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Mostrando postagens com marcador casamento. Mostrar todas as postagens
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10 outubro 2016

Dia do casamento e durabilidade

Uma pesquisa realizada na Holanda entre 1999 a 2013 mostrou que a data do casamento interfere na sua durabilidade. Aquelas datas especiais, como o dia dos namorados ou dias numéricos (9 de setembro de 1999, por exemplo) apresenta uma incidência de casamentos de 137 a 509% maior. Um aspecto curioso é que estas datas também apresentam uma maior probabilidade de insucesso, de 11 a 18% maior.

Kabátek, Jan; Ribar, David. Not Your Lucky Day: Romantically and Numerically Special Wedding Date Divorce Risks

13 julho 2015

Finanças Pessoais: Papo para antes do casamento


Casais comprometidos têm tanto o que conversar enquanto planejam o casamento! A festa, a lua de mel, filhos, dinheiro.

Dinheiro pode não ser o assunto mais romântico na agenda, mas é provavelmente o mais importante. De acordo com um estudo realizado em 2012 com mais de 4.500 casais casados, brigas sobre dinheiro são os maiores previsores do divórcio, mais que briga em relação a sogros e cunhados, crianças, tarefas domésticas e sexo.

Claramente casais que estão na mesma vibe financeira antes de se casar estão em uma posição melhor para usufruir anos de benção matrimonial. Se você ainda não teve a seguinte conversa com seu amado, tenha certeza de fazê-lo antes de, lá no altar, aceitarem ficar juntos “na riqueza e na pobreza”. Lendo alguns blogs chegamos a alguns tópicos que merecem atenção.

1 – Suas crenças em relação a dinheiro: Tende-se a pensar que dinheiro é uma simples questão matemática, mas é, na verdade, um assunto muito emocional. As pessoas desenvolvem crenças relacionadas a dinheiro (denominadas “money scripts”) ainda na infância e essas crenças podem ser muito difíceis de serem modificadas. Se você e seu futuro parceiro têm “money scripts” contraditórios, vocês podem se encontrar frequentemente argumentando simplesmente porque vocês não concordam sobre a natureza e o propósito do dinheiro.

2 – Seus ativos e passivos: Ninguém ama conversar sobre planos de aposentaria, dívidas estudantis, extrato de conta bancária, empréstimos, prestações do cartão de crédito. Mas se casar sem compreender aonde cada um se encontra financeiramente pode ser um erro. Os casais precisam ser completamente transparentes um com o outro sobre a situação financeira de cada um. Descobrir de repente que seu novo esposo está soterrado até o teto em dívidas não é uma boa forma de começar uma vida em conjunto.

3 – Como (ou se) vocês irão combinar as finanças: há diversas formas de unir vidas financeiras e é importante discutir um plano antes do casório. Não apenas você e seu amor podem ter noções completamente diferentes  de como finanças matrimoniais devem funcionar, como devem combinar os detalhes que funcionarão para ambos mesmo que de forma geral estejam ambos na mesma página.

4 – Suas principais metas financeiras: apesar de que vocês podem ter uma ideia básica a respeito das metas de cada um (que ele vai ficar em casa para cuidar das crianças, por exemplo, ou que você quer se aposentar e ir morar em uma casa na beira da praia), é importante lembrar que vocês devem regularmente conversar sobre as suas metas e como vocês pretendem alcança-las
Enquanto eu escrevia isso quase sugeri que alguns desses itens entrassem em uma discussão de namoro, mas acho que ficaria um pouco assustador, não?

5 – Quem cuidará da gestão financeira familiar: geralmente uma pessoa emerge como a gestora financeira na maioria dos casais, mas não é sempre o caso. Descobrir de antemão quem irá lidar desde o pagamento das contas até negociações de preços pode ajudar a designar cada tarefa a quem melhor a realizará. Esquematizar quem fará o que na gestão financeira poderá te poupar custosos erros (esquecer-se de pagar contas, por exemplo) e grandes discussões.


26 agosto 2014

Casamento e felicidade

Um relatório do National Marriage Project, dos Estados Unidos, mostrou que ter um grande casamento, com uma grande festa, aumenta a chance de ter mais felicidade conjugal. Os pesquisadores analisaram 418 casamentos durante cinco anos, a partir de 2007 e 2008. Os casais que convidaram mais de 150 pessoas foram mais felizes em 47% do tempo. Casais que tiveram menos de 50 pessoas relataram felicidade em 31% do tempo.

Uma análise é que mais convidados aumenta o incentivo para manter o compromisso. Além disto, mais pessoas indicaria uma maior sustentação de amigos e familiares.

04 junho 2014

Assortative Matching e desigualdade de renda


How sexual equality increases the gap between rich and poor householdsFeb 8th 2014 | WASHINGTON, DC | From the print edition




Let’s do it for social justice

IN “MAD MEN”, a series about the advertising industry in the 1960s, women are underpaid, sexually harassed and left with the kids while their husbands drunkenly philander. Sexual equality was a distant dream in those days. But when Don Draper, the show’s star, dumps the brainy consultant he has been dating and marries his secretary, he strikes a blow for equality of household income.

Nowadays, successful men are more likely to marry successful women. This is a good thing. It reflects the fact that there are more high-flying women. Male doctors in the 1960s married nurses because there were few female doctors. Now there are plenty. Yet assortative mating (the tendency of similar people to marry each other) aggravates inequality between households—two married lawyers are much richer than a single mother who stacks shelves. A new study* of hundreds of thousands of couples investigates the link.
In this section

The wage gap between highly and barely educated workers has grown, but that could in theory have been offset by the fact that more women now go to college and get good jobs. Had spouses chosen each other at random, many well-paid women would have married ill-paid men and vice versa. Workers would have become more unequal, but households would not. With such “random” matching, the authors estimate that the Gini co-efficient, which is zero at total equality and one at total inequality, would have remained roughly unchanged, at 0.33 in 1960 and 0.34 in 2005.

But in reality the highly educated increasingly married each other. In 1960 25% of men with university degrees married women with degrees; in 2005, 48% did. As a result, the Gini rose from 0.34 in 1960 to 0.43 in 2005.

Assortative mating is hardly mysterious. People with similar education tend to work in similar places and often find each other attractive. On top of this, the economic incentive to marry your peers has increased. A woman with a graduate degree whose husband dropped out of high school in 1960 could still enjoy household income 40% above the national average; by 2005, such a couple would earn 8% below it. In 1960 a household composed of two people with graduate degrees earned 76% above the average; by 2005, they earned 119% more. Women have far more choices than before, and that is one reason why inequality will be hard to reverse.

*Marry Your Like: Assortative Mating And Income Inequality, by Jeremy Greenwood, Nezih Guner, Georgi Kocharkov and Cezar Santos, NBER Working Paper 19829

Fonte: aqui

02 maio 2014

Nota da discórdia


O livro The Normal Bar (inédito no Brasil) indicou que casais mais pobres são os que menos discutem por grana. Os pombinhos mais briguentos quando o assunto é dinheiro são os da classe média. “Eles têm condição financeira para ocasionalmente tomar decisões sobre gastar”, diz a coautora do livro Pepper Schwartz, da Universidade de Washington, nos EUA. “Mas as discordâncias surgem, pois não possuem renda suficiente para ambos conseguirem o que querem.” Solução para ninguém sair lesado? Destine parte da verba a despesas comuns e outra a gastos individuais.

Ganho Anual do Casal - % de casais que discute
R$ 20 mil ou menos – 36%
R$ 20 mil a R$ 37.750 mil – 52%
R$ 37.751 a R$ 60 mil – 51%
R$ 60.001 mil a R$ 100 mil – 48%
R$ 100.001 mil a R$ 250 mil – 45%
R$ 250.001 a R$ 500 mil – 39%

Fonte: Women's Health

13 fevereiro 2014

Relacionamento e Religião

O gráfico abaixo mostra a proporção de pessoas que se relacionam com parceiros da mesma religião. Por exemplo, 90% dos sikhs são casados com uma pessoa com a mesma crença religiosa. Entre aqueles que estão se relacionando, quase 80% dos sikhs o fazem com alguém da mesma religião.


Quando maior o tamanho da barra, maior o peso da religião nos relacionamentos. Assim, os mórmons, os islâmicos, os sikhs, as testemunhas de Jeová, os hindus e cristãos são mais propensos a terem relacionamentos com outra pessoa da sua religião. Já os agnósticos, ateus, rastafáris e pastafaris são mais abertos a terem um relacionamento com pessoas de outra crença.

Entre as religiões, uma surpresa: o Jediísmo que possui mais tolerância. O Jediísmo é um movimento religioso baseado nos ensinamentos dos cavaleiros Jedi, do filme Guerra nas Estrelas. Em 2001 existiam 390 mil pessoas no Reino Unido que declararam serem adeptos desta religião.

O gráfico acima foi realizado a partir de uma base de dados interessante: o Facebook. Mas comprova que pessoas de uma religião tendem a escolher seu parceiro com base na religião.

19 dezembro 2013

Adiando o casamento

O gráfico é do censo dos Estados Unidos e apresenta a idade mediana do primeiro casamento, por gênero. Na década de cinquenta a mulher casava com 20 anos e o homem com 24. Nos dias atuais observa-se que as pessoas estão casando cada vez mais tarde (mulher com 27 e homem com 28, na mediana) e a diferença entre os gêneros diminuiu. Provavelmente isto também deve ter ocorrido no Brasil. 

As razões são várias: mudanças nos costumes, na educação, nas oportunidades de emprego, etc

25 fevereiro 2013

15 dezembro 2012

Algoritmo Gale-Shapley

Apesar das poucas chances, o nerd Leonard, da série de TV "Big Bang Theory", tinha mesmo de tentar conquistar a vizinha bonitona e loira Penny. Eventualmente poderia dar certo, como deu de fato. Isso não é coisa só de TV.

O estudo que rendeu ao matemático norte-americano Lloyd Shapley, 89, o Prêmio Nobel de Economia de 2012 (dividido com outro matemático dos EUA, Alvin Roth) é sobre combinações e parcerias. Os resultados podem ser aplicados em decisões como escolher uma escola para seu filho, racionalizar a doação de órgãos e até conseguir um casamento mais feliz.

Uma de suas conclusões na vida prática, segundo explica em entrevista ao UOL o economista e professor da FGV-SP Samy Dana, é a seguinte: uma pessoa nunca deve deixar de flertar com alguém só por achar que não tem chances.

[...]


UOL - Quais são os principais conceitos dos estudos que deram os prêmios Nobel de Economia deste ano a Alvin Roth e Lloyd Shapley?
Samy Dana - Os principais conceitos dos estudos dos pesquisadores são as alocações de recursos da melhor maneira possível. Esse é um tema bastante recorrente na economia, inclusive porque algumas pessoas definem a economia como o estudo dos recursos escassos.
Isso porque reconhecemos diversas situações em que os recursos, e não só os financeiros, como é mais comum pensar, estão mal distribuídos, podendo haver outra distribuição que melhorasse o bem-estar de todas as partes, sem prejudicar o de ninguém.
Essas distribuições melhores necessitam de alguma intervenção para acontecer, como um contrato ou uma instituição, porque, normalmente, as pessoas não têm informação perfeita e não conseguem atingi-las sozinhas.
[...]

Como as pesquisas ajudam a escolher uma escola para seu filho?
As pesquisas ajudaram nessa escolha no caso americano, onde há um processo de seleção nas escolas de Ensino Médio. Nos Estados Unidos, os estudantes devem concorrer às vagas para as escolas de ensino médio.
Como poucos podem chegar às melhores, com o passar do tempo, os estudantes estavam colocando como sua primeira opção as piores escolas, para ter a garantia de aprovação, embora não quisessem estudar lá. Após as pesquisas dos dois [ganhadores do Nobel], criou-se um sistema que reúne as inscrições de todos os alunos, que devem ranquear 12 escolas de seu interesse. As escolas também devem especificar seus critérios de preferência e, assim, o sistema seleciona a melhor alocação possível.

No caso brasileiro, algumas escolas particulares realizam seus próprios exames de seleção e, nesse caso, o modelo funcionaria da mesma forma, os alunos deveriam prestar os exames das escolas de que gostassem. Também deveria  ter, mentalmente, uma ordem de preferência, e estudar naquela em que fosse aprovado e estivesse na posição mais alta de sua lista.

De que forma os estudos facilitam ou racionalizam o transplante de órgãos?
Caso uma mulher tivesse problemas em seu rim, por exemplo, e seu marido quisesse doar um dos seus para ela, mas não fosse um doador compatível, eles deveriam esperar até que um doador anônimo surgisse. Tal evento poderia demorar muito a ocorrer ou nem mesmo acontecer.
Os pesquisadores sugeriram, então, a criação de um sistema com cadastro das necessidades dessas pessoas, de modo que pessoas das mais diversas regiões pudessem doar a outras desconhecidas e assim salvar a vida dos cônjuges. Esse sistema foi implementado e funcionou nos EUA.

Pode explicar como as teorias auxiliam na escolha de um parceiro para namorar ou casar?
Lloyd Shapley desenvolveu, com outro pesquisador, David Gale, o chamado algoritmo Gale-Shapley, para criar casamentos estáveis. Suponha quantidades iguais de homens e mulheres. O algoritmo prevê que, na primeira rodada [de encontros feitos no estudo], os homens deveriam propor casamento a sua mulher solteira preferida. Ela deveria dizer "talvez" ao proponente que mais gostasse e "não" aos demais. Assim, casais seriam provisoriamente formados.
Na rodada seguinte, os homens solteiros devem propor novamente às mulheres, e essas devem novamente dizer "talvez" aos proponentes que mais preferirem e "não" aos demais (podendo ser inclusive, o seu parceiro provisório). Ou seja, a uma mulher é permitido "mudar para melhor".
O modelo prevê que, uma vez que uma mulher se case, ela deve estar sempre casada, mesmo que com parceiros diferentes. No final das rodadas, não poderá haver nenhum homem ou mulher solteira, e garante-se que os casamentos formados serão estáveis.

O que garante que esses casamentos se tornem estáveis?

É que o homem e a mulher sabem que não podem ficar com ninguém melhor que aquele parceiro. Foram rejeitados nas outras possibilidades.

Pode-se dizer, então, que existe uma "fórmula do amor"?

Sim, essa fórmula poderia ser o algoritmo Gale-Shapley.

Como aplicá-la na vida real e achar seu par ideal?
Na vida real, aplicar o modelo é bastante complicado, pois uma pessoa nunca conhecerá todos os homens ou mulheres do país ou até mesmo do mundo, mas, simplificadamente, é possível inferir que uma pessoa nunca deve deixar de flertar com alguém que prefira só por achar que não tem chances com aquela pessoa.
Da mesma forma, alguém nunca deve ficar com uma pessoa, sendo que há outra que ela prefira, flertando com ela.

E tudo isso garante um casamento duradouro e feliz?
Não, isso é só um modelo. Na vida real, as pessoas podem mudar de preferências ao longo do tempo e o desgaste do convívio pode fazer com que elas queiram terminar seu relacioname
nto.

06 setembro 2012

Mercado para tudo

É sempre interessante notar como aparece "mercado" para diferentes produtos e serviços. Segundo Market Designer surgiu na China um endereço na internet com 153 mil membros, homens gays, que querem encontrar mulheres lésbicas para matrimônio. Em alguns casamentos é também possível obter um certificado falso de infertilidade, para justificar, perante a família, a ausência de filhos, mantendo a aparência do casamento.

Mercado para tudo.

01 novembro 2011

Casamento como investimento


A celebridade Kim Kardashian casou com um jogador de basquete do New Jersey Nets em agosto deste ano.



Na ocasião, os noivos receberam 17,9 milhões de dólares pela cobertura da imprensa e outros eventos promocionais. Somente 2,5 milhões da revista People, com fotos exclusivas para os leitores.

Agora anuncia-se o divórcio. Foram 72 dias de casamento. Isto significa que os noivos ganharam 10 mil dólares por hora de casados (ou 5 mil dólares para cada um).

03 junho 2011

Prêmio Casamento

Francesca Cornaglia e Naomi Feldman fizeram uma pesquisa sobre a relação entre casamento, produtividade e salários dos jogadores de beisebol. O objetivo era mostrar que existe um “prêmio casamento”, onde os homens casados recebem mais que os solteiros. As autores usaram os dados do beisebol já que a série histórica de salários é longa (de 1871 até 2007), além de ser possível verificar também o efeito da produtividade. Os resultados mostram que existe o prêmio casamento, onde os homens comprometidos ganham até 20% mais dos solteiros. Existem diversas explicações para o efeito casamento, que já tinha sido demonstrado em pesquisas anteriores. Uma possibilidade é a discriminação do empregador, que prefere os homens casados. Outra possível explicação é que o efeito é inverso: os homens que recebem melhores salários possuem mais condições de arrumar uma mulher. Para as mulheres que estão aguardando o sim do seu amado, faça o download da pesquisa aqui

29 abril 2011

Casamento


O gráfico, da The Economist, mostra a evolução da idade no casamento, para o noivo (linha mais escura) e a noiva (linha mais clara). A conclusão é que as pessoas estão postergando o casamento.

 Ao mesmo tempo mostra também os casamentos reais (os círculos do gráfico).

25 janeiro 2011

Poligamia e Big Love

A série Big Love, que passa na televisão a cabo, mostra uma família e a discussão sobre poligamia. Eis alguns argumentos econômicos:

Alguns economistas, incluindo o vencedor do Prêmio Nobel Gary Becker, em seu Treatise on the Family, têm argumentado que a poligamia deveria aumentar a procura de mulheres e aumentar a eficiência do mercado de casamento.
A restrição do Governo nos contratos de casamento limita a escolha individual. Em princípio, a possibilidade de desfrutar de mais de uma esposa poderia incentivar os homens a um maior esforço competitivo com os outros. Algumas mulheres podem preferir a partilhar um marido rico a ter um marido desempregado e pobre todo seu. 

[Mas] a união poligâmica dá muitas vezes aos homens idosos o direito de coagir as mulheres jovens em relações de submissão e de controlá-las e seus descendentes. (The Economics of Big Love, New York Times, Nancy Folbre, 24 jan 2011)

O Canadá está pensando em aceitar a poligamia, já que algumas religiões (mulçumanos e algumas dissidências dos mórnons) aceitam. A aceitação decorreria da liberdade religiosa. Estudos passados mostram que a introdução da monogamia na Europa no início da Idade Média reduziu a desigualdade entre os gêneros, o conflito social e ajudou no desenvolvimento.