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22 março 2017

Resenha: Big Little Lies

Em 2014, eu comentei que li Big Little Lies. Nele a personagem Jane é uma contadora. Esse foi o primeiro livro da Liane Moriarty que li e a achei uma ótima autora. E com um sobrenome muito legal heim *.* #SherlockHolmes

O livro agora está sendo apresentado em forma de minissérie pela HBO e, milagre, a protagonista ainda é apresentada como uma contadora e não seguiu a linha tradicional de Hollywood que substitui contadores por advogados ou atuários. (Confesso que esse foi o principal motivo para eu correr para assistir a série.)

Na verdade eu tenho um emprego de meio período

O que você faz?

A melhor profissão de todas... Sou uma super-heroína e cuido sozinha do meu filho, além de ser contadora...
A história tem uma visão ampla de diversos personagens, mas fixa basicamente três mulheres. As três têm filhos iniciando a primeira série naquele ano e uma delas acabou de chegar na cidade. E há um assassinato. Alguém morre na noite de jogos realizada pela escola. Você não sabe quem morre. Você não sabe quem é o assassino.

A narração se inicia mais ou menos duas semanas antes do crime e apresenta alguns trechos de depoimentos feitos após aquela noite. Há intercalação entre o passado, desde quando Jane chegou à cidade, e o presente, quando a polícia está apurando os fatos.

Quando li o livro fiquei mais voltada para o mistério que ocorre na história: alguém morreu. Mas como? Quem? Foi a Jane que ocultava o seu passado e acreditava que bullying no parquinho não se tratava apenas das crianças? Foi a Madeline, que se esforçava tanto para se conectar à sua filha do primeiro casamento? Foi a bela Celeste, cuja vida perfeita esconde um segredo horrível?

Na série percebi melhor a parte sobre o relacionamento entre mulheres, entre casais, entre pais e filhos. Trata também da inocência, ou não, de lindas e abastadas criancinhas e de escândalos domésticos de uma forma curiosa, que não segue os clichês habituais.

De forma geral, e acho que era de se esperar, a série é um pouco devagar. Frequentemente eu me pegava fazendo alguma outra coisa enquanto a assistia, por ficar um pouco entediada. Acho que a Reese Whiterspoon, uma atriz eu adoro, me ajudou a continuar assistindo aos episódios. A série não é fantástica, mas não é ruim. O livro é ótimo e faz com que você não consiga parar de ler para descobrir os mistérios... e como ao invés da tradicional adaptação para filme, escolheram a minissérie, muita coisa é enrolada para preencher os sete ou oito episódios.


Há algumas mudanças em relação ao livro. Nada muito aberração até agora. Fiquei desanimada ao ler que talvez mudem a pessoa que foi assassinada. Na época em que li achei a trama muito bem elaborada, com um ótimo fim. Gosto de pensar que a autora fez relevantes ponderações e colocou pistas bem pensadas ao longo do caminho para que a solução do mistério fizesse sentido. Se simplesmente mudarem isso, perde um bocado da emoção. Dá a impressão que as pistas devem ser desconsideradas... Eles podem randomicamente escolher qualquer um. E fãs de mistérios “quem fez?” (whodunnit) não apreciam muito isso. Há razão para ódio entre os personagens, mas ter a natureza assassina e motivo o suficiente para isso não é tão comum. Vamos ver no que dá...

Até no mudo fictício está difícil arrumar emprego
Vale a pena: Sim, se você conseguir assistir o primeiro episódio até o final, vale continuar para ver a solução da história, mesmo sendo a um passo lento. Se você gostar muito de suspense, recomendo o livro.

19 março 2017

Sobre livros e leituras para 2017

Eu já participei de vários grupos de leitura e geralmente há os interessantes desafios anuais.

Ano passado ensaiamos fazer um entre as blogueiras de contabilidade (ideia da Claudia Cruz, do Ideias Contábeis, com o nosso apoio e o de Polyana do Histórias Contábeis), mas talvez deveríamos ter criado uma lista própria ao invés de usar uma sugerida por um instagram geral sobre livros, que acabamos não seguindo. :/

Na minha experiência, a melhor lista é a “Leia Mais Difícil”, publicada anualmente pelo site Book Riot.

Parei de segui-la pela variável tempo-dinheiro. Conclui a última lista em 2015 (quando você termina, envia uma cópia para o site e ganha um cupom de descontos para a loja), mas por livros serem muito caros, e por eu ter entrado um outro desafio de ler mais de cem livros, gastei muito mais do que gostaria. Também, depois disso, outros projetos surgiram e não pude adotar a mesma estratégia.

Mas considero ter sido uma experiência prazerosa e por isso, para quem se interessar, segue a lista de 2017 mais ou menos traduzida:

1. Leia um livro sobre esportes
2. Leia uma obra de estreia
3. Leia um livro sobre livros
4. Leia um livro que se passa na América Central ou América do Sul, escrito por um autor da América Central ou América do Sul
5. Leia um livro escrito por um imigrante ou com uma narrativa centrada num imigrante
6. Leia um livro de quadrinhos para todas as idades
7. Leia um livro publicado entre 1900 e 1950
8. Leia uma memória de viagens
9. Leia um livro que você já leu antes
10. Leia um livro que se passa até 160 km de onde você está
11. Leia um livro que se passa a mais de 8.000 km de onde você mora.
12. Leia um livro sobre fantasia científica
13. Leia um livro não-ficção sobre tecnologia
14. Leia um livro sobre uma guerra
15. Leia um livro para jovens adultos ou literatura infanto-juvenil escrito por um autor que se identifique como LGBTQ+
16. Leia um livro que já foi banido ou frequentemente questionado em seu país
17. Leia um clássico por um autor não-branco
18. Leia um quadrinho de super-heróis com uma protagonista mulher
19. Lei um livro no qual um protagonista de cor segue uma jornada espiritual
20. Leia um livro de romance LGBTQ+
21. Leia um livro publicado por uma micro editora
22. Leia uma coleção de histórias escrita por uma mulher
23. Eia uma série de coleção de poesias sobre um tema que não o amor
24. Leia um livro no qual todos os personagens são pessoas não-brancas

O site lista alguns exemplos para cada item e há também sugestões no GoodReads.

09 janeiro 2016

Para ler melhor e aprender mais

Fonte: Aqui
Em um artigo publicado em seu blog sobre aprendizado, Scott Young explica como um texto anterior escrito sobre leitura dinâmica estava errado. Leia mais aqui. Para compensar, ele lista algumas técnicas que ajudam a poupar tempo, mas não prejudicam o aprendizado.

1) Passe os olhos antes de ler

Many speed reading courses are actually teaching skimming techniques, even if they package it as “reading” faster. Skimming is covering the text too fast to read everything fully. Instead, you’re selectively picking up parts of the information.

Skimming, isn’t actually a bad method, provided it’s used wisely. One study found that skimming a text before going on to reading it, improved comprehension in the majority of cases.

2) Melhore sua fluência para melhorar a sua velocidade

Fluent recognition of words was one of the major slowing points for readers. Subvocalization, that mythical nemesis of speed readers, is slower on unfamiliar words. If you want to speed up reading, learning to recognize words faster seems to improve your reading speed.

Fluency isn’t just an issue for reading in your non-native language. It also matters for technical documents or prose which uses unfamiliar vocabulary. If I’m reading a text that uses jargon like mRNA, or obscure words like synecdoche, I’m going to pause longer. That will slow my reading speed down.

The best way to improve fluency is to read more. If you read more of a certain type of text, you’ll learn those words faster and read better. If you’re a non-native or fluency significantly impacts your reading speed, then even a tool like Anki may be useful for learning hard words.

3) Saiba o que você quer antes de começar a ler

Part of the reason skimming first might appear to help is that it allows you to map out a document. Knowing how an article or book is structured, then, allows you to pay more attention to the things you think are important.

Another tip offered in a lot of speed reading courses, which is likely good advice, is to know what you’re trying to get out of a text before you read it. Thinking about this before you start reading allows you to prime yourself to pay attention when you see words and sentences that are related. Even if you’re reading at a speed which has some comprehension loss, you’ll be more likely to slow down at the right moments.

This isn’t always possible. I read a lot of books unsure about what I want to discover in them. Fiction and reading for pleasure can’t be reduced to a mission objective. However a lot of bland, necessary reading in our lives fits this type. Speeding it up might be worthwhile if it leaves us more time for reading with curiosity.

4) Tarefas de processamento mais profundo para melhorar a retenção

Sometimes you don’t want speed at all—you want near full comprehension. When I was in school, I needed to read most textbooks in a way that I could retain nearly every fact and idea I encountered later. It’s not just full comprehension you want, but long-term memory of the information.

Here cognitive science offers some suggestions. A principle of memory is that we remember what we think about. So if you want to remember the ideas of a book, highlighting bolded passages isn’t the best idea. Highlighting causes you to think about bolded words, not what they means.

Some alternatives are taking paraphrased, sparse notes or rewriting factual information you want to remember as questions to self-quiz later.

Scott Young, "I was wrong about speed reading: Here are the facts," January 2015.

09 dezembro 2015

Resenha: Toda Luz Que Não Podemos Ver


Toda Luz Que Não Podemos Ver, de Anthony Doerr, é o livro vencedor do prêmio Pulitzer 2015 na categoria ficção. A obra conta a história de duas crianças e como, em certo ponto, a Segunda Guerra Mundial invadiu a vida delas. Uma é francesa, a outra alemã.

Marie-Laurie, que ficou cega aos seis anos, mora com seu pai em Paris, próximo ao Museu de História Natural, onde ele trabalha como chaveiro. Quando ela está com doze anos, os nazistas ocupam Paris e, para proteger um bem do museu, ela e o pai fogem para Saint-Malo, uma cidadezinha envolta por muros e onde mora seu tio-avô. O pai de Marie-Laurie fez o que pode para que ela continuasse autossuficiente e até construiu uma maquete da vizinhança para que ela se familiarizasse bem com os arredores.

Ao mesmo tempo conhecemos a história de um órfão chamado Werner, que cresce curioso em uma Alemanha envolvida com a guerra. Em uma cidade em que os homens, sem saída, se tornam mineiros, Werner sonha com outros futuros. Mesmo sendo perigoso, segue explorando os arredores, procurando livros, desmontando e remontando rádios, aprendendo tudo o que consegue. Aos dezesseis ele se torna um especialista em rádios, e tem como missão encontrar transmissões da resistência.

Doerr desenvolve uma prosa gostosa e a vontade é ler devagarinho para que se usufrua disso o máximo possível. Mas eu li em dois dias. Quase não larguei! Quando eu li a sinopse não achei que me envolveria tanto com a história, que me surpreendeu em vários aspectos. As descrições são tão bonitas que é possível sentir a atmosfera. A cegueira de Marie-Laurie é tão bem descrita, e de uma forma não-cansativa, que você se vê encarnando ela, passeando pelas ruas contando passos, bueiros, degraus. A história de sua família é tocante, com um amor e simplicidade que nos emociona.

O livro me mostrou a Segunda Guerra de uma forma que eu nunca imaginei e traz uma visão de como era a particularidade da vida de algumas pessoas afetadas pela guerra que não encontrei em outras leituras. Esse livro vai me assombrar por algum tempo.

Vale a pena: Sim. Dê uma paradinha na correria do dia-a-dia e leia. Vale a pena e recomendo com fervor.

14 novembro 2015

O Mágico de Oz: Iris e as partidas dobradas

Uma das manias no mundo literário é recontar clássicos. Há uma série de livros intitulada “Dorothy Must Die”, escrito por Danielle Paige, que apresenta histórias que acontecem após o “final feliz” de “O Mágico de Oz” original, de L. Frank Baum.

A trama é desenvolvida em uma trilogia, mas há algumas “novelas” (semelhantes a contos, se relacionam à história principal, mas apresentam-se sob o ponto de vista que não o do protagonista).


Na novela #0.3, “The Wizard Returns”, Iris quer mostrar à sua rainha que o chanceler está desviando recursos. A forma como ela encontra a traição é por meio da contabilidade – ela gosta muito de números e fala disso o tempo todo, mas é "apenas uma guarda" então ninguém a leva a sério. 

Quando questionada sobre o porquê de não usar os dados para provar o ponto de vista dela, ela diz que ninguém mais consegue entender as informações (partidas dobradas)! Achei inusitado e por isso resolvi postar aqui!


E já lá para o meio da história, quando seu amigo fala: "boa sorte", ela responde algo como: "Contabilidade com partidas dobradas não é uma questão de sorte, mas de habilidades".



O que você acha? Na minha opinião contabilidade é legal. ;)
Mas acho que muitos alunos vão dizer que é preciso um pouco de sorte para balanço fechar.
Será?

15 agosto 2015

Fontes para leitura de textos longos

Hoje eu fui procurar no Google qual a melhor fonte para leitura e encontrei uma postagem que falava um pouco o que eu estava pensando e resolvi compartilhar aqui. Em resumo:

Quais as melhores fontes para ler em pdf? E em livro/papel impresso?

[...]

Estou finalizando a edição de um artigo traduzido com 24 páginas, então a questão de uma fonte que seja adequada pra uma leitura longa tem ficado na minha cabeça há alguns dias. Lembrei também da tag “fonts” do delicious do Moreno, que tem 35 links sobre fontes (coisa pra caramba!) e enfim… Escolher uma fonte foi se tornando uma tarefa cada vez mais difícil. Na verdade acho que foi que nem escolher vestido pra festa: provei o armário inteiro pra sair com a roupa que eu tinha escolhido inicialmente.
[...]

Acredito que aconteça uma confusão nos resultados de busca também por conta da ambiguidade da palavra “fontes”: fontes (tipografia?), fontes (bibliográficas, de informação?), fontes (de energia?), enfim. Em inglês cacei “what’s the best font” onde me foram sugeridos: for a resume, for resumes, to use, for a novel, to use on a resume. Apareceu muita coisa e praticamente todos os resultados da primeira página foram bem relevantes e recentes, mas alguns mais que os outros. Entre eles selecionei:

Online Journalism Review, Question of the week: What’s the best font for the Web?(01/06/2008)
Galleycat, What’s the best font for a book? (14/01/2011)
Stackoverflow, What’s the most readable, appealing font? (07/04/2010)
Integral Web Solutions, What’s the best font for websites and blogs? (02/04/2011) – um dos posts que mais gostei.
[...]

Mas o que eu queria saber mesmo é o que as pessoas que conheço – meus colegas – acham que seja uma boa fonte (excetuando-se claro as que ninguém aguenta mais: Arial, Times New Roman e a Comic Sans, que todo mundo adora odiar). [...] Me parece que muita gente [...] acha que as fontes serifadas são melhores para leitura de material impresso.
[...]

[São os tipos que contem serifas, ou seja, pequenos traços, ornamentos e/ou prolongamentos que ocorrem no fim das hastes das letras. Exemplos de tipos: Times New Roman, Baskerville, Bookman, Century, Georgia, Garamond e Rockwell]

Um especialista de design deu as seguintes dicas:

Serifada ou não? Preferivelmente fontes sem serifa. As serifas ajudam na leitura no papel, mas não é exatamente assim que acontece na tela. O formato mais quadrado dessas fontes facilita a leitura.

Contraste: na minha experiência, manter fundo branco e fontes pretas, como nos impressos. Alguns autores, no entanto, defendem o contrário pra leitura web (fundo preto e fontes brancas), pq diminui a emissão de luz e aumenta o conforto do usuário.

Tamanho: algo entre 12 e 14 pontos é legal, dependendo da fonte e do formato do material. se o usuário vai ver o meterial inteiro na tela (100%) sempre, o tamanho acima funciona. Se ele vai ser forçado a puxar o zoom, usar barras de rolagem, etc, pode ser menor (não muito).

Entrelinha: espaçamentos em geral devem ser maiores do que o ‘normal’. Um entrelinha mais generoso pode facilitar a leitura e tirar aquela impressão de texto muito denso pro usuário. Se for muito grande, no entanto, vai ficar mais difícil dele se achar. O espaçamento entre parágrafos também pode ser bem generoso.

Peso: tentar manter o regular pro geral do texto, e dosar bem os destaques em negrito/bold. Muito peso não destaca nada e ‘agride’ o usuário. Pequenos extratos de texto podem usar a versão light das fontes, por exemplo.

Sugestões de fontes: Myriad Pro, Frutiger, Helvetica Neue, Univers (tem uma cara mais display, mas pode funcionar), Optima (essa fonte é semi-serifada, ou seja, tem pequenas serifas que funcionam como linhas-guia, e um pouco de contraste no próprio tipo). O site ExLjbris tem algumas fontes gratuitas. A Calluna Sans e a Fontin Sans também podem ser boas pedidas.

Fonte: Aqui

19 julho 2015

Ninguém nasce leitor

5 segredos para ser um bom leitor e 5 Livros Para Começar a Gostar de Ler, com a Isabella do canal Ler Antes e Morrer:

Como ler livros difíceis? E sem achar chato? E como não trocar a leitura pelo facebook? Pra você que sempre quis ler mais e não consegue, revelei 5 táticas que eu sempre uso e que vão te ajudar ler mais e melhor!



Você ainda não tem o hábito da leitura? Quer ajudar um amigo, filho ou parente a ler mais? Veja 5 ótimas sugestões de livros para para começar!

18 julho 2015

Desafio de leitura


Agosto está ali na esquina e logo já vem dezembro e o fim do ano. Mesmo não sendo ano novo, vim propor um desafio literário, topam? Não é nada oficial, apenas sugestões de leitura.

Alguém entrou no Desafio Goodreads? A minha meta é ler 100 livros neste ano. Livros técnicos não contam!* Atualmente estou atrasada em três livros de acordo com o meu cronograma. Carinha triste.
Apesar deu ler MUITA ficção, fiz uma lista para cumprir e deixar as coisas mais ecléticas. Quando fazemos listas assim fica mais fácil sair da nossa rotina e do caminho que sempre escolhemos. Então vamos lá!

Quem topar, deve ler ainda este ano:
- Um livro de não ficção
- Um livro que a sua mãe adora (ou pai, ou tia... algum “adulto”)
- Um livro de um gênero literário que você não costuma nem chegar perto
- Um livro que “todo mundo” leu menos você
- Um livro de autor brasileiro
- Um livro que você escolheu por causa da capa
- Um livro do seu autor favorito
- Um livro recomendado por alguém com bom gosto
- Um livro que esteja na lista de mais vendidos
- Um livro que você deveria ter lido na escola mas não o fez
- Um livro publicado em 2015
- Um livro que você sempre quis ler, mas fica enrolando

Veja que você pode riscar vários itens de uma só vez, como por exemplo: “autor brasileiro” + “era pra ter lido na escola” + “um gênero que você não costuma ler”. Só não vale roubar e dizer que leu por causa da capa! Também não vale pegar coisa que você leu em anos anteriores. Só vale 2015!

No fim do ano compararemos algumas notas. Se precisar de sugestão, deixe um comentário abaixo! O professor César e o Pedro são ótimos com não ficção e eu posso dar uma ajuda com os “guilty pleasures”.

Beijos e bom fim de semana,

Isabel

* Livros técnicos são os que usamos para estudar ou consultar, tipo "Teoria da Contabilidade", "Contabilidade Básica", ok? "Desafio aos Deuses", "O Cisne Negro" podem entrar na lista. 

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16 julho 2015

Livro é coisa de rico

Vocês ouviram falar sobre a Lei do Preço Fixo? Com ela, os lançamentos deverão ser vendidos pelo preço de tabela por, no míimo, um ano. Se a livraria quiser fazer promoção está limitada a 10%.

Primeiro leiamos um trecho de uma postagen do blog Amigos do Livro, depois um vídeo do Danilo, do Cabine Literária:
1) Quem é a favor da lei do preço fixo argumenta que onde ela foi instituída estaria ajudando a preservar as pequenas e médias livrarias e a regular o mercado, tornando-o mais justo e saudável. Dizem, ainda, que ela contribui para garantir a diversidade e o plurarismo cultural e que, no final das contas, isso também influiria positivamente nos preços dos livros. 
2) Já quem é contra o preço fixo defende que o que deve prevalecer é a lei do livre mercado. De acordo com esses, as livrarias e os demais pontos de venda (magazines, hipermercados, internet etc.) devem ter a liberdade para dar os descontos que bem entenderem e competirem entre si – é isso que, no final das contas, dizem, beneficia o consumidor.
O trecho é de uma postagem antiga porque este assunto vem sendo discutido desde 2007. Mas o papo voltou com força por causa de alguns debate. Parece ter começado na Flip e ter continuado no Senado no dia 30 de junho. Eu que estou com uma meta de ler cem livros este ano (desafio GoodReads) e ando um tanto afastada da internet, só fiquei sabendo disso hoje. Meros 15 dias de atraso... E levei um &%$# susto! A história está cheia de apoiadores! Aposto que nenhum dele lê! Hunf.

Eu pergunto mas imagino a resposta (e ao mesmo tempo não quero confirmação): Será que os sebos estão sujeitoss? E os sebos online? Se eu quiser vender um livro que é lançamento na Estante Virtual, vou ter que colocar o preço de tabela!? Vou fazer questão de colocar por R$ 1,99. E é por essas e outras que o nosso Brasil não vai pra frente. Livros caros em um país sem o costume de ler só vai fazer com que haja ainda menos leitura. E com todo mundo alienado... nem vou continuar a frase.

Enfim, concordo com o Danilo (no vídeo abaixo). Ele aponta diversos problemas com essa lei e como estou muito brava vou deixar que ele fale também por mim.



Como eu vou viver sem aqueles descontos tão lindos que ocorrem no Black Friday!? Como???

14 julho 2015

Cópias Avançadas de Livros

A página “Epic Reads” no YouTube tem um quadro que gosto muito intitulado “Problemas de Leitores”. São algumas situações que quem gosta muito de ler passa, tal como não ter mais onde guardar livros, ir a uma livraria com um “não-viciado”, não achar um marcador de páginas, gastar o dinheiro que era para outras coisas com livros... Um dos mais recentes se chama algo como “Inveja da Cópia Avançada”.



As editoras geralmente publicam um pré-livro, geralmente chamado de “boneco” ou “ARC” (Advanced Reader Copy – algo como Cópia Avançada para Leitura). E o que é isso? É um rascunho que alguns premiados têm a sorte de ler para ver se há algum erro de digitação, se a capa ficou atraente. Caso problemas sejam encontrados, serão modificados na impressão definitiva. As cópias avançadas também são enviadas para escritores famosos, celebridades, críticos, e até blogs especializados no assunto. Isso ajuda a divulgação. Se um autor famoso, geralmente do mesmo gênero literário do livro sendo publicado, acha a história legal, ele escreve “Uma história espetacular com um enredo encantador que te fará terminar o livro em uma sentada” e frases similares... e o que acontece? Essas frases vão parar na capa de trás do livro.

O mais legal é que, com o boom das redes sociais, eles sorteiam esses livros entre os fãs também. Sorteiam mesmo! Tipo cem cópias de um livro! E é claro que quem mora longe não pode concorrer. Eu já tentei. Há também quem sorteie as versões digitais. (Eu faço parte do NetGalley, mas nem acho tantos livros legais na nossa área...).

Eu tive a sorte de receber uma cópia avançada do Curso de Contabilidade Básica. \o/ Quem acompanha o blog há algum tempo, também teve a chance de acompanhar a produção dos capítulos de Teoria da Contabilidade que o professor César ia deixando para serem baixados e receber opiniões. Bem à frente do tempo!

Todavia, não acho que seja muito comum no Brasil, especialmente em livros de contabilidade. E então estou me manifestando aqui para que você, autor, editor, qualquer-outra-profissão-que-eu-não-sei-o-nome-ligada-à-publicação-e-divulgação-de-livros, adotem essa prática no Brasil! É tão legal!!! E nós, book nerds, seremos eternamente gratos.

E quem quer dar uma espiada no Curso de Contabilidade básica pode clicar aqui.

E uma curiosidade: Há uma cópia avançada do livro Harry Potter e a Pedra Filosofal sedo vendida por cerca de R$ 4 mil no EBay, outra do livro Watchers, de Dean R. Koontz, por mais de R$ 8 mil.

29 outubro 2014

Resenha: Você não é tão esperto quanto pensa

Quando você demora muito para ler um livro existem duas possíveis explicações. A primeira e mais óbvia é que este livro é pouco interessante e realmente não prende a atenção. A segunda razão é que a obra gera tantas reflexões que você sente a necessidade de parar para ganhar fôlego, antes de continuar. O livro “Você não é tão esperto quanto pensa”, de David Mcraney, enquadra-se no segundo caso. É um livro muito bom e com uma estrutura bastante agradável. Nas suas duzentas e poucas páginas, Mcraney apresenta 48 maneiras de se autoiludir.

Adquiri o exemplar do livro durante as férias de julho, ao encontrar por acaso com a obra na livraria do aeroporto. E somente agora terminei a leitura. Em cada um dos 48 capítulos, o autor apresenta o equívoco, logo a seguir a verdade e depois uma explicação, baseada em pesquisas científicas, para o engano. Veja por exemplo a falácia do mundo justo (capítulo 18). O equívoco é imaginar que as pessoas que estão perdendo no jogo da vida devem ter feito algo para merecer. A verdade é que as pessoas com sorte geralmente não fazem nada para merecê-la e as pessoas más geralmente se safam sem sofrer as consequências. Nós fingimos que o mundo é justo.

Mcraney não dá esperança: o mundo é injusto. Corruptos irão morrer nas suas mansões sem pagar pelos seus crimes, políticos sem escrúpulos continuaram sendo eleitos e reeleitos, aquele motorista que ocupa a vaga do deficiente não será multado e assim por diante. Você é um tolo em acreditar na justiça do mundo, afirma o autor.

Vale a pena? Muito. É um dos melhores livros que já li na área comportamental. Leitura fácil, com capítulos curtos, o texto é atraente para aqueles que buscam um livro para ler aos poucos. É bem verdade que em algumas partes fica a sensação de “já li isto antes”. Mas isto é decorrente a área que está sendo expandida com novas pesquisas e discussões.

 MCRANEY, David. Você não é tão esperto quanto pensa. Leya, 2012.

Evidenciação: Livro adquirido com recursos particulares, sem ligações com os escritores ou a editora.

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22 outubro 2014

Resenha: Bartleby o Escrevente


Em geral fazemos resenhas de livros técnicos ou não ficção. Mas ousamos escrever sobre um conto, inicialmente publicado em 1853 e relançado em 1856, de autoria de Herman Melville. Melville ficou mundialmente conhecido pelo livro Moby Dick, de 1851 e Bartleby é seu conto mais conhecido.

O narrador é um escrivão que decide contratar um novo empregado. Aparece Bartleby disposto a ocupar o cargo de “copista”. Naquele tempo era usual o emprego de pessoas que escreviam, à mão, cópias dos documentos. O livro apresenta o estranho relacionamento do narrador com Bartleby em Wall Street. A história foi transformada em filme duas vezes e existem adaptações para o teatro. É uma das novelas mais famosas, precursora de Kafka e Camus. No Brasil, Veríssimo, o filho, possui um conto muito parecido com este. A frase do personagem, “Prefiro que não”  (I would prefer not to do) e derivados ficou famosa. (imagem)

Pessoalmente, sempre tive interesse por esta novela desde que encontrei numa lista das obras literárias com uma ligação com a contabilidade. É bem verdade que nenhum dos personagens é contabilista, mas o enredo poderia se passar num escritório de contabilidade. A única ligação é uma nota de rodapé sobre John Caldwell Colt, um contador e autor de um manual de contabilidade, referência no ensino da disciplina nos Estados Unidos. O irmão do inventor do revolver Colt ficou muito conhecido pela morte de Samuel Adams, um crime famoso no século XIX.

O texto é curto, afinal é um conto, com cerca de 80 páginas. O formato do livro é agradável e faz parte de uma coleção denominada “A Arte da Novela”, da Gruá Livros. Mas se você gosta de ler a orelha de um livro, esqueça. Como a capa e contracapa estão em amarelo e a letra em branco, a leitura é um teste para a visão. De noite então é impossível saber o que está escrito na orelha. Apesar do formato agradável, as paginas soltam facilmente.

Vale a pena: É uma novela interessante e que pode agradar aqueles que gostam de Kafka e de Melville.

MELVILLE, Herman. Bartleby O Escrevente. São Paulo: Grua, 2014.

Evidenciação: Esta obra foi adquirida com recursos do blogueiro.

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15 outubro 2014

Resenha: Eu sou Malala

Foi com os olhos cheios de lágrima que recebi a notícia que a paquistanesa Malala finalmente recebeu o Nobel da Paz. A mais jovem de toda a história!

Eu comprei “Eu sou Malala” em alguma promoção. Comecei a ler porque a letra é grande e ótima para o meu problema de vista. Ok. Também porque eu precisava de um livro bem conceituado porque tinha acabado de ler uma péssima, péssima, biografia e estava frustrada.

Enfim, lá fui eu ler a história da bela menina da capa. O subtítulo do livro resume bem o que vem pela frente: “a história de uma garota que defendeu o direito a educação e foi baleada pelo Talibã”.

Eu sinceramente não sei como resenhar esse livro (e tenho a impressão que já usei essa frase por aqui antes). A autobiografia, em coautoria com Christina Lamb, é uma leitura obrigatória e ótima pedida para este fim de ano. A história é linda, e triste, e cativante, e rica, e desoladora.

Malala defende algo simples: o direito a educação... E aí você vai sim ter um pouco de peso na consciência pelos dias em que resmungou por ter que acordar cedo por qualquer coisa relacionada a educação. Você vai se sentir feliz por muitas coisas em sua vida, assim como aprenderá um bocado sobre o mundo e será grato a sensibilidade e coragem de Malala porque saber que existem pessoas assim no mundo nos inspira.

Os vencedores do Nobel da Paz, Malala e Satyarthi, foram laureados devido a seus trabalhos em prol da educação. E por restaurarem um poço mais a nossa fé na humanidade.
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Evidenciação: Livro adquirido com recursos particulares, sem ligações com os escritores ou a editora.

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06 junho 2014

Frase


"Deveria ser impossível sair da própria cabeça. Mas, lendo ou escrevendo, fazemos isso. E parece um milagre."

12 março 2014

Hábito de Leitura

Quem é professor sabe como é difícil fazer os alunos lerem. Esta tarefa parece que é mais difícil a cada dia que passa, onde as facilidades da tecnologia parecem afastar o discente de uma leitura mais aprofundada. Em lugar disto, os alunos estão mais interessados nos curtos comentários das redes sociais. E isto é um problema para os mestres.

Uma pesquisa recente verificou o hábito de leitura de alunos do primeiro, quarto e oitavo semestres numa universidade estadual da Bahia no curso de contabilidade. O trabalho mostra alguns fatos já conhecidos e outros nem tanto. É importante verificar que no primeiro semestre 43% dos alunos não trabalhavam; este percentual cai para 13% no quarto semestre e 8% no oitavo. Ao mesmo tempo, o número de alunos que trabalham em tempo integral aumenta de 32% no primeiro semestre para 71% no oitavo. Esta parece ser uma realidade que constatamos em quase todos os cursos de contábeis do Brasil.

Outro destaque da pesquisa dos autores é a fonte da leitura. Os alunos novos, que estão no início do curso, tem como fonte principal de notícia a Internet (93%). Mas para os alunos do último ano este percentual cai para 79% e os livros passam a fazer parte da rotina (7% versus nenhuma resposta). É bem verdade que não sabemos se esta mudança no perfil da leitura se deve a idade dos respondentes, que geralmente são mais novos no inicio do curso (a juventude possui muito mais contato com a internet que os mais velhos).

Um aspecto curioso da pesquisa é a justificativa para a prática da leitura. Nos alunos do primeiro semestre a falta de tempo era responsável por 54% das respostas, enquanto que no último ano este percentual cai para 39%. Mas aparentemente isto não faz sentido, já que os alunos do primeiro semestre em geral não trabalham, conforme resultado da própria pesquisa. Esta resposta seria incoerente? Talvez não, já que o cansaço passa a ser uma grande desculpa para os alunos do meio e final de curso (41% e 37% das respostas).

A pesquisa merece ser aperfeiçoada e aplicada em outras realidades do Brasil. Talvez assim possamos saber, como maior precisão, o que realmente faz o hábito da leitura nos alunos de ciências contábeis.

Leia mais em: SANTANA, Hanaelson; PEREIRA, Daniel; SILVA, Luiz; ARAÚJO, Kroiff. Hábito de leitura dos alunos do curso de Ciências Contábeis da Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS. Revista de Administração e Contabilidade, vol. 5, n. 3, p. 100-116.

07 março 2014

Novo aplicativo para leitura super dinâmica




The reading game is about to change forever. Boston-based software developer Spritz has been in “stealth mode” for three years, tinkering with their program and leasing it out to different ebooks, apps, and other platforms.

Now, Spritz is about to go public with Samsung’s new line of wearable technology.

Other apps have offered up similar types of rapid serial visual presentation to enhance reading speed and convenience on mobile devices in the past.

However, what Spritz does differently (and brilliantly) is manipulate the format of the words to more appropriately line them up with the eye’s natural motion of reading.

The “Optimal Recognition Point” (ORP) is slightly left of the center of each word, and is the precise point at which our brain deciphers each jumble of letters.

The unique aspect of Spritz is that it identifies the ORP of each word, makes that letter red and presents all of the ORPs at the same space on the screen.

In this way, our eyes don’t move at all [o que é uma maravilha para a vista e para a coluna] as we see the words, and we can therefore process information instantaneously rather than spend time decoding each word.

The game done changed. Try it for yourself.

250 words per minute:


350 words per minute:

500 words per minute:


via HuffingtonPost, Top Photo Credit: We Heart It

Enviado por Frederico Batista, a quem agradecemos.