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28 julho 2015

Formatação e Compreensão do Texto

A pesquisa acadêmica  na área de compreensão da leitura  já demonstrou que  adicionar  espaço num texto  aumenta a sua  compreensão (vide STEVENS, Kathleen. Chunking Material as an Aid to Reading Comprehension, Jornal of Reading, v. 25, n. 2, nov 1981, p. 126-129, mas a origem  deste tipo de  pesquisa é  bem mais antiga).

Os leitores ruins geralmente possuem um movimento dos olhos diferente  dos bons leitores (aqui uma  explicação).  Uma empresa, Asymmetrica,  desenvolveu uma ferramenta para melhorar  a disposição gráfica do texto, permitindo  que estímulos no  espaço entre as palavras  possa melhorar a  compreensão em até 40%.  O software insere, automaticamente, espaçamento  assimétrico nos documentos,  permitindo uma  leitura mais  rápida também.  O interessante é que a  ferramenta pode ser adicionada a  um browser, como o  Chrome ou Firefox.

02 abril 2014

Peso das Demonstrações Contábeis

Recentemente a CVM anunciou que está estudando medidas para redução da quantidade de informações disponibilizadas para os investidores. De igual modo, o Iasb também está analisando medidas que possam reduzir as notas explicativas, a principal culpada pelo grande aumento na quantidade de páginas disponibilizadas para os usuários. Aparentemente os órgãos reguladores parecem que desejam que os usuários tenham menos informação.

Mas parece que realmente existe algo errado com as empresas. A possibilidade de divulgar as informações principalmente na rede social reduz enormemente o custo da informação. Além disto, o “Control C, Control V” estimula que as informações que eram relevantes no ano passado sejam reproduzidas este ano. Mais páginas para os analistas lerem.

Dois aspectos devem ser considerados. Em primeiro lugar, o excesso de informação parece que não ajuda muito a qualidade da análise. Algumas pesquisas já mostraram que aumentar a quantidade de informação não significa, necessariamente, melhorar a qualidade da decisão. Em segundo lugar, o aumento dos números de páginas, num mundo com excesso de informação, não significa que as empresas estão atraindo a atenção dos analistas. Muito provavelmente os usuários não irão ler mais páginas sobre a empresa. Isto tem sido objeto de estudo da economia da atenção. Como o tempo do usuário é constante, sua opção é entre ler páginas maçantes de demonstrações contábeis versus curtir fotografias de amigos numa rede social.

Veja o exemplo da Petrobras: sua demonstração financeira padronizadas possui 118 páginas. Mais 75 páginas do relatório de administração, totaliza quase 200 páginas para conhecer o desempenho da empresa no fechamento do ano. Mas isto não é privilegio de uma estatal: as demonstrações do Bradesco contam com 130 páginas do relatório de sustentabilidade e 146 das demonstrações contábeis.

Uma pesquisa recente realizada nos Estados Unidos mostrou que o tamanho do relatório pode indicar mais do que um excesso de informação. Segundo Tim Loughran e Bill McDonald, da Notre Dame, o tamanho da informação contábil pode revelar sobre as perspectivas da empresa. Comparando o tamanho dos relatórios com a volatilidade do mercado, eles descobriram que o tamanho ajuda a entender a volatilidade do mercado. Ter menos informações para analisar faz com que a avaliação da empresa seja feita de forma mais simples e natural.

Leia mais em LOUGHRAN, Tim; MCDONALD, Bill. Measuring Readability in Financial Disclosures. Journal of Finance, 2014. (Uma versão pode ser encontrada aqui. Um resumo menos técnico pode ser encontrado aqui).

31 agosto 2012

Linguagem acessível


Eis uma medida interessante da CVM: exigência de linguagem clara, objetiva, concisa e simples:

Se ainda é considerada complexa, alinguagem utilizada pelas empresas nos comunicados disponibilizadospela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) teve a sua estrutura modificada por meio da instrução nº480 para dar mais clareza as declarações. Essa instrução aborda a divulgação de informações periódicas, como os formulários de referência.
O artigo 15 desta instrução define que "todas as informações divulgadas pelo emissor devem ser escritas em linguagem simples, clara, objetiva e concisa".

Linguagem mais acessível na CVM atrai investidores - 29 de Agosto de 2012 - Brasil Econômico Online

(Foto com Paulo Gracindo, na pele de Odorico Paraguaçu)

26 fevereiro 2010

Tradução

Palavras de Muhtar Kent, executivo da Coca-cola, que obteve o Most Meaningless CEO Quote in Corporate Press Release Award do Wall Street Journal:

“Our 2020 Vision calls for decisive and timely action to continuously improve and evolve our global franchise system to best serve our customers and consumers everywhere. Consistent with the 2020 Vision, our roadmap for winning together, we act today as an aligned system….Our new North American structure will create an unparalleled combination of businesses, which will serve as our passport to winning in the world’s largest nonalcoholic ready-to-drink profit pool.”


Tradução do Wall Street Journal:

“ Sorry guys, but we have to copy Pepsi after all.”

17 janeiro 2008

Rir é o melhor remédio

Neste link você tem a possibilidade de criar jargão na área educacional em inglês. É muito divertido. Basta escolher uma palavra de cada três colunas e se tem o jargão do termo. Experimente.

13 janeiro 2008

Palavreado difícil

Um problema com o banco BCP e sua auditoria externa, a KPMG, produziu um texto interessante da Agência Lusa (BCP: KPMG garante que informou sempre autoridades dos resultados das auditorias, 12/01/2008). Este banco está sendo investigado em Portugal por suspeitas de ter financiado sociedades de paraísos fiscais para comprarem ações do próprio BCP durante o aumento de capital em 1999. As críticas sobre a KPMG provocou uma reação da empresa de auditoria, que escreveu um comunicado

A KPMG acrescenta que se encontra "submetida a estritos deveres legais e deontológicos que a impedem de comentar ou revelar quaisquer factos de que tenha tomado conhecimento no exercício da sua actividade", mas garante que, "no momento oportuno e quando se encontrarem reunidas as condições legalmente requeridas para esse efeito, a KPMG não deixará de defender o seu bom-nome por todas as vias que considere adequadas".

12 dezembro 2007

Você é um Gênio

Se você está conseguindo ler este blog você é um gênio. Aqui um teste de legibilidade de um blog. Eu coloquei este blog e o resultado foi que a pessoa que consegue ler este blog é um gênio. Óbvio, o teste é válido somente para língua inglesa. Mas eu testei o sítio da minha universidade em inglês e a resposta foi a mesma.

01 novembro 2007

Complexidade do texto


Tenho feito algumas pesquisas sobre complexidade de textos, em especial de relatórios de administração (junto com a prof. Fernanda Rodrigues) e dos fatos relevantes (com o agora mestrando José Lúcio Tozetti).

A figura acima (fonte, aqui)mostra uma amostra reduzida de textos de alguns escritores. De forma resumida informa que quanto mais simples for a frase maior a venda de livros. Como é difícil ser simples!

17 agosto 2007

Legibilidade e escândalo contábil

O índice de legibilidade Flesch mede a clareza e facilidade de leitura de um texto. Quanto maior, mais claro será o texto. Uma pesquisa nas cartas aos acionistas de empresas "admiradas" apresentou o seguinte resultado:

Lou Gerstner - IBM - 2001 = 45
Jack Welch - GE - 2000 = 44
Larry Page/Sergey Brin - Google - 2004 = 44
Meg Whitman - eBay - 2003 = 44
Warren Buffet - Berkshire Hathaway - 2003 = 43
Jeff Bezos - Amazon - 2003 = 40

Agora o índice para empresas associadas a escândalos

Dennis Kozlowsky - Tyco - 2001 = 29
San Wksal - ImClone - 2001 = 22
Richard Scrushy - HealthSouth - 2001 = 20
Ken Lay/Jeffrey Skilling - Enron - 2000 = 18
John Rigas - Adelphia - 2000 = 18
Gary Winnick - Global Crossing - 2001 = 17
Richard Grasso - NYSE - 2002 = 17

Fonte: Fuger, Hardaway, Warshawsky. Por que as Pessoas de Negócios Falam como Idiotas. Best Seller, 2007, p. 53

25 julho 2007

A notícia como aliada

A notícia como aliada (Valor Econômico, 25/07/2007) comenta um estudo de Alexander Dyck, professor de finanças da Universidade de Toronto, sobre fundos Hedge.

O estudo de Dyck focou no período de 1999 a 2002 e, para analisar o impacto das matérias publicadas pela mídia sobre a governança corporativa russa, os pesquisadores examinaram o boletim semanal de governança de um dos principais bancos de investimentos russo entre dezembro de 1998 e junho de 2002. Em seguida, eles tabularam o número de artigos sobre problemas de governança. Os pesquisadores reuniram também histórias em que o Hermitage aparece como investidor.Dyck e sua equipe elaboraram um modelo que atribuía um preço determinado a toda notícia de cunho negativo. De acordo com o estudo, um artigo a mais na imprensa anglo-americana corresponde a um aumento de cinco pontos percentuais na probabilidade de reverter uma falha de governança corporativa. A violação média da governança tinha o potencial de diluir o valor das ações em 57% - isto significa que, em média, o valor de um artigo adicional publicado no "Wall Street Journal" ou no "The Financial Times" corresponde a US$ 40,4 milhões. Quando restringe seu campo a empresas com valor de mercado na média de US$ 2,8 bilhões, o impacto de artigos da imprensa estrangeira (dos EUA e Inglaterra, basicamente) pode chegar a US$ 72 milhões.No estudo, batizado de "O papel da governança corporativa da mídia: dados da Rússia", de autoria de Dyck em parceria com Natalya Volchkova, da Nova Escola de Economia de Moscou, e Luigi Zingales, da Universidade de Chicago, os autores assinalam que a mídia tem um papel importante na absorção do custo da coleta de informações que podem beneficiar os acionistas. Em 2000, Bill Browder preparou um dossiê em que mostrava como os administradores russos da petroleira Gazprom vinham transferindo os ativos da empresa para entidades controladas por amigos e parentes. Browder entregou suas descobertas a jornalistas do "Wall Street Journal", "Financial Times" e "BusinessWeek". Os jornalistas passaram, então, a publicar uma série de histórias em torno dos problemas observados na Gazprom, culminando com a demissão do principal executivo da empresa e com o início das reformas da companhia. Paralelamente, os investimentos da Browder na Gazprom cresceram dez vezes, passando de US$ 150 milhões para US$ 1,5 bilhão.O impacto da repercussão na imprensa é relevante porque também pode levar órgãos reguladores a tomar medidas contra administradores. Não só os indivíduos se importam com sua reputação, como autoridades reguladoras se preocupam com o impacto do evento sobre sua própria reputação.Como exemplo, Dyck cita o caso de Richard Grasso, ex-presidente da Bolsa de Valores de Nova York. Grasso foi destituído da posição que ocupava em 2003 depois que passaram a circular rumores de que teria recebido uma remuneração exorbitante. Todos os membros do conselho de administração da bolsa aprovaram inicialmente o pacote concedido a Grasso. Só depois que vieram a público detalhes sobre o seu salário e os benefícios que recebia é que os membros do conselho mudaram de opinião.

20 julho 2007

Pesquisa: Legibilidade

Conforme o sítio Metalink a forma mais legível de postar texto na internet é com letras de cor verde sob fundo amarelo. A letra Times New Roman é melhor que Arial. Preto em cinza é melhor que preto em branco.