Depois de publicado, o conteúdo é protegido da maioria, disponível apenas por meio de licenças pesadas ou de uma taxa de cerca de US $ 30 por artigo. Os membros do público, cujos impostos financiam grande parte da produção científica do país, só podem ver o material após um período de embargo de seis meses a quatro anos, dependendo da revista.
11 agosto 2020
Ciência e Covid
08 agosto 2020
Pandemia e Ciência 2
Tim Harford lembra um aspecto importante: adoramos "casos" neste sentido deixamos de lado a ciência (os números, as probabilidades, ...). Na realidade, isto não é originalmente dele, mas de Kahneman. Para este ganhador de Nobel, as "histórias vivas" tendem a embaçar nossa avaliação de risco.
Em lugar da descrição simples "morrendo de Covid", contarmos uma história sobre infecção, preocupação familiar, febre, recuperação aparente, mudança acentuada para pior, ser levado rapidamente para o hospital, sedação e morte, separação da família, bem, nesta altura, ninguém se importa com a percentagens. O risco ficou terrivelmente real, pelo menos por um tempo.
Por isto ficamos impressionados com as reportagens jornalísticas que contam os casos reais de uma pessoa específica e temos a tendência a extrapolar para todos os casos.
Harford lembra um trabalho recente (e já polêmico) divulgado pelo NBER. O estudo solicitou que as pessoas respondessem sobre os riscos do coronavírus. O resultado mostrou que os jovens apresentaram uma estimativa de risco muito superior ao risco real. Já os mais velhos foi justamente o contrário: eles colocaram um risco bem menor. Já sabemos que o Covid apresenta uma taxa de risco muito reduzida para os jovens e um risco superior para os idosos. Vale a pena dar uma olhada no artigo de Harford.
Pandemia e a Ciência 1
Muito ainda iremos discutir sobre algumas questões estatísticas no mundo de pandemia. Mas já sabemos de algumas falhas cometidas neste ano por parte dos cientistas e das autoridades.
Uma discussão importante e que deve ser feita sem alarme é se a forma como reagimos a doença foi razoável ou não. Neste momento é preciso analisar os argumentos, sem o viés da confirmação. O site ZeroHedge tem postado alguns textos contrários a forma como os governos reagiram à pandemia. Em um deles, "A maior fraude de todos os tempos" é muito afirmativo e contrário aos bloqueios. É importante ler e analisar criticamente os argumentos. O modelo do Imperial College parece que tinha falhas e a OMS cometeu erros grosseiros (e políticos). Escutamos demais Fergunson e pouco John Ioannidis:
Quando o bloqueio foi imposto, fomos informados de que estávamos enfrentando uma segunda pandemia de gripe espanhola (que provavelmente matou até 50 milhões de pessoas); que os hospitais seriam invadidos e haveria 500.000 mortes somente no Reino Unido. Era uma narrativa poderosa e emotiva, mas nunca era verdade. Os governos e uma mídia obediente focaram-se exclusivamente no cenário apocalíptico do Imperial College, agora baseado em um modelo hipotético e mal codificado, ignorando a história de seu autor de previsões fracassadas do apocalipse e as diferentes visões de outros cientistas.
O risco de mortalidade populacional do vírus foi inicialmente estimado em 3,8% pela OMS, que chegou a esse número simplesmente dividindo o número de mortes chinesas pelo número de casos confirmados, ignorando o fato de que apenas uma pequena proporção das pessoas infectadas provavelmente havia realmente foi testado; que os casos assintomáticos provavelmente apresentavam uma sub-representação significativa nos testes e que os casos mais graves provavelmente estavam altamente correlacionados a sintomas graves. Esse erro estatístico básico de simplesmente dividir as mortes por infecções relatadas não apenas exagerou a gravidade do risco, mas também levou diretamente a um erro político sobre a capacidade hospitalar e as mortes no domicílio.
Os relatórios da mídia também falharam intencionalmente em reconhecer que o risco de mortalidade estava altamente inclinado à idade ( idade mediana da mortalidade de 82 29), a fim de assustar toda a população a observar o bloqueio com relatos falsamente exagerados da mídia de jovens e saudáveis que morrem devido ao vírus. O risco de mortalidade entre os idosos foi distorcido para aqueles com problemas de saúde existentes (presença de comorbidades), com a Itália relatando que 96% das mortes por vírus também sofriam de outras doenças, mas isso não se encaixava na narrativa desejada.
Mas a falta de coordenação (e o descaso de alguns) também deve ser considerado. A obtenção da imunidade do rebanho por incompetência (IRPI), termo criado por Fernando Reinach, mostra nosso fracasso. Novamente, que fique bem claro, não é ser "contra ou a favor", mas de tentar olhar os argumentos dos dois lados.
01 agosto 2020
Teste Múltiplo
Bilder e seus colegas estimam que três Estados - Connecticut, Maine e Vermont - poderiam
quadruplicar sua capacidade de testes com o agrupamento. Um quarto, Nova York - poderia chegar
próximo àquele nível, adicionando 294% de capacidade. Outros sete Estados, principalmente no
nordeste, mas também Havaí e Michigan, poderiam mais do que triplicar sua capacidade. Os estatísticos do governo tiveram essa ideia na década de 1940, quando precisaram de uma maneira
mais eficiente para examinar recrutas da Segunda Guerra Mundial para a sífilis. (...)
Os pesquisadores temem que, à medida que o tamanho de um agrupamento aumente, o teste pode perder a sensibilidade e deixar passar alguns casos em que os pacientes têm cargas virais muito baixas, geralmente no início ou no fim de suas infecções. Pesquisadores na Alemanha reuniram até 30 amostras, mas observam que "amostras únicas positivas limítrofes podem escapar da detecção em grandes agrupamentos".
Leia mais em "Como testar mais pessoas para o novo coronavírus sem realmente precisar de mais testes", Quoctrung Bui, Sarah Kliff e Margot Sanger-Katz, The New York Times, via Estado de S Paulo, 30 de julho de 2020.
23 julho 2020
Avaliando as intervenções públicas com a Covid
“Governos com informações contábeis por competência estão melhor posicionados para entender a verdadeira imagem de suas finanças públicas”, afirmou Ross Smith, diretor do Programa e Técnico da IPSASB. "Compreender o impacto da pandemia nas finanças do governo é especialmente importante quando se considera a necessidade e a capacidade de fornecer intervenções adicionais no futuro".
Clique aqui
21 julho 2020
Batalha contra micróbio
O primeiro mostra o número de mortes com a varíola. Até a metade do gráfico, o número de pessoas mortas era muito grande. Em 1796 a vacina foi criada (foi a primeira vacina) e o número de mortes caiu, até a "extinção" da doença.
O gráfico do meio tem a pólio. Em 1955 a vacina foi desenvolvida (metade do segundo gráfico) e novamente o número de mortos caiu. A redução foi muito mais rápida do que o primeiro gráfico, já que a expansão do conhecimento científico foi mais rápida.
O terceiro gráfico é do sarampo. Novamente, uma vacina reduziu substancialmente o número de mortes.
Talvez por este três casos é que esperamos ansiosamente a criação de uma vacina contra o Covid-19. Sua chegada poderá reduzir substancialmente o número de mortos com a doença. Mas será que iremos repetir os três casos citados? Há algumas razões para o otimismo:
O genoma foi sequenciado em duas semanas e, desde então, cientistas de todo o mundo vêm trabalhando incansavelmente para desenvolver a vacina que encerra a pandemia. Os primeiros resultados da vacina desenvolvida aqui na Universidade de Oxford são promissores.
Contabilidade - enquanto alguns apressados afirmam que os balanços devem trazer o reconhecimento nos negócios dos efeitos do Covid-19, não seria o caso de perguntar se não haverá uma descoberta de uma vacina nos próximos meses? Se isto realmente não ocorrer (ou acontecer de forma mais lenta, a exemplo da Aids), efetivamente teremos que reconhecer que a aquisição realizada nos anos passados devem ter seu goodwill baixado ou que devemos aumentar a estimativa do não recebimento por parte dos clientes.
Mas e se alguém descobrir uma vacina? Bom, a curva de mortes irá cair e quem o cenário sombrio não aconteça. Se uma pessoa afirmar que haverá uma grande descoberta científica contra o Covid nas próximas semanas, você teria base concreta para provar que esta pessoa está errada? Realmente alguém pode afirmar com grande confiança que isto (não) irá ocorrer? Se alguém opina que haverá um cenário sombrio nos próximos meses, será que podemos realmente desacreditar em uma pessoa que faz uma previsão otimista? Na verdade não. Como resolver este impasse? Será que a norma contábil está preparada para um ambiente tão incerto?
14 julho 2020
Trabalho, Risco e Automação
Veja que a profissão contábil tem um risco relativamente elevado de automação, embora o risco de transmissão seja reduzido. Foi classificada como uma ocupação de médio risco.
Fonte: COVID-19 and Implications for Automation. Alex W. Chernoff, Casey Warman. NBER Working Paper No. 27249
11 julho 2020
Como ganhar milhões em três etapas
A empresa conseguiu contratos com o governo no valor de US$20 milhões para fornecer máscaras cirúrgicas para os profissionais de saúde. Segundo o Propublica, este é um negócio que pode enriquecer um investidor. São três etapas. A primeira é obter um pedido de compra para equipamentos de proteção. A legislação recentemente reduziu a burocracia para a criação de uma empresa com esta finalidade. A segunda etapa é obter financiamento de investidores com o pedido da primeira etapa. A terceira e última etapa é usar o dinheiro para comprar as máscaras na China.
O governo irá aprovar o material e pagar. Com o recebimento, os investidores podem ser pagos e o retorno é bastante elevado, já que o preço está inflado. Segundo um "empresário" consultado pela Propublica, a parte mais difícil não é obter o pedido do governo ou ter o dinheiro. Em um contrato de 5,4 milhões de dólares, um empresário teve um lucro e 420 mil dólares, uma margem de quase 10%.
Há um risco neste negócio. Segundo um depoimento, "é uma transação de alto risco (...) você está transferindo dinheiro para a China. Você está esperando que as máscaras apareçam.''
09 julho 2020
Não leia as "Recomendações para o Comitê de Auditoria para o Novo Normal"
Nesta declaração, o CEO da IFAC, Kevin Dancey, e Richard Chambers, Presidente e CEO do Instituto de Auditores Internos (IIA) compartilham recomendações específicas para que as organizações enfrentem com mais vigor as incertezas e turbulências que possam ameaçar sua integridade, transparência e responsabilidade. Essas recomendações fazem parte de um plano de ação para comitês de auditoria, considerando os desafios atuais e futuros. (Tradução livre do Tradutor)
Como o IFAC anunciava que eram seis recomendações para o "novo normal" fiquei curioso. O documento anuncia as recomendações:
1. Mantenha informado - Mantenha uma compreensão clara e oportuna do ambiente operacional em constante evolução e como ele pode impactar os objetivos e o desempenho organizacional. Os comitês de auditoria precisam estabelecer e manter um entendimento firme em todas as áreas de vulnerabilidade, desde objetivos estratégicos até operações rotineiras. (...)
2. Comunique e colabore (...)
3. Alavanque as competências disponíveis (...)
4. Promova melhorias constantes (...)
5. Pense de forma holística (...)
6. Abrace a tecnologia
(Os chavões são tantos que resolvi não perder tempo na tradução para o leitor).
07 julho 2020
05 julho 2020
Covid ajuda ou piora o aquecimento global?
Covid-19 => redução da atividade econômica => redução da emissão de CO2 => redução do aquecimento global.
Mas o clima é bem mais complexo. Alguns pesquisadores estão indagando se o Covid não estaria provocando um AUMENTO no aquecimento global. Recentemente notou-se que ocorreu um aumento na temperatura do mar Ártico. Uma possível justificativa estaria no aerossol de sulfato. Este produto cria uma nuvem e mascara o aquecimento global, reduzindo o impacto nas regiões mais geladas. Assim, a lógica acima talvez seja a seguinte:
Covid-19 => redução da atividade econômica => redução dos aerossóis de sulfato => aumento do aquecimento global.
04 julho 2020
25 junho 2020
19 junho 2020
Inflação subestimada
Mas uma análise de curto prazo parece mostrar que a pandemia pode ter mudado os padrões de consumo e isto influencia a inflação que ocorre nos últimos meses. Assim, no curto prazo, talvez a inflação seja maior que a divulgada. Se antes você comprava sua comida em um restaurante, agora ela chega na sua casa com uma taxa de entrega. O mesmo produto está sendo consumido por um preço maior.
Uma análise em 17 países (via aqui e aqui)) encontrou que as pessoas estão gastando mais em comida e outros itens que aumentaram nos últimos meses; ao mesmo tempo reduziram seu consumo de transporte, onde ocorreu uma deflação. Entre os países, o Brasil:
A inflação registrada foi negativa (-0,28%), enquanto a inflação Covid foi de 0,20%. A diferença é pequena, embora seja maior em termos anuais: 2,10% x 2,76%.
06 junho 2020
Rir é o melhor remédio
04 junho 2020
Chefia e Zoom
03 junho 2020
Estudo controverso sobre Covid-19
02 junho 2020
Onde estamos
O gráfico é interativo e pode ser obtido por país. A figura acima é do Brasil
Impacto na ciência
01 junho 2020
Auditoria em tempos de Covid
Nas atuais circunstâncias, as divulgações assumem uma importância cada vez maior. Os usuários esperam maior transparência por meio de divulgações relacionadas aos efeitos materiais da pandemia do Covid-19. Essas divulgações podem abordar o impacto da volatilidade do mercado financeiro, problemas de deterioração do crédito ou da liquidez, intervenções do governo (como subsídios do governo) e mudanças decorrentes de reduções na produção e reestruturação, entre outros assuntos.
Foto: Aqui