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04 setembro 2016

09 setembro 2015

Resenha: Como o Cespe Erra

O Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe), pertencente à Fundação Universidade de Brasília, é conhecido pela organização de concursos públicos. Por ser uma banca famosa, além de temida, “Como o Cespe Erra” parece ser uma boa aposta para um livro.

Então, ao buscar os livros de contabilidade do programa Kindle Unlimited, ação frequente, tropecei nesta obra organizada por Mateus Maellard. Achei interessante... imagine as possibilidades de um livro com esse título! Então comecei a ler...

Talvez eu tivesse achado o livro digno de ao menos duas estrelas se por acaso não tivesse me lembrado do comentário de um amigo de que as revisões de gabaritos de provas feitas pelo Cespe estavam sendo publicadas com as devidas justificativas pela própria banca organizadora...

Se alguém  decide escrever sobre esses erros, espera-se que haja acréscimo ao conteúdo já fornecido pelo próprio Cespe. Todavia, o livro se limita a colocar a questão, a resposta e a justificativa – que já está pronta no site da banca. Nada mais. Aliás, em poucas questões há uma análise mais profunda à do Cespe, escrita pelo próprio autor. Então, não há debate, não há análise quanti-qualitativa... Não há muita coisa.

Quais os temas mais anulados? Quais são temas seguros? Quais as questões mais contraditórias? Qual o volume de recursos recebidos e quantos são, em média, deferidos? Eu esperava ler isso, no mínimo. Esperava que o autor analisasse todas as questões, para depois saber falar melhor sobre os erros.

Se fosse um trabalho de conclusão de curso de um aluno meu, ele teria que ir muito além que evidenciar as questões anuladas e com o gabarito trocado, acompanhada pela justificativa escrita pelo Cespe.

Vale a pena? Não.

MAELLARD, Mateus. Como o Cespe erra: Contabilidade (Teste-A-Prova Livro 30) Armada Press: 2015.


Disclosure: como mencionado no texto, a autora da resenha teve acesso ao livro com base no serviço Kindle Unlimited, assinado por ela.

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21 junho 2015

História da Contabilidade: Burnier

O nome de M. N. Burnier aparece nas minhas pesquisas contábeis pela primeira vez no ano de 1838. O Brasil já era um país independente há 16 anos, existia o ensino de contabilidade no país, mas somente uma tradução publicada de um texto de contabilidade (1). Os livros de contabilidade eram importados de Portugal. Sendo um país agrário, com uma atividade comercial importante, Burnier será o autor do primeiro de livro de contabilidade publicado no Brasil.

Sabemos muito pouco sobre Burnier (2). Ele era um advogado francês da Saboia, uma região que faz fronteira com a Itália. Deve ter chegado ao Brasil na década de 30 do século XIX, mas provavelmente já sabia a língua portuguesa (3). O primeiro texto publicado por ele no Brasil deve ter sido “A Sciencia do Negociante, ou a Arte de Enriquecer pelo Commercio” (4).

Já o livro tinha a denominação de Elementos da Contabilidade Commercial (5).O título é bastante revelador da obra. É bom lembrar que o livro Os Elementos, de Euclides, é o livro didático mais bem sucedido e influente (6). Assim, parece que Burnier queria transformar seu livro numa obra didática. O segundo aspecto é que Burnier usa o termo “contabilidade”, referindo ao conteúdo. E naquele momento não era muito comum este termo. Finalmente, apesar de o país ser essencialmente agrícola, o livro trata da contabilidade comercial. Provavelmente naquele momento a principal aplicação aqui era no comércio.

O livro foi publicado por um sistema interessante: o leitor poderia ser um subscritor, pagando 2 mil reis e teria seu nome no fim do volume. Quem não subscreveu antes, pagaria um preço maior, de 4 mil reis. O editor era J. S. Saint-Amant. O início da subscrição ocorreu em agosto e o livro foi publicado um ano depois (7).

As citações sobre Burnier e sua obra são tão poucas que fica a impressão de que ele não existiu. Com efeito, tentei pesquisar no Google tanto o autor quanto a obra e não obtive sucesso.

Continua

(1) Tratava-se do livro de Jaelot, com a tradução de Candido de Deos e Silva. Conforme O Despertador, 23 de novembro de 1839, ed. 490, p. 3. Na Revista Nacional e Estrangeira, de maio de 1839, edição 2, p. 332, informa que este livro é “Sciencia do Guarda-Livros ensinada em 21 lições e sem mestre”, de autoria de Degrange, e não Jaelot. Esta revista critica a obra Sciencia afirmando ser incompreensível para os brasileiros
(2) Uma pesquisa mais direcionada na internet traz poucos resultados sobre o autor. Isto significa que nem a literatura contábil brasileira prestou atenção a Burnier, cometendo uma grande injustiça histórica, que tentaremos começar a reparar nesta postagem.
(3) O Despertador, 3 de agosto de 1838, ed 103, p. 4.
(4) O Despertador, 29 de março de 1838, ed 3, p. 2.
(5) Apesar da Revista Nacional e Estrangeira ter colocado o título da obra no singular, tudo leva a crer que este seja o nome correto da obra.
(6) Conforme Wikipedia, https://pt.wikipedia.org/wiki/Os_Elementos

(7) O Despertador, 3 de agosto de 1838, ed 103, p. 4.

15 junho 2015

Leia Livros



Propaganda legal da Nova Zelândia: usando as antigas fichas de empréstimos de livros, mostra a influência das obras na vida de pessoas famosas. O livro 1984 foi "emprestado" para Ridley "Blade Runner" Scott, John Lennon, George "Star Wars" Lucas, George Bush, Jobs, Mel Gibson entre outros. A Bíblia para Cash, Madonna, JK Rowling etc. E Romeu e Julieta para Disney, Taylor Swift e Emma Watson.

18 março 2015

Sorteio: Contabilidade Básica - Ricardo Ferreira

Ah! O meu amor por encomendas e livros! S2

Boa noite queridos leitores!

Após muito falar sobre isto no Instagram, cá estamos com o sorteio do livro do professor Ricardo Ferreira (Ed. Ferreira) sobre Contabilidade Básica para concursos.
Foi um super brinde da Editora! \o/ \o/

(Dá até pra ler o FINALMENTE ali na foto né?
Acho que é pra mim que estou com o livro há eras e só hoje dei as caras!)

Olha a belezura!! Quase 8 cm!

É isso pessoal... nós adquirimos o livro, achamos interessante e a editora nos disponibilizou um super brinde. Sério. Eles foram super fofos e prestativos. (Os Correios, nem tanto!)

Para participar preencham os campos [abaixo ou em http://goo.gl/forms/JQ6HZCVHvE ] e sigam as regrinhas. Esperamos que adorem, assim como nós ficamos encantados.




O questionário ficará aberto até o dia 19 para que postemos o sorteado no dia do blogueiro! \o/ Isso mesmo! Dia 20 de março descobriremos o felizardo S2

Não se esqueçam das nossas regras básicas:

O prêmio será enviado pelos autores do blog - a quem são reservados direitos de substituir um ou todos os prêmios por outro de valor igual ou superior caso algum prêmio divulgado se torne indisponível. Os sorteados serão notificados por meio do e-mail cadastrado e devem responder em até 3 dias (72 horas) com um endereço de envio de correspondência válido ou estará abrindo mão do prêmio e um novo participante será selecionado. Ao aceitar o prêmio, todos os participantes concordam que os autores do blog poderão postar o seu nome em páginas e textos relacionados a "sorteios anteriores" e em qualquer outro tipo de publicidade sem qualquer compensação ou consideração adicional, a não ser que lei a proíba.

Será escolhido apenas um vencedor.

Divirtam-se e boa sorte!

Contabilidade Financeira e Editora Ferreira

23 novembro 2014

Listas: Os livros mais influentes dos últimos anos

2004: The Paradox of Choice - Barry Schwartz

2005: A Whole New Mind: Why Right-Brainers Will Rule the Future - Daniel Pink

2006: Mindset: The New Psychology of Success - Carol Dweck

2007: The No Asshole Rule: Building a Civilized Workplace and Surviving One That Isn’t - Robert Sutton

2008: Outliers: The Story of Success - Malcolm Gladwell

2009: The Talent Code: Greatness Isn’t Born. It’s Grown. Here’s How. - Daniel Coyle

2010: Switch: How to Change Things When Change Is Hard - Chip e Dan Heath

2011: Thinking, Fast and Slow - Daniel Kahneman

2012: Quiet: The Power of Introverts in a World That Can’t Stop Talking - Susan Cain

2013: Lean In: Women, Work, and the Will to Lead - Sheryl Sandberg

2014: A Path Appears: Transforming Lives, Creating Opportunity - Nicholas Kristof e Sheryl WuDunn

Fonte: Aqui

06 agosto 2014

Resenha: Guia Politicamente Incorreto do Futebol

Este é mais um livro da série “Guia Politicamente Incorreto (...)” da editora Leya. Esta coleção fez sucesso com outros temas e a fórmula tenta captar a atenção do leitor interessado em futebol. Mais de 400 páginas e 18 capítulos, o texto trata de assuntos diversos como racismo, seleção de setenta, batalha dos Aflitos, Barcelona, Pelé e Maradona.

Como o próprio título induz, algumas das posições dos autores são polêmicas, como é a afirmação de que “Messi não é um bom garoto” (último capítulo). O problema é que o livro, escrito por jornalistas, cai na “faláciado jornalista”. Esta falácia acontece quando se toma um ou dois depoimentos e fazem conclusões apressadas. No caso do Messi, o livro usa três acontecimentos para fazer esta conclusão.

Outros pontos levantados, como o “futebol não é um bom negócio”, já mereceu uma análise muito mais interessante e profunda no Soccernomics, por exemplo. Para quem já leu Soccernomics, o texto deste Guia é mais superficial.

Mas é inegável que a leitura do livro é agradável. O formato ajuda e os capítulos podem ser lidos de maneira independente. Neste sentido, os problemas apontados anteriormente não prejudicam a leitura.

Vale a pena? Para quem gosta de futebol, inclusive discutir futebol, é interessante sua leitura. Pode acrescentar polêmica nas conversas com os amigos.

ROSSI, Jones; MENDES JR, Leonardo. Guia Politicamente Incorreto do Futebol. Leya, 2014.

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17 julho 2014

O Livro favorito de Gates

O bilionário Bill Gates é um apaixonado por leitura. É possível encontrar na rede sua lista de sugestões de livros (aqui, por exemplo). Recentemente Gates escreveu um artigo onde revela o seu livro favorito. E esta revelação possui algumas surpresas:

1 ) É uma livro relativamente antigo, de 1971. Assim, diz pouco sobre a revolução dos computadores que ele ajudou a construir.

2 ) É uma obra sobre negócios. Algumas pessoas gostam de ler sobre assuntos diferentes da sua realidade: um pacato cidadão pode gostar de leituras de aventuras, por exemplo. Mas Gates escolheu uma obra de negócios.

3 ) Não é uma obra muito conhecida. Inclusive o livro está fora de circulação, estando disponível somente a versão para Kindle e outros tablets.

4) Foi uma indicação de Warren Buffet, outro bilionário, no primeiro encontro entre eles (hoje, Gates e Buffet são amigos, apesar da diferença de idade).

O livro chama-se Business Adventures e foi escrito por John Brooks para a revista New Yorker (a exemplo de Malcom Gladwell). São doze histórias, chamadas de “classic tales” no subtítulo. Para quem se interessar, aqui um link para o capítulo da Xerox.

Fonte: Aqui, Aqui  e aqui

15 abril 2014

Sorteio: Resultado

O vencedor de O Andar do Bêbado foi o Ednilto. Parabéns!

Conforme as regras, um e-mail foi enviado para pegar os seus dados.

Agradecemos a todos que participaram.


Se quiser ampliar, clique na imagem.

05 março 2014

Resenha? A Passagem

Ou #CartaAUmBomAmigo

Eu estou escrevendo para te dizer, querido Fred, com o tal vício gosto literário similar ao meu, para ler este autor que o meu tio “indicou”: Justin Cronin. Sensacional!

Cai em uma armadilha e, sem querer, comecei a ler “A Passagem” e não parei mais. Parei sim de fazer tudo o mais que deveria. Direi aqui algo inédito (ao menos sem sarcasmo): graças dou pelo carnaval! Feriadão belíssimo, esse!

Depois de algumas crises de ansiedade e depressão pós-livro, você sabe que detesto começar séries que ainda não foram encerradas. Mas, afinal, não foi você mesmo que me apresentou As Crônicas de Gelo e Fogo antes mesmo do autor ter escrito lá muita coisa!? Então posso te indicar sem peso na consciência. E sem a Núbia saber, caso contrário eu também vou levar bronca já que nós três deveríamos estar estudando e não passeando por outros mundos.

Cronin se formou em Harvard, veja só. Que ao menos possamos nos enganar e acalmar a angústia ao pensar que quem está nos contando essa história tem uma boa formação. Claro, comprei o áudio também. Versemos o português e o inglês, han!? E durmamos tranquilamente sabendo que treinamos inglês, português e finjamos que, com isso, fizemos algum tipo de autoaperfeiçoamento redacional e gramatical que nos ajudará num futuro próximo.

Como estamos na quarta-feira de cinzas acredito que posso escrever isso: Vá lá! Hoje é, teoricamente, o dia internacional da ressaca. Sorte nossa que não bebemos e podemos fazer o tempo valer assim... aumentando a miopia e brigando com os irmãos que acham que, por estarmos lendo, não estamos fazendo nada. Então corra a uma boa livraria ou carregue o seu kindle. Certamente você irá gostar de A Passagem.

Ah tio, por que você foi falar desse autor e por que o Submarino foi fazer uma promoção que me fez adquirir os dois primeiros livros por uma pechincha? Acho que para eu ter, finalmente, a oportunidade de indicar livros para você, para você e para você que ainda não teremos a melancólica alegria de conhecer o enredo final. “The City of Mirrors” deveria, inicialmente, ser publicado este ano (em outubro), mas há sites com pré-venda apenas para 2015. Ao escrever isso eu me arrependo amargamente de ter lido o primeiro livro.

Era para eu resenhar ou resumir alguma coisa, mas estou tão animada que sinceramente não sei te contar sobre o livro sem colocar informações que o Justin deveria te passar. Então leia o livro sem ler sequer o resumo na contracapa. E tenha um ótimo finzinho de semana de carnaval ou início de ano. Depende de como cada um encara a vida.

Abraços,


Bel

04 fevereiro 2014

Sorteio #032014


Como o pessoal do Instagram já soube, recebemos um presente! Uma bela edição do livro "Estrutura, Análise e Interpretação das Demonstrações Contábeis" enviado pelo autor, o professor Alexandre Alcantara da Silva. Agradecemos imensamente! *.*

Quer concorrer? Preencha os dados no formulário abaixo. O sorteio será realizado no dia 14 de fevereiro.

28 janeiro 2014

Professores ensinam gramática pela metade


[...] Em entrevista à Livraria da Folha, por telefone, Dad [Squarisi] frisou que a escola não ensina, e os professores repassam a meia lição e não a lição completa sobre a gramática da língua portuguesa para os estudantes. Daí, a perpetuação da calosidade em nossa escrita.

A especialista disse que boa parte dos alunos não sabe gramática. Ela atribui o deslocamento incorreto da pontuação a um problema de análise sintática. "A vírgula não é saber pausa, não é onde você respira e põe a vírgula. A vírgula é problema de análise sintática".

Dad afirmou que os pleonasmos sofisticados estão invadindo os textos e se tornando frequentes, como "manter a mesma", "continuar ainda", "além de e também". "Se é 'manter' só pode ser 'a mesma', 'ainda' é dispensável, 'além de e também' juntos indicam adição", exemplifica.

[...]

Livraria da Folha - Quais vícios mais lhe incomodam nos textos jornalísticos?
Dad - Se você me perguntar como é que jornalista escreve, eu lhe digo que jornalista escreve com pressa. O problema do jornalista é a pressão, escreve muito rápido e sob pressão. Às vezes, não tem tempo de revisar o texto, e ele vai para a edição sem revisões. [O jornalista] Tropeça em vírgulas e em concordâncias por causa da rapidez, comete erros por falta de traquejo. Tem também as ambiguidades, que a gente vê com muita frequência. O jornalista lê e não percebe que a frase está ambígua, mas o leitor ou ouvinte lê ou ouve e vê imediatamente que a frase está ambígua. Há vícios recorrentes de pleonasmos, mas de pleonasmos sofisticados. Por exemplo, "manter a mesma", "continuar ainda", "além de e também". Se é "manter" só pode ser "a mesma", "ainda" é dispensável, "além de e também" juntos indicam adição. Esses pleonasmos são muito frequentes. Um tropeço muito grande que a gente percebe é o futuro do subjuntivo, um calo muito grande no pé. A vírgula é um calo no pé de todo mundo.

Livraria da Folha - E os tipos de "porque"?
Dad - Erra-se muito nos tipos de "porque", nos "ques" (com e sem acento) e na crase. Alguns são decorrentes de descuido e outros de uma base que não foi tão boa, um primário que não foi tão bem feito. A gente é muito da cultura oral. Nós escutamos muito dito desse jeito e acabamos repetindo o que foi dito.

Livraria da Folha - Isso se deve à falta de leitura também?
Dad - Sim. A grafia e as estruturas se fixam pela leitura.

Livraria da Folha - Casos como "mais grande" e "mais pequeno" parecem ser usados de forma incorreta quando podem ser utilizados. Qual outra ocorrência gramatical habita o imaginário popular como errada e é apropriada?
Dad - O "mais bem" e o "mais mal". Eu digo "o candidato mais bem classificado" e não "melhor classificado", porque antes de particípio eu uso o "mais bem". Eu uso "mais bom" e "mais mal", "mais grande" e "mais pequeno" nas comparações. Os professores, na ânsia de ensinar os alunos a empregar "melhor" e "pior", dizem que está errado, e, na verdade, ensinam meia lição e não a lição completa.

Livraria da Folha - Então escreve-se baseado em uma meia gramática?
Dad - Boa parte dos alunos não sabe gramática. Por que existe tanto problema na vírgula? Porque a vírgula não é saber pausa, não é onde você respira e põe a vírgula. A vírgula é sintática, é problema de análise sintática. Se ela [pessoa] não sabe análise sintática, não sabe usar a vírgula. A escola não ensina, e os jovens vão arrastando a dificuldade.

Livraria da Folha - Isso piora na rede com o chamado "internetês"?
Dad - Depende de que internet você fala. Se for a internet que eu leio os jornais, é uma linguagem bem cuidada. O jornal que está na internet tem a mesma qualidade do jornal impresso. A internet é um universo muito grande. Tem que ser adequado. Na sala de bate-papo, a língua tem que dar a impressão de que está sendo falada, tem que abreviar, tem que inventar grafias diferentes para ser rápido, para ser entendido. Se eu não fizer isso, eu sou excluída. Tenho conversado com professores de universidades para saber se há uma interferência do "internetês" nos textos escritos, e a resposta de 99% é não. Nós falamos várias línguas, nós escrevemos várias línguas.

Livraria da Folha - Em quais autores vocês perceberam desvios ou ruídos no uso da língua?
Dad - Nossa procura não foi pelos maus textos, que há de montão, mas pelos bons textos. Tivemos a preocupação de selecionar quem tem bom texto para expor como modelo, como Roberto Pompeu de Toledo e Diogo Mainardi, que você pode concordar ou não com o que ele diz, mas ele tem um texto muito moderno. O texto não nasce de uma sentada. Ele exige muito trabalho para fazer, refazer, tornar a fazer, substituir palavras e estruturas.

15 janeiro 2014

Resenha: O poder da amizade


O Poder da Amizade é um livro simples, de leitura rápida. Não há grandes desafios, realmente dá para ler em "uma sentada", e você não estiver com sono (alguns momentos são um tanto monótonos). No fim há referências das pesquisas e estudos utilizados, assim como sugestões de leitura para quem se interessar. Livros assim ganham um pontinho a mais.

O título já é bem autoexplicativo. Nesta obra, Tom Rath mostra a importância da amizade em diversos momentos da vida. Na seção dois ele foca "amigos no trabalho". A parte que acho mais importante e que raramente vejo ser adotada é a de que indicar um amigo para um cargo é algo positivo. Eu já trabalhei na PWC e lá isso era valorizado com o programa "talento atrai talento". Mas em outros ambientes já ouvi falarem mal de um profissional excelente pelo simples fato de um cargo ter chegado a ele por indicação de um amigo com boas conexões. De forma geral um bom profissional não indicará um amigo que o fará passar vergonha. Seria uma faca de dois gumes. Feliz é quem tem o tal do amigo que se arrisca por ele, o ajuda a crescer e o indica para bons cargos.

Rath ressalta que pessoas que tem amigos no trabalho produzem mais, têm mais chance de continuar na empresa, são mais organizadas, mais saudáveis, menos estressadas e mais felizes. Ter alguém com quem desabafar melhora a sua qualidade de vida. Quando somos jovens passamos 1/3 do nosso tempo com os amigos. Isso cai para 10% quando entramos no mercado de trabalho.

Na obra, os amigos no trabalho são classificados em: (i) incentivador; (ii) campeão; (iii) colaborador; (iv) companheiro; (v) comunicador; (vi) energizador; (vii) instigador; (viii) guia. Não concordo com esse detalhamento e exagero na análise, mas continua sendo uma leitura interessante. Vejo a importância do "guia", alguém que você pode procurar em momentos de dúvida, por exemplo. Na PWC tínhamos um "conselheiro". Escolhíamos um supervisor com quem não trabalhávamos costumeiramente e podíamos conversar com ele quando precisávamos. Só não vale transformar o seu "guia" em psicólogo de plantão!

Vale a pena? Não porque o que ele prega é facilmente acessado de formas mais simples. Um resumo, uma resenha, uma olhada na livraria já te faz captar o que te for necessário.

Rath, Tom. O Poder da Amizade. Ed. Sextante. 156p. R$ 19,90

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