Translate

Mostrando postagens com marcador aluno. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador aluno. Mostrar todas as postagens

10 fevereiro 2013

Estudar para aprender


Muitos de meus alunos e mesmos meus colegas de profissão me questionam, quanto ao desenvolvimento do hábito de estudar. Principalmente quando sou flagrado nessa afronta inacreditável de estudar todos os dias, seja preparando minhas aulas ou aprendendo algo novo.

Estudar é um conceito chave e caracteriza o ato mais frutífero no processo de ensino-aprendizagem. Quando alguém está estudando, está criando uma oportunidade de aprender. Está hierarquizando procedimentos que proporcionam os elementos essenciais para a construção do conhecimento. O estudar e o aprender estão intimamente relacionados.

Daí o óbvio que muitos querem ignorar:
Para realmente aprender é preciso estudar.

É imperativo que tanto estudantes e professores, sejam capazes de construir ambientes de aprendizagem. Em síntese um ambiente que proporciona as condições mais favoráveis para o estudo, o que não se resume obviamente na concepção de modelos puramente instrucionais, onde a informação é simplesmente disponibilizada com certo didatismo, em via única, indo do instrutor ao aprendiz. Supondo-se na maioria das vezes que este último seja tábula rasa. Um mero recipiente a ser preenchido.

Do ponto de vista filosófico, um ambiente de aprendizagem deve ser antes de tudo um ambiente de estudo dentro de um mundo de instrução capaz de envolver a atividade hermenêutica de construir interpretações.

Em outras palavras a informação só pode ser útil, se dela, se obtém a capacidade de elaborar uma nova concepção da própria realidade. A descoberta deste saber que se tornará alavanca da evolução individual e possibilitará a sua nova leitura de mundo.

Consistente com estes argumentos filosóficos, por exemplo, o estudo de determinada lei natural, não deve limitar-se à simples memorização do enunciado da lei, ou ao estabelecimento de algoritmos de aplicações de sua formalização matemática.

Estudar, em seu pressuposto hermenêutico, caracteriza um conjunto de operações mentais, que possibilitem a formulação de hipóteses, a modelagem de ensaios, o exame dessas hipóteses e a construção de interpretações e previsões de resultados, como reflexo desse modelo, dentro de um determinado contexto prático.

Do aprendizado desse novo conteúdo, o aprendiz terá evoluído o seu discurso, sua forma de pensar e evidentemente sua conduta no mundo do fazer. Nesse ponto o processo ensino-aprendizagem torna-se, a meu ver, algo mais abrangente que denominamos “educação”.

Aliás, é justamente esse elemento de contextualização, que apresenta um papel preponderante, como elemento que desperta a atenção, na construção de um aprendizado pleno de significado que prepara o indivíduo para o mundo e o torna efetivo. O torna cidadão.

O modelo deve ser projetado para ajudar o aprendiz a construir um conhecimento útil em lugar de informação inerte, que simplesmente ilustra.

Deve ser dada ênfase num determinado enfoque que gere interesse e permita que o aprendiz se identifique com o problema e passe a prestar atenção à sua própria percepção e na forma que se dá a construção dessa compreensão e da solução do problema.

Assim o aprendiz, hierarquizado a estudante, pode ser apresentado à informação pertinente a essas percepções, de forma que seu aprendizado seja efetivo e possibilite, a posteriori, aplicar analogamente esse know how desenvolvido na construção de soluções para novos problemas, tornando-se autônomo.

A meta principal de um ambiente de aprendizado é possibilitar ao estudante a percepção das características críticas da situação problema, experimentar as mudanças em sua percepção e entender como se pode analisar a situação por pontos de vistas inovadores.

Porém, a questão determinadora, que tange a meta principal, até no pressuposto de torná-la viável ou não, seria a que se resume no “como” se deve projetar um ambiente de aprendizagem? Ou, em outras palavras, quais são os atributos essenciais que caracterizam um ambiente de estudo?

Do ponto de vista do educador, se inicia simplesmente pelo ato de encantar. De mostrar que o universo a ser aprendido é a cada dia um brinquedo novo.

Do ponto de vista do educando, se inicia com a sua coragem. Coragem de aceitar desafios. De colocar o seu esforço como prioridade. Descobrindo que existem brinquedos muito trabalhosos e que nem por isso deixam de ser divertidos.

Quando o educando aceita a sua parte na responsabilidade de aprender e tornar-se parte da solução ele naturalmente se transforma em educador. Primeiro de si mesmo. E a posteriori dos demais.

O êxito do aprendiz é quando naturalmente ele se transforma também em professor.

O êxito do professor é quando ele descobre humildemente que nunca deixará de ser aprendiz – pois existem neste mundo muitas coisas a se conhecer – e neste ponto ele transcende sua condição de instrutor e se transforma em educador. Estudando sempre e inspirando seus alunos com suas ações a estudarem com alegria e aprenderem com prazer, pois, nas palavras do poeta inglês William Yeats:

“Educar não é encher um cântaro, mas sim, acender uma chama”.

18 outubro 2012

Professor, revisa a minha nota?

Eu sempre falo deste vídeo para as pessoas. Vi em uma postagem antiga do Professor David Albrecht. Não foi ele quem fez, foi encontrado no YouTube. Está sem legendas.

Eu estava com planos de acrescentá-las mas desisti. Tem me faltado tempo. Caso alguém encontre o vídeo com legendas, por favor nos informe. ^.^



05 outubro 2012

Professor

"Uma das minhas responsabilidades é ajudar os estudantes a se prepararem mentalmente para a semana de provas. Eu sempre acreditei que devo ajudar a motivar os alunos. E porque não? Eu sou treinador e mentor. Se os alunos não recebem encorajamento da minha parte, então de onde irão receber?"

David Albrecht - Pondering the Classroom

16 setembro 2012

Nível de cola: especialista

Em uma das postagens sobre o que não foi ensinado na pós-graduação, ressalta-se que alunos colam. Na quarta-feira o professor David Albrecht publicou sobre o assunto:

E acrescentou:
“Não tenho certeza da mensagem que esta imagem quis passar. Quiçá que alguns trapaceiros são incontroláveis. Ou que uma cola de mestre é admirável. Talvez a mensagem seja que, por ser inevitável, não há problema em fazê-lo.”

15 setembro 2012

Trabalho de Conclusão de Curso - TCC


Hoje uma postagem básica para os alunos de graduação que irão escrever o trabalho de conclusão de curso. Temos outras postagens no blog que tratam melhor cada ponto descrito aqui.

Vou utilizar como exemplo o artigo “O Tratamento dos Ativos Não Operacionais na Avaliação de Empresas: Teoria e Prática” de Luciana Miyuki Ikuno, Isabel Cristina Henriques Sales e César Augusto Tibúrcio Silva, publicado em 2011 no volume 6 da revista “Perspectivas Contemporâneas”.

- O seu trabalho, basicamente, terá uma “espinha de seções” assim:
1. Introdução
2. Referencial Teórico
3. Proceder Metodológico
4. Resultados e Análises
5. Considerações Finais

Você pode criar subseções de acordo com o seu estilo (desde que não seja apenas uma, por exemplo, a 2.1 sem haver uma 2.2).

Na “Introdução” você irá contextualizar a sua pesquisa, escrever o objetivo do trabalho, o problema de pesquisa e a justificativa. No “Referencial Teórico” você deve aprofundar o assunto que está sendo pesquisado. No “Proceder Metodológico” você escreverá o desenho do seu trabalho, como ele foi desenvolvido, quais foram as fases, a amostra, o espaço temporal, os outliers... Você deve escrever para me permitir entender cada passo da sua pesquisa de forma que eu possa reproduzi-la. Nos “Resultados e Análises” você irá apresentar os resultados da sua pesquisa e interpretá-los. Não adianta, por exemplo, colocar uma tabela e não fazer inferências do que está sendo apresentado. Se esforce! Nas considerações finais você vai concluir a sua pesquisa e sugerir novos trabalhos que podem ser desenvolvidos com base no seu. Não se empolgue na tentativa de valorizar a sua pesquisa e escreva na conclusão assuntos que não foram tratados no seu trabalho.

Mais ainda, saibam que o que vocês escrevem tem que ser acompanhado das devidas referências. Não é como na escola, quando a professora te pedia para escrever um trabalho sobre, digamos, rinocerontes, e você saia copiando enciclopédias, livros, redigindo um texto sem autores no corpo do trabalho, mas, no momento de listar as referências bibliográficas, saia escrevendo o nome de várias fontes distintas para mostrar que utilizou diversos materiais. Não, não é mais assim.

- Você só cita no referencial o que citou no corpo do trabalho. Isso implica que: para citar nas referências, você deve ter citado a fonte na pesquisa.

Por exemplo:

De acordo com Hitchner (2003), ativos não operacionais são aqueles ativos que não são necessários para as operações em andamento da empresa. Entre os principais ativos que podem ser considerados como não operacionais estão o caixa e equivalentes de caixa; investimentos em ações e títulos de outras empresas; investimentos em outras entidades e; ativos que não geram fluxos de caixa, mas que podem conter valores significativos (DAMODARAN, 2005).

Note que escrevemos citando, de forma indireta, dois autores. Nas referências deverão constar os dois trabalhos (em ordem alfabética), assim:

DAMODARAN, Aswath. Dealing with cash, cross holdings and other non-operating assets: approaches and implications. Social Science Research Network, set. 2005. Disponível em: . Acesso em: 25 maio 2011.

HITCHNER, James R. Financial valuation: Applications and Models. Nova York: John Wiley & Sons, 2003.

Para se sentir mais seguro, antes de escrever leia alguns artigos (procure no Scholar Google, por exemplo), converse com o seu orientador e com o professor de metodologia científica. Sua graduação está quase acabando e não deve ser encerrada com descaso. Além de absorver tudo o que te foi transmitido durante as aulas, é importante que você se esforce em deixar alguma retribuição científica.

Repito que: temos outras postagens no blog que tratam melhor cada ponto descrito aqui.

Dentre outros, consulte:

26 julho 2012

Contabilidade pública

O professor Romildo Araújo, de Contabilidade Pública, fez uma coletânea de "pérolas". Eis a lista completa:

Nestas últimas décadas, fazem parte dos programas de governo a educação, a saúde, o transporte e A FOME.

 Se o país continuar com essa consciência, de que “O Brasil é para todos” , a médio prazo seremos uma das nações mais ricas do mundo e o G8 MUDARÁ SEU NOME para G9.

 Em vista das grandes dificuldades que INSISTEM EM PERSISTIR no Brasil, deve-se priorizar investimentos em saúde, educação e saneamento...

 O gasto público para redução da pobreza só será bem executado , se houver uma boa EQUILIBRAÇÃO do orçamento público.. que fica a despesa e PREVER a receita .

 O legislador, pela própria lógica, traz em primeiro lugar os princípios teóricos fundamentais, que balizam todo o conhecimento constituído sobre o gasto público. (EMROLATION!!!)

 Diante desses fatos, cabe à Administração Pública zelar pela PROBIDADE DOS RECURSOS PÚBLICOS, e isto está estatuído na Constituição Federal, em que estão descritos princípios, diretrizes e processos, formando uma unidade jurídica abrangente.


Cremos que está nessa estrutura o princípio da transparência, da DIRIMIÇÃO DAS AMBIGUIDADES, da CLAREZA que deve caracterizar e reduzir as desigualdades sociais entre regiões, segundo critério populacional.


Sobre o Bolsa-família ... programas como esses visam apenas transformar condições subumanas, tornando-as mais humanas. ... é notório que políticas públicas nessas áreas capacitam as pessoas a buscarem melhorar suas vidas, a pobreza diminui e o brasileiro encontra-se mais ADEQUADO a enfrentar os problemas de uma vida cotidiana.

 No Brasil, os programas finalísticos são planejados em planos de médio e curto prazos.

 Exemplo de uma política social, serão os gatos relacionados à realização da copa do mundo de 2014.

Exemplo desses investimentos no governo brasileiro são os programas, como: fome-zero, bolsa-família, bolsa escola, SALÁRIO-FAMÍLIA, meu primeiro emprego; e outros, que por exemplo, AJUDA a população a adquirir seu primeiro imóvel.

As receitas dos estados estão sendo MÁS distribuídas ...

Um país só consegue desenvolver-se plenamente quando seus cidadãos possuem uma vida digna, tanto intelectual quanto EXISTENCIAL...

12 julho 2012

Educação e Finanças Comportamentais

Desde que surgiu, na década de setenta, as finanças comportamentais tem sido usada em diversos campos. Uma pesquisa recente, realizada nas escolas da cidade de Chicago, mostrou que é possível aplicar os conceitos desta área na questão dos incentivos aos estudantes.

Recentemente, algumas tentativas têm sido realizadas no sentido de dar incentivos financeiros para os alunos aprenderem. Os alunos que conseguem mostrar que conhecem o conteúdo são premiados com dinheiro. A pesquisa realizada leva o que nós conhecemos na área comportamental para a escola. Os estudiosos fizeram uma série de experimentos para saber qual tipo de incentivo funciona.

Usando testes aplicados a alunos, com duração entre 15 a 60 minutos, procurou-se saber se o dinheiro dado para os estudantes pelo seu desempenho ou a recompensa não monetária (um troféu) funciona. Para fazer sua pesquisa, os alunos ficaram sabendo do incentivo imediatamente antes do teste que eles teriam que responder. Isto garante que os alunos não se preparariam para a avaliação somente com a finalidade de ganhar o prêmio.

Para garantir a qualidade dos resultados, os alunos eram sorteados quanto ao tipo de incentivo: baixo incentivo financeiro (dez dólares), alto incentivo (vinte dólares) e incentivo não monetário. Os resultados encontrados são interessantes. Os pesquisadores encontraram que os incentivos monetários funcionam, incluindo aqui o tamanho: quem ganhou mais (vinte dólares) teve um desempenho superior a quem ganhou menos (dez dólares).  Além disto, os incentivos são mais poderosos quando parece envolver “perdas”. É o conceito de aversão à perda em funcionamento: sob a ameaça de perder dinheiro, o esforço, e o resultado, é melhor.

Mas os resultados mostram que a questão do incentivo, e seu funcionamento, é complicado, variando conforme o gênero, a idade e outras características do estudante. Por exemplo, os incentivos não financeiros têm efeitos sobre o desempenho, principalmente entre os mais jovens. Já nos alunos mais velhos a recompensa financeira funcionou melhor.

Um aspecto curioso da pesquisa: quando a recompensa é dada um a dois meses após o resultado – e não logo após - o desempenho do teste não apresenta melhoria. Em termos financeiros isto confirma uma desconfiança antiga dos pesquisadores sobre os jovens: eles possuem uma elevada taxa de desconto. (Quando a taxa de desconto é muito alta, o valor atual do prêmio é muito menor, tendo pouco efeito sobre o comportamento do aluno)

Para ler mais:
LEVITT, S; LIST, J; NECKERMANN, S; SADOFF, S. The Behavioralist goes to School: Leveraging Behavioral Economics to Improve Educational Perfomance. NBER, 18165

09 fevereiro 2012

Rir é o melhor remédio

Ingressos para ver o time do coração: R$ 40,00

Vestido novo para formatura: r$ 180,00

DVD da banda favorita: R$ 35,00


----PORÉM...

Somar 4 páginas de contas patrimoniais na HP12C e ver no visor que o ATIVO fechou com o PASSIVO durante uma prova de contabilidade:

... I S S O N Ã O T E M P R E Ç O ! !

Autor: Wailen Antonio
Fonte: Vida de Contador

07 fevereiro 2012

Vestibular UnB 01/2012

O resultado do vestibular da Universidade de Brasília saiu hoje. Assim como relatamos no resultado do PAS, a maioria é composta por... isso mesmo! Mulheres! \o/ De 69 aprovados, 37 são representantes da força feminina.

Vi que alguns candidatos já estavam na lista de aprovação do PAS, como a Naína Barbosa, irmã do mestre - e super leitor do blog - Glauber Barbosa. Dupla aprovação! Que belo!

Felicitações aos novos alunos. Que seja uma caminhada formidável e gratificante!


27 janeiro 2012

PAS 2012

Hoje saiu o resultado do Programa de Avaliação Seriada da Universidade de Brasília. Para Ciências Contábeis foram aprovados 69 alunos, sendo a maioria mulheres. A contabilidade, que costuma apresentar um público preponderantemente masculino, dá as boas vindas aos calouros e, em especial, às 41 novas graduandas. Que vocês carreguem a loucura suficiente para mudar o mundo. Por que não? ^.^

20 maio 2011

Síndrome do estudante

Postado por Pedro Correia

Segundo a Wikipedia:

"A síndrome do estudante refere-se ao fenômeno que muitos estudantes só vão começar a se dedicar inteiramente a uma tarefa logo antes do prazo final. O termo foi originado no livro Critical Chain de Eliyahu M. Goldratt.[1]

Por exemplo, se um grupo de estudantes vai até um professor e pede por um adiamento do prazo final de entrega. Os alunos provavelmente irão argumentar que os projetos serão melhores se houver mais tempo para trabalhar neles; isso é solicitado com a intenção de distribuir o tempo de trabalho pelo tempo que sobra até o prazo de entrega. Porém, a maioria dos estudantes terá outras tarefas ou eventos que também demandam seu tempo. Logo, eles vão acabar se encontrando na mesma situação que começaram, desejando ter mais tempo livre, conforme a data limite se aproxima. "Sempre há algo a ser feito".

[1] Eliyahu M. Goldratt introduziu as ideias da teoria das restrições na gestão de negócios no seu livro: "A Meta: Um Processo de Melhoria Contínua". Leitura obrigatória para contadores.

Alunos: sempre os mesmos

Alunos: sempre os mesmos – Escrito por Juliana Cunha, Postado por Isabel Sales

“Uma vez, no colegial, perguntei ao meu professor de inglês super legal e simpático se ele não se entediava com o fato de que os alunos eram sempre iguais. Na época, minha cabeça de ensino médio concebia duas respostas: ou ele seria educado e diria que éramos todos muito originais e diferentes; ou seria sincero e diria que realmente era bem chatinho conviver com clones de ninguém ano após ano.

Em vez disso, ele respondeu algo como: “No começo, eu amava os alunos por sua originalidade, o que não durou muito porque, né, vocês não são originais, todo ano vem uma nova leva de pessoas bem parecidas. Hoje eu acho que é na própria repetição dos tipos que se concentra o amor do professor. Porque se a cada ano a gente conhecesse pessoas inteiramente novas, seria muito difícil nos apegarmos a elas e mais difícil ainda vê-las ir embora no fim do ano. O fato de serem sempre os mesmos me deixa pronto para amar imediatamente aquele aluno barulhento do fundo da sala sob a luz do amor que senti por todos os outros barulhentos que vieram antes dele”.

Faz tanto tempo que eu faço Letras (minha mãe não curte) que já me sinto totalmente apegada até mesmo àqueles eternos alunos especiais do mestrado e ao pessoal que disfarça desemprego com aprendizado (ou não) de línguas exóticas. Até o final do curso estarei abraçando todos os eles no corredor sem nem saber os nomes.”


Fonte: Aqui

O blog “Já Matei por Menos” é de autoria de Juliana Cunha, repórter freelancer na Folha de São Paulo (e também estudante de letras na USP, comunicação Visual no Senac, colaboradora do blog “Oficina de Estilo”, famoso entre a mulherada!). Essa é uma das minhas postagens prediletas do blog da Juliana, que indico. Espero que gostem!


24 julho 2010

Rir é o melhor remédio

O Sermão da montanha (*versão para educadores*)

Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem.
Ele os preparava para serem os educadores capazes de transmitir a lição da Boa Nova a todos os homens.
Tomando a palavra, disse-lhes:

- "Em verdade, em verdade vos digo: Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus. Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Felizes os misericordiosos, porque eles..."

Pedro o interrompeu:
- Mestre, vamos ter que saber isso de cor?

André perguntou:
- É pra copiar no caderno?

Filipe lamentou-se:
- Esqueci meu papiro!

Bartolomeu quis saber:
- Vai cair na prova?

João levantou a mão:
- Posso ir ao banheiro?

Judas Iscariotes resmungou:
- O que é que a gente vai ganhar com isso?

Judas Tadeu defendeu-se:
- Foi o outro Judas que perguntou!

Tomé questionou:
- Tem uma fórmula pra provar que isso tá certo?

Tiago Maior indagou:
- Vai valer nota?

Tiago Menor reclamou:
- Não ouvi nada, com esse grandão na minha frente.

Simão Zelote gritou, nervoso:
- Mas porque é que não dá logo a resposta e pronto!?

Mateus queixou-se:
- Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!

Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:
- Isso que o senhor está fazendo é uma aula? Onde está o seu plano de curso e a avaliação diagnóstica? Quais são os objetivos gerais e específicos? Quais são as suas estratégias para recuperação dos conhecimentos prévios?

Caifás emendou:
- Fez uma programação que inclua os temas transversais e atividades integradoras com outras disciplinas? E os espaços para incluir os parâmetros curriculares gerais? Elaborou os conteúdos conceituais, processuais e atitudinais?

Pilatos, sentado lá no fundão, disse a Jesus:
- Quero ver as avaliações da Provinha Brasil, da Prova Brasil e demais testes e reservo-me o direito de, ao final, aumentar as notas dos seus discípulos para que se cumpram as promessas do Imperador de um ensino de qualidade. Nem pensar em números e estatísticas que coloquem em dúvida a eficácia do nosso projeto. E vê lá se não vai reprovar alguém! Lembre-se que você ainda não é professor efetivo...

Jesus deu um suspiro profundo, pensou em ir à sinagoga e pedir aposentadoria proporcional aos trinta e três anos. Mas, tendo em vista o fator previdenciário e a regra dos 95, desistiu. Pensou em pegar um empréstimo consignado com Zaqueu, voltar pra Nazaré e montar uma padaria...

Mas olhou de novo a multidão. Eram como ovelhas sem pastor... Seu coração de educador se enterneceu e Ele continuou... como nós sempre continuamos. ..

Seja feita a sua vontade


(Enviado por Alexandre Alcantara, grato)

02 janeiro 2010

Rir é o melhor remédio



O aluno chega atrasado e o professor manda sair. No dia seguinte, uma abordagem diferente, com resultado. Fonte: funnyplace