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14 abril 2017

Para todos o garotos que já amei

Por algum motivo eu geralmente fotografo o livro quando aparece um contador ou uma referência à contabilidade...

Este trecho é do livro "Para Todos os Garotos que já Amei" da Jenny Han:




22 março 2017

Resenha: Big Little Lies

Em 2014, eu comentei que li Big Little Lies. Nele a personagem Jane é uma contadora. Esse foi o primeiro livro da Liane Moriarty que li e a achei uma ótima autora. E com um sobrenome muito legal heim *.* #SherlockHolmes

O livro agora está sendo apresentado em forma de minissérie pela HBO e, milagre, a protagonista ainda é apresentada como uma contadora e não seguiu a linha tradicional de Hollywood que substitui contadores por advogados ou atuários. (Confesso que esse foi o principal motivo para eu correr para assistir a série.)

Na verdade eu tenho um emprego de meio período

O que você faz?

A melhor profissão de todas... Sou uma super-heroína e cuido sozinha do meu filho, além de ser contadora...
A história tem uma visão ampla de diversos personagens, mas fixa basicamente três mulheres. As três têm filhos iniciando a primeira série naquele ano e uma delas acabou de chegar na cidade. E há um assassinato. Alguém morre na noite de jogos realizada pela escola. Você não sabe quem morre. Você não sabe quem é o assassino.

A narração se inicia mais ou menos duas semanas antes do crime e apresenta alguns trechos de depoimentos feitos após aquela noite. Há intercalação entre o passado, desde quando Jane chegou à cidade, e o presente, quando a polícia está apurando os fatos.

Quando li o livro fiquei mais voltada para o mistério que ocorre na história: alguém morreu. Mas como? Quem? Foi a Jane que ocultava o seu passado e acreditava que bullying no parquinho não se tratava apenas das crianças? Foi a Madeline, que se esforçava tanto para se conectar à sua filha do primeiro casamento? Foi a bela Celeste, cuja vida perfeita esconde um segredo horrível?

Na série percebi melhor a parte sobre o relacionamento entre mulheres, entre casais, entre pais e filhos. Trata também da inocência, ou não, de lindas e abastadas criancinhas e de escândalos domésticos de uma forma curiosa, que não segue os clichês habituais.

De forma geral, e acho que era de se esperar, a série é um pouco devagar. Frequentemente eu me pegava fazendo alguma outra coisa enquanto a assistia, por ficar um pouco entediada. Acho que a Reese Whiterspoon, uma atriz eu adoro, me ajudou a continuar assistindo aos episódios. A série não é fantástica, mas não é ruim. O livro é ótimo e faz com que você não consiga parar de ler para descobrir os mistérios... e como ao invés da tradicional adaptação para filme, escolheram a minissérie, muita coisa é enrolada para preencher os sete ou oito episódios.


Há algumas mudanças em relação ao livro. Nada muito aberração até agora. Fiquei desanimada ao ler que talvez mudem a pessoa que foi assassinada. Na época em que li achei a trama muito bem elaborada, com um ótimo fim. Gosto de pensar que a autora fez relevantes ponderações e colocou pistas bem pensadas ao longo do caminho para que a solução do mistério fizesse sentido. Se simplesmente mudarem isso, perde um bocado da emoção. Dá a impressão que as pistas devem ser desconsideradas... Eles podem randomicamente escolher qualquer um. E fãs de mistérios “quem fez?” (whodunnit) não apreciam muito isso. Há razão para ódio entre os personagens, mas ter a natureza assassina e motivo o suficiente para isso não é tão comum. Vamos ver no que dá...

Até no mudo fictício está difícil arrumar emprego
Vale a pena: Sim, se você conseguir assistir o primeiro episódio até o final, vale continuar para ver a solução da história, mesmo sendo a um passo lento. Se você gostar muito de suspense, recomendo o livro.

19 março 2017

Sobre livros e leituras para 2017

Eu já participei de vários grupos de leitura e geralmente há os interessantes desafios anuais.

Ano passado ensaiamos fazer um entre as blogueiras de contabilidade (ideia da Claudia Cruz, do Ideias Contábeis, com o nosso apoio e o de Polyana do Histórias Contábeis), mas talvez deveríamos ter criado uma lista própria ao invés de usar uma sugerida por um instagram geral sobre livros, que acabamos não seguindo. :/

Na minha experiência, a melhor lista é a “Leia Mais Difícil”, publicada anualmente pelo site Book Riot.

Parei de segui-la pela variável tempo-dinheiro. Conclui a última lista em 2015 (quando você termina, envia uma cópia para o site e ganha um cupom de descontos para a loja), mas por livros serem muito caros, e por eu ter entrado um outro desafio de ler mais de cem livros, gastei muito mais do que gostaria. Também, depois disso, outros projetos surgiram e não pude adotar a mesma estratégia.

Mas considero ter sido uma experiência prazerosa e por isso, para quem se interessar, segue a lista de 2017 mais ou menos traduzida:

1. Leia um livro sobre esportes
2. Leia uma obra de estreia
3. Leia um livro sobre livros
4. Leia um livro que se passa na América Central ou América do Sul, escrito por um autor da América Central ou América do Sul
5. Leia um livro escrito por um imigrante ou com uma narrativa centrada num imigrante
6. Leia um livro de quadrinhos para todas as idades
7. Leia um livro publicado entre 1900 e 1950
8. Leia uma memória de viagens
9. Leia um livro que você já leu antes
10. Leia um livro que se passa até 160 km de onde você está
11. Leia um livro que se passa a mais de 8.000 km de onde você mora.
12. Leia um livro sobre fantasia científica
13. Leia um livro não-ficção sobre tecnologia
14. Leia um livro sobre uma guerra
15. Leia um livro para jovens adultos ou literatura infanto-juvenil escrito por um autor que se identifique como LGBTQ+
16. Leia um livro que já foi banido ou frequentemente questionado em seu país
17. Leia um clássico por um autor não-branco
18. Leia um quadrinho de super-heróis com uma protagonista mulher
19. Lei um livro no qual um protagonista de cor segue uma jornada espiritual
20. Leia um livro de romance LGBTQ+
21. Leia um livro publicado por uma micro editora
22. Leia uma coleção de histórias escrita por uma mulher
23. Eia uma série de coleção de poesias sobre um tema que não o amor
24. Leia um livro no qual todos os personagens são pessoas não-brancas

O site lista alguns exemplos para cada item e há também sugestões no GoodReads.

16 dezembro 2015

Resenha: John Green e Stephanie Perkins

 Se você quiser um livro feliz e fofo, leia Stephanie Perkins. Para ler algo criativo e contemporâneo, procure John Green. Para um excelente fim de ano procure por livros organizados por eles...

Eu sempre fui aquela pessoa chata que espera o fim de ano e, cheia de entusiasmo, assiste séries e filmes natalinos. Então, no ano passado não pude deixar de ler “Deixe a Neve Cair”. A obra apresenta três contos, um por John Green, outro por Maureen Johnson e o terceiro por Lauren Myracle. Basicamente acontece uma nevasca histórica em uma cidadezinha e cada autor escreve sobre uma situação. De forma sincronizada e homogênea, as historias se entrelaçam e se completam, como se não fossem três autores distintos. Fiquei admirada com a organização e talento dos três. Eu achei que era um livro de contos distintos (eu não li a contracapa, só vi que era com o John Green e comprei), mas fiquei satisfeita com a continuidade. Foi um livro com gosto de frio, cobertor, chocolate quente e carinho.

Pouco depois, ganhei em um amigo-secreto “O Presente do Meu Grande Amor” e quase explodi de alegria: aqui você lê Stephanie Perkins, Gayle Forman, Rainbow Rowell e outros escritores fabulosos. Neste livro as histórias são independentes então, como em qualquer outro livro do gênero, você encontra diamantes e zircônias, mas acredito que exatamente por isso seja uma ótima pedida. São ao todo doze contos, não só de natal, mas de outras crenças e gostos também. Esse livro tem sabor de especial de fim de ano, daquele filme que passa todo ano e, comentando que passa todo ano, todo ano assistimos. É confiável e feliz.

Gostaria de ter encontrado similares este ano, não tive a felicidade, mas ainda há tempo!

Vale a pena: Sim, especialmente nesta época do ano. Eu li os dois no fim do ano passado e foi perfeito. E é um bom presente para quem gosta de natal e de livros. 

09 dezembro 2015

Resenha: Toda Luz Que Não Podemos Ver


Toda Luz Que Não Podemos Ver, de Anthony Doerr, é o livro vencedor do prêmio Pulitzer 2015 na categoria ficção. A obra conta a história de duas crianças e como, em certo ponto, a Segunda Guerra Mundial invadiu a vida delas. Uma é francesa, a outra alemã.

Marie-Laurie, que ficou cega aos seis anos, mora com seu pai em Paris, próximo ao Museu de História Natural, onde ele trabalha como chaveiro. Quando ela está com doze anos, os nazistas ocupam Paris e, para proteger um bem do museu, ela e o pai fogem para Saint-Malo, uma cidadezinha envolta por muros e onde mora seu tio-avô. O pai de Marie-Laurie fez o que pode para que ela continuasse autossuficiente e até construiu uma maquete da vizinhança para que ela se familiarizasse bem com os arredores.

Ao mesmo tempo conhecemos a história de um órfão chamado Werner, que cresce curioso em uma Alemanha envolvida com a guerra. Em uma cidade em que os homens, sem saída, se tornam mineiros, Werner sonha com outros futuros. Mesmo sendo perigoso, segue explorando os arredores, procurando livros, desmontando e remontando rádios, aprendendo tudo o que consegue. Aos dezesseis ele se torna um especialista em rádios, e tem como missão encontrar transmissões da resistência.

Doerr desenvolve uma prosa gostosa e a vontade é ler devagarinho para que se usufrua disso o máximo possível. Mas eu li em dois dias. Quase não larguei! Quando eu li a sinopse não achei que me envolveria tanto com a história, que me surpreendeu em vários aspectos. As descrições são tão bonitas que é possível sentir a atmosfera. A cegueira de Marie-Laurie é tão bem descrita, e de uma forma não-cansativa, que você se vê encarnando ela, passeando pelas ruas contando passos, bueiros, degraus. A história de sua família é tocante, com um amor e simplicidade que nos emociona.

O livro me mostrou a Segunda Guerra de uma forma que eu nunca imaginei e traz uma visão de como era a particularidade da vida de algumas pessoas afetadas pela guerra que não encontrei em outras leituras. Esse livro vai me assombrar por algum tempo.

Vale a pena: Sim. Dê uma paradinha na correria do dia-a-dia e leia. Vale a pena e recomendo com fervor.

07 setembro 2015

Acadêmicos escrevendo livros que ninguém consegue comprar

A few months ago, an editor from an academic publisher got in touch to ask if I was interested in writing a book for them.

I’ve ignored these requests in the past. I know of too many colleagues who have responded to such invitations, only to see their books disappear on to a university library shelf in a distant corner of the world.

If someone tried to buy said book – I mean, like a real human being – they would have to pay the equivalent of a return ticket to a sunny destination or a month’s child benefit. These books start at around £60, but they can cost double that, or even more.

This time, however, I decided to play along.

So I got the editor on the phone and he asked if I had an idea for them. “Sure,” I said, trying to sound enthusiastic. “Perhaps I could write a book about…” – and here I started piling up ugly-sounding buzzwords.

I could hear how he momentarily drifted off, probably to reply to an email, and when I was done with my terrible pitch, he simply said: “Great!”

“The best thing now,” he continued, “is if you could jot down a few pages, as a proposal, which we could then send out to reviewers.” He paused a second, then added: “If you have any friends who could act as reviewers and who you think could sign off on the project, then that’d be great.”

I was intrigued by the frankness.

“How much would the book be sold for?” I inquired, aware this might not be his favorite question. “£80,” he replied in a low voice.

“So there won’t be a cheaper paperback edition?” I asked, pretending to sound disappointed.

“No, I’m afraid not,” he said, “we only really sell to libraries. But we do have great sales reps that get the books into universities all across the world.”

“So how many copies do you usually sell?” I inquired.

“About 300.”

“For all your books?”

“Yes, unless you would assign your book on your own modules.”

I was growing fascinated by the numbers so I asked how many of these books they published each year.

“I have to…” he started (inadvertently revealing that this was a target that had been set) “…I have to publish around 75 of these.”

Seventy-five books, £80 each, selling on average 300 copies. That’s £1.8m. And he’s just one of their commissioning editors. What’s more, these publishers are not known for hiring talented illustrators to come up with nice covers – and you rarely see their books advertised in magazines.

“If you don’t mind my asking,” I said as our conversation drew to a close, “how did you find me?”

A moment of awkward silence, and then: “Um, well, I found your name on your university website.”
At the time, there was no information about me on the university website. No publication list, no information about my research interest, not even a photograph.

So I’d been asked to write a book about whatever I wanted, and this editor didn’t even know whether I’d written anything before. It didn’t matter. It would sell its 300 copies regardless. Not to people with an interest in reading the book, but to librarians who would put it on a shelf and then, a few years later, probably bury it in a storeroom.

Most academics get these requests. A colleague was recently courted by an editor who, after confessing they only published expensive hardbacks (at around £200), explained that this was an opportunity for my colleague to enhance his academic record. He was told he could give them pretty much anything, like an old report, or some old articles.

“I can’t believe anyone would write a book that would be too expensive for anyone to buy,” the colleague told me over the phone. “Just to add a line to your cv.”

Another colleague, on discovering his published book was getting widespread attention but was too expensive to buy, tried to get the publishers to rush out a cheaper paperback version. They ignored his request.

[...]


So what are the alternatives? We could stop publishing these books altogether - which may be advisable in a time of hysterical mass publication . Or we publish only with decent publishers, who believe that books are meant to be read and not simply profited from. And if it’s only a matter of making research available, then of course there’s open source publishing, which most academics are aware of by now.

So why don’t academics simply stay away from the greedy publishers? The only answer I can think of is vanity.

Fonte: Aqui

18 julho 2015

Desafio de leitura


Agosto está ali na esquina e logo já vem dezembro e o fim do ano. Mesmo não sendo ano novo, vim propor um desafio literário, topam? Não é nada oficial, apenas sugestões de leitura.

Alguém entrou no Desafio Goodreads? A minha meta é ler 100 livros neste ano. Livros técnicos não contam!* Atualmente estou atrasada em três livros de acordo com o meu cronograma. Carinha triste.
Apesar deu ler MUITA ficção, fiz uma lista para cumprir e deixar as coisas mais ecléticas. Quando fazemos listas assim fica mais fácil sair da nossa rotina e do caminho que sempre escolhemos. Então vamos lá!

Quem topar, deve ler ainda este ano:
- Um livro de não ficção
- Um livro que a sua mãe adora (ou pai, ou tia... algum “adulto”)
- Um livro de um gênero literário que você não costuma nem chegar perto
- Um livro que “todo mundo” leu menos você
- Um livro de autor brasileiro
- Um livro que você escolheu por causa da capa
- Um livro do seu autor favorito
- Um livro recomendado por alguém com bom gosto
- Um livro que esteja na lista de mais vendidos
- Um livro que você deveria ter lido na escola mas não o fez
- Um livro publicado em 2015
- Um livro que você sempre quis ler, mas fica enrolando

Veja que você pode riscar vários itens de uma só vez, como por exemplo: “autor brasileiro” + “era pra ter lido na escola” + “um gênero que você não costuma ler”. Só não vale roubar e dizer que leu por causa da capa! Também não vale pegar coisa que você leu em anos anteriores. Só vale 2015!

No fim do ano compararemos algumas notas. Se precisar de sugestão, deixe um comentário abaixo! O professor César e o Pedro são ótimos com não ficção e eu posso dar uma ajuda com os “guilty pleasures”.

Beijos e bom fim de semana,

Isabel

* Livros técnicos são os que usamos para estudar ou consultar, tipo "Teoria da Contabilidade", "Contabilidade Básica", ok? "Desafio aos Deuses", "O Cisne Negro" podem entrar na lista. 

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16 julho 2015

Livro é coisa de rico

Vocês ouviram falar sobre a Lei do Preço Fixo? Com ela, os lançamentos deverão ser vendidos pelo preço de tabela por, no míimo, um ano. Se a livraria quiser fazer promoção está limitada a 10%.

Primeiro leiamos um trecho de uma postagen do blog Amigos do Livro, depois um vídeo do Danilo, do Cabine Literária:
1) Quem é a favor da lei do preço fixo argumenta que onde ela foi instituída estaria ajudando a preservar as pequenas e médias livrarias e a regular o mercado, tornando-o mais justo e saudável. Dizem, ainda, que ela contribui para garantir a diversidade e o plurarismo cultural e que, no final das contas, isso também influiria positivamente nos preços dos livros. 
2) Já quem é contra o preço fixo defende que o que deve prevalecer é a lei do livre mercado. De acordo com esses, as livrarias e os demais pontos de venda (magazines, hipermercados, internet etc.) devem ter a liberdade para dar os descontos que bem entenderem e competirem entre si – é isso que, no final das contas, dizem, beneficia o consumidor.
O trecho é de uma postagem antiga porque este assunto vem sendo discutido desde 2007. Mas o papo voltou com força por causa de alguns debate. Parece ter começado na Flip e ter continuado no Senado no dia 30 de junho. Eu que estou com uma meta de ler cem livros este ano (desafio GoodReads) e ando um tanto afastada da internet, só fiquei sabendo disso hoje. Meros 15 dias de atraso... E levei um &%$# susto! A história está cheia de apoiadores! Aposto que nenhum dele lê! Hunf.

Eu pergunto mas imagino a resposta (e ao mesmo tempo não quero confirmação): Será que os sebos estão sujeitoss? E os sebos online? Se eu quiser vender um livro que é lançamento na Estante Virtual, vou ter que colocar o preço de tabela!? Vou fazer questão de colocar por R$ 1,99. E é por essas e outras que o nosso Brasil não vai pra frente. Livros caros em um país sem o costume de ler só vai fazer com que haja ainda menos leitura. E com todo mundo alienado... nem vou continuar a frase.

Enfim, concordo com o Danilo (no vídeo abaixo). Ele aponta diversos problemas com essa lei e como estou muito brava vou deixar que ele fale também por mim.



Como eu vou viver sem aqueles descontos tão lindos que ocorrem no Black Friday!? Como???

14 julho 2015

Cópias Avançadas de Livros

A página “Epic Reads” no YouTube tem um quadro que gosto muito intitulado “Problemas de Leitores”. São algumas situações que quem gosta muito de ler passa, tal como não ter mais onde guardar livros, ir a uma livraria com um “não-viciado”, não achar um marcador de páginas, gastar o dinheiro que era para outras coisas com livros... Um dos mais recentes se chama algo como “Inveja da Cópia Avançada”.



As editoras geralmente publicam um pré-livro, geralmente chamado de “boneco” ou “ARC” (Advanced Reader Copy – algo como Cópia Avançada para Leitura). E o que é isso? É um rascunho que alguns premiados têm a sorte de ler para ver se há algum erro de digitação, se a capa ficou atraente. Caso problemas sejam encontrados, serão modificados na impressão definitiva. As cópias avançadas também são enviadas para escritores famosos, celebridades, críticos, e até blogs especializados no assunto. Isso ajuda a divulgação. Se um autor famoso, geralmente do mesmo gênero literário do livro sendo publicado, acha a história legal, ele escreve “Uma história espetacular com um enredo encantador que te fará terminar o livro em uma sentada” e frases similares... e o que acontece? Essas frases vão parar na capa de trás do livro.

O mais legal é que, com o boom das redes sociais, eles sorteiam esses livros entre os fãs também. Sorteiam mesmo! Tipo cem cópias de um livro! E é claro que quem mora longe não pode concorrer. Eu já tentei. Há também quem sorteie as versões digitais. (Eu faço parte do NetGalley, mas nem acho tantos livros legais na nossa área...).

Eu tive a sorte de receber uma cópia avançada do Curso de Contabilidade Básica. \o/ Quem acompanha o blog há algum tempo, também teve a chance de acompanhar a produção dos capítulos de Teoria da Contabilidade que o professor César ia deixando para serem baixados e receber opiniões. Bem à frente do tempo!

Todavia, não acho que seja muito comum no Brasil, especialmente em livros de contabilidade. E então estou me manifestando aqui para que você, autor, editor, qualquer-outra-profissão-que-eu-não-sei-o-nome-ligada-à-publicação-e-divulgação-de-livros, adotem essa prática no Brasil! É tão legal!!! E nós, book nerds, seremos eternamente gratos.

E quem quer dar uma espiada no Curso de Contabilidade básica pode clicar aqui.

E uma curiosidade: Há uma cópia avançada do livro Harry Potter e a Pedra Filosofal sedo vendida por cerca de R$ 4 mil no EBay, outra do livro Watchers, de Dean R. Koontz, por mais de R$ 8 mil.

17 junho 2015

Resenha: Bolsa Blindada


Bolsa Blindada é um livro da jornalista e publicitária Patricia Lages, voltado para mulheres que desejam aprender a lidar com as dívidas. Segundo a editora, é um "manual de finanças pessoais", que desmistifica o "economês"... e "até ensina a investir".
http://bolsablindada.com.br/wp-content/uploads/2013/07/Screen-Shot-2013-07-23-at-8.35.36-PM1.png


Eu vi um membro da minha família com esse livro e confesso tê-lo surrupiado especialmente para resenhá-lo. E ainda bem que eu não gastei dinheiro com isso. Vou colocar a parte final no início:

Vale a pena: Não. Não consegui terminar de ler (e nem quem me emprestou): e olha que eu sou teimosa. Mesmo não gostando, faço um esforço sobre-humano para finalizar obras. Mas essa realmente não deu.

Lembram em uma postagem anterior em que o professor César falou de livros de finanças que mais se assemelham aos de autoajuda? Bolsa blindada é um bom exemplo.

Além de não ter concordado com o que deveria ser visto como ensinamentos característicos das finanças pessoais, o achei superficial e até o layout atrapalhou. Isso sem contar que ele é cheio de estereótipos do que acreditam ser o que mulheres precisam ouvir.  Julguemos o livro pela capa, que é rosa. Em certo ponto ela fala que tem um cofrinho de moedas em casa! Agora vale a pena guardar dinheiro em cofrinho?

Eu amo fonte gigante, pois tenho uma vista péssima. Sempre que possível compro a versão “letras grandes” (large print) que os americanos, vez ou outra, publicam. Todavia, apesar do livro de Lages ter uma fonte maior que a usual, isso me deixou ainda mais inquieta e com a sensação de estar lendo algo vazio e batido. O tipo de livro em que você passa por diversas páginas sem sentir que aprendeu algo... E acredito que, talvez para tentar se diferenciar de outros livros, ela acrescenta um bocado de informações pessoais que na verdade não são interessantes, mas cansativas, tais como a forma com que ela lidava com dinheiro desde pequena e o fato de ler tudo, até “papel de bala”. Não consegui simpatizar com a "protagonista". Muito disso (dos exemplos pessoais com efeito contrário ao desejado) me incomodava e me dava péssimos flashbacks do livro da Ana Paula Padrão que terminei de ler sofrendo. (Já ensaiei várias resenhas e não as terminei porque foi o pior livro que li no ano passado, contudo encontrei aqui uma fabulosa).

A obra é simplista (que eles chamam de "linguagem acessível"), 'autoajudista' ("atitudes positivas para sair do negativo") e caso isso fosse pouco para fisgar o público, ela também fala um pouco sobre religião, como ela se apegou a Deus em momentos desesperadores e cheios de dívida.

Vale a pena: Não. A não ser que você goste de se sujeitar a livros chatos ou esteja tão desesperado com as suas dívidas e com tempo disponível que queira ler toda e qualquer obra que te prometa a liberdade financeira. Mas ache uma boa biblioteca senão você coloca tudo a perder.

LAGES, Patrícia. Bolsa Blindada. Rio de Janeiro: Thomas-Nelson, 2013


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04 fevereiro 2015

Problemas de viciados em livros

Hoje era dia de resenha. Olhei por aqui e ninguém escreveu uma, então vou aproveitar para infiltrar outra postagem que nada tem a ver com contabilidade. Se bem que tem sim! Tudo tem se olharmos direitinho... S2

Mas olha! Eu gastei muito dinheiro comprando livros. Primeiro eu comprei umas pré vendas na Amazon. Capa dura, edição da pré venda, cheiro bom, aquela belezura! ... Só vão chegar em março... (disfarça... disfarça...)... quando eu concluí a compra, pensei: é, eu tenho sérios problemas. Mas antes ser viciada em livros que em outras coisas né? Tipo cocaína. O.o É bem mais caro! Cigarro também! Até bebida! Isso, eu não bebo então o dinheiro que eu gastaria com cerveja e afins é o que invisto em livros. Super compensei aqui e justifiquei. Meus pais deveriam se orgulhar.

Aí hoje eu vi várias séries completas para o kindle por um preço ótimo. Tipo: R$7,00. (Eu odeio as versões que vem 3 títulos em um, mas adotemos o custo x benefício). Sim, eu prefiro ler o livro pesando na minha mão, mas e-book tem várias qualidades como: i) me deixar comprar um livro assim que vem o desejo e, então, eu não passo por períodos de abstinência; ii) não deixar os meus pais verem quantos livros novos eu comprei... como fica na estante virtual (que não é nem um pouco atraente, nem chega aos pés da minha linda biblioteca – detalhe: a decoração básica da minha casa é composta por livros. O que infelizmente traz muitos pedidos de empréstimos. Que são concedidos, após o depósito de um cheque caução, cópia da identidade e comprovante de endereço); iii) eu posso comprar um livro 3h da madrugada e continuar a ler uma série! Sim, eu já falei isso no (i) mas vale a pena falar de novo. Frequentemente eu compro o mesmo livro em audiobook (porque senão eu sou uma chata para dirigir), ebook (e viva a sincronização automática da Amazon!) e o livro em papel. E nem é porque eu tenho dinheiro sobrando, é porque eu sou doente mesmo. E é de família. Vou aproveitar para colocar a culpa de termos o livro tanto em ebook quanto em papel na minha irmã Renata porque a gente divide a conta do kindle (Amazon) e ela insiste em viver na FNAC comprando livros sem antes olhar o que temos na biblio virtual.

Aqui um parêntessis (não literal): os meus avós sempre incentivaram a educação acima de tudo. TUDO. A minha avó nem ler sabe, mas sempre fez questão que o oposto ocorresse com todos da família. Meu avô falava frequentemente, para assustar os meus tios,: "não tem problema! Se não quer estudar, vai trabalhar na chácara". A famosa troca entre enchada e caneta (ou vice-versa). Todos preferiram a caneta. ;) Acho maravilhoso esse "super poder" estar no meu sangue e ser compartilhado entre meus primos e tios. Então, piadas a parte, agradeço aos meus pais por sempre comprarem todos os livros que pedi. Eu não tinha roupa da moda, ou tênis descolado, e várias outras coisas! Mas nunca me faltaram livros. Obrigada.

Nossa, esses dias eu ando tagarela. A intenção era escrever uma breve introdução para um “Rir...” mas acabei vomitando palavras aqui. Provavelmente porque tenho passado muito tempo com a cara nos livros.

Aproveito para reclamar... o nosso estoque de livros em inglês é triste. E o tempo até algo ser traduzido? Impossível! Acho que a única autora que fez questão de lutar pelos leitores e deu um jeito de apressar as traduções foi a J. K. Rolling. A Kiera Cass também... ainda mais depois que ela veio ao Brasil. Uma fofa. Como assim editoras!? Apertem o passo aí meu povo!! Traz livro pra quem quer livro!!!

Aí a gente entra em outro assunto! Ser um nerd de livros não se limita apenas a ler e partir pra outra. Hoje em dia existem fandoms ("reinos de fãs"), comunicação com os autores, diversidade de divulgação dos materiais. Vocês conhecem o pessoal do Cabine Literária? Vale a pena conferir. SUPER amo a Tatiane Leite :) Super quero ser amiga dela!!!!

Mas quem eu amo mesmo são as garotas do Epic Reads. Sou viciada no canal delas no YouTube, e os vídeos que retratam os problemas que têm os viciados em livros são simplesmente hilários!





"Top of the hat" para as indicações de livros, os vídeos com o que está para ser lançado... Como o Epic Reads é da Harper Collins obviamente há viés... mas os livros da editora são ótimos. Eles não tentam te vender o que está preso no estoque... Credibilidade, ahhem! Ao menos até agora isso não ocorreu comigo.

Então, para diminuir a minha culpa, aproveito para tentar aumentar o vício de alguns de vocês com essas dicas. E Camila (e todo mundo a quem eu devo e-mails e satisfações), desculpe pela demora em responder! Pessoal, eu estou ligada em vocês! Mas tenho andado longe da internet e mais perto dos papéis (o kindle nem conta como internet!).

São fases... daqui a pouco volto para vermos mais contabilidade em tudo! :*

Com passivo a descoberto,

Isabel *.*

29 outubro 2014

Resenha: Você não é tão esperto quanto pensa

Quando você demora muito para ler um livro existem duas possíveis explicações. A primeira e mais óbvia é que este livro é pouco interessante e realmente não prende a atenção. A segunda razão é que a obra gera tantas reflexões que você sente a necessidade de parar para ganhar fôlego, antes de continuar. O livro “Você não é tão esperto quanto pensa”, de David Mcraney, enquadra-se no segundo caso. É um livro muito bom e com uma estrutura bastante agradável. Nas suas duzentas e poucas páginas, Mcraney apresenta 48 maneiras de se autoiludir.

Adquiri o exemplar do livro durante as férias de julho, ao encontrar por acaso com a obra na livraria do aeroporto. E somente agora terminei a leitura. Em cada um dos 48 capítulos, o autor apresenta o equívoco, logo a seguir a verdade e depois uma explicação, baseada em pesquisas científicas, para o engano. Veja por exemplo a falácia do mundo justo (capítulo 18). O equívoco é imaginar que as pessoas que estão perdendo no jogo da vida devem ter feito algo para merecer. A verdade é que as pessoas com sorte geralmente não fazem nada para merecê-la e as pessoas más geralmente se safam sem sofrer as consequências. Nós fingimos que o mundo é justo.

Mcraney não dá esperança: o mundo é injusto. Corruptos irão morrer nas suas mansões sem pagar pelos seus crimes, políticos sem escrúpulos continuaram sendo eleitos e reeleitos, aquele motorista que ocupa a vaga do deficiente não será multado e assim por diante. Você é um tolo em acreditar na justiça do mundo, afirma o autor.

Vale a pena? Muito. É um dos melhores livros que já li na área comportamental. Leitura fácil, com capítulos curtos, o texto é atraente para aqueles que buscam um livro para ler aos poucos. É bem verdade que em algumas partes fica a sensação de “já li isto antes”. Mas isto é decorrente a área que está sendo expandida com novas pesquisas e discussões.

 MCRANEY, David. Você não é tão esperto quanto pensa. Leya, 2012.

Evidenciação: Livro adquirido com recursos particulares, sem ligações com os escritores ou a editora.

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22 outubro 2014

Resenha: Bartleby o Escrevente


Em geral fazemos resenhas de livros técnicos ou não ficção. Mas ousamos escrever sobre um conto, inicialmente publicado em 1853 e relançado em 1856, de autoria de Herman Melville. Melville ficou mundialmente conhecido pelo livro Moby Dick, de 1851 e Bartleby é seu conto mais conhecido.

O narrador é um escrivão que decide contratar um novo empregado. Aparece Bartleby disposto a ocupar o cargo de “copista”. Naquele tempo era usual o emprego de pessoas que escreviam, à mão, cópias dos documentos. O livro apresenta o estranho relacionamento do narrador com Bartleby em Wall Street. A história foi transformada em filme duas vezes e existem adaptações para o teatro. É uma das novelas mais famosas, precursora de Kafka e Camus. No Brasil, Veríssimo, o filho, possui um conto muito parecido com este. A frase do personagem, “Prefiro que não”  (I would prefer not to do) e derivados ficou famosa. (imagem)

Pessoalmente, sempre tive interesse por esta novela desde que encontrei numa lista das obras literárias com uma ligação com a contabilidade. É bem verdade que nenhum dos personagens é contabilista, mas o enredo poderia se passar num escritório de contabilidade. A única ligação é uma nota de rodapé sobre John Caldwell Colt, um contador e autor de um manual de contabilidade, referência no ensino da disciplina nos Estados Unidos. O irmão do inventor do revolver Colt ficou muito conhecido pela morte de Samuel Adams, um crime famoso no século XIX.

O texto é curto, afinal é um conto, com cerca de 80 páginas. O formato do livro é agradável e faz parte de uma coleção denominada “A Arte da Novela”, da Gruá Livros. Mas se você gosta de ler a orelha de um livro, esqueça. Como a capa e contracapa estão em amarelo e a letra em branco, a leitura é um teste para a visão. De noite então é impossível saber o que está escrito na orelha. Apesar do formato agradável, as paginas soltam facilmente.

Vale a pena: É uma novela interessante e que pode agradar aqueles que gostam de Kafka e de Melville.

MELVILLE, Herman. Bartleby O Escrevente. São Paulo: Grua, 2014.

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15 outubro 2014

Resenha: Eu sou Malala

Foi com os olhos cheios de lágrima que recebi a notícia que a paquistanesa Malala finalmente recebeu o Nobel da Paz. A mais jovem de toda a história!

Eu comprei “Eu sou Malala” em alguma promoção. Comecei a ler porque a letra é grande e ótima para o meu problema de vista. Ok. Também porque eu precisava de um livro bem conceituado porque tinha acabado de ler uma péssima, péssima, biografia e estava frustrada.

Enfim, lá fui eu ler a história da bela menina da capa. O subtítulo do livro resume bem o que vem pela frente: “a história de uma garota que defendeu o direito a educação e foi baleada pelo Talibã”.

Eu sinceramente não sei como resenhar esse livro (e tenho a impressão que já usei essa frase por aqui antes). A autobiografia, em coautoria com Christina Lamb, é uma leitura obrigatória e ótima pedida para este fim de ano. A história é linda, e triste, e cativante, e rica, e desoladora.

Malala defende algo simples: o direito a educação... E aí você vai sim ter um pouco de peso na consciência pelos dias em que resmungou por ter que acordar cedo por qualquer coisa relacionada a educação. Você vai se sentir feliz por muitas coisas em sua vida, assim como aprenderá um bocado sobre o mundo e será grato a sensibilidade e coragem de Malala porque saber que existem pessoas assim no mundo nos inspira.

Os vencedores do Nobel da Paz, Malala e Satyarthi, foram laureados devido a seus trabalhos em prol da educação. E por restaurarem um poço mais a nossa fé na humanidade.
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Evidenciação: Livro adquirido com recursos particulares, sem ligações com os escritores ou a editora.

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