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29 agosto 2014

Frase

"evitar que se escondam informações relevantes [à sociedade]".

Vânia Borgerth, assessora em Contabilidade e Transparência do Mercado do BNDES, sobre a metodologia proposta pelo relato integrado, ao Valor Econômico. O BNDES está sendo obrigado a divulgar informações sobre empréstimos realizados.

07 maio 2014

Divulgação de Oferta pública

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários), órgão que regula o mercado de capitais no Brasil, editou nesta terça-feira (6) a norma que dispensa as companhias de capital aberto de publicarem avisos obrigatórios de ofertas públicas em jornais de grande circulação no país. O objetivo, segundo o órgão, é diminuir os custos de acesso das empresas ao mercado de capitais brasileiro, deixando-o mais atraente como forma de financiamento. A norma dispensa a publicação dos avisos em jornais, mas exige que os documentos estejam na internet, nas páginas da empresa emissora, do ofertante, da instituição intermediária, da própria CVM e da entidade administradora do mercado em que os papéis da emissora serão negociados (por exemplo, na BM&FBovespa no caso de lançamento de ações)

Fonte: Folha

22 abril 2014

É a qualidade do disclosure, estúpido !

When Bill Clinton was running for president for the first time, one of the catch phrases of his campaign was, “It’s the economy, stupid”. One of the things meant by this (with Bill Clinton, you’re never sure if you’ve captured all of the intended meanings) was that people should focus on the main issue and stop talking about the many smaller peripheral issues that can distract voters from what is important. That’s the way I feel about many earnings press releases I read.


Take, for example, Walgreens recently released second quarter 2014 earnings. Readers of this blog will know that I often write about Walgreens, but when you write, its best to write about something you know, and having worked at Walgreens, I think I know it better than the average investor (I also own the stock). There are a lot of things going on in the second quarter earnings release, and to a certain extent, Walgreens finds itself boxed in by all the adjusted earnings they’ve reported in the past. 


[...]

However, what really caught my eye in the earnings release was a claim of combined synergies for Walgreen and its strategic partner, Alliance Boots, of approximately $236 million in the first half of fiscal year 2014. When I see a claim for such a big number, a red flag always goes up in my mind and I start looking for where all this money has filtered into the earnings statement. After all, if you are claiming a synergy, you either have to be buying better and thus reducing your cost of goods, or lowering your expenses, reducing your selling, general and administrative expense.

[...]


Which brings me full circle. These types of claims detract from and make it look as if the company is trying to obscure what is really going on - “Look at the great synergies we’re getting, not at the fact that earnings are down”. So my advice to companies that engage in this sort of junky accounting is: “It’s the quality of disclosure, stupid.”


15 abril 2014

06 abril 2014

Assembleias evasivas

Há muito os pesquisadores descobriram que uma empresa evidencia muito além do que se encontra nas demonstrações contábeis. As informações podem estar até nas próprias demonstrações, nas suas entrelinhas. Por exemplo, a doutora Fernanda Rodrigues descobriu que os relatórios de administração das empresas brasileiras com problemas costumam tratar da economia, evitando comentar sobre o seu próprio desempenho.

Mas a evidenciação pode também ocorrer na forma como o executivo pronuncia o seu discurso na assembleia anual ou dá uma declaração. Para aqueles que gostam de uma série, num dos primeiros episódios de Lie to Me, Cal Lightman, um especialista em mentiras, vê um executivo dando uma declaração para televisão. Ao perceber que estava mentido, Lightman manda vender suas ações da empresa do executivo. Este tipo de evidenciação, que ocorre “sem querer”, é a evidenciação Ops. As pesquisas sobre a evidenciação Ops geralmente são muito criativas. Elas procuram descobrir sinais de algo de errado está ocorrendo com uma empresa.

Recentemente dois pesquisadores usaram a localização e o horário das assembleias dos acionistas para verificar se isto estaria dizendo alguma coisa sobre o desempenho da empresa. Em geral as empresas costumam fazer suas assembleias próximas a sua sede. Mas existem casos onde o local é muito distante. Li e Yermack, os dois pesquisadores, descobriram que quando a assembleia muda para um local distante da sede, as empresas tendem anunciar resultados ruins. Analisando mais de 10 mil assembleias anuais, entre 2006 a 2010, os resultados encontrados foram significativos.

A pesquisa também se ateve a atitudes que algumas empresas têm em tentar desencorajar a participação. Isto acontece nas mais diferentes empresas – a Wal-Mart, por exemplo, limitou o tempo total para perguntas em 15 minutos das 4 horas na sua assembleia de 2013 – e as estratégias também são diferentes. A pesquisa descobriu que a participação das assembleias cai quando ocorre em horário pouco usual.

Assim, quando sua empresa marcar uma assembleia para um hotel longe da sede e num horário pouco convencional desconfie. É uma evidenciação ops.


Leia mais; LI, Yuanzhi; YERMACK, David. Evasie Shareholder Meetins. NBER, Working Paper 19991, março de 2014

26 março 2014

Iasb propõe mudança na evidenciação

O International Accounting Standards Board (IASB) propôs nesta terça-feira alteração na norma de evidenciação de informação. O objetivo é reduzir o excesso de informação. A proposta de alteração afeta o IAS1 e representam um esforço no sentido de melhorar a evidenciação, "enfatizando a compreensibilidade, comparabilidade e clareza", afirmou o presidente da entidade, Hans Hoogervorst.

Para reduzir o volume de informação que hoje é divulgado pelas empresas, o Iasb se propõe a melhor esclarecer a questão da materialidade. Com isto, espera-se evitar informações irrelevantes.

A proposta está sujeita a comentários até 23 de julho e o documento pode ser encontrado aqui.

17 março 2014

Excesso de evidenciação

Uma pesquisa conduzida pela KPMG e o Financial Executives Research Foundation verificou a apresentação das demonstrações contábeis nos Estados Unidos. Entre as grandes empresas ocorreu um aumento na evidenciação de 16% entre 2004 a 2010, sendo que as notas explicativas cresceram 28% no período.

Esta constatação, e outras realizadas em outros países, mostram a razão pela qual algumas das entidades reguladoras, inclusive a CVM no Brasil, estão tentando normatizar o crescimento de volume de informação. O Fasb já disponibilizou um documento, de 41 páginas, sobre o assunto que você pode acessar aqui.

08 fevereiro 2014

Fato da Semana

Fato da Semana: A CVM divulga uma resolução sobre a divulgação de informação contábil na internet

Qual a relevância disto? O avanço das notícias divulgadas na internet é inegável. Cedo ou tarde a entidade reguladora do mercado financeiro teria que se pronunciar sobre o uso das empresas. Nesta semana a CVM divulgou sua norma sobre o assunto. É uma grande evolução sobre o assunto, apesar da entidade ainda ser conservadora sobre alguns outros aspectos, como a obrigatoriedade de usar os jornais.

Positivo ou negativo? A resolução aceita o inevitável, mas foi tímida em outros pontos. Para os jornais, garante-se uma grande fonte de receita. Para os setores de relações com o mercado, reduz o vácuo da lei. Para o usuário é importante garantir que, num mundo com excesso de informação, o acesso seria facilitado. Enfim, positivo. Mas para as empresas, preocupados com o custo da evidenciação, a norma não ajuda muito.

Desdobramentos – Acredito que isto acalma o mercado sobre o assunto. Mas a evolução da internet é muito grande e poderá exigir mais normas.

Esta semana tivemos muitos assuntos quentes. A desistência dos EUA do rodízio e da convergência são dois assuntos importantes que poderia ser o fato da semana.

05 fevereiro 2014

Evidenciação

A CVM divulgou uma importante alteração sobre a evidenciação de fatos relevantes através da internet. Eis o comunicado:

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulga hoje, 5/2/2014, a Instrução CVM nº 547/14, que entrará em vigor em 10/03/2014 e tem como objetivo oferecer às companhias abertas a opção de divulgar comunicados de fato relevante por meio de portais de notícia presentes na internet e não apenas em jornais de grande circulação, como já fazem hoje.

A nova norma altera a Instrução CVM nº 358/02, que dispõe sobre a divulgação e o uso de informações sobre ato ou fato relevante, e a Instrução CVM nº 480/09, que trata do registro de emissores de valores mobiliários admitidos à negociação em mercados regulamentados de valores mobiliários.

Em relação à minuta colocada em audiência pública, a principal modificação foi a redução da exigência de 3 (três) para 1 (um) portal de notícias, caso a companhia opte pela divulgação por meio eletrônico, uma vez que o documento também deve estar disponível no site da CVM, da companhia e, quando for o caso, do mercado onde os valores mobiliários forem admitidos à negociação.

A CVM espera que as alterações realizadas pela Instrução CVM nº 547/14 facilitem e agilizem a disseminação de atos e fatos relevantes, bem como contribuam para a redução dos custos de manutenção das companhias abertas, aumentando, assim, a atratividade do mercado de capitais como alternativa de financiamento.


No documento a entidade faz a seguinte afirmação:

Conforme amplamente discutido no Edital, a CVM entende que a internet já pode ser considerada como uma alternativa válida para a disseminação de fatos relevantes.

A CVM reconhece que o custo de divulgação de fatos relevantes não é, de maneira geral, relevante quando comparado com outros custos associados à manutenção de uma
companhia aberta. Contudo, esse é um custo que pode ser eliminado sem gerar prejuízo ao mercado, razão pela qual a CVM entende que a flexibilização proposta no Edital é oportuna, opinião essa respaldada pela maioria dos participantes que enviaram comentários à Minuta.


É um pouco contraditório a CVM preocupar-se com a divulgação de fatos relevantes se o seu custo não é importante. Não deveria estar atento aos custos que são importantes?

Girão, de um dos blogs de contabilidade, defendeu a divulgação unicamente nos sites das empresas:

Já Luiz Felipe Girão pleiteia que seja permitida a divulgação de fatos relevantes unicamente pelo site das companhias, citando estudos que demonstram a importância dos
novos canais de comunicação.


A proposta não foi aceita por ser ilegal. (Particularmente também discordo, pois cria um custo para o analista de investigação: em cada empresa isto seria acessado de forma diferente, a exemplo do que ocorre com as demonstrações contábeis. Em algumas empresas os fatos relevantes seriam "acessíveis" e em outras ficariam escondidas no meio de uma infinidade de cliques)

Também foi proposto que os jornais de grande circulação não fossem mais usados como meio principal de divulgação. Mas a CVM também entendeu no sentido contrário (lobby dos jornais?)

03 fevereiro 2014

Eike e a Evidenciação

Mesmo após a venda de sua antiga empresa de energia, a MPX, Eike Batista não está livre de problemas que envolvem sua gestão à frente da companhia. A CVM abriu um processo para apurar eventual responsabilidade do empresário no descumprimento de normas da autarquia sobre a divulgação de atos, fatos e informações relevantes para o mercado. O processo foi aberto no final do ano passado, mas nada foi noticiado à época. Somente agora o caso veio à tona, quando Eike solicitou à CVM, nesta quinta-feira (30), que o caso fosse resolvido com um termo de compromisso a ser firmado com o órgão

Fonte: Aqui

14 dezembro 2013

Evidenciação no Yahoo

O colunista da Bloomberg, Jonathan Weil, divulga uma notícia sobre a evidenciação no Yahoo. Esta empresa tinha divulgado no seu relatório contábil de 2012 que existia um contrato com a Microsoft, responsável por mais de 10% da receita da empresa. A entidade fiscalizadora do mercado de capital dos EUA, a SEC, desejou saber o que significava "mais de 10%".

Este é um tipo de informação importante, já que pode indicar a dependência da empresa. É o denominado risco de concentração. Após ser questionada, a empresa Yahoo informou que iria divulgar no relatório de 2013, se fosse necessário. Mas a SEC não concordou e exigiu os valores de 2012 e dos trimestres já transcorridos de 2013. A Yahoo respondeu, mas solicitou que os dados não fossem divulgados. Mas a SEC não concordou e exigiu a divulgação.

E a Yahoo teve que informar que "mais de 10%" significou na verdade 25% em 2012 e 31% no último trimestre.

Cartoon Aqui

20 novembro 2013

Informação ajuda ou atrapalha?

Em geral acreditamos que quanto mais informação, melhor. A contabilidade enfatiza a evidenciação, a transparência e a qualidade da informação contábil. Entretanto, no mundo real parece que nem sempre isto é o desejo daqueles que mandam. Eis um caso:

O governo venezuelano pediu nesta terça-feira ao Twitter para bloquear as contas que utilizam a rede social para divulgar a cotação do dólar paralelo, que segundo o governo, gera especulação e acelera a inflação, em um país com controle cambial desde 2003.

(...) Apesar de a lei venezuelana proibir estas páginas, que existem há vários anos, publicam de forma permanente a cotação do chamado dólar paralelo e se o governo consegue eliminá-las, reaparecem pouco depois com outros nomes.

Na Venezuela, vigora desde 2003 o controle cambial e a única forma de adquirir dólares regulados é por meio da denominada Comissão de Administração de Divisas (Cadivi), que o vende a 6,30 ou em leilões organizados pelo Banco Central, em que se adquire entre 10 e 12 bolívares.


Este parece ser mais um caso onde os poderosos decidem divulgar somente aquilo que interessam. (Fonte Cartoon aqui)

15 outubro 2013

Fatos Relevantes e Rede Social

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deve divulgar uma orientação sobre o uso de redes sociais pelas companhias de capital aberto, segundo o presidente da autarquia, Leonardo Pereira. De acordo com ele, o parecer deve sair junto com a revisão da instrução 358, que fala sobre a divulgação de fatos relevantes. "Colocamos como sugestão para o mercado que a internet, além do que já existe, também possa ser considerada no processo de divulgação", disse.

Pereira destacou que o tema redes sociais já era algo que estava na pauta desde que ele assumiu a presidência da CVM, por causa das rápidas mudanças tecnológicas, e que agora o órgão regulador está ouvindo opiniões sobre o assunto. "Colocamos em audiência pública a 358, fizemos uma discussão sobre ela e estamos ouvindo as recomendações e sugestões. Provavelmente junto com a 358 vamos fazer algum parecer de orientação sobre as redes sociais", afirmou.

Segundo Pereira, é preciso cautela quando se trata de redes sociais, visto que "elas evoluem muito rápido". "Mas a CVM tem acompanhado isso. As informações hoje estão muito livres, num processo totalmente diferente do que era há cinco anos. Como regulador, temos de acompanhar", disse, acrescentando que as tecnologias estão mudando muito rápido, bem como a maneira de se negociar valores mobiliários. "A maneira como se dá a informação também está diferente. Hoje, quando se divulga uma informação, rapidamente ela está totalmente disseminada. É algo que temos que olhar e acompanhar", reforçou.

Dentre as várias mudanças que a autarquia está promovendo destacam-se as revisões das instruções 480, que trata da questão da quantidade e qualidade das informações, "fala do que tem de ser divulgado"; e da 358, especificamente sobre fatos relevantes. "Estamos dando grande atenção para as estruturas de governança em geral", comentou Pereira.

Compra e venda de ações

Sobre o boato que rondava o mercado há algum tempo, da possibilidade de a CVM regular melhor a quantidade de ordens de compra e venda de ações, o presidente da autarquia destacou que o que está sendo discutido é a revisão da instrução 89, que fala sobre a estrutura de mercado como um todo. "O que está na pauta da CVM é a revisão da ICVM 89, que fala sobre toda a parte de estrutura de mercado. Isso saiu da audiência pública e agora estamos trabalhando justamente para fazer uma nova instrução", explicou.
Segundo ele, o principal objetivo é analisar a estrutura do mercado, principalmente o que não se vê. "O papel do pessoal que não se vê (escrituração, a parte de custodiante, depositária...) é a primeira coisa que temos de olhar para assegurar que o mercado esteja pronto para novos valores mobiliários e para a tecnologia. É preciso que os papéis estejam bastante claros", disse.


Fonte: Aqui

18 agosto 2013

Falta de transparência

Detentor de um patrimônio líquido que atingiu em junho R$ 27,121 bilhões, o Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) tem aporte significativo em empresas de capital fechado. Sem ações em bolsa, esses ativos não têm liquidez nem são acompanhados pelo mercado. Apesar disso, o fundo não tem informações detalhadas no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Gerido pela Caixa Econômica Federal, o FI-FGTS investiu, até 2012, R$ 25 bilhões em 45 operações para 36 projetos. O regulador de mercado alega que a indisponibilidade de dados no site ocorre por falha tecnológica da própria CVM.

A publicação de informações, como número de cotas, composição da carteira e demonstrações contábeis na página da CVM é praxe e facilita o acompanhamento pelo investidor. No caso do FI-FGTS, criado em 2008 para aplicar recursos públicos em projetos de infraestrutura, o cotista único é o próprio FGTS.

Participação acionária

O informe trimestral de junho mostra investimentos pesados em companhias de capital fechado. Ao todo, são R$ 5,4 bilhões em participações acionárias relevantes em grupos como a empreiteira Odebrecht, que já recebeu R$ 2,55 bilhões. É o resultado da soma da fatia de 26,53% na Foz do Brasil, subsidiária ambiental e de saneamento, com 30% na Odebrecht Transport S/A.

A Foz do Brasil é parceira da Odebrecht Engenharia Industrial na prestação de serviços à Petrobras na refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). A estatal é investigada por ter comprado a unidade por preço muito acima do mercado. Neste ano, a petroleira reviu contratos no exterior e cortou em 43% os valores a serem pagos à Odebrecht, como revelou o jornal O Estado de S. Paulo em junho.

"Nossa carteira de 45 operações mostra que o FI-FGTS está posicionado em projetos que têm como sócios os grandes grupos empresariais do País, não só a Odebrecht", aponta o superintendente Nacional de Fundos de Investimentos Especiais da Caixa, Cassio Viana de Jesus.

Sócio da consultoria Mesa Corporate e ex-diretor da Previ, Renato Chaves alerta para a necessidade de maior transparência. "Como não há liquidez nos investimentos em empresas de capital fechado, tão importante quanto a avaliação econômico-financeira no momento da entrada é a negociação de saída, seja pela abertura de capital ou compromisso de recompra das ações pelo controlador", diz. Viana de Jesus diz que as políticas de saída de cada empreendimento constam dos acordos com as empresas investidas e não são abertas a priori.

Uma consulta sobre o fundo no site da CVM redireciona o interessado ao serviço de atendimento ao cidadão. Procurada, a autarquia informou que a Caixa tem enviado os dados exigidos pela instrução que foi criada especificamente para regular o FI-FGTS. Também é possível acessar os relatórios na página do FGTS.

Na carteira do FI-FGTS, R$ 14,4 bilhões estão investidos em debêntures (títulos de dívida privada). O fundo aplicou R$ 7 bilhões em títulos do BNDES, em 2008. Também investiu em debêntures em empresas como a fabricante de sondas Sete Brasil (R$ 1,850 bilhão), a hidrelétrica Santo Antônio (R$ 1,5 bilhão) e da LLX Açu (R$ 750 milhões).

De acordo com o relatório de gestão do ano passado, foram liberados até agora R$ 289,5 milhões para a construção do Superporto do Açu, um dos empreendimentos em xeque em meio à crise do grupo de Eike Batista. "Todos os projetos têm cláusula de proteção contra inadimplementos, o que não existe até agora nesse projeto", afirma Viana de Jesus.

Rede

A estratégia de ações iniciada em 2009 já rendeu contratempos, como no caso do Grupo Rede Energia. Em 2010 o FI-FGTS investiu R$ 617 milhões na Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema (EEVP), adquirindo uma participação de 25% do grupo.

A crise que levou o Rede a pedir recuperação judicial em 2012 e fez o FI-FGTS reconhecer perdas com o ativo e exercer uma opção de venda para um dos controladores da EEVP, a Denerge, por R$ 712 milhões. Hoje, o FI-FGTS é um dos principais credores no plano de recuperação da Rede Energia.


Fonte: Aqui. Imagem: aqui

10 julho 2013

Evidenciação em Redes Sociais

A CVM está estudando o que fazer com a evidenciação nas redes sociais. A razão: grupo empresarial Eike Batista:

(...) Batista [acionista do grupo X] tinha atuação frequente no Twitter, onde costumava falar com otimismo sobre o desenvolvimento das obras e projetos das empresas do grupo. Em maio, após ressalva de que tinha restrições em sua comunicação com seus seguidores, chegou a dizer a um acionista que anunciaria em breve um novo plano de negócios para a OGX. Após o recrudescimento da crise, o empresário reduziu drasticamente a frequência com que interage na rede social.


CVM estuda monitorar redes sociais, após caso Eike - Nicola Pamplona - 9 de julho de 2013 - Brasil Econômico

05 julho 2013

Evidenciação Voluntária e Liquidez

Existem dois tipos de evidenciação: a obrigatória, que os reguladores determinam para as empresas o que deve chegar aos usuários; e a voluntária, onde as empresas, por livre e espontânea vontade, divulgam as informações. Das duas, a voluntária chama mais atenção dos pesquisadores pelo seu caráter facultativo. O que intriga é saber o que leva as empresas revelem informações quando não são obrigadas a fazê-lo.

Uma resposta óbvia seria a divulgação de boas notícias, que traria a valorização rápida das ações da empresa e o aumento no valor dos bônus dos executivos. Mas isto não explica a razão pela qual as empresas também fazem divulgação voluntária quando existem notícias ruins. Uma explicação para este caso é que talvez a empresa deseje comandar o processo de divulgação das notícias ruins, evitando que boatos destruam mais o preço das ações.

Nos últimos anos muitos estudos procuraram desvendar os mistérios da evidenciação. E parece que ainda não chegamos a um destino final neste tipo de pesquisa, pois novas descobertas estão aparecendo.

Uma pesquisa divulgada recentemente descobriu um vínculo entre a evidenciação voluntária e a liquidez das ações das empresas. Este tipo de liquidez refere-se a quantidade de negociações dos papéis nas bolsas de valores. Em geral as pesquisas consideram que a liquidez é uma variável exógena. Em outras palavras, que não sofre influencia da própria empresa, sendo determinada pelas forças externas. Pois a pesquisa além de descobrir um vínculo dentre a evidenciação e a liquidez, também mostrou que as empresas podem influenciar na liquidez das suas ações através da divulgação de informações voluntárias.

Outra consequência da evidenciação voluntária é que também pode afetar o custo de capital, reduzindo-o. Se o custo de capital diminui, aumenta o valor da empresa. Assim, a evidenciação voluntária pode ter uma explicação simples: ela aumenta o valor da empresa.

Leia mais em BALAKRISHNAN, Karthik; BILLINGS, Mary; KELLY, Bryan T; LJUNGQVIST, Alexander. Shaping Liquidity: on the Causal Effects of Voluntary Disclosure. Working Paper, NBER, 2013

18 maio 2013

Evidenciação no Vaticano

O Banco do Vaticano, por décadas um foco de escândalos, vai lançar um site próprio e publicar seu relatório anual, em um esforço para aumentar a transparência, disse o novo presidente da instituição.
Ernst von Freyberg comunicou esta semana aos funcionários do banco as mudanças, que devem acontecer até o final do ano, de acordo com a Rádio Vaticano.

Ele também disse que o banco, formalmente conhecido como o Instituto para as Obras de Religião (IOR) e chamado de banco mais secreto do mundo pela revista Forbes, também contratou uma empresa de auditoria para certificar-se de que cumpre as normas internacionais contra a lavagem de dinheiro.

A Rádio Vaticano não revelou o nome da empresa de auditoria.

Freyberg foi nomeado em fevereiro para tomar o lugar de Ettore Gotti Tedeschi, que foi demitido em maio passado.

Tedeschi disse que foi demitido porque queria mais transparência, mas o conselho, formado por especialistas em finanças internacionais, disse que ele tinha negligenciado as responsabilidades básicas de gestão e alienado os funcionários.

Segundo fontes do Vaticano, o papa Francisco, que foi eleito em março, pode decretar uma grande reestruturação do banco ou mesmo decidir fechá-lo.

Fonte: G1, via Vladmir Almeida

11 maio 2013

Redes Sociais e Evidenciação

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está acompanhando o movimento de divulgação de informações das companhias de capital aberto em redes sociais, segundo o presidente da autarquia, Leonardo Pereira. Recentemente, o órgão regulador americano, a SEC, autorizou as companhias locais a utilizarem esses canais para publicação de dados. "Estamos tentando entender melhor as redes sociais para criar jurisprudência para regular divulgação de informações nestes canais", disse ele, em evento.

Ao comentar sobre o avanço da regulação do mercado de capitais brasileiro, ele disse que está melhor que antes da crise internacional, em 2008. Pereira disse que hoje o Brasil é respeitado, alcançou um equilíbrio em termos de regulação, participando de todas as discussões globais sobre o tema. "A tendência é que tenhamos uma harmonização da regulação global", avaliou o presidente da CVM. Pereira participa nesta sexta-feira, 10, de almoço-palestra do Instituto Brasileiro de Executivos de finanças de São Paulo (IBEF).


CVM estuda redes sociais para criar jurisprudência - Por Aline Bronzati - Aqui

04 abril 2013

Evidenciação no Face e Twitter

Os anúncios financeiros empresariais poderão ser feitos a partir de agora em redes sociais como Twitter ou Facebook, enquanto os investidores souberem qual rede social será utilizada por cada empresa, anunciou nesta terça-feira o organismo regulador da bolsa americana (SEC).

A Securities and Exchange Comission (SEC, na sigla em inglês) publicou nesta terça-feira um relatório em que confirma que as empresas podem anunciar informações importantes nas redes sociais "como fazem em suas páginas na internet".

"A maior parte das redes sociais representam métodos de comunicação perfeitamente adaptados para os investidores, salvo se o acesso for restrito ou se os investidores não saibam (para qual) devem se dirigir para obter os últimos dados" publicados, detalhou George Canellos, diretor da aplicação de regulamentos da SEC.

O debate sobre a legalidade das informações financeiras publicadas nas redes sociais foi lançado depois de um anúncio no Facebook sobre dados referentes à rede de locação de vídeos pela internet Netflix.

A SEC tinha ameaçado na ocasião o Netflix com abrir um processo por violar uma regra que proíbe a duplicação seletiva de dados importantes com a finalidade de garantir um acesso idêntico à informação para todos os investidores, tanto individuais quanto institucionais.

Depois desta polêmica, a SEC reconheceu que houve "incerteza no mercado" e esclareceu nesta terça-feira as regras de publicação nas redes sociais.


Anúncios financeiros nos EUA poderão ser feitos no Facebook e no Twitter - Por AFP
NOVA YORK, 03 Abr 2013 (AFP) -

25 março 2013

Evidenciação

O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) apresentou na semana passada o projeto de lei 5061, que elimina a obrigatoriedade da publicação dos balanços de empresas privadas e públicas nos jornais impressos. Em pronunciamento no plenário da Câmara Federal, ele argumentou que “isso gerará uma economia enorme para os cofres das empresas”.

Fonte: Aqui