Translate

Mostrando postagens com marcador automóvel. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador automóvel. Mostrar todas as postagens

01 dezembro 2011

Redução de Custos na Toyota

Com a alta do iene, a Toyota, fabricante de carros japonesa, passou a ter prejuízo nas suas operações japonesas. Para contornar este problema, a empresa fez algumas adaptações interessantes na linha de montagem para redução de custos. A figura mostra três destas adaptações:

31 outubro 2011

Preço de Veículos 2

Em postagem anterior fizemos um comparativo sobre o preço de veículos, Para finalizar, tomei os preços dos automóveis usados em 2010 em relação a 2011 e fiz a comparação com o percentual de desvalorização em cinco anos.

Existe uma relação de 0,211 entre o índice de desvalorização do primeiro ano e o índice de desvalorização em cinco anos. Ou seja, o veículo que se desvaloriza mais no primeiro ano tem mais chance de ser aquele mais desvalorizado em cinco anos. Entretanto, apesar de significativa, a relação realmente não é tão forte quanto esperava.

Além disto, esperava que o índice de desvalorização no primeiro ano fosse maior que a média dos cinco anos. Isto realmente ocorreu para 61% dos cados (73 em 119), mas indica que nem sempre a desvalorização maior ocorre nos primeiros anos.

28 outubro 2011

Preço de Veículos


Fiz uma análise na tabela de preços de veículos usados do jornal Estado de São Paulo (edição de 23 de outubro de 2011). Nestes cálculos considerei somente o preço de 2011 e o preço de 2007, o último disponibilizado pelo jornal. Somente os automóveis com os dois preços foram considerados nos cálculos abaixo. A amostra totalizou 120  veículos de diferentes marcas e valores. O automóvel de maior preço inicial tem um valor de 270 mil reais para o comprador: um BMW X5 Sport. O de menor preço custa 21.600, um Uno Mile sem muito luxo.

Inicialmente o meu interesse era verificar qual seria a taxa de depreciação mais adequada para este tipo de ativo. Comparando o preço em 2011 e o preço em 2007 teria uma aproximação desta informação. O valor médio obtido foi de 31%. Considerando que temos quatro anos de uso, isto significa uma desvalorização média anual de 7,72%. Isto corresponde a uma vida útil estimada de 13 anos, aproximadamente. (Esta informação deve ser tomada com um certo cuidado, já que existem outros fatores que não foram levados em consideração. Por exemplo, o preço de um automóvel tende a reduzir mais nos primeiros anos. Irei comentar sobre isto em outra postagem)

O problema é que esta taxa sofre muita variação. Um Celta, da Chevrolet, teve uma desvalorização de 16,73% no período de quatro anos, a menor da relação. Já o Accord EX sofreu uma desvalorização de 57%, o que é um valor bastante expressivo. Além disto, a desvalorização também variou conforme a marca. Assim, os automóveis da General Motors desvalorizaram 24% em média, um pouco abaixo da Ford, Fiat e Volkswagen (em torno de 28%), mas distante da Honda (39%). Nesta estatística só considerei as empresas com mais de cinco automóveis na amostra.

Um aspecto interessante é que o valor da desvalorização possui uma relação estatística forte com o preço inicial (R2 = 0,508, vide gráfico a seguir). Ou seja, automóveis mais caros são aqueles que mais se desvalorizam.

Além da correlação, fiz um teste simples para verificar isto. Selecionei os trinta automóveis mais baratos e o trinta com o preço inicial mais elevado. Enquanto os veículos com preços menores sofriam uma desvalorização média de 23,36%, aqueles com maiores preços têm uma perda de 36,26%. Para ter certeza que os valores são diferentes, fiz um teste estatístico bem simples chamado teste de média. O resultado mostrou que realmente os valores são diferentes.

Observe que como o valor médio dos automóveis mais caros é de quase 140 mil reais, a desvalorização adicional, de 18 mil reais, corresponde a quase um automóvel Mille.

A razão para esta perda é fácil de ser explicada: os veículos usados mais caros geralmente não possuem um mercado comprador expressivo. Assim, a diferença na desvalorização pode ser explicada pela baixa liquidez do automóvel mais caro.

Assim, na próxima compra do seu automóvel, pense que um carro de maior preço possui uma perda na desvalorização.

25 outubro 2011

Corrupção

Começou ontem na Alemanha um dos maiores julgamentos envolvendo corrupção da história. No centro, a Fórmula 1 e seu proprietário, Bernie Ecclestone. O julgamento deverá durar três meses e a história, resumida, é a seguinte:

Gerhard Gribokowsky, ex-gerente de risco da Beyern LB está sendo acusado de receber propinas de 44 milhões de dólares referente a venda de ações da Fórmula 1 em 2006. Bernie Ecclestone (foto), atual dono, já admitiu que pagou este valor como "chantagem", não suborno. Gerhard nega e afirma que os valores referem-se a consultoria.

No momento que ocorreu o pagamento existia dúvida sobre a capacidade da Fórmula 1 continuar existindo, já que existia ameaça por parte de outras equipes.

O julgamento poderá colocar em risco a continuidade da Fórmula 1, já que a imagem de Bernie poderá levar os donos das equipes questionarem a condução do negócio.

O jornal The Telegraph fez uma cobertura interessante na edição de ontem: aqui, aqui, aqui e aqui

29 junho 2011

Valorização e Desvalorização

Os automóveis que mais sofrem desvalorização no seu preço de venda no Brasil, após um ano da compra:

Os automóveis que menos desvalorizam:


Fonte: aqui. Os valores devem ser considerados com cuidado, em especial os de desvalorização. São modelos com pouca vendagem, que sofrem problemas de liquidez. Além disto, a fonte não informa a quantidade de veículos por modelo que participou da amostra. 

02 janeiro 2011

10 março 2010

Toyota

Vikas Mittal, Rajan Sambandam e Utpal M. Dholakia analisaram 108 artigos do Wall Street Journal sobre a Toyota em fevereiro de 2010 e encontraram que 106 são negativos para a Toyota. Isto significa que a notícia dos problemas dos freios afetou a imagem da Toyota, certo? Na verdade, talvez não, pelo menos entre os donos do carro.

Pesquisando 455 donos de veículos da marca, os pesquisadores encontraram que eles estão felizes com a qualidade do automóvel, incluindo os freios.

24 abril 2009

Expectativas2



A tabela acima (fonte aqui) mostra os itens considerados essenciais num automóvel em duas datas: 1985 e 2007. Assim, um ar condicionado era essencial para 15,7% dos consumidores em 1985; anos depois, 90,4% acham que a presença do ar condicionado é fundamental.

O tempo aumentou as exigências do consumidor.

05 fevereiro 2009

Redução de custos na Fórmula 1

Os organizadores do campeonato de Fórmula 1 deverão apresentar a suas equipes um pacote de cortes drásticos nos custos para 2010, avançando bem além das medidas de economia acertadas até agora. Com a Honda à procura de um comprador para sua equipe e outras montadoras de carros vendo as vendas desabarem, a Fédération Internationale de l´Automobile (FIA), órgão dirigente da F1, avalia que o esporte precisa correr para sobreviver e apenas uma redução radical nos custos será capaz de evitar a desistência de mais equipes.

A FIA pretende reduzir as despesas das equipes mais fortes, controladas por montadoras, de mais de 300 milhões de euros anuais, para menos de 100 milhões de euros. Para as equipes independentes, a ideia é reduzi-las para 50 milhões de euros.

Redução de custos na Fórmula 1
Valor Econômico – 4/2/2009


Se os custos representam maior possibilidade de pontuar e ganhar o título, a pressão por redução nos custos poder aproximar-se de um "jogo" . Chame um especilista em Teoria dos Jogos, então.

23 dezembro 2008

A crise das montadoras chega ao Japão

Toyota prevê 1ª perda em 70 anos
O Estado de São Paulo - 23/12/2008

A japonesa Toyota Motor, maior fabricante de automóveis do mundo, informou ontem que deve registrar neste ano fiscal seu primeiro prejuízo operacional em 70 anos - a única vez em que a empresa apresentou perda foi em 1938, um ano após a sua fundação. Citando o fortalecimento do iene e a queda na venda de automóveis em mercados como Estados Unidos, Europa e Japão, a Toyota disse prever um prejuízo operacional consolidado de 150 bilhões de ienes (US$ 1,68 bilhão) no ano fiscal que termina em março. Apenas seis semanas atrás, a companhia, considerada uma referência da solidez econômica do Japão, previa um lucro operacional de 600 bilhões de ienes (US$ 6,7 bilhões) no atual ano fiscal.

“Trata-se de um tipo de emergência que nunca experimentamos”, disse o presidente da Toyota, Katsuaki Watanabe. O executivo afirmou que as rápidas mudanças nas condições do mercado dificultaram prever o resultado da empresa no próximo ano fiscal, mas espera que a Toyota possa reverter o prejuízo em lucro. A empresa espera cortar custos diminuindo ainda mais a produção e dispensando empregados temporários em fábricas no Japão, assim como com o adiamento de investimentos em novas fábricas em localidades como Mississippi, nos Estados Unidos, onde daria início à produção de seu bem-sucedido modelo híbrido Prius em maio de 2010. “Não é ainda possível dizer onde está o fundo do poço”, afirmou Watanabe.

QUEDA NAS VENDAS

A Toyota também reduziu sua projeção de receita para 21,5 trilhões de ienes (US$ 240 bilhões). A previsão anterior era de 23 trilhões de ienes (US$ 256,7 bilhões). As vendas globais, segundo as projeções anunciadas ontem, devem ficar em 8,96 milhões de automóveis, uma queda de 4% em relação às vendas do ano passado. As previsões iniciais da empresa para este ano eram de vendas de 9,5 milhões de veículos. A Toyota projetava ultrapassar, em 2010, a casa dos 10 milhões de veículos vendidos no mundo. Com a crise, esses números já foram revistos.

Além da queda nas vendas, a Toyota, como o resto das maiores exportadoras japonesas, não conseguiu superar os efeitos do fortalecimento do iene em relação às maiores moedas nas semanas recentes. O fortalecimento do iene significa que as vendas em dólares e euros valem menos na contabilidade da Toyota.

Apesar das previsões mais pessimistas, a direção da Toyota garantiu que não há planos de demissões de empregados - embora já tenha anunciado que vai reduzir pela metade o número de trabalhadores temporários em suas fábricas no Japão, que vai cair para 3 mil.

Mais sobre o assunto, aqui e aqui

19 dezembro 2008

A Regra



A foto mostra o contrato entre a Ford e o sindicato UAW. São 2215 páginas. Fonte: Aqui

Custo das Montadoras e a Decisão da Chrysler

Foi anunciado que o custo hora da mão-de-obra das três tradicionais montadoras dos EUA é de 75 dólares à hora (vide David Leonhardt para o NYTimes). Este número mágico é composto de três partes, a saber:

a) salários, hora-extra e férias, que corresponde a 40 dólares a hora

b) benefícios, pensão e plano de saúde, que representa 15 dólares a hora. A soma representa, pois 55 dólares a hora, que corresponde ao custo de uma montadora nova (sem aposentados para sobrecarregar o passivo)

c) Benefícios de aposentados, que representa 20 dólares do total.

As montadoras que resolveram instalar em ambientes sem sindicatos possuem um custo de 45 dólares a hora, um pouco abaixo do custo apresentado acima.

O problema são os custos fixos. O item de aposentadoria encontra-se neste caso. Os custos fixos são aqueles que independem da quantidade produzida e demandada.
Com a demanda em queda e o fechamento provisório de fábricas, o custo fixo não é eliminado. Ele ainda continua a existir.
Vide, aqui também

03 dezembro 2008

Brinquedo versus Realidade



Valor de mercado da General Motors, que fabrica carros como Cadillacs: $3.2 bilhões de dólares.

Valor de mercado da Mattel Inc., que faz carros como Hot Wheels : $4.9 bilhões.

Fonte: Aqui via Aqui (Fonte da foto, aqui)

18 novembro 2008

A explicação está no Custo

O gráfico abaixo (retirado de Cost Differences, Mankiw) mostra a razão das dificuldades das montadoras: salário hora comparativo. As três maiores possuem uma média de 72,31 de custo por hora. As japonesas, 44,20. Ou seja, o problema é estrutural.