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31 agosto 2016

Prêmio Tesouro Nacional 2016: Política Fiscal e Contabilidade Pública

Nesta 21ª edição, o Prêmio Tesouro Nacional apresenta como temas "Política Fiscal e Contabilidade Pública", permitindo ao candidato uma abordagem mais ampla acerca do assunto. A escolha do tema é adequada, visto que são assuntos relevantes no contexto de atuação do Tesouro Nacional.

A Política Fiscal reflete o conjunto de medidas que buscam a estabilidade, o crescimento e o desenvolvimento econômico do país. Por meio dela, o Governo arrecada receitas, provê serviços públicos, redistribui renda, e estimula a criação de empregos e o aumento dos investimentos, afetando significativamente o bem-estar dos cidadãos brasileiros. Assim, os estudos sobre política fiscal podem ser elaborados sob diferentes ângulos, desde que se analisem ações do Governo dentro daquele escopo e objetivo.

A Contabilidade Pública, por sua vez, contempla o conjunto de práticas relacionadas ao registro do patrimônio público e da gestão orçamentária. Instrumentaliza seus usuários com informações úteis ao processo de tomada de decisão e à evidenciação dos efeitos das ações e políticas públicas nas contas dos governos. Ademais, é a base para a apuração de custos, para o levantamento de informações de estatísticas fiscais e para o exercício do controle interno, externo e/ou social. Deste modo, é instrumento fundamental para a materialização da transparência na gestão pública, indo ao encontro das demandas das sociedades modernas.


Premiação:

R$ 30.000,00 (trinta mil reais) para o 1º colocado;

R$ 20.000,00 (vinte mil) para o 2º colocado;

R$ 15.000,00 (quinze mil reais) para o 3º colocado;

R$ 10.000,00 (dez mil reais) para o 4º colocado;

R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para o 5º colocado;


Fonte: aqui

Gerard Ryle: Panama Papers

Como os jornalistas dos Documentos do Panamá desvendaram o maior vazamento da história
Gerard Ryle liderou a equipe internacional que divulgou os Documentos do Panamá, os 11,5 milhões de documentos que vazaram dos 40 anos de atividade do escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca, os quais têm oferecido uma visão sem precedentes sobre o âmbito e os métodos do mundo secreto de financiamento offshore. Acompanhe a história por trás do maior projeto de jornalismo colaborativo da história.

Rir é o melhor remédio

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... quem dera funcionasse assim.

Fonte: Aqui

30 agosto 2016

Lavagem de dinheiro

Fonte: Aqui
O The InnerAuditor é um blog muito bom sobre fraude contábil cuja missão é reduzir a incidência de fraude e crimes de colarinho branco, assim como assistir membros na detecção e dissuasão de fraude. Abaixo trechos da postagem que se encontra aqui:

Lavagem de dinheiro é o crime ou a atividade de mover fundos de origem ilícita; é o processo feito por ou em benefício de criminosos com o objetivo de esconder ou disfarçar suas atividades criminais e a origem das rendas ilícitas. Em seu oposto, “anti-lavagem” de dinheiro são sistemas e controles formais e informais desenvolvidos com o objetivo de frustrar tentativas de lavar dinheiro e reportar incidentes de lavagem de dinheiro quando suspeitos ou detectados.

A lavagem de dinheiro é um processo empreendido por ou em benefício de criminosos com o objetivo de esconder ou disfarçar suas atividades e a origem de suas fontes ilícitas. As metas da lavagem de dinheiro são alcançadas por meio de uma série de transações financeiras, às vezes envolvendo diversos países e instituições e tipicamente por meio de diversos produtos financeiros. É historicamente algo difícil de ser detectado. Poucos auditores (financeiros ou não) conhecem bem o assunto e seus mecanismos e então há dificuldade em sequer suspeitar a presença da fraude.

O esquema típico se desenvolve em três estágios típicos: arranjo, inserção de camadas, integração. Desses três o primeiro é o mais arriscado para o fraudador a medida em que tenta introduzir o dinheiro do crime dentro de um sistema financeiro mais amplo. Os bancos têm sido veículos tradicionais para essa introdução, mas em anos recentes, com o impacto de intensas regulamentações governamentais, bancos tornaram seus controles mais árduos, ao ponto de fraudadores agora concentrarem seus esforços na infiltração em negócios com giro de caixa intensivo tal como restaurantes, clubes esportivos, que fornecem cobertura plausível para a movimentação constante de grandes quantidades de dinheiro.


No segundo passo são colocadas “camadas”, uma série de transações relacionadas com o propósito de obscurecer a origem dos fundos ao destruir trilhas de auditoria. Para isso são transferidos fundos entre produtos financeiros, instituições e jurisdições. Após a inserção das camadas, dá-se início ao processo de integração. Os fundos agora têm uma aparência mais respeitável e podem ser reintegradas à economia ao serem investidos, emprestados ou gastados. Em uma fraude típica, o cenário aplicado pelo fraudador geralmente resulta em perda ou desaparecimento de ativos ou receitas. Todavia, a atividade de inserção de camadas trará consideráveis retornos porque permitem que a empresa cobre taxas por transações que permitem os lucros das atividades ilícitas estarem distantes das fontes.

28 agosto 2016

Subcontador

No dia 4 de junho de 1950 o Jornal do Brasil anunciava nos classificados:

O interessado deveria saber escrever bem, conhecer as "prática de serviços gerais de escritório" e "orientar" trabalhos auxiliares. O cargo era de Subcontador.

27 agosto 2016

Fato da Semana: Emprego

Fato: Emprego no setor

Data: 25 agosto de 2016

Precedentes
fev/15 = O número de criação de vagas no setor contábil é negativo, iniciando uma tendência de crise no emprego do setor.
out-15 = Desde fevereiro, esta foi a primeira vez que o número de admitidos superou o de demitidos: 1081 vagas criadas. Após este crescimento, em todos os meses seguintes ocorreu uma destruição de vagas.
fev/16 = Mais de 12 mil pessoas são demitidas e 8 mil contratadas, indicando uma destruição de 4 mil vagas, um recorde no setor.
jul/16 = O acumulado desde janeiro de 2014 indica uma redução de quase 24 mil empregos no setor, correspondendo perto de 5% dos profissionais registrados nos conselhos profissionais.

Notícia boa para contabilidade?
Ruim. Este blog tem acompanhado os números do emprego formal do setor ao longo deste ano. A crise reflete os problemas da economia brasileira. Isto destroi o mito de que "não falta emprego para o contador" ou coisas do gênero.

Desdobramentos
Com base nos dados históricos acreditamos que haverá uma reversão de tendência a partir de setembro ou outubro, quando as contratações serão maiores que as demissões.

Mas a semana só teve isto?
A constatação que a Petrobras amortizou mais de cem bilhões de reais, boa parte devido aos problemas gerenciais, foi relevante para demonstrar o tamanho do problema da empresa.

26 agosto 2016

Gwen Jorgensen

O triatlo surgiu na França e ganhou popularidade nos anos 1970. Desde que virou um esporte olímpico em 2000 os Estados Unidos ganharam apenas uma medalha de bronze. Para que o triatlo não fosse mais percebido como apenas um passatempo, há cerca de oito anos os Estados Unidos formaram um programa focado em corredores e nadadores universitários. Esses foram recrutados para formar uma nova elite de triatletas americanos.

Gwen Jorgensen sonhava com as olimpíadas desde pequena. Como esportes escolheu a natação e a corrida e quando cursou a Universidade de Wisconsin participou de campeonatos da Associação Nacional de Atletas Universitários, mas nunca foi medalhista. Inevitavelmente encontrou na contabilidade uma nova paixão e na Ernst & Young (EY) uma nova casa.

Um dia, ainda na EY, ela recebeu uma estranha sugestão: por que não tentar o triatlo? A sugestão veio de ninguém menos que a USA Triathlon, atual responsável pelo esporte nos Estados Unidos. Hoje não há triatleta melhor que Gwen. Ela ganhou quatro mundiais consecutivos e a atual olimpíada Rio 2016. A fonte de renda agora vem de prêmios de competições e patrocinadores, tal como Asics e Red Bull.

Uma pessoa particularmente feliz pelo sucesso de Gwen é o seu antigo chefe EY, Mark Hellmer. Ele foi um dos incentivadores sempre ressaltando que se a vida de atleta não desse certo ela sempre poderia voltar para a EY. Quando ela começou a ir bem, ainda cética relutantemente diminuiu suas horas de trabalho como contadora. Ela trabalhava 65 horas por semana, adorava o trabalho e os colegas. Ela não queria deixar a empresa, mesmo com os apelos da USA Triathlon, pois acreditava ser um bom contrapeso em relação a todo o treino. Ela gostava de usar o cérebro. Gradualmente ela foi trabalhando menos e menos horas, treinando mais e mais.

Enquanto trabalhando e treinando, ela acordava, nadava de 5h30 a 7h, corria por cerca de uma hora, ia para o trabalho, voltava para casa, ia dar uma volta de bicicleta, fazia musculação e então ia dormir.

O ponto de virada veio quando ela se qualificou para as olimpíadas de 2012, mas um pneu furado acabou com as chances de medalha e ela terminou na 38ª posição. Quando ela cruzou a linha de chegada em Londres, o único pensamento em sua cabeça era “eu quero ir para o Rio. E quero ganhar o ouro.” E ela veio para o Rio e ganhou o ouro!

A Gwen se formou em contabilidade em 2008. Ela tem mestrado e o certificado CPA e ela era da área de tributos na EY. Sem o apoio da empresa ela provavelmente não teria chegado aonde chegou. Uma bela publicidade para a EY.
Ao menos a de Milwaukee. ;)

Referências: Aqui, aqui, aqui e aqui.

S. Bestiale

No final dos anos oitenta, um físico de Palermo, com o nome de Stronzo Bestiale publicou três trabalhos: no Journal of Statistical Physics, no Journal of Chemical Physics e nos Anais da Physical Society estava vinculado ao Institute for Advanced Studies, de Palermo, Itália.

Um detalhe importante é que Stronzo Bestiale não existe. Naquele momento, o físico computacional William G. Hoover teve artigos recusados relacionados com uma nova técnica computacional que ele desenvolveu com Giovanni Ciccotti. Viajando pela Itália, Hoover viu duas mulheres conversando e dizendo “Che Stronzo” e “Stronzo bestiale”. Depois de saber o significado (retardado e babaca total, na ordem), Hoover decidiu enviar os artigos novamente, mudando o título e adicionando um novo autor: S. Bestiale. Os artigos foram aceitos e publicados com este novo autor.

Encontrei esta história no Futility Closet. No verbete da Wikipedia de Hoover não tem nenhuma citação sobre o assunto. Na página pessoal de Hoover http://williamhoover.info/ indica que os artigos foram rejeitados inicialmente e submetidos novamente, com a ordem dos autores alteradas e título diferente. Ele comenta então que “These papers illustrate some of the difficulties in publishing novel work.”

Linguagem concreta nas demonstrações financeiras atrai mais investimentos

Resumo:

As part of its push for more plain English in disclosures, the SEC argues that firms should use more concrete language to make abstract concepts clearer to investors. We use two experiments to show that, when concrete language is highlighted in a prospectus, investors are significantly more willing to invest in a firm than when abstract language is highlighted. Furthermore, we show the effect of concrete language is particularly important when investors feel more psychologically distant from a firm. Drawing on psychology theory, we predict and find that concrete language increases investors’ feelings of comfort in their ability to evaluate an investment. Our study contributes to the literature on how language choices in disclosures affect investors’ judgments by demonstrating that a simple, yet potentially powerful reporting tool of emphasizing concrete language may attract investors who may otherwise be reluctant to invest.

Fonte: Elliott, W.B., Rennekamp, K.M. & White, B.J. Rev Account Stud (2015) 20: 839. doi:10.1007/s11142-014-9315-6



25 agosto 2016

A maior mentira da internet

Obar e Oeldorf-Hirsch fizeram um experimento para testar se as pessoas realmente estão atentas as “políticas de privacidade (PP)” e aos termos de serviço (TS), muito comuns na internet. Mais de 70% ignoraram as PP, selecionando entrar; e mesmo aqueles que resolveram ler, o tempo médio foi de 73 segundos; tendo por base o tamanho do texto, esperava-se 30 minutos para efetuar a leitura. Os TS também tiveram o mesmo resultado: levou-se 51 segundos para “ler” um texto que deveria consumir 16 minutos. (via BB, que escolheu a foto dos irmãos Max)

Desemprego no setor contábil: sem novidades

Os dados de emprego com carteira assinada do Ministério do Trabalho, coletados com exclusividade por este blog, indicam que o problema de emprego persiste no setor contábil. Usando a classificação CBO 2002 e computando Contadores e Auditores, Escriturários de Contabilidade e Técnicos em Contabilidade, o número de admitidos em junho foi de 7406 no Brasil. E o número de desligados atingiu a 8497. Pelo nono mês seguido este número é negativo. Computando desde janeiro de 2014, o número de vagas reduzidas foi de quase 24 mil. Mais precisamente, 23.757. Em termos de salários, estas demissões correspondem a 16 milhões de reais por mês.
Como tem sido comum, o salário dos desligados é muito superior aos admitidos: R$2213 versus R$2656 em julho de 2016. Isto significa uma economia para as empresas, mas reduz a massa salarial do setor contábil. Em julho a diferença foi de 20%, um resultado melhor que junho, quando a diferença ficou em 27%. Em média, os demitidos tinha 33 meses de emprego e cerca de 30 anos de idade.

Na análise por característica do empregado, o único extrato que se salvou foi o empregado com superior completo: um saldo contrato positivo de 36. Nos demais, o número de demissões supera o de admitidos: as mulheres sofreram mais com a crise em julho (uma redução de vagas de 729 versus 362 dos homens), assim como os escriturários (menos 743 vagas).

Os números não são nada animadores.

Qual o limite para Petrobras?

Quando explodiu o escândalo na Petrobras, uma dúvida era saber qual o montante que a contabilidade deveria reconhecer na mensuração a maior dos seus ativos. Um número inicial, de quase noventa bilhões, foi descartado pela gestão como inadequado. Optou-se por 6 bilhões por conta da corrupção, além de 50 bilhões por outras razões. Agora o Valor Econômico levantou que o total amortizado até agora ultrapassa aos 120 bilhões de reais.


Ou seja, a primeira previsão não estava muito fora da realidade. Mas será este o limite da empresa? Em geral, uma nova gestão tem o costume de amortizar o máximo possível. Mas nas últimas demonstrações, outras amortizações foram realizadas, indicando que o fundo do poço ainda não chegou.

Plágio de Peña Nieto

O presidente do México está sendo acusado de plágio na sua tese para obtenção da licenciatura em direito. Peña Nieto (foto) apresentou seu trabalho em 1991 e segundo investigação pelo menos 28,8% do conteúdo foi retirado de outros autores. O trabalho, com o título “El presidencialismo mexicano y Alvaro Obregon” não deu crédito a autores como o ex-presidente De La Madrid, o historiador Enrique Krauze e autores do direito, como Diego Valadés e Jorge Carpizo.

O porta-voz da presidência diz que ocorreram “errores de estilo”.

No Brasil já tivemos uma ex-presidenta que colocou no currículo Lattes um título que não tinha obtido formalmente. Apresenta como “Cursou Mestrado e Doutorado pela Universidade de Campinas”, quando tinha feito “créditos”. Após a divulgação

Medalhas: Previsão x Realizado

A figura acima (adaptado daqui) compara o quadro de medalhas dos principais países no Rio 2016. Geralmente os modelos são bastante razoáveis para fazer as previsões dos principais países no quadro de medalhas, mas falha nos pequenos países. Na verdade a falha está em variáveis que não são consideradas no modelo. É o caso de Barein, um pequeno país que obteve um ouro e uma prata por conta de atletas africanos que competiram pelo país.

Em geral os modelos levam em consideração a população do país, o tamanho da economia, o desempenho anterior nos jogos e o fator casa. Mas mesmo assim os modelos falham: a Índia é uma das maiores economias do mundo, com uma grande população, que obteve somente duas medalhas (prata e bronze). Parte da explicação está nas prioridades dos dirigentes, segundo Quartz: enquanto os cartolas indianos viajam de classe executiva, os atletas são enviados na classe comum; ou o caso do México, onde os atletas apareceram com uniformes remendados.

Fato da Semana: RBSE

Fato: RBSE

Data: 16 agosto de 2016

Precedentes
Anos 2000 - As regras de tarifação do setor elétrico são estabelecidas juntamente com a criação da Aneel. Entretanto, a correção dos valores dos ativos não é realizada, o que gerou a RBSE.
Início 2016 - Portaria divulgada pelo ministério determina o método para correção, colocado em prática pela Eletrobras

Notícia boa para contabilidade? RUIM. Independente do seu significado, o RBSE representa aquele fato que deveria ser melhor evidenciado, incluindo seus efeitos futuros (vide a seguir). O lucro de 17 bilhões parece que foi encontrado de forma mágica. Isto prejudica a contabilidade.

Desdobramentos - A empresa não foi clara sobre o assunto, mas provavelmente a incorporação do RBSE deverá levar a um aumento nas tarifas. O resultado no final do ano será positivo.

Mas a semana só teve isto? Nota de repúdio do CFC, que deixa passar barbeiragens relevantes (corrupção na Petrobras, por exemplo), mas se sente ofendido quando alguém fala dos contadores. A investigação na Petrobras pelo TCU mostra sobrepreço bem acima dos 3% que a empresa apresentou no passado. E a mudança no Iasb, realizada muitos meses depois de sugerida num relatório de governança.

Deficiências em auditorias de corretoras de valores

The Public Company Accounting Oversight Board identified deficiencies at 96 percent of the firms that audit broker-dealers, according to a new report Thursday.

The PCAOB’s annual report on its interim inspection program for auditors of brokers and dealers details the results of inspections that the board conducted last year, the first inspection year in which all inspected engagements were governed by new rules from the Securities and Exchange Commission. A fact sheet is also available.

The SEC’s 2013 amendments to Exchange Act Rule 17a-5 include a new requirement that broker-dealer audits be performed in accordance with PCAOB standards. However, the report indicates high levels of deficiencies, no better than PCAOB inspection results in previous years.

At 96 percent of the audit firms inspected, the PCAOB found deficiencies. The main improvement appeared to be in the area of auditor independence, which seemed to be impaired in 7 percent of the inspected audits in 2015, compared to 25 percent in 2014. On the other hand, many audit firms continue to help their broker-dealer clients with bookkeeping and preparing financial statements.

“While there were fewer independence findings, it is very troubling that we continue to find auditors assisting in the preparation of the financial statements they audit or providing bookkeeping services to their audit clients,” said Robert Maday, deputy director of PCAOB Registration and Inspections and leader of the Broker-Dealer Audit Firm Inspection Program, in a statement. “Auditor independence continues to be a focus of our inspections.”

[...]


Fonte: aqui

19 agosto 2016

Mudança no Iasb

A IFRS Foundation Monitoring Board, que responde pela supervisão da Fundação IFRS, decidiu nomear como membro o ministro das finanças da China. A aprovação contou com a abstenção da SEC dos Estados Unidos.

Em fevereiro de 2012 um relatório sugeriu a expansão do comitê de monitoramento, com a inclusão de quatro membros, com ênfase nos mercados emergentes. Atualmente este comitê é composto pela CVM do Brasil, entidades do Japão, Coréia, Estados Unidos (SEC), bolsa de valores (IOSCO) e comitê da Basiléia, como observador.

Novos Cursos

No DOU de hoje a criação de novos cursos de pós-graduação:

=> Controladoria e Finanças, mestrado profissional, Fipecafi, nota 3, São Paulo
=> Ciências Contábeis e Administração, mestrado, Unochapecó, nota 3, Santa Catarina.

Parabéns aos docentes e gestores.

18 agosto 2016

Sobrepreço na Petrobras mostra que a empresa foi conservadora

Ao análise as contas da construção das unidades de destilação atmosférica (UDA) e das unidades de hidrotratamento (UHDT) da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), no Estado de Pernambuco, o TCU chegou a conclusão que ocorreu superfaturamento. Conforme nota do TCU

Em auditorias anteriores foi apurado dano potencial ao erário no montante de R$ 2,1 bilhões, em valores atualizados. Esse valor foi obtido com a análise do superfaturamento decorrente de preços excessivos verificados nos contratos originalmente firmados. Não foram analisados, ainda, quantitativos decorrentes de aditivos contratuais nas duas obras.

O objetivo do processo atual foi apurar o valor exato do prejuízo e imputá-lo aos responsáveis envolvidos. Na avaliação, o tribunal constatou que o montante do prejuízo superou o valor dos pagamentos indevidos aos agentes da Petrobras. Isso porque tais pagamentos ilícitos afetaram a lisura das licitações, permitindo a cartelização e a prática de preços acima dos de mercado pelas empresas contratadas.

O dano constatado foi dividido em duas parcelas, a primeira é referente à diferença entre os preços contratados e o valor da estimativa de custo da Petrobrás. A outra parte do superfaturamento é oriunda da diferença entre o orçamento estimativo da Petrobrás e os valores de referência utilizados pelo TCU.

Os percentuais dos sobrepreços apropriados nos contratos da UDA e UHDT são da ordem de 69% e 88%, respectivamente. Além disso, foram verificados o recebimento de vantagens indevidas sobre o valor total dos contratos e a prática de diversos atos que direcionaram as licitações. Entre eles estão a divulgação de informações sigilosas da Petrobras, a não-inclusão de novos concorrentes após o cancelamento de um procedimento licitatório por preços excessivos e a omissão para evitar que o cartel de empresas obtivesse contratos com o valor próximo ao limite máximo permitido pela Petrobras.


Isto reforça a tese deste blog que o valor estimado pela empresa Petrobras para fazer a amortização referente a corrupção foi baixo.

O fim da contabilidade tradicional e um novo caminho para investidores e gestores

Baruch Lev, Israel-born accounting professor at NYU’s Stern School of Business, has long been a skeptic of traditional corporate accounting.

His contention is that generally accepted accounting principles, or GAAP, have lost their relevance over the last 40 years. The industrial economy, he says, with its emphasis on physical assets of property, plant and equipment, and inventory levels has been supplanted by a new economy in which intangible assets like research and development, information technology, unique business franchises, and powerful brands rule the roost.

The problem, according to the 77-year- old Lev, is that GAAP hasn’t evolved sufficiently to capture this new reality despite the fact that academic studies show that companies since the 1990s spend more on intangible assets and harder-to-quantify strategic assets—brand development, advertising and marketing, unique personal talents, and the like—than on Rust Belt–like hard assets.

[...]

Fonte: aqui


Resenha do livro:

Flaws in generally accepted accounting principles (GAAP) severely limit the usefulness of financial reporting to security analysts. The following are examples:


-Under GAAP, a company that laid out huge sums for brand creation shows zero value for those investments on its balance sheet. In contrast, billions of dollars of assets may appear on the balance sheet of a competitor after it acquires a company that made similar outlays. This inconsistent accounting treatment confounds investors who seek to compare companies for valuation purposes.


-GAAP requires expensing of R&D (research and development) costs as incurred, yet studies show that investors regard these expenditures as assets that add to a company’s value. Mandatory expensing probably also depresses R&D spending.


-GAAP violates the traditional concept of matching revenues and expenses. For example, wireless telecommunications companies must match single-year revenues with customer-acquisition expenditures that are expected to produce benefits for three to four years. Their true economic profits are consequently understated.

In view of such serious shortcomings, should it surprise anyone that the earnings derived through traditional accounting are a second-rate influence on stock prices? The End of Accounting and the Path Forward for Investors and Managers shows that equity investors can earn far higher investment returns by correctly forecasting cash flows than by correctly forecasting GAAP earnings. Furthermore, cash flows are easier to predict than earnings, which increasingly consist of dubious GAAP-mandated accounting estimates.

The connection between GAAP and equity valuations is not only loose but loosening. During the past 60-plus years, a sharp and steady decline has occurred in the correlation between stock prices and such key accounting outputs as earnings, book value, sales, cost of sales, assets, and liabilities. Baruch Lev, professor of accounting and finance at the Stern School of Business at New York University, and Feng Gu, associate professor and chair of the Department of Accounting and Law at the University at Buffalo, attribute this decline to the transition from a primarily industrial economy to the information age.

“The major value drivers shifted from property, plant, machinery, and inventories, to patents, brands, information technology, and human resources,” write the authors. GAAP, failing to adapt to this change, continued to treat the latter four value creators as ordinary expenses. That accounting, say Lev and Gu, distorted both the balance sheets and the income statements of intellectually based companies, rendering reported financial information increasingly irrelevant.

To fix this problem, the authors audaciously propose a radical overhaul of the accounting system. Their new model addresses the fact that, by the authors’ estimate, today’s financial reporting supplies a mere 5% of the information used by investors. Lev and Gu seek to complement traditional financial statements with a “Strategic Resources & Consequences Report” focused on the items that create a sustained economic advantage. This report would present details on such things as patents, oil reserves, and information technology—all in a standardized form, rather than the haphazard disclosures already made by some public companies—to facilitate comparison of issuers within an industry.

Lev and Gu seek, above all, to improve on GAAP’s measurement of value creation by focusing the proposed report on cash flows. In their system, companies would not only capitalize R&D but would also provide a breakdown separating research (i.e., the systematic pursuit of new knowledge) and development (i.e., the use of research to develop new products or processes). Additionally, a charge for the cost of equity capital would be deducted from cash flows. Where feasible, changes in values of major strategic assets, such as the present value of cash flows from proven oil and gas reserves, would be taken into account.

The authors recognize and deal effectively with objections to their innovations. These objections include an increased reporting burden (which they suggest might be partly offset by dispensing with quarterly reporting in favor of semiannual statements) and companies’ predictable complaint that they would be forced to divulge proprietary information to competitors. Lev and Gu prefer to have their reforms come about through demand from investors rather than by government fiat, although they would welcome the US SEC’s support of their project.

Lev and Gu differentiate their remedies from others that have been proposed, such as “key performance indicators” and the “triple bottom line,” which tracks management’s impact on people and the planet as well as on profits. Their reconstruction of financial statements does, however, bear some similarity to economic value added (EVA).1 Both approaches take into account the cost of equity capital, although Lev and Gu’s starting point is cash flows whereas EVA’s is earnings.

The End of Accounting makes a powerful case for redirecting security analysis away from GAAP accounting. Already, the authors note, between 2003 and 2013, the proportion of public companies reporting non-GAAP (“pro forma”) earnings doubled from 20% to 40%. How can this phenomenon be explained, they ask, other than as a function of company managers’ awareness of the rapidly diminishing usefulness of financial information to investors? Actually, there is an alternative narrative—namely, that corporate executives benefit when their bonuses are calculated on the basis of non-GAAP rather than (lower) GAAP earnings
[...]
Outra reportagem pode ser vista neste link.

Prejuízo e dividendo

A empresa de mineração BHP anunciou o pior prejuízo anual de sua história: 6,4 bilhões de dólares (Hoyle, Rhiannon. BHP tem perda histórica devido a preços e baixa contábil. Valor Econômico, 17 ago 2016). Entre os motivos que justificam o desempenho: redução no preço das matérias-primas, demissão de funcionários e fechamento de minas (que justificam as amortizações contábeis de 7,7 bilhões), desastres ambientais (Mariana e Samarco, com reflexo de 2,2 bilhões de dólares), problemas com a divisão de petróleo (4,9 bilhões de efeito no resultado), entre outros aspectos.

A empresa "afirmou que a oferta abundante de petróleo e de metais como o cobre deve persistir". E que a economia da China vai estabilizar, mas não se recuperar. Além disto, não deverá fazer investimentos em novos projetos ou reduzir o ritmo.

Apesar de todo este cenário, inclusive de prejuízo, a empresa manteve o pagamento dos dividendos. Contraditório, mas duas possíveis explicações: o otimismo administrativo ou a sinalização de que a situação da empresa não é tão ruim.

16 agosto 2016

Eletrobras e RBSE

Diante dos prejuízos bilionários de diversas empresas brasileiras nos últimos anos, a Eletrobras divulgou hoje que teve um lucro de 13 bilhões de reais. No mesmo período do ano anterior o resultado era de um prejuízo.

No período, a holding estatal de energia elétrica informa reconhecimento contábil referente à RBSE com impacto líquido de R$ 17,035 bilhões - o dado se refere a indenização por ativos não amortizados anteriores a 2000.

Perplexidade: “que diabo é RBSE”. Depois de uma busca no site da empresa encontrei as demonstrações contábeis. Basicamente o RBSE é resultante de uma portaria do Ministro que determinou a correção de valores que estavam a custo histórico desde o início do milênio. Isto será incorporado a Base de Remuneração Regulatória a partir de 2017.

Apesar da explicação constante na Portaria que deu origem ao palavrão e das explicações constantes nas demonstrações contábeis, confesso que não fiquei convencido. Tenho dúvidas sobre a pertinência desta correção e sua finalidade. Preciso estudar melhor o assunto. (Socorro, Isabel. Nossa especialista no setor !!)

15 agosto 2016

Impacto econômico das universidades

Estudando 78 países e 15 mil universidades, Anna Valero e John Van Reenen estimaram os efeitos econômicos, do século XI até os dias de hoje. O número de universidades está associado a taxa futura de crescimento da economia:

We estimate fixed effects models at the sub-national level between 1950 and 2010 and find that increases in the number of universities are positively associated with future growth of GDP per capita (and this relationship is robust to controlling for a host of observables, as well as unobserved regional trends). Our estimates imply that doubling the number of universities per capita is associated with 4% higher future GDP per capita. Furthermore, there appear to be positive spillover effects from universities to geographically close neighboring regions. We show that the relationship between growth and universities is not simply driven by the direct expenditures of the university, its staff and students. Part of the effect of universities on growth is mediated through an increased supply of human capital and greater innovation (although the magnitudes are not large). We find that within countries, higher historical university presence is associated with stronger pro-democratic attitudes.

Auditorias da CGU reduzem corrupção em 8%

Esta é a conclusão deste working paper:

Resumo:

Political corruption is considered a major impediment to economic development, and yet it remains pervasive throughout the world. This paper examines the extent to which government audits of public resources can reduce corruption by enhancing political and judiciary accountability. We do so in the context of Brazil’s anti-corruption program, which randomly audits municipalities for their use of federal funds. We find that being audited in the past reduces future corruption by 8 percent, while also increasing the likelihood of experiencing a subsequent legal action by 20 percent. We interpret these reduced-form findings through a political agency model, which we structurally estimate. Based on our estimated model, the reduction in corruption comes mostly from the audits increasing the perceived threat of the non-electoral costs of engaging in corruption.

 Keywords: Corruption, Audits, Political Selection, Political Accountability, Judicial accountability

Do Government Audits Reduce Corruption? Estimating the Impacts of Exposing Corrupt PoliticiansEric Avis, Claudio Ferraz, and Frederico Finan - July 2016


14 agosto 2016

Estácio revisa balanço

Após acordo com a Kroton, a empresa Estácio, da área de educação, revisou os três últimos exercícios sociais, reduzindo a menor o lucro:

"Foram identificados e mensurados erros que afetaram tanto o resultado do segundo trimestre de 2016, quanto o resultado de exercícios anteriores", disse a empresa. A nova administração, que começou a mudar em abril deste ano, disse ter identificado "transações consideradas não compatíveis com os padrões e políticas da companhia".

Entre os ajustes anunciados para os resultados de exercícios anteriores, o principal impacto veio de revisão no provisionamento de recebíveis de alunos, cujos contratos foram considerados em situação inadequada. Há ainda efeitos de despesas de publicidade e propaganda e créditos tributários expirados de empresas adquiridas.