
Era uma vez nos Estados Unidos, a Suavização do Lucro foi uma prática comum nos Estados Unidos. Suavização do Lucro, pura e simplesmente é uso de manobras contábeis para mudar os relatórios contábeis para que diga uma história desejada. Na sua forma mais pura, toma uma série temporal de lucro líquidos suaviza relataram que até é uma tendência aparente. Os picos são amassados, vales estão preenchidos, e uma linha estética tendência aparece.

(…)Historicamente, verificou-se um debate sobre esta prática. O consenso que surgiu foi que a suavizaçao do lucro aproxima-se da fraude. (...)
O FASB foi bem sucedido em que termina-lo. Seu sucesso pode ser medido através dos muitos exemplos de como desobediência dos executivos corporativos que propositadamente optaram por não seguir as regras contábeis. (...) Ambos os grupos internacionais [Iasb e Iasc] decidiram não lutar contra a suavização do lucro, mas a adotá-la como fundamento para a apresentação de informações financeiras. (...)


Accounting Education Under IFRS - David Albrecht

14 novembro 2008

Petrobrás: O maior lucro, mas o mercado não é bobo

A Petrobrás anunciou um lucro recorde. Apesar disto, o mercado puniu a empresa. A razão encontra-se no conjunto de texto a seguir:

(...) Os 15 dias de setembro que representaram o início do agravamento da crise internacional não chegaram a embaçar o resultado. “É com orgulho que apresento o maior lucro trimestral da história da Petrobrás. Esse resultado é fruto da excelência operacional, crescimento da produção, das vendas e da disciplina de capital acumulados ao longo de anos.” Dessa forma, o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, iniciou seus comentários ao mercado no texto de exposição do balanço.

Em entrevista para comentar o balanço, o diretor financeiro da companhia, Almir Barbassa, incluiu o aumento da produção de petróleo e das vendas de derivados entre os fatores que contribuíram para o bom desempenho no trimestre, quando a receita líquida da companhia atingiu R$ 67,460 bilhões, alta de 52% em relação ao mesmo período de 2007. A produção total da companhia aumentou 6% no trimestre, para 2,437 milhões de barris de óleo equivalente (somado ao gás). Já as vendas de combustíveis cresceram 3% no ano. Segundo Barbassa, o ritmo se mantém alto, apesar da crise econômica. (...)

Lucro da Petrobrás dobra no trimestre e chega a R$ 10,8 bi
Nicola Pamplona, RIO – 12/11/2008 - O Estado de São Paulo


(...) A Petrobrás iniciou o último trimestre de 2008 com o menor volume de recursos em caixa desde o fim de 2000, situação que pode comprometer a realização dos investimentos previstos para o fim do ano. Em 30 de setembro, a companhia tinha R$ 10,776 bilhões em caixa, valor 2% menor do que o do fim do 2º trimestre e 61,2% abaixo da melhor posição alcançada nos últimos anos: R$ 27,829 bilhões no fim de 2006.

Segundo especialistas, a posição de caixa não cria problemas de solvência para a companhia, que tem recursos suficientes para honrar os compromissos já assumidos. Mas, por outro lado, pode tornar mais difícil a travessia de um período complicado para a economia mundial. A companhia pretende investir R$ 16 bilhões no quarto trimestre e as projeções apontam para uma geração de caixa inferior aos R$ 15,680 bilhões verificados no trimestre anterior. (...)

Investimentos estão ameaçados no 4º trimestre
Nicola Pamplona e Tatiana Freitas
O Estado de São Paulo – 13/11/2008


Um dia depois de a Petrobras anunciar o maior lucro líquido de sua história, de R$ 10,8 bilhões no terceiro trimestre, os analistas do mercado financeiro passaram a ver com preocupação a capacidade da estatal de manter seu programa de investimentos e, ao mesmo tempo, garantir a distribuição de ganhos aos acionistas. Com a queda nos preços internacionais do petróleo, os bancos ficaram preocupados com o aumento de custos e despesas operacionais da estatal. Houve rebaixamento nas recomendações de "compra" da ação da estatal para "neutro", como indicou o banco Credit Suisse. O Citibank considerou o resultado "desapontador". Os papéis da Petrobras tiveram um destaque negativo na Bolsa de Valores de São Paulo com queda de dois dígitos - a ação preferencial (PN, sem direito a voto) fechou o dia a R$ 20,62, com baixa de 13,75%, e a ordinária (ON, com voto) teve recuo de 13,25%, cotada a R$ 24,94 no fim do pregão.

Diante do desempenho da Petrobras no trimestre, que teve aumento também nas despesas extras com pagamento de bônus aos empregados no dissídio coletivo, em setembro (despesas de R$ 543 milhões), o diretor financeiro da companhia, Almir Barbassa, foi cobrado por investidores em reunião realizada ontem pela Apimec em São Paulo pelos maus resultados. "A empresa deu bônus de 80% de um salário ao funcionário, mas não deu nada ao acionista", disse um analista da Geração Futuro, que pediu mudanças nas regras para distribuição dos dividendos.

Petrobras decepciona
Valor Econômico – 13/11/2008


Numa análise um pouco mais detalhada, percebe-se que os números referentes à operação da companhia foram muito ruins, decepcionando até as previsões da maior parte dos analistas, que já eram negativas. O pior, no entanto, ainda pode estar por vir.
Com a tendência de queda do petróleo, que já vem ocorrendo nos últimos meses, e mais o processo de desaceleração da economia, que também já está em curso, as perspectivas para a Petrobras para os próximos trimestres não são nada animadoras.

Fragilidade operacional
Valor Econômico – 13/11/2008 - Daniele Camba

10 setembro 2008

O valor de Harvard

Estimativa apresentada aqui mostra que o lucro anual de Harvard é de 9,33 bilhões de dólares. É isso mesmo. Somente no licensiamento da marca, que inclui a produção de camisetas, a universidade recebe 150 milhões. Mais 615 milhões são doações recebidas de pessoas como Bill Gates, David Rockefeller, Príncipe Talal e outros.

Com sua carteira de investimento a universidade está conseguindo obter um retorno de 23% ao ano, que é a principal fonte do seu lucro (estimativa de 7,9 bilhões)
Em outras palavras, o lucro de Harvard é maior que muita empresa conhecida e poderosa.

14 agosto 2008

Polêmica 2

Mais um polêmica, agora entre um estudo feito pela Economática e a Vale do Rio Doce:

A mineradora Vale divulgou nesta terça-feira uma nota na qual questiona uma reportagem publicada hoje, que mostra um ranking das 15 empresas de capital aberto mais lucrativas das Américas no segundo trimestre de 2008 elaborado pela consultoria Economática. No ranking, a Petrobras aparece como a terceira empresa mais lucrativa do período e a Vale na 14ª posição. Na reportagem, era informado também que para chegar aos valores a Economática converteu os resultados de reais para dólares, como base no dólar Ptax30 de junho.

Mas na nota, a Vale afirma que " estranha a informação relativa ao valor constante da tabela, de US$ 2.873 milhões, que segundo a Economática seria correspondente ao seu lucro no segundo trimestre de 2008".


A Vale pode reclamar, mas o estudo da Economático usou critérios estabelecidos pela empresa de consultoria. Pode não ser o melhor critério (não é, com certeza), mas é um direito do usuário das demonstrações contábeis trabalhar os números conforme sua disposição.

Segundo a mineradora, "tal valor não consta dos demonstrativos financeiros da Vale arquivados na Comissão de Valores Mobiliários, do Brasil, na Securities and Exchange Commission, dos Estados Unidos, e na Autorité des Marchés Financiers, da França, nem tampouco de seus comunicados amplamente distribuídos para os participantes do mercado de capitais em todo o mundo".

A empresa afirma que o " lucro líquido da Vale no segundo trimestre de 2008 foi de US$ 5,009 bilhões, de acordo com suas demonstrações contábeis e apurado segundo os princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos" e acrescenta que "a informação da Economática atribui um valor para o lucro da Vale estranho à contabilidade da companhia".


Isto é natural, uma vez que a Economática ajustou os valores. Ela, como usuário das demonstrações, pode fazer isto. A Vale reclama em virtude da publicidade do estudo, que apresenta um resultado com menor lucro (E depois dizem que o lucro não é relevante).

Em resposta, a consultoria Economática informou que valor do lucro que a Vale informa em sua nota segue o critério da contabilidade americana, enquanto o número apurado pela Economatica é considera o que foi publicado no mercado brasileiro dividido pelo dólar ptax de junho.

Segundo a consultoria, "os números divulgados na pesquisa são equivalentes aos publicados pela empresa conforme determinação da CVM. O valor do Lucro da Vale do Rio Doce conforme normas contábeis CVM no segundo trimestre de 2008 é de R$ 4.573 milhões que convertidos pelo dólar Ptax de 30 de junho de 2008 ( 1 US$ = R$ 1,5919) equivalem a US$ 2.873 este ultimo valor divulgado na pesquisa da Economatica. As normas contábeis adotadas para os cálculos da pesquisa são os de BR Gap ou Local Gap conforme o pais de origem da empresa".

Vale questiona estudo da Economática
O Globo Online
13/08/2008

09 agosto 2008

Impostos sobre lucro

O senador e candidato a presidência Barack Obama defendeu impostos sobre o "windfall profit". O jornal The Wall Street Journal pergunta: o que é windfall profit? (What Is a 'Windfall' Profit?, 04/08/2008, A12)

A proposta corresponde a uma taxação sobre os lucros inesperados das companhias de petróleo em razão da elevação do preço do petróleo. Duas questões mostram como é difícil estabelecer o que seria este lucro acima do esperado: usando o retorno sobre o patrimônio ou retorno sobre vendas?; e com base na evolução histórica ou no valor esperado ou comparando com outras empresas de outros setores?

Entretanto, a análise das demonstrações contábeis das empresas mostra que se o lucro é alto, os impostos atuais também atingiram níveis elevados. (Aqui uma postagem mostrando o exemplo da Exxon)

O texto da reportagem cita vários casos e exemplos para mostrar que a proposta talvez seja inviável (e populista).

E conclui:

It's what politicians do in Venezuela, not in a free country.