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Mostrando postagens com marcador Teoria dos Jogos. Mostrar todas as postagens
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16 abril 2009

Economia experimental e Economia Comportamental

“Eu nunca entendi direito a diferença entre economia experiemental e economia comportamental. Minha impressao é que isto é simplesmente uma questão de atitude diante da teoria dos jogos: experimental a favor, comportamental contra. O viés anti-teoria dos jogos não é dos fundadores Kahneman e Tversky.

Noam Nisan, via Market Designer

26 março 2009

Nash e sua dissertação

Nash ficou conhecido pelo filme Uma Mente Brilhante. Mas venceu o Nobel de Economia por sua contribuição na área de Teoria dos Jogos. Aqui tem um link para sua dissertação, escrita após a II Guerra Mundial.

Peter Klein o fato do trabalho não ter nenhuma discussão sobre sua aplicação, ser pobre de bibliografia e ter somente 27 páginas. Com estas características, Nash provavelmente não seria aprovado num programa de pós-graduação do Brasil e teria dificuldades de publicar seu trabalho.

11 fevereiro 2009

Valor dos Ativos Tóxicos 2

Qualquer que seja o preço a ser fixado pelo governo haverá um processo de transferência de riqueza, dos contribuintes para os acionistas das instituições que receberão o apoio. A questão é mais complexa quando se tem a possibilidade de um preço “elevado”. Em tais situações, como existe um mercado – com baixa liquidez, é verdade – a determinação poderá beneficiar aqueles que adquiriram os títulos a um valor menor.

Se o preço for baixo, o comprador atual destes títulos poderá sofrer uma perda. Mas é importante lembrar que este comprador é também um investidor, que deveria saber dos riscos do seu investimento. Além disto, a fixação de preço mais baixo permite que um número maior de agentes seja beneficiado com um programa de socorro.

Para a entidade que possui os títulos registrados pelo valor histórico, o preço mais elevado poderá resultar num menor valor de baixa contábil, reduzindo seu prejuízo e beneficiando os acionistas.


A situação é mais interessante de analisar quando consideramos uma entidade que ainda não negociou seus títulos e quer saber qual a decisão a tomar. Vamos imaginar, num pequeno exemplo, que a empresa está diante da possibilidade de negociar agora seus ativos pelo valor de mercado ou esperar o governo determine os preços. Vamos também supor que se o governo determinar seu preço, este será o novo parâmetro do mercado. A empresa deverá ou não negociar?

Para melhor exemplificar, suponha um título com valor nominal de $100, valor de mercado de $50. O governo pode adotar duas possibilidades: preço de $60 e preço de $40.

Se adotar um preço de $60 e a entidade não tiver negociado o título, sua baixa contábil será de $40. Ocorrendo a negociação, a empresa a baixa contábil será de $50.

Caso o governo tenha decidido fixar o preço em $40. Tendo a entidade negociado o título antes do anúncio o governo, sua perda será de $50 (e o mercado perde $10). Se não negociou, sua perda será de $60.

Preço do Governo = 60 Preço do Governo = $40
Não negociou Baixa = $40 Baixa = $60
Negociou Baixa = $50 Baixa = $50

Qual a estratégia a adotar? Tudo irá depender a probabilidade. Caso a probabilidade do governo adotar um preço de $60 seja 50% , a empresa será indiferente quanto a decisão (mas provavelmente irá vender hoje, em razão do valor do dinheiro no tempo).

18 dezembro 2008

Teoria dos Jogos e Indústria Automobilística

A questão da indústria de automóveis no mundo pode ser considerada sob a ótica da Teoria dos Jogos. Existe uma grande capacidade de produção no mundo. Se os governos insistirem em apoiar as empresas existentes para evitar a falencia, as empresas continuarão com o problema de capacidade, sempre com potencial de falência e com necessidade de subsídios.

Aqui via Marginal Revolution

28 dezembro 2007

Pôquer e a Vida

Uma interessante reportagem da The Economist (A big deal) mostra o crescimento do jogo de Pôquer nos últimos anos. A vitória da jovem Annette Obrestad no WSOP (não sei o que é isto, mas deve ser algo relevante para os jogadores). São dois pontos relevantes apresentados pelo texto: a importância do jogo no mundo atual e questão dos seus benefícios/prejuízos.

Quanto a importância, os números são impressionantes. O pôquer está presente na televisão, sendo seus jogos transmitidos com câmeras que permitem ao espectador conhecer as cartas que estão no jogo. Mais do que isto, a audiência faz com que o jogo seja o terceiro esporte (?) mais visto na televisão a cabo dos Estados Unidos, após corrida de automóvel e football americano, mas na frente da NBA. A ESPN World Series teve mais de 1 milhão de espectadores. O número de jogadores, só nos Estados Unidos, está entre 80 a 100 milhões. E o pôquer tem atraído a atenção de celebridades (Ben Affleck, Toby Maguire etc). A sua importância é tamanha que dezenas de empresas patrocinam o jogo, mesmo considerando a questão moral de apoiar um jogo de cartas.

O segundo aspecto é mais complicado. O pôquer é bom ou ruim? A resposta desta questão passa por responder se o jogo é de sorte/azar ou é um jogo de probabilidade, onde o aspecto psicológico é importante. Ao contrário do xadrez, onde os jogadores possuem a informação completa e a psicologia teria um papel limitado (segundo a revista. Discordo), no pôquer a informação não é completa e o cálculo das chances e a possibilidade de blefe pode fazer diferença. Talvez esta visão do pôquer como um jogo de probabilidades seja aceitável pelo argumento de que os novatos dificilmente têm chances contra um jogador experiente (um novato é geralmente chamado de ATMs, uma referência aos terminais de caixa de bancos; em outras palavras, os novatos irão fatalmente perder numa partida contra um veterano).

Mesmo considerando que é um jogo matemático, é interessante incentivá-lo. Algumas pessoas opinaram que sim por várias razões: O jogo afasta o jovem de problemas maiores como o álcool; o jogo pode ser uma forma de melhorar a visão estratégica e as habilidades cognitivas, inibe a super-confiança (existente entre os analistas de mercado, por exemplo, mas não entre os jogadores), entre outros aspectos.

Três curiosidades: (1) Steven Levitt, economista co-autor de Freakonomics, está estudando o jogo, num projeto chamado de Pokernomics; (2) Nixon obteve fundos para sua primeira campanha eleitoral, numa mesa de pôquer; e (3) a internet e os livros provavelmente contribuiram para melhorar a curva de aprendizagem dos jogos (por isto a Annette, de 19 anos, tornou-se campeã)

04 junho 2007

Teoria dos Jogos

A Teoria dos Jogos é um interessante campo de estudos que pode ser usado em economia, administração e até contabilidade.

As aplicações são inúmeras, mas recentemente o blog Mahalanobis indicou um estudo interessante: o conflito, não cooperativo, entre duas espécies, macho e fêmea, sobre o assento do vaso sanitário. O autor utiliza, inclusive, noções do equilíbrio de Nash.

Clique aqui para ler o artigo (em inglês)