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Mostrando postagens com marcador arte. Mostrar todas as postagens
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05 março 2014

Excentricidade na arte

Em geral quando pensamos em artistas, associamos uma figura excêntrica, com ar desleixado e vestimenta pouco convencional. Lady Gaga (foto) apareceu recentemente com um vestido feito de carne. Secos e Molhados fizeram sucesso cantando com rostos pintados e roupas exóticas. O estereotipo do artista possui, aparentemente, a finalidade de aumentar o valor da sua arte.

Uma série de experimentos mostrou que se as pessoas ficam sabendo que um trabalho foi feito por um artista excêntrico isto aumenta seu valor. Quando eram informados que a obra era feita por alguém com uma personalidade excêntrica, os participantes avaliaram de maneira mais positiva. A excentricidade só não rendia frutos para o artista quando a atitude era falsa, uma jogada de marketing.

Leia mais:
Wijnand ADRIAAN Pieter van Tilburg e ERIC RAYMOND IGOU (2014). De Van Gogh a Lady Gaga: Artista excentricidade aumenta percebido habilidade artística e apreciação da arte. European Journal of Social Psychology (via aqui)

11 janeiro 2014

Pintura vendida por US$5,7 milhões


As duas figuras parecem iguais. Mas não são. À esquerda, o desenho é de Chris Foss para o livro de Isaac Asimov . Ã direita, a tela é de Glenn Brow, mais recente. Trata-se de uma recontextualização, na qual um trabalho artístico é transformado em um novo trabalho, com repetição de temas existentes no original.

A tela de Brow foi vendida por 5,7 milhões.

É difícil avaliar uma obra de arte.

07 janeiro 2014

Mercado de Arte Chinês e a dificuldade de Avaliação

Em postagem anterior comentamos de alguns dos problemas da avaliação de uma obra de arte. Para o caso no mercado de artes é muito difícil usar as técnicas tradicionais de avaliação, como o fluxo de caixa descontado. Mesmo um painel com opinião de especialistas pode apresentar divergências substancias.

O mercado de artes chinês mostra que o próprio mercado não é um parâmetro adequado. Nos últimos anos, os artistas chineses estão dominando as vendas neste mercado (gráfico). Em 2011 três dos cinco maiores artistas em termos de vendas eram chineses. Um deles, Chang Daí-Chien, um artista que chegou a viver em Mogi das Cruzes, teve suas obras vendidas por quase meio bilhão de dólar.


Existem diversas explicações para a explosão do mercado de artes chinês e da distorção do preço das obras. A mais obvia refere-se a qualidade das obras e o valor das peças seria um reflexo desta qualidade.

Uma segunda explicação é que as obras chinesas chegam aos leilões, enquanto as obras de outros países ou estão nos museus, onde provavelmente não serão levadas ao mercado, ou são transacionadas entre as partes, com pouca divulgação. Esta explicação precisaria de um maior suporte de dados.

Outra possibilidade para explicar a explosão do mercado de artes da China é que neste país a arte pode ser uma maneira de suborno elegante. Em lugar de dinheiro, doa-se um quadro de Chang Daí-Chien, que é um “presente” difícil de rastrear e mais elegante.

Quarto, a resposta pode estar no próprio mercado. Um estudo de um das transações mostrou uma pintura de Qi Baishi, vendida por 65 milhões de dólares, não aconteceu de fato. Depois do leilão da obra, o ganhador não efetuou o pagamento, questionando a originalidade da obra. Isto parece ser um fato comum na China, indicando que o preço dos leilões não é um parâmetro adequado.

Quinto, a liquidez do mercado de artes da China é bastante elevada. Uma pintura de Qi Baishi foi vendida quatro vezes em dez anos. Isto não é comum no ocidente. A maior liquidez das obras chinesa pode ser resultante da existência de uma bolha especulativa do mercado chinês. Parte desta liquidez poderia ser explicada pelo “presente” dado: um empresário compra uma obra de Qi Baishi para presente um funcionário do governo; este, por sua vez, transforma o mimo em dinheiro, levando o quadro ao leilão. Outro empresário compra este quadro para presentear outro funcionário.

Mas o mercado de arte chinês tem um problema adicional: a dificuldade de identificar as obras pelo período em que foi realizada. Enquanto um diletante consegue discernir entre um quadro de um pintor francês do final do século XIX de um pintor espanhol do início do século XX (ou mesmo um quadro de Picasso da fase azul da fase rosa), isto não é possível na pintura chinesa. Um quadro chinês poderia ter sido pintado há 300 anos ou recentemente.

Para complicar ainda mais, os próprios grandes artistas chineses se dedicaram a falsificar suas obras, como é o caso de Chang Daí-Chien (muito embora a questão de falsificação também andou perto de alguns grandes nomes da pintura ocidental, como Dalí).

Para contabilidade, a questão do mercado de arte chinês pode representar um interessante estudo de caso da dificuldade de mensurar obra de arte.

Leia mais em SALMON, Felix. China´s broken art market

04 janeiro 2014

Valor de uma obra de arte

Banksy é um dos artistas modernos mais conhecidos. Recentemente ele inovou, vendendo seus produtos num camelô em Nova Iorque por 60 dólares cada pintura. Só que ninguém sabia que estava sendo ofertada uma pintura original de Banksy e o resultado foi vendas de 420 dólares, sendo que em alguns casos o camelô teve que fazer um desconto.



Uma semana depois três pessoas resolveram vender imitações da obra de Banksy por 60 dólares cada. Cada trabalho era uma replica das peças que Banksy tentou vender uma semana antes. E o local era o mesmo da venda fracassada. Além disto, os artistas deixaram claro que as obras eram falsas. Estavam à venda 40 peças falsificadas de Banksy, com um “certificado de imitação”. As peças foram vendidas em um hora. O vídeo encontra-se a seguir:



Este “experimento” ilustra a dificuldade de mensurar o valor de uma obra de arte e questiona os motivos que levam as pessoas a comprarem obras de arte.

O fato de Banksy evitar vender sua obra de maneira convencional, mostra que este mercado depende do “nome” do artista, não da qualidade da obra de arte.

16 outubro 2013

Arte ou nome?

Banksy é um conhecido artista de rua britânico. Usando grafiti, Banksy desenha em ruas, muros e pontes. Mas ele não vende seus trabalhos diretamente, embora alguns leilões já foram feitos dos seus murais.

O artista inovou agora: resolveu vender seus trabalhos através de um artista de rua. Conseguiu 420 dólares, já que ninguém sabia que estava comprando um Banksy.

04 outubro 2013

Valor: 60 milhões de dólares


O quadro acima, pintado por Andy Warhol, poderá ser vendido por 60 milhões de dólares. A obra é de 1962. Este não é o primeiro quadro de Warhol sobre o tema. Outra obra foi vendida por 35 milhões de dólares em 2010.

06 julho 2013

Frase



"Quando banqueiros se reúnem, conversam sobre arte. Quando artistas se reúnem, falam sobre dinheiro."

— Oscar Wilde