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07 outubro 2013

Apollo Robbins: A arte da distração

Aclamado como o maior batedor de carteiras do mundo, Apollo Robbins estuda as peculiaridades do comportamento humano enquanto rouba seu relógio. Numa demonstração hilária, Robbins prova o buffet da plateia do TEDGlobal 2013, mostrando como as falhas em nossa percepção possibilitam que ele surrupie uma carteira e a coloque nos ombros de seu dono enquanto ninguém percebe nada.

21 agosto 2013

Remuneração desigual de macacos

Frans de Waal, professor de comportamento de primatas da Universidade de Emory, mostra o que acontece quando dois macacos-prego são pagos de forma desigual. Depois de receber uma pedra como pagamento o macaco do lado esquerdo é dado um pepino, mas quando ele vê o macaco sobre o direito a ser pago em uvas, ele fica irado e rejeita o pagamento.
Dica de Humor Inteligente.

A Segunda razão mais comum para assassinatos? Problemas financeiros!

No que deve ser um dos mais obscuros projetos de pesquisa já feitos, uma equipe britânica estudou casos de “Destruidores de Famílias”, em que um membro da família assina outros. Alguns padrões emergiram dos 71 casos encontrados.

Por um lado, a maioria dos assassinos era do sexo masculino: 59 dos 71. Destes, mais da metade estava na casa dos trinta. Cerca de 20% das mortes aconteceu em agosto e quase metade aconteceu nos fins de semana, principalmente aos domingos.


Por quê? 


Agosto, mês do desgosto.
Os pesquisadores afirmam que muitos dos casos são baseados em percepções de masculinidade e sensações de ser desafiado. A razão de tantos casos acontecerem nos fins de semana e, em agosto , os cientistas argumentam, é que um pai afastado (novamente, geralmente o pai) terá acesso às crianças durante os meses de verão (no Hemisfério Norte) e fins de semana – mas, no final desse tempo, ele pode ter que devolvê-los à mãe, o que explicaria os assassinatos que acontecem em agosto e aos domingos.

Os dados confirmam isso: o motivo mais comum por trás dos assassinatos, os pesquisadores descobriram, era uma família com pais separados, que incluiu questões como o acesso a crianças. Essa categoria foi responsável por dois terços dos motivos declarados.


A equipe também quebra algumas suposições que as pessoas podem fazer sobre os assassinos, como a de que são sempre homens frustrados com histórico de doença mental. Na verdade, 71% dos assassinos estavam empregados, e muitos tinham carreiras de sucesso (embora muitos também não fossem – os pesquisadores afirmam que a segunda razão mais comum para os assassinatos era a dificuldade financeira).

Os dados defendem a colocação de assassinatos como estes em uma nova categoria de crime, diferente dos “assassinatos por diversão”, com os quais às vezes são confundidos. Os pesquisadores vão ainda mais longe para categorizar os assassinatos familiares em quatro diferentes subcategorias:

Hipócrita: O assassino tenta colocar a culpa por seus crimes sobre a mãe, que ele responsabiliza pela quebra da família. Isso pode envolver o assassino telefonar para o seu parceiro antes do assassinato para explicar o que ele está prestes a fazer. Para estes homens, o seu ganha-pão é fundamental para a sua ideia de família ideal;


Desapontado: Este assassino acredita que sua família foi responsável por deixá-lo para baixo ou agiu de forma a prejudicar ou destruir a sua visão de vida familiar ideal. Um exemplo pode ser a decepção de que as crianças não estão seguindo os costumes religiosos ou culturais tradicionais do pai;


Anárquico: Nestes casos, a família tornou-se, na mente do assassino, firmemente ligada a economia. O pai vê a família como o resultado de seu sucesso econômico, permitindo-lhe mostrar suas realizações. No entanto, se o pai se torna um fracasso econômico, ele vê a família como não servindo esta função;


Paranoico: Aqueles que percebem uma ameaça externa à família. Muitas vezes são os serviços sociais ou o sistema legal, que o pai tem medo que o coloque contra os filhos ou até o tire dele. Aqui o crime é motivado por um desejo de proteger a família.


Por Ana Claudia Cichon

01 abril 2013

Baixaria



No início, os deuses da tecnologia criaram a internet e viram que era algo bom. Finalmente havia um espaço público com potencial ilimitado para um debate racional e uma troca de ideias, uma espécie de ponte para ampliar os horizontes ligando as muitas barreiras geográficas, sociais, culturais, ideológicas e econômicas que nos separam na vida, uma maneira de fazer as coisas livremente.

Mas então alguém inventou a seção de “comentários do leitor” e o paraíso foi perdido.

A internet, deve ser dito, ainda é um lugar maravilhoso para o debate público. Mas quando se trata de ler e compreender artigos online – como este, por exemplo – este meio pode ter um efeito surpreendente poderoso sobre a mensagem. Uma pesquisa feita por nós mostrou que comentários de alguns leitores podem distorcer, e muito, o que outros leitores acham daquilo que foi inicialmente informado nos artigos e notícias.

Mas, neste caso, não é o conteúdo dos comentários que importa. É o tom deles.

No nosso estudo publicado online no mês passado na revista acadêmica The Journal of Computer – Mediated Communication, nós dois e mais três colegas relatamos um experimento para medir o que pode ser chamado de “efeito grosseria”.

Selecionamos 1.183 participantes e pedimos para lerem cuidadosamente um post de um blog fictício em que eram explicados os riscos e os benefícios potenciais de um novo produto tecnológico chamado “nanopartícula de prata”. De acordo com o artigo no blog, estes elementos minúsculos de prata, mais finos do que 100 bilionésimos de um metro em qualquer dimensão, têm vários benefícios potenciais (como propriedades antibacterianas) e riscos (como contaminação da água).

Em seguida, os participantes eram instruídos a ler os comentários, supostamente publicados no blog fictício por outros leitores, para depois responder às perguntas sobre o conteúdo do próprio artigo.

Metade dos participantes foi exposta aos comentários de leitores mais civilizados e a outra metade, às opiniões mais grosseiras – em ambos os grupos, o conteúdo, a extensão e a intensidade dos comentários eram equivalentes, embora variassem entre os que apoiavam a nova tecnologia e os mais cautelosos em relação aos riscos.

A única diferença era que os comentários grosseiros continham palavrões ou insultos pessoais como “Se você não vê benefícios no uso da nanotecnologia neste tipo de produto, você é um imbecil” ou “Você é estúpido se não pensa nos riscos para os peixes, plantas e outros animais por causa da água contaminada com prata”.

Os resultados do experimento foram surpreendentes e perturbadores. Os comentários mais grosseiros não só polarizaram os leitores que participaram da pesquisa, mas com frequência mudaram a interpretação deles sobre o próprio conteúdo do artigo.

No grupo exposto às reações mais contidas, tanto os participantes que apoiaram a nova tecnologia quanto os que a desaprovaram ao ler o texto mantiveram sua opinião depois de ler os comentários. Já os outros participantes, que leram as manifestações grosseiras, ficaram depois com uma compreensão mais polarizada sobre os riscos da nanopartícula fictícia.

O simples fato de haver um ataque pessoal no comentário de um leitor foi suficiente para fazer os participantes pensarem que as desvantagens da tecnologia fossem maiores do que eles haviam imaginado antes ao ler o texto.

Embora seja difícil quantificar os efeitos distorcivos dessa grosseria online, ela ocorre de maneira substancial e particularmente – talvez ironicamente – na área do jornalismo científico.

Cerca de 60% dos norte-americanos que buscam se informar sobre assuntos científicos afirmam que a sua fonte primária de informação é a internet – ela aparece no topo sobre qualquer outra fonte de notícias.

Novas regras. A situação em que vivemos, de uma mídia online emergente, criou um novo fórum público sem as tradicionais normas sociais e o autocontrole que normalmente influenciam nossas trocas de ideias cara a cara com uma pessoa – e este meio determina cada vez mais aquilo que sabemos e o que achamos que conhecemos.

Claro que uma estratégia possível para diminuir o efeito da grosseria é fechar completamente o espaço de comentários, como algumas empresas de comunicação e blogueiros fazem. Por exemplo, o post no blog de Paul Krugman, no New York Times, publicado no dia que marcou os dez anos dos atentados de 11 de setembro de 2001, terminou simplesmente com: “não vou permitir comentários neste post, por razões óbvias”.

Outras organizações de mídia adotaram regras para favorecer a civilidade entre os leitores de seus sites ou para receber comentários de usuários mais moderados.

Mas, como dizem, é só para enxugar gelo. A interação do leitor é parte do que faz a internet ser a internet, como também o Facebook, Twitter e qualquer outra plataforma de mídia social. Este fenômeno só vai ganhar mais impulso à medida que avançamos para um mundo de celulares e TVs inteligentes em que qualquer tipo de conteúdo se incorpora imediatamente ao fluxo constante de comentários e aos contextos sociais.

É possível que as normas sociais neste admirável domínio novo mudem mais uma vez – e que os usuários passem a rejeitar ataques mesquinhos de alguém que assina com um pseudônimo e, em vez disso, cultivem o debate civilizado. Até então, tenham cuidado com o efeito grosseria.


O efeito da baixaria - 10 de março de 2013 - Estado de S Paulo - Link - / Tradução de Terezinha Martino - Dominique Brossard e Dietram A. Scheufele

19 março 2013

Comportamento e línguas

Inúmeras pesquisas comprovaram que o comportamento das pessoas é afetado por diversas variáveis. Uma pesquisa recente mostrou que a língua também tem seu papel em decisões como economizar, fazer exercícios, fumar e usar camisinha. No início do mês postamos um vídeo do TED talks sobre Keith Chen. Falemos mais sobre o assunto...

Keith Chen, da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, investigou como as diferentes línguas fazem distinção entre eventos presentes e futuros. Enquanto no inglês, ao se mencionar uma chuva amanhã, você diz “It will rain tomorrow”, no alemão a mesma frase é “morgen regnet” (algo como 'chuva amanhã'). Há diferença entre as duas formas. O inglês exige, para compor a frase, o uso do verbo “will”, que indica que a ação irá ocorrer no futuro. Assim, a distinção entre o evento no futuro é mais forte na língua inglesa que na alemã.

Chen se questionou se esta distinção, que ocorre entre várias línguas, pode influenciar as chamadas “escolhas intertemporais”. Estas escolhas estão presentes na vida diária de cada um de nós: a escolha, por exemplo, de assistir televisão ao invés de fazer exercício físico numa manhã de terça-feira. Quando eu decido fazer uma atividade mais saudável, a opção terá diversos reflexos no futuro.

O estudo partiu da suposição que quando a língua faz uma grande distinção entre as ações do presente e do futuro, poderá afetar as escolhas intertemporais. Nas línguas nas quais a distinção entre presente e futuro não é forte, as pessoas seriam mais econômicas? E teriam mais hábitos saudáveis?

Chen encontrou que esta distinção afeta sim muitas decisões. Ele utilizou uma base de dados ampla sobre o comportamento das pessoas em diversos países e relacionou à presença (ou ausência) de uma referência ao tempo futuro (FTR, na abreviatura do autor). A comparação levou em consideração as características idênticas de renda, educação, família, entre outras. Pessoas com fraca FTR, como é o caso dos alemães, são mais econômicos (31% a mais), guardam mais dinheiro para aposentadoria (39% a mais), provavelmente fumam menos (24%), fazem mais atividade física (29% a mais) e são menos propensos a obesidade (13% a menos).

Mesmo em países que usam mais de uma língua, como é o caso da Suíça, a diferença persiste. E os países que possuem fraca FTR economizam, em média, 6% a mais do PIB por ano. Na conclusão da pesquisa, Chen diz acreditar que os resultados encontrados indicam que a língua pode ser a causa, não o reflexo, de algumas das diferenças.

Ao ler o texto fiquei pensando como é importante que pesquisas ousadas sejam realizadas na academia. Para um leigo, seria difícil imaginar a relação entre decisões econômicas e efeito da língua. Mas a criatividade de um pesquisador permitiu que se pudessem entender um pouco melhor escolhas intertemporais.

CHEN, M. Keith. The Effect of Language on Economic Behavior: evidence from savings rates, health behaviors, and retirement assets. American Economic Review, vol. 103, n. 2, 2013 (a ser publicado brevemente). Aqui uma versão preliminar do texto.

01 março 2013

Otimistas e o progresso da humanidade



Daniel Kahneman, o psicólogo laureado com o Nobel de Economia, sustenta que, se nos fosse dada a oportunidade de escolher uma única característica para nossos filhos, não deveríamos hesitar: que sejam otimistas. Parece haver uma alta correlação entre o otimismo e a felicidade. O otimismo é um traço hereditário, tanto quanto a inteligência, a altura e a cor dos olhos. Que melhor presente para aqueles a quem queremos bem do que lhes transmitir a propensão para a felicidade?
Por duas vezes, em menos de um ano, ao terminar uma análise sobre os rumos da economia mundial, recomendaram-me a leitura de The Rational Optimist. As recomendações partiram de pessoas inteligentes, por quem tenho apreço. Não que eu esteja particularmente pessimista, mas devo andar soando muito pessimista. É verdade que tenho fama de pessimista. Nunca me importei com isso, considero quase um elogio. Refuto com mais indignação a acusação contrária, de um amigo fraterno, segundo a qual faço uso permanente de um par de óculos cor-de-rosa que não me deixariam ver a sombria realidade como ela é. O fato é que um otimista racional parece-me uma contradição em termos, soa como um oximoro.
Antes de encomendar o livro, procurei saber quem era o autor. Descubro que Matt Ridley é o quinto visconde de Ridley, tem doutorado em zoologia pela Universidade de Oxford, e que em 2011 seu livro ganhou o Prêmio Hayek, conferido à publicação que melhor representa a visão do mestre austríaco sobre a liberdade econômica. Aprendo ainda que ele era presidente do conselho de administração do Northern Rock, o banco inglês que quebrou com grande estardalhaço, imediatamente após a eclosão da crise de 2008. Sorri, e adiei a leitura que só recentemente decidi levar adiante.
Segundo Kahneman, em seu último livro Rápido e Devagar: Duas Formas de Pensar, a grande maioria das pessoas se acha mais competente do que realmente é, e percebe o mundo como mais benigno do que ele na realidade é. Têm assim a impressão de que seus objetivos são mais facilmente alcançáveis do que de fato são. Além disso, achamos que nossa capacidade de prever o futuro é muito maior do que é efetivamente possível. O viés otimista, segundo Kahneman, o mais importante dos vieses cognitivos, está presente em todos nós. De certa forma, somos todos otimistas, mas alguns afortunados são mais otimistas do que a média. O otimista é alegre e animado, estimado por todos, persistente diante das dificuldades e resistente aos fracassos. Tem probabilidade reduzida de passar por depressões e o seu sistema imunológico é menos vulnerável. Toma mais cuidado com a saúde, sente-se mais saudável e vive efetivamente mais. Além de mais felizes, os otimistas têm um papel desproporcionalmente importante na configuração do mundo em que vivemos. Suas iniciativas são determinantes, pois são primordialmente eles os inovadores e os empreendedores.
Esta é essencialmente a tese do livro de Ridley. Antes de ser uma defesa do otimismo, é uma defesa da livre-iniciativa, do livre-comércio, um libelo contra todo tipo de cerceamento das liberdades individuais. Ele lamenta que hoje tenha se tornado axiomático que o livre mercado não apenas estimula o egoísmo, mas o exige. Como sustenta, por exemplo, Michael Sandel em O que o Dinheiro Não Compra: a ideia de que a comercialização de todos os aspectos da vida é corrosiva do espírito público e de comunidade tem ganhado cada vez mais força nos últimos tempos.
Continua aqui

12 fevereiro 2013

Rir é o melhor remédio


Gentileza gera bem estar

A velha máxima “é melhor dar do que receber” pode ter um fundo científico: segundo estudo recente feito nos Estados Unidos, pessoas que ajudam os outros têm menos chances de morrer quando lidam com situações altamente estressantes (como doenças, assalto, perda de emprego, dificuldades financeiras ou morte de um familiar).

Durante cinco anos, 846 participantes relataram aos pesquisadores o tempo que haviam passado nos 12 meses anteriores ajudando amigos, vizinhos ou parentes que não viviam com eles – entre os tipos de auxílio prestados estavam tarefas como fazer compras, ajudar a fazer reparos em casa ou cuidar de crianças.

“Quando consideramos idade, saúde e variáveis psicossociais, a regressão de Cox (o mais usado método de análise de sobrevivência) para mortalidade revelou uma interação significativa entre o comportamento de auxiliar, eventos estressantes, morbidade e mortalidade”, explica Michael J. Poulin, da Universidade de Buffalo (EUA).

“Nos cinco anos do estudo, descobrimos que quando lidavam com situações estressantes, aqueles que ajudaram os outros no ano anterior tinham menos chances de morrer do que aqueles que não ajudaram”.

Embora ajudar pensando nos benefícios próprios não seja propriamente “generoso”, o aumento na expectativa de vida (ou, mais precisamente, a redução das chances de morrer por estresse) pode ser um consolo na hora de fazer uma tarefa chata pelo bem do seu vizinho.

Fonte: aqui

10 fevereiro 2013

Estudar para aprender


Muitos de meus alunos e mesmos meus colegas de profissão me questionam, quanto ao desenvolvimento do hábito de estudar. Principalmente quando sou flagrado nessa afronta inacreditável de estudar todos os dias, seja preparando minhas aulas ou aprendendo algo novo.

Estudar é um conceito chave e caracteriza o ato mais frutífero no processo de ensino-aprendizagem. Quando alguém está estudando, está criando uma oportunidade de aprender. Está hierarquizando procedimentos que proporcionam os elementos essenciais para a construção do conhecimento. O estudar e o aprender estão intimamente relacionados.

Daí o óbvio que muitos querem ignorar:
Para realmente aprender é preciso estudar.

É imperativo que tanto estudantes e professores, sejam capazes de construir ambientes de aprendizagem. Em síntese um ambiente que proporciona as condições mais favoráveis para o estudo, o que não se resume obviamente na concepção de modelos puramente instrucionais, onde a informação é simplesmente disponibilizada com certo didatismo, em via única, indo do instrutor ao aprendiz. Supondo-se na maioria das vezes que este último seja tábula rasa. Um mero recipiente a ser preenchido.

Do ponto de vista filosófico, um ambiente de aprendizagem deve ser antes de tudo um ambiente de estudo dentro de um mundo de instrução capaz de envolver a atividade hermenêutica de construir interpretações.

Em outras palavras a informação só pode ser útil, se dela, se obtém a capacidade de elaborar uma nova concepção da própria realidade. A descoberta deste saber que se tornará alavanca da evolução individual e possibilitará a sua nova leitura de mundo.

Consistente com estes argumentos filosóficos, por exemplo, o estudo de determinada lei natural, não deve limitar-se à simples memorização do enunciado da lei, ou ao estabelecimento de algoritmos de aplicações de sua formalização matemática.

Estudar, em seu pressuposto hermenêutico, caracteriza um conjunto de operações mentais, que possibilitem a formulação de hipóteses, a modelagem de ensaios, o exame dessas hipóteses e a construção de interpretações e previsões de resultados, como reflexo desse modelo, dentro de um determinado contexto prático.

Do aprendizado desse novo conteúdo, o aprendiz terá evoluído o seu discurso, sua forma de pensar e evidentemente sua conduta no mundo do fazer. Nesse ponto o processo ensino-aprendizagem torna-se, a meu ver, algo mais abrangente que denominamos “educação”.

Aliás, é justamente esse elemento de contextualização, que apresenta um papel preponderante, como elemento que desperta a atenção, na construção de um aprendizado pleno de significado que prepara o indivíduo para o mundo e o torna efetivo. O torna cidadão.

O modelo deve ser projetado para ajudar o aprendiz a construir um conhecimento útil em lugar de informação inerte, que simplesmente ilustra.

Deve ser dada ênfase num determinado enfoque que gere interesse e permita que o aprendiz se identifique com o problema e passe a prestar atenção à sua própria percepção e na forma que se dá a construção dessa compreensão e da solução do problema.

Assim o aprendiz, hierarquizado a estudante, pode ser apresentado à informação pertinente a essas percepções, de forma que seu aprendizado seja efetivo e possibilite, a posteriori, aplicar analogamente esse know how desenvolvido na construção de soluções para novos problemas, tornando-se autônomo.

A meta principal de um ambiente de aprendizado é possibilitar ao estudante a percepção das características críticas da situação problema, experimentar as mudanças em sua percepção e entender como se pode analisar a situação por pontos de vistas inovadores.

Porém, a questão determinadora, que tange a meta principal, até no pressuposto de torná-la viável ou não, seria a que se resume no “como” se deve projetar um ambiente de aprendizagem? Ou, em outras palavras, quais são os atributos essenciais que caracterizam um ambiente de estudo?

Do ponto de vista do educador, se inicia simplesmente pelo ato de encantar. De mostrar que o universo a ser aprendido é a cada dia um brinquedo novo.

Do ponto de vista do educando, se inicia com a sua coragem. Coragem de aceitar desafios. De colocar o seu esforço como prioridade. Descobrindo que existem brinquedos muito trabalhosos e que nem por isso deixam de ser divertidos.

Quando o educando aceita a sua parte na responsabilidade de aprender e tornar-se parte da solução ele naturalmente se transforma em educador. Primeiro de si mesmo. E a posteriori dos demais.

O êxito do aprendiz é quando naturalmente ele se transforma também em professor.

O êxito do professor é quando ele descobre humildemente que nunca deixará de ser aprendiz – pois existem neste mundo muitas coisas a se conhecer – e neste ponto ele transcende sua condição de instrutor e se transforma em educador. Estudando sempre e inspirando seus alunos com suas ações a estudarem com alegria e aprenderem com prazer, pois, nas palavras do poeta inglês William Yeats:

“Educar não é encher um cântaro, mas sim, acender uma chama”.

05 fevereiro 2013

Comportamento: amizades e redes sociais

Estudo da Universidade de Denver revela que 40% das pessoas evitaria alguém que as tivesse largado na rede social


Você já deve ter desfeito alguma amizade no Facebook, seja após um comentário bobo ou pelo fato pessoa compartilhar muitas imagens genéricas no seu feed. Pode parecer simples: apertar um botão determina que uma pessoa que já foi seu amigo agora não é mais, ao menos no status da rede social. Mas as repercussões disso podem ir muito além da internet.


Um estudo realizado pela Universidade de Denver, no Colorado, constatou que quase metade dos usuários evitaria na vida real uma pessoa que deixasse de ser seu amigo no Facebook.

“As pessoas pensam que mídias sociais são só para diversão”, disse em comunicado Christopher Sibona, doutorando e chefe do estudo. “Mas, na verdade, o que você faz nesses sites tem consequências reais”, afirmou ele.

A pesquisa, parte do programa de Ciência da Computação e Sistemas de Informação da universidade, revelou que metade das pessoas não se importaria tanto se alguém as tivesse deixado na rede social; mas 40% afirmaram o contrário, que evitariam essas pessoas na vida real, e 10% se manifestaram incertos quanto à questão. Dentre os que evitariam os “ex-amigos”, a maioria são mulheres.


O estudo foi realizado com base em 582 respostas reunidas pelo Twitter. A partir daí, Christopher Sibona descobriu seis fatores pelas quais uma pessoa evitaria ao máximo o contato pessoal com alguém que a largou no Facebook. Veja se você concorda com alguma delas:
• Se a pessoa discutiu sobre um evento depois de ele ter acontecido
• Se a reação emocional da pessoa que perdeu o amigo online foi muito forte e negativa
• Se a pessoa deixada para trás acredita que isso aconteceu por causa de algum comportamento offline
• A distância física entre os dois
• Se o relacionamento problemático foi discutido antes de a amizade virtual ser desfeita no site
• Se a pessoa valorizava demais o relacionamento antes de a amizade virtual ser desfeita no site

Em 2010, Sibona já havia liderado um estudo para pesquisar por que as pessoas cancelam a amizade com alguém na rede social. As quatro principais razões foram:
• Publicações frequentes e irrelevantes
• Posicionamento muito extremo sobre assuntos como política ou religião
• Publicações inapropriadas com conotações sexistas ou racistas
• Posts chatos sobre o dia a dia, falando de filhos, comida, cônjuge, entre outros

O estudo destaca o quanto os relacionamentos estão mudando à medida que ficamos mais conectados e dependentes da internet. “O custo de manter um relacionamento pela internet é muito baixo e, no mundo real, os custos são maiores”, afirmou Sibona. “Na vida real, você tem de falar com as pessoas, vê-las e manter um relacionamento cara a cara. Nos relacionamentos online, não é assim”, disse.

Ele destaca que a principal razão para trazer a desfeita da amizade do online para o offline é quando a pessoa comenta sobre o término da amizade com outra. “Falar para alguém é uma declaração pública de que aquela amizade acabou”, disse Sibona.


Para o doutorando, ainda estamos tentando assimilar como sociedade a etiqueta na internet, que é diferente do dia a dia e pode por vezes pode ser até bem rígida. Você concorda?


Fonte: Aqui

31 janeiro 2013

Ilusão do Fim da História


Quando uma garota decide tatuar o nome do namorado, ela acredita que o amor entre os dois irá permanecer o mesmo ao longo dos anos. Já uma pessoa quando se casa, faz juras eternas de fidelidade e afeição. Um casal, quando se estabelece numa cidade, pensa em comprar uma casa, onde ficarão até a velhice. Em todas estas situações as pessoas acreditam que o presente não sofrerá alterações do tempo. Mas se perguntarmos as estas pessoas se ocorreram grandes mudanças no passado, provavelmente todos irão dizer que sim.

As pessoas acreditam que muitas mudanças ocorreram no passado, mas que poucas irão ocorrer no futuro. Isto é denominado de “ilusão do fim da história”. Em outras palavras, a pessoas pensam que o futuro não irá trazer grandes alterações nas suas vidas.

Um texto publicado na revista Science de janeiro deste ano mostrou uma pesquisa com mais de 19 mil pessoas onde isto foi realmente comprovado. Usando pares de pessoas com diferença de dez anos de idade, perguntaram-se as mudanças na personalidade, nos valores e preferências das pessoas. Assim, as
respostas das pessoas com 18 anos foram comparadas com as de 28 anos. Isto permitiu que os pesquisadores tivessem uma confrontação estatística entre as crenças que tenho hoje e que terei em uma década. E a resposta mostra a comprovação da ilusão do fim da história: as pessoas subestimam as mudanças que irão ocorrer na sua vida futura. É esta a razão que faz com que a garota faça a tatuagem com o nome do namorado: ela acredita que o amor irá durar para sempre.

A pesquisa encontrou que a ilusão do fim da história é maior entre os mais jovens. Mas ela também existe entre as pessoas que já viveram mais de meio século. Assim, antes de tomar aquela decisão definitiva – uma tatuagem, o casamento, a compra de uma casa, a mudança de um emprego – lembre-se que a história não acaba ali.

Leia mais em QUOIDBACH, Jordi; GILBERT, Daniel; WILSON, Timothy. The End of History Illusion. Science. 4 january 2013, p. 96-98

21 janeiro 2013

Axioma de House

O mundo se divide entre comprados e vendidos, que se revezam nessa posição, e todos mentem sobre a sua real condição. [Axioma de House]

Por Gustavo Franco

No mercado, como já observado, tudo se sabe. Entretanto, diferentemente do high society, onde o exibicionismo é a regra, no mercado os operadores estão mais para pragmáticos jogadores de pôquer ou para poetas fingidores como Fernando Pessoa, que chegam a fingir a dor que deveras sentem, e nada indicam sobre as dores (e posições) existentes e sentidas, apenas revelando as descritas na poesia.

As verdadeiras crenças e a efetiva natureza, montante e direção das apostas dos operadores de mercado, nunca serão reveladas corretamente diante de uma pergunta direta. Todos mentem, conforme o bordão criado pelo doutor Gregory House, o controvertido especialista em diagnósticos de uma das mais bem-sucedidas séries de televisão dos últimos tempos.

A verdade do mercado está sempre nas posições assumidas, nunca no discurso: o mercado só fala nos autos. E para evitar que a mentira – melhor dizendo, a desobrigação de dizer a verdade – fique evidente, os participantes do mercado recorrem a uma imagem muito popular, a “Muralha da China” (em inglês, the Chinese Wall), atrás da qual põem a falar a figura do “economista-chefe”, alguém que tem uma opinião sincera que não tem nenhuma relação com a do pessoal que opera.
A “Muralha da China” designa a separação que deveria existir, por exemplo, entre quem faz pesquisa econômica e publica suas recomendações vagas e inofensivas para os clientes (“os analistas”) e a tesouraria. Os primeiros são os estudiosos, os que escrevem relatórios, os que respondem aos questionários do BCB (Banco Central do Brasil) e os que fazem declarações públicas inteligentes e espirituosas, normalmente otimistas e cautelosas. A tesouraria, onde estão os operadores que têm o talão de cheques, não aparece, não fala, ninguém sabe de quem se trata e, graças à figura da “Muralha da China”, em nada se associa ao que diz o economista-chefe ou mesmo o presidente do banco.

Entre os que falam e os que operam parece haver uma lógica muito assemelhada ao que se conhece nos Estados Unidos como plausible deniability, expressão cuja tradução ao pé da letra seria “a capacidade de negar envolvimento de forma plausível”. Esse tema foi extensamente discutido no mundo jurídico anglo-saxão quando se investigou a atuação da CIA (agência central de inteligência americana) em diversos episódios controversos nos quais as cadeias de comando eram estabelecidas de forma deliberadamente informal, a fim de que a Autoridade máxima sempre pudesse negar de forma plausível que tivesse conhecimento de qualquer operação mais polêmica que de fato ordenou. É a mesma lógica, segundo dizem os ufólogos, pela qual as Autoridades dizem desconhecer as evidências de vida extraterrestre ocultas nos arquivos militares.

O fato é que, no mercado, sempre, em qualquer ocasião, metade da munição está com os comprados e a outra metade com os vendidos, se o preço está dado. Repare que isso não tem nada a ver com esperteza, assunto de que tratamos logo acima (n. 3, Axioma de Malan), a propósito da ignomínia e da capacitação dos participantes do mercado, mas com o ânimo comprador. O que se procura estabelecer neste tópico é que o mercado não tem nenhum viés nesse assunto, a despeito do que as instituições falam através de seus porta-vozes. O pessimismo seria uma ocorrência rara, se a verdade do mercado estivesse refletida nas manifestações institucionais. Na prática, há sempre uma metade do mundo pessimista, mas quem realmente está comprado, ou vendido, nunca se sabe, até porque, no momento seguinte, as instituições trocam de posição, a dança das cadeiras recomeça e o preço muda, ou não, e sempre uma metade acredita e a outra duvida.

Franco, Gustavo H. B. (2012). As leis secretas da economia. Zahar-Brasil. Kindle Edition. Dica de Pedro Correia.

29 dezembro 2012

A magia da leitura


Todos nós, jovens e menos jovens, estamos crescentemente dependentes da plataforma virtual. É fascinante o apelo da web. Investimos muito tempo digitando mensagens de texto, escrevendo nos blogs, postando fotos e comentários no Facebook ou curtindo videogames. Eu mesmo já fiz o propósito de não acessar meus e-mails nos fins de semana. Tem sido uma luta. Com vitórias, mas também com derrotas. Para o norte-americano Nicholas Carr, formado em Harvard e autor de livros de tecnologia e administração, a dependência da troca de informações pela internet está empobrecendo a nossa cultura. Ele não fala do uso da internet, mas da compulsão virtual.
Segundo Carr, o uso exagerado da internet está reduzindo nossa capacidade de pensar com profundidade. "Você fica pulando de um site para o outro. Recebe várias mensagens ao mesmo tempo. É chamado pelo Twitter, pelo Facebook ou pelo Messenger. Isso desenvolve um novo tipo de intelecto, mais adaptado a lidar com as múltiplas funções simultâneas, mas que está perdendo a capacidade de se concentrar, ler atentamente ou pensar com profundidade", acentua.
A nova geração de adolescentes tem mais acesso à informação do que qualquer outra antes dela. Mas isso não se reflete num ganho cultural. Os índices de leitura e de compreensão de texto vêm caindo desde o início dos anos 1990. A conclusão é que, apesar do maior acesso às novas tecnologias, não se vê um ganho expressivo em termos de apreensão de conhecimento.
A internet é uma formidável ferramenta. Não deve, contudo, perder o seu caráter instrumental. O excesso de internet termina em compulsão, um tipo de dependência que já começa a preocupar os especialistas em saúde mental. Usemos a internet, mas tenhamos moderação. Precisamos, todos, redescobrir a magia da leitura.
[...]

11 dezembro 2012

Elogios e desempenho

Quando alguém nos diz que estamos nos saindo bem em uma tarefa, é comum nos sentirmos motivados a fazer jus ao elogio. Socialmente, não é muito difícil de entender – afinal, gostamos de ser reconhecidos. Contudo, como será que esse fenômeno ocorre em nosso cérebro? Recentemente, uma equipe de pesquisadores do Japão analisou o efeito “cerebral” de um elogio.

Em estudo anterior, eles haviam concluído que o corpo estriado (importante estrutura do cérebro, uma das mais afetadas por demências como doença de Parkinson ou de Alzheimer) é ativado quando uma pessoa é recompensada com um elogio ou com dinheiro. Desta vez, eles mostraram que essa ativação parece encorajar a pessoa a se esforçar mais em uma tarefa.

Para isso, eles reuniram 48 adultos e os ensinaram a executar uma ação (apertar teclas de um teclado em uma ordem específica o mais rápido possível em 30 segundos). Em seguida, dividiram os participantes em três grupos: o primeiro incluía um avaliador, que elogiaria quem tivesse um bom desempenho; no segundo, alguns participantes observariam outros sendo elogiados; no terceiro, cada voluntário avaliaria o próprio desempenho. No dia seguinte, aqueles que faziam parte do primeiro grupo tiveram um desempenho melhor que o dos demais.

“Parece haver uma validade científica por trás da mensagem ‘louve para encorajar o desenvolvimento’”, aponta o pesquisador Norihiro Sadato. “Elogiar alguém pode se tornar uma estratégia fácil e eficiente na sala de aula e durante uma reabilitação”. Ele acrescenta que, para o cérebro, receber um elogio é uma recompensa social similar a ser pago em dinheiro.

ScienceDaily e HyperScience

30 novembro 2012

Cientistas comportamentais na campanha de Obama

Late last year Matthew Barzun, an official with the Obama campaign, called Craig Fox, a psychologist in Los Angeles, and invited him to a political planning meeting in Chicago, according to two people who attended the session.


“He said, ‘Bring the whole group; let’s hear what you have to say,’ ” recalled Dr. Fox, a behavioral economist at the University of California, Los Angeles.
So began an effort by a team of social scientists to help their favored candidate in the 2012 presidential election. Some members of the team had consulted with the Obama campaign in the 2008 cycle, but the meeting in January signaled a different direction.
[...]Less well known is that the Obama campaign also had a panel of unpaid academic advisers. The group — which calls itself the “consortium of behavioral scientists,” or COBS — provided ideas on how to counter false rumors, like one that President Obama is a Muslim. It suggested how to characterize the Republican opponent, Mitt Romney, in advertisements. It also delivered research-based advice on how to mobilize voters.
“In the way it used research, this was a campaign like no other,” said Todd Rogers, a psychologist at Harvard’s Kennedy School of Government and a former director of the Analyst Institute. “It’s a big change for a culture that historically has relied on consultants, experts and gurulike intuition.”
When asked about the outside psychologists, the Obama campaign would neither confirm nor deny a relationship with them. “This campaign was built on the energy, enthusiasm and ingenuity of thousands of grass-roots supporters and our staff in the states and in Chicago,” said Adam Fetcher, a campaign spokesman. “Throughout the campaign we saw an outpouring of individuals across the country who lent a wide variety of ideas and input to our efforts to get the president re-elected.”
For their part, consortium members said they did nothing more than pass on research-based ideas, in e-mails and conference calls. They said they could talk only in general terms about the research, because they had signed nondisclosure agreements with the campaign.
In addition to Dr. Fox, the consortium included Susan T. Fiske of Princeton University;Samuel L. Popkin of the University of California, San Diego; Robert Cialdini, a professor emeritus at Arizona State University; Richard H. Thaler, a professor of behavioral science and economics at the University of Chicago’s business school; and Michael Morris, a psychologist at Columbia.
“A kind of dream team, in my opinion,” Dr. Fox said.
He said that the ideas the team proposed were “little things that can make a difference” in people’s behavior.
For example, Dr. Fiske’s research has shown that when deciding on a candidate, people generally focus on two elements: competence and warmth. “A candidate wants to make sure to score high on both dimensions,” Dr. Fiske said in an interview. “You can’t just run on the idea that everyone wants to have a beer with you; some people care a whole lot about competence.”
Mr. Romney was recognized as a competent businessman, polling found. But he was often portrayed in opposition ads as distant, unable to relate to the problems of ordinary people.
When it comes to countering rumors, psychologists have found that the best strategy is not to deny the charge (“I am not a flip-flopper”) but to affirm a competing notion. “The denial works in the short term; but in the long term people remember only the association, like ‘Obama and Muslim,’ ” said Dr. Fox, of the persistent false rumor.
The president’s team affirmed that he is a Christian.
At least some of the consortium’s proposals seemed to have found their way into daily operations. Campaign volunteers who knocked on doors last week in swing states like Pennsylvania, Ohio and Nevada did not merely remind people to vote and arrange for rides to the polls. Rather, they worked from a script, using subtle motivational techniques that research has shown can prompt people to take action.
“We used the scripts more as a guide,” said Sarah Weinstein, 18, a Columbia freshman who traveled with a group to Cleveland the weekend before the election. “The actual language we used was invested in the individual person.”
Simply identifying a person as a voter, as many volunteers did — “Mr. Jones, we know you have voted in the past” — acts as a subtle prompt to future voting, said Dr. Cialdini, a foundational figure in the science of persuasion. “People want to be congruent with what they have committed to in the past, especially if that commitment is public,” he said.
Many volunteers also asked would-be voters if they would sign an informal commitment to vote, a card with the president’s picture on it. This small, voluntary agreement amplifies the likelihood that the person will follow through, research has found.
In a now classic experiment, a pair of Stanford psychologists asked people if they would display in a home window a small card proclaiming the importance of safe driving. Those who agreed to this small favor were later much more likely to agree to a much larger favor, to post a large “Drive Carefully” sign on their lawn — “something no one would agree to do otherwise,” Dr. Cialdini said.
Obama volunteers also asked people if they had a plan to vote and if not, to make one, specifying a time, according to Stephen Shaw, a retired cancer researcher who knocked on doors in Nevada and Virginia in the days before the election. “One thing we’d say is that we know that when people have a plan, voting goes more smoothly,” he said.
Recent research has shown that making even a simple plan increases the likelihood that a person will follow through, Dr. Rogers, of Harvard, said.
Another technique some volunteers said they used was to inform supporters that others in their neighborhood were planning to vote. Again, recent research shows that this kind of message is much more likely to prompt people to vote than traditional campaign literature that emphasizes the negative — that many neighbors did not vote and thus lost an opportunity to make a difference.
This kind of approach trades on a human instinct to conform to social norms, psychologists say. In another well-known experiment, Dr. Cialdini and two colleagues tested how effective different messages were in getting hotel guests to reuse towels. The message “the majority of guests reuse their towels” prompted a 29 percent increase in reuse, compared with the usual message about helping the environment. The message “the majority of guests in this room reuse their towels” resulted in a 41 percent increase, he said.

Fonte: Academic ‘Dream Team’ Helped Obama’s Effort - NYT-12/11/2012

21 novembro 2012

Neuromitos


Which of these statements is false?

 1. We use only 10% of our brain.
 2. Environments rich in stimuli improve the brains of preschool children.
 3. Individuals learn better when they receive information in their preferred learning style, whether auditory, visual or kinesthetic.

Fonte: Using just 10% fo your brain? Thin again.- Wall Street Journal - 16/11/2012