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14 maio 2024

Arte e IA: alguma esperança para o ser humano

 Desde que o ChatGPT foi lançado em 2022, empresas e governos têm tentado descobrir como a inteligência artificial trabalhará ao lado dos humanos. A tecnologia pode assumir empregos inteiros? É um colaborador? E quais funções a IA pode aprimorar em vez de substituir?

Em busca de pistas sobre o futuro, o DealBook visitou duas galerias de arte em Londres com obras criadas por artistas tradicionais que experimentam com IA.

Em "AI & Technology Influence on Contemporary Art", uma exposição curada por Virginia Damtsa e em exibição até 10 de setembro na Gabriel Scott, três pintores usaram a tecnologia para testar os limites da criatividade humana, explorando se a IA é uma ferramenta libertadora ou um risco existencial para a criatividade. Jonathan Yeo — cuja pintura do Rei Charles III, a primeira desde que ele foi coroado, será revelada este mês — pediu a uma IA para criar uma série de autorretratos. Von Wolfe, um pintor a óleo, construiu sua própria IA para criar a imagem de uma escultura digital que é exibida em uma caixa de luz. E Henry Hudson pediu a uma IA para criar uma imagem e depois usou óleos para pintar uma versão dela.

"Post-Photography: The Uncanny Valley", uma exposição na Palmer Gallery até 17 de maio, também apresenta o trabalho de três artistas. Boris Eldagsen, da Alemanha, ganhou um prêmio Sony World Photographer no ano passado — e o recusou, após revelar que usou IA para criar sua entrada, em parte para iniciar uma discussão sobre tecnologia e arte. A imagem, "The Electrician", e outros trabalhos de Eldagsen são exibidos ao lado de imagens de Ben Millar Cole, um fotógrafo britânico, e Nouf Aljowaysir, uma artista nascida na Arábia Saudita. Seria impossível para a maioria dos espectadores saber que sua arte foi gerada usando ferramentas como DALL-E, Midjourney e Stable Diffusion.

Os artistas criaram as obras usando a IA como uma ferramenta, como se fosse um pincel ou um computador. Para os trabalhadores tentando entender como seus próprios empregos evoluirão, isso pode oferecer alguma esperança de que os humanos ainda terão um papel a desempenhar por mais algum tempo.

Von Wolfe’s “Euphoria’s Embrace,” 2024.

RJ: Incentivo para mulheres na ciência



Saiu na Galileu:


[...] foi lançado no último dia 2 de maio um edital de R$ 2,3 milhões, que prevê auxílios de até R$ 120 mil para cientistas vinculadas a alguma instituição de pesquisa do estado do Rio de Janeiro e que tenham estado em licença-maternidade em algum período dos últimos 12 anos.

O edital intitulado “Apoio às Cientistas Mães com Vínculo em ICTs (Institutos de Ciência e Tecnologia) do Estado do Rio de Janeiro" é resultado de uma parceria entre a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), o Instituto Serrapilheira e o movimento Parent In Science (PiS).

As mães cientistas terão até 7 de julho para se inscrever e concorrer ao financiamento. Serão selecionadas até 21 propostas. “Políticas e editais como este podem minimizar a perda de mulheres na ciência, aumentando a diversidade e a eficiência em contribuir para o desenvolvimento humano e social", diz a neurocientista Letícia Oliveira, presidente da Comissão de Equidade, Diversidade e Inclusão da FAPERJ e professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), em comunicado à imprensa.

Chatgpt é aprovado no Exame de suficiência

A partir de um artigo publicado recentemente, perguntei ao ChatGPT sobre o significado dele ter um desempenho melhor do que o ser humano em teste para habilitar a exercer uma profissão. Sua resposta foi: 

Quando se diz que o ChatGPT ou qualquer outro modelo de linguagem artificial teve um desempenho melhor do que estudantes em um exame para se qualificarem para exercer uma profissão, isso geralmente indica que o modelo de inteligência artificial (IA) foi capaz de responder às questões do exame com maior precisão ou eficácia em comparação aos humanos que também realizaram o teste. Isso pode ter várias implicações e considerações importantes:

1. **Capacidades do Modelo de IA**: Isso demonstra as fortes capacidades de processamento de informação e compreensão de linguagem natural que o modelo de IA, como o ChatGPT, possui. Ele pode analisar e processar grandes quantidades de dados rapidamente e fornecer respostas baseadas nesse conhecimento acumulado.

2. **Especificidade do Exame**: Os exames para qualificações profissionais frequentemente testam conhecimento específico e a capacidade de aplicar esse conhecimento de maneira prática. O sucesso de uma IA nesse tipo de exame sugere que ela pode ser treinada ou programada para entender e processar informações específicas da área em questão com alta eficiência.

3. **Limitações Humanas vs. IA**: Enquanto os seres humanos podem ser influenciados por uma variedade de fatores externos (como pressão do tempo, nervosismo, fadiga), um modelo de IA opera sem essas limitações, permitindo, potencialmente, uma performance mais consistente e focada.

4. **Implicações Éticas e Profissionais**: Embora um modelo de IA possa superar humanos em testes padronizados, isso não necessariamente se traduz em habilidade para praticar uma profissão com eficácia. As profissões frequentemente requerem julgamento humano, ética, empatia e habilidades interpessoais, que são áreas onde as IAs ainda não conseguem replicar completamente a complexidade das interações humanas.

5. **Futuro do Trabalho e Educação**: Esses resultados podem influenciar como as profissões são vistas em termos de qualificação e treinamento. Podem surgir discussões sobre a integração da IA em práticas profissionais, tanto como uma ferramenta de apoio quanto, potencialmente, substituindo certas funções, especialmente aquelas que são altamente técnica e repetitivas.

Em resumo, o ChatGPT ou outras IAs apresentarem um desempenho superior em exames profissionais destaca tanto as oportunidades quanto os desafios da crescente integração de tecnologias de inteligência artificial no ambiente de trabalho e educação. Contudo, a aplicabilidade prática dessas tecnologias em contextos reais de trabalho ainda requer uma análise cuidadosa e consideração das habilidades exclusivamente humanas que são essenciais para a maioria das profissões.

Bom, o artigo de Marcelo Machado de Freitas (UFSC), Jonatas Dutra Sallaberry (Universidade do Contestado), Thiago Bruno de Jesus Silva (Universidade Federal
do Recôncavo da Bahia) e Fabrícia Silva da Rosa (UFSC) promove o debate. 

Eis o resumo:

No contexto dos problemas e tarefas do profissional contábil que podem ser otimizados com aplicações de Inteligência Artificial, a pesquisa teve por objetivo identificar e avaliar o desempenho da ferramenta ChatGPT, modelo GPT-4, na resolução de questões do Exame de Suficiência em Contabilidade, como proxy de problemas na atividade contábil. Para essa verificação aplicamos as questões de quatro edições do Exame no ChatGPT 4. Os resultados indicam aprovação nas quatro edições em que apenas 20 a 23% dos candidatos foram aprovados, enquanto o desempenho detalhado apontou 71% de acertos do ChatGPT frente a 44% dos candidatos.

A seguir o resultado por área: