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Mostrando postagens com marcador Copa do Mundo. Mostrar todas as postagens
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19 julho 2014

Escolinha de Futebol

O jornal New York Times (via aqui) faz uma narrativa sobre a escola de futebol Aspire Football Dreams. O programa escolheu entre 3,5 milhões de garotos em diferentes países da África. Os melhores foram mandados para viver e morar em duas academias: uma em Doha, Catar, e outra no Senegal. Os garotos recebem educação e tem seus gastos custeados; sua família também recebe um dinheiro. Os centros são assessorados por profissionais com experiências em clubes europeus de futebol. Parece bom demais para ser verdade.

Aspire é bancado pelo governo do Catar. Qual a razão do governo deste país fazer isto? O Catar irá sediar a Copa de 2022 e seu time é muito fraco. (É bem verdade que isto não é uma boa razão, já que o Brasil sediou a Copa de 2014) Mas a naturalização maciça de jogadores pode gerar desconfiança e foi descartada pelos dirigentes da Aspire. Segundo eles, a academia poderá contar com alguns garotos do Catar, que aprenderiam futebol com os melhores futuros jogadores do mundo. (Nada impede da Aspire naturalizar um ou dois grandes craques; isto não despertaria suspeita)

Outra possibilidade é que Aspire pode estar vinculada a corrupção. A votação que escolheu Catar como sede do mundial de 2022 foi questionável pela compra de votos. Segundo o jornal, das 24 nações que compõe o comitê executivo da FIFA, cinco são países que Aspire está operando.

17 julho 2014

O vencedor da Copa foi

O Quartz fez um levantamento sobre quem foi o vencedor da Copa. A lista é interessante pela falta de consenso. Eis a lista:

Nike (The Motley Fool)
Adidas (Quartz)
Inventors (The Independent)
ESPN, Facebook, and Twitter (CNBC)
Tinder (The Week)
US soccer (New York Times)
Buffalo Wild Wings and BJ’s Restaurants (The Motley Fool)
The BBC and/or ITV (The Guardian)
Social media (Bikini Marketing)
Electronic Arts (The Motley Fool)
Merchandise (Imperial Valley Press)
Six US start-ups (Forbes)

08 julho 2014

Camisa Masculina CBF I Brasil Jogador

Meu tio José é um português viciado em futebol. Daquele aficionado que realmente fica mal humorado quando o time perde. Ele é um grande tio-avô que, apesar de orgulhoso da sobrinha, não torce pelo Brasil. Sua grande paixão é a França, país que o acolheu. Quando fui à casa dele pela ultima vez, vi uma mini taça da Copa, mas do ano em que a França foi campeã. Ele a exibe com muito orgulho! Como brasileira patriota, fiquei de enviar uma camisa do Brasil (que não sei se será bem recebida... mas, enfim...).

Alguém me diz aí: qual é o custo de produção de uma delas? Qualquer dia vou pesquisar isso... O valor me assustou. As temáticas estão em torno de R$ 100, assim como aquelas do sinal (“oficiais”). A camisa Nike CBF Brasil Jogador, por R$349. Quanto é o adicional “Copa do Mundo”? E o extra “Copa do Mundo no Brasil”? Já dizia a minha mãe... compre roupas de inverno no verão, de verão no inverno. Blusa de time? Acho que quando o o time perder – pela desvalorização – ou quando ganhar, pois as que estão na loja terão uma estrela a menos. Meu tio é português, reside em Paris. Acho que não irá se importar.


Mas até quando deu, tio, eu torci pela França e, especialmente, por Portugal. Agora é 100% Brasil, né?! ;)

02 julho 2014

Franco, Real, Copa e Inflação

O economista Gustavo Franco é torcedor do Botafogo e está acompanhando os jogos da Copa do Mundo. Um dos formuladores do Plano Real, que completa 20 anos durante o Mundial, ele diz que o "futebol se tornou uma metáfora exata das causas da inflação" no Brasil.

"Alguns estádios foram construídos com um dinheiro que não existe, aumentando a dívida do governo. Se queríamos exemplos de irresponsabilidade fiscal que todos entendessem, a Copa foi um espetáculo", disse Franco, que presidiu o Banco Central de 1997 a 1999, à Folha.

Próximo ao PSDB, ele defende que o próximo governo faça uma discussão "transparente" sobre o orçamento e critica a administração Dilma Rousseff. "É preciso fazer quase uma comissão da verdade para saber o que houve com as contas públicas." 

Franco diz que a alta de preços preocupa, mas nada comparável à hiperinflação que o Plano Real derrubou. Para o economista, o país fez progressos institucionais contra o "comportamento inflacionista dos políticos".

Folha: Vinte anos depois do lançamento do real, a inflação ainda preocupa?
Gustavo Franco - A inflação é uma doença que vai nos ameaçar sempre. Infelizmente tivemos um episódio crítico, que foi a hiperinflação. Por isso, nosso organismo é mais sensível que o de outros países a essa doença. O que significa que precisamos ter mais cautela pelo resto da vida. É como o alcoolismo: não existe cura, só abstinência.

Folha: A inflação se aproxima do teto da meta estabelecida pelo governo. É preocupante?
Não é comparável a 1992 e 1993, mas é grave. A experiência dos vizinhos demonstrou que uma inflação, que pode até parecer pequena, se torna desestabilizadora. 

Na Argentina, a situação degringolou quando a inflação chegou a 15%. Foi uma esbórnia de controle de preço e ocultação de informação. Na Venezuela, a inflação subiu para 60% e, retirados os controles, já se parece com hiperinflação. É uma inflação dolorida, porque gera escassez. 

Esses países demonstraram que existe uma fronteira, entre 10% e 15%, que é muito perigosa. Será uma tragédia histórica se a inflação escapar e entrarmos na trajetória de Argentina e Venezuela.

Folha: O Brasil corre esse risco?
O risco existe, mas é pequeno. Temos progressos institucionais que nos defendem. O Banco Central hoje tem outro status. A lei de responsabilidade fiscal representou uma tomada de consciência da população da importância de proteger a moeda e as finanças públicas. É isso que nos salva hoje de um governo que, na ausência dessas condições, sabe-se lá o que estaria acontecendo.

Folha: Como o próximo governo deve controlar a inflação?
O próximo governo precisa recompor os pilares de uma economia sadia, que foram abandonados por questões ideológicas. 

Temos que falar da responsabilidade fiscal em todas as suas dimensões e não apenas em superavit primário. É preciso fazer quase uma comissão da verdade para saber o que houve com as contas públicas nos últimos tempos. 

O segundo ponto é o câmbio flutuante. O que está em jogo é o relacionamento do Brasil com o mundo. Com o Plano Real, abrimos o país para a economia internacional. Recentemente houve um recuo perigoso em direção a ideias dos anos 1950. 

Também existia no Brasil a percepção de que o governo gostava da liderança.

Folha: O Plano Real se baseou em juros altos para estabilizar a inflação. Como resolver isso?
Não concordo com a premissa. O Plano Real foi calcado em fundamentos macroeconômicos, fiscais, monetários e cambiais. Para isso utilizou todas as âncoras disponíveis: política monetária, fiscal e cambial. 

A política monetária foi usada de forma pesada em alguns momentos, quando a política fiscal não pode ser utilizada. A política cambial também. Depois que a situação fiscal melhorou em 1997 e 1998, foi possível mudar.

Folha: Como baixar os juros?
Esse dilema ficou na cabeça do governo, que acha que a única maneira de reduzir a inflação é subir os juros. É perfeitamente factível reduzir os juros se houver uma política fiscal correta. 

O atual governo tentou reduzir os juros sem responsabilidade fiscal e teve que voltar atrás. Esse é o governo dos juros altos tanto quanto qualquer outro.

Folha: Qual foi o principal mérito do Plano Real?
Reduzir uma inflação que chegou perto de 12.000% ao ano para 1,6% em 1998, sem praticamente nenhuma alteração do desemprego.

Folha: E qual foi o principal defeito?
É difícil apontar um defeito no plano de estabilização. Só que a estabilização não resolve todos os problemas. Muitas reformas poderiam ter sido feitas, mas foram interrompidas. Só que aí entramos em outro processo, que é a recomposição do crescimento.

Folha: Até a desvalorização em 1999, vocês mantiveram o câmbio fixo por tempo demais?
O câmbio valorizado não foi um desejo, mas um problema que tivemos de lidar. Até perto da crise da Rússia (1998), o Brasil sofria uma enxurrada de dólares. A dificuldade de fazer o câmbio desvalorizar era grande –situação parecida com o que viveu o governo Lula em 2008. 

Tínhamos duas alternativas: deixar flutuar o câmbio e fazer uma maxidesvalorização, ou sustentar a política cambial, fechar um acordo com o FMI, deixar o tumulto passar, e fazer uma flutuação fora da crise. Escolhemos a segunda opção.

A experiência recente do PT destrói o argumento de que estávamos mantendo o câmbio artificialmente valorizado. O dólar estava quase em R$ 1,50 quando veio a crise de 2008 e bateu em R$ 2,50.

Folha: Você teve dúvidas de que o Plano Real funcionaria?
Tive dúvidas e certezas todo o tempo. Nesse ramo, você tem convicções muito fortes, mas não controla todas as variáveis. A dúvida é saudável porque te deixa mais vigilante aos imprevistos. E por mais esperto que esteja, o imprevisto sempre vai ser pior do que você esperava.

Folha: Que tema hoje mereceria um novo Plano Real?
É preciso continuar o processo que começamos. O brasileiro chegou perto de entender as causas da inflação e estabelecer instituições que evitem o comportamento inflacionista dos políticos. 

Nos últimos anos, esse comportamento voltou. A inflação começou a subir e a reação popular foi forte. O futebol ajudou muito porque se tornou uma metáfora exata das causas da inflação. 

Nada pode ser mais ilustrativo da forma como as finanças públicas são conduzidas do que os estádios superfaturados e a discricionariedade de como um político determina que um banco federal coloque R$ 1 bilhão para construir um estádio do nada.

Folha: Mas os manifestantes pediam para gastar em saúde e educação e não para economizar...

Esse debate é maravilhoso e deveria ocorrer no orçamento. É aí que as pessoas devem dizer que querem escola e hospital em vez de estádio. Isso confrontado com a disponibilidade de dinheiro. 

Em muitos casos, os estádios são construídos com dinheiro que não existe, aumentando a dívida do governo. Se queríamos exemplos de irresponsabilidade fiscal que todo mundo entendesse, a Copa foi um espetáculo. 

Cada estádio é um exemplo de um rombo de mais ou menos R$ 1 bilhão. Se esse dinheiro existia, por que não foi utilizado para outra coisa? 

O próximo governo precisa de uma proposta de orçamento transparente. Nunca organizamos direito nosso orçamento, que é o centro econômico de qualquer democracia digna desse nome.

Fonte: "Copa é exemplo de irresponsabilidade Fiscal". Indicado pelo querido Vladmir, a quem agradecemos.

29 junho 2014

E na Copa!


Os EUA, no dizer do NYT, ainda estao tentando “entender as emoçoes” do jogo contra Portugal. Mas a New Yorker já sabe qual foi a mensagem: “Os americanos, como quase todo o resto do mundo, ficaram loucos pela Copa”.

Ela “venceu o excepcionalismo americano” graças à globalizaçao, à tecnologia, mas sobretudo porque: “Apesar das preocupaçoes pré-torneio quanto a protestos e estádios inacabados, o Brasil está realizando seu potencial” com uma Copa “maravilhosa”, até aqui “a melhor da história” (!)

Daí a audiência da TV americana, que motivou no NYT o título Maior do que o beisebol, anotando que também superou basquete (NBA) e hóquei (NHL).

O fenômeno televisivo, que segundo a AdAge vem desde a abertura, avança também pelas redes sociais, segundo a FastCompany.

E já tem petição popular junto à Casa Branca, por feriado amanha (26), dia do jogo contra a Alemanha, segundo o site Politico.

Via BlueBus

25 junho 2014

Listas: Os técnicos da Copa

A lista dos técnicos das seleções e seus salários

1. Fabio Capello – Russia – 11,2 milhões de dólares ano ou 763 vezes o valor médio recebido por um russo comum (fotografia);
2. Roy Hodgson – Inglaterra – 5,9 milhões ou 143 vezes o valor médio recebido por uma pessoa na Inglaterra;
3. Cesar Prandelli – Itália – 4,3 milhões ou 125 vezes
4. Luis Felipe Scolari – Brasil – 4 milhões ou 334 vezes
5. Ottmar Hitzfeld – Suíça – 3,7 milhões ou 46 vezes
6. Joachim Low – Alemanha – 3,6 milhões ou 82 vezes
7. Vicente Del Bolsque – Espanha – 3,4 milhões ou 113 vezes
8. Louis Van Gaal – Holanda – 2,7 ou 57 vezes
9. Alberto Zaccheroni – Japão – 2,7 ou 56 x
10. Jurgen Klinsmann – EUA – 2,6 ou 48 x

21 junho 2014

Rir é o melhor remédio

Como os estadunidenses se sentiram quando souberam que o time dos EUA ganhou de do de Gana por 2x1:



"Nós temos um time competindo na Copa do Mundo?" ;)

Imagina depois da Copa



Imagina depois da Copa:
porque a Copa não precisa mais imaginar

Viu esse texto do Ricardo Chester no Facebook? Refere-se ao filme acima - 
“Esse filme não é meu. É lá da firma. Foi ao ar há quase um ano, talvez mais. Não me lembro de quem é a ideia, não sei ao certo quem escreveu o roteiro e não trabalho para este cliente. Mas eu me lembro uma coisa: quando saiu, esse filme recebeu muitas críticas. Veio bordoada de muita gente (…..) Dá uma olhada nesse filme hoje. Dá uma olhada aí na Copa que brasileiros e estrangeiros estão fazendo bem embaixo da sua janela, ou lá nos estádios, fora e dentro de campo. Dá uma olhada no astral que os visitantes estão nos trazendo e, se tiver curiosidade, dá uma lida no que os jornalistas gringos estão publicando lá nos seus países. É uma festa. Não muito diferente da que esse filme imaginou há um ano atrás”
Via BlueBus

20 junho 2014

A Copa em números



Paul the octopus predicted Spain would win the World Cup in 2010, but in 1950, no one could have predicted the United States team’s victory over one of the best soccer squads in the world.

Via NYTimes

Brasil para "mãos de vaca"

Se você vai a Nova Iorque e nunca leu "Nova Iorque para mãos de vaca", recomendo. É um ótimo guia local, que virou moda e agora podemos encontrar similares de diversos países. Enquanto não sai um do Brasil, os turistas "dão um jeitinho".


Por Walter Brandimarte

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Centenas de torcedores com pouco dinheiro encontraram uma maneira mais barata de acompanhar a Copa do Mundo no Rio de Janeiro, uma das cidades mais caras do Brasil – acampar na praia de Copacabana.

A maioria viajou milhares de quilômetros vinda de outros países sul-americanos para apoiar suas seleções, evitando voos caros e os preços notoriamente altos dos hotéis do Rio.

O maior contingente de torcedores acampados na praia é de argentinos, mas colombianos, chilenos e equatorianos também são vistos estacionando carros antigos, trailers e até pequenos ônibus transformados em dormitórios ao longo da Avenida Atlântica.

“Vamos ficar aqui até a Argentina vencer a Copa. E certamente mais alguns dias depois disso”, afirmou Emmanuel Estrada, de 29 anos, que trabalha como encanador em Buenos Aires. Ele e o amigo Damián Pérez, de 32 anos, passaram quatro dias dirigindo da capital argentina a São Paulo para a estreia do Mundial na quinta-feira passada, e de lá seguiram ao Rio para a primeira partida de sua seleção.

Ambos são parte de um grupo de 50 a 60 argentinos que conduziram ônibus capengas e peruas a Copacabana durante o último final de semana. O Rio sedia a final do torneio no dia 13 de julho.

O planejamento da viagem começou anos atrás, mas viajar barato era a única opção para lidar com os preços estratosféricos do Brasil e a moeda fraca da Argentina, que perdeu cerca de 20 por cento de seu valor só este ano.

“Nosso dinheiro não vale nada aqui”, reclamou Pérez sobre o Rio, onde um quarto para duas pessoas em um hotel mediano chega a custar 700 dólares durante a Copa.

SEM PROBLEMAS

Embora sua presença tenha incomodado alguns moradores, muitos brasileiros os receberam bem. Ele também não foram molestados pela polícia, disseram vários campistas.

Normalmente não é permitido acampar nas praias centrais do Rio, e os carros devem pagar para estacionar na maior parte da cidade, mas até agora as autoridades fizeram vista grossa à presença dos campistas da Copa.

Um policial militar posicionado perto do grupo argentino disse ser responsabilidade da guarda municipal do Rio agir, e um membro da guarda nas proximidades declarou que só interviria se os campistas causassem problemas.

Entretanto, turistas estrangeiros ficaram contentes de ver um policiamento ostensivo em Copacabana.

"Sentimo-nos seguros aqui," disse Fabián Álvarez, mecânico chileno que dirigiu mais de cinco mil quilômetros de Santiago a Cuiabá, onde viu a seleção do Chile derrotar a Austrália na sexta-feira, e depois ao Rio no dia seguinte.

Álvarez disse ter decidido dormir na van depois de procurar sem sucesso hotéis com preços acessíveis no Rio. Ele planeja gastar cerca de 1 milhão de pesos chilenos (1.790 dólares) durante a viagem, incluindo gasolina, alimentação e talvez mais um ingresso de jogo.

Como a maioria dos campistas, Álvarez afirmou que a excursão é exaustiva, mas que a faria de novo.

“Tudo vale a pena. É tão emocionante quando cantamos o hino no estádio. Fico todo arrepiado”.

19 junho 2014

Transparência e desempenho

A transparência afeta (ou é afetada) pelo desempenho? É uma questão interessante. O gráfico acima mostra a percentagem dos projetos completados a tempo nas cidades brasileiras que são sedes da Copa. Brasília, Natal e São Paulo terão mais de 90% completados na Copa. E a outra variável é o nível de transparência das contas do governo. Cuiabá, Salvador e Manaus possuem pouca transparência nos gastos; mas são também cidades com um percentual de finalização dos seus projetos reduzido.

17 junho 2014