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11 janeiro 2019

Velocidade da Internet e Desenvolvimento do Município

O setor de processamento e terceirização de negócios está em expansão de Madagascar. Empregando entre 10 a 15 mil pessoas, algumas empresas estão optando pela ilha por uma combinação de custo e qualidade. Um dos fatores que tornam Madagascar atraente é a velocidade da internet, um requisito importante para chamadas de qualidade e serviço em tempo real.

Ter uma internet com elevada velocidade parece ser algo importante para que uma região possa desenvolver. Entretanto, em geral locais mais desenvolvidos geralmente possuem melhor qualidade na rede, o que impede, muitas vezes, que o ciclo de pobreza seja interrompido.

Um levantamento feito pelo site minhaconexao.com.br em 350 municípios brasileiros mostra que a localidade com pior conexão é Mulungu, na Paraíba. Mulungun possui menos de dez mil habitantes, distribuídos em 195,31 km2. O PIB per Capita da cidade está muito próximo ao menor do Brasil. Em Mulungu, a velocidade da internet é de 2,2 Mbps.

A localidade com maior velocidade de internet é Louveira, em São Paulo. Os seus 43 mil habitantes possuem um PIB per Capita de 270 mil reais/ano, um dos maiores do Brasil. O IDH da cidade é de 0,90, padrão de um país desenvolvido.

Usando os dados destes 350 municípios e os valores do PIB Per Capita, eu calculei a correlação entre os valores: foi significativa, de 0,34. O gráfico abaixo mostra a visualização da relação:

O que isto está dizendo? Que uma cidade com melhores níveis de desenvolvimento terá condições de fornecer melhor internet para sua população. As chances de uma empresa de processamento e tratamento de dados ou de call center instalar em Mulungu é próxima de zero.

O gráfico a seguir apresenta a relação entre o IDH do município e a velocidade da internet.
A correlação, de 0,353, também é significativa.

Rir é o melhor remédio

Sonho de ser um contador

10 janeiro 2019

Reflexo da Corrupção

A fotografia a seguir estava em uma resposta do Quora: Qual a melhor fotografia da corrupção?

Quem respondeu lembrou que na Rússia, o presidente Putin apareceu com relógios com valor de 6 vezes o seu salário de presidente. A fotografia é o Patriarca da Igreja Ortodoxa. A assessoria trabalhou no Photoshop, mas esqueceu do reflexo da mesa brilhante, onde aparece um Breguet com valor estimado de 30 mil dólares. Reflexo da corrupção:

 (Este é um bom exemplo para mostrar como é possível pegar sinais de corrupção em pequenos objetos)

Pesquisa em Contabilidade Pública

"Edição 2019 do Meu Mestrado e Doutorado em Contabilidade Pública"

"Futuros mestrandos e doutorandos podem aprimorar e refletir suas propostas de projeto de pesquisa antes de iniciarem o processo seletivo. Essa é a idéia da inicativa Meu Mestrado e Doutorado (MMD) em Contabilidade Pública. Em sua 3a edição, a iniciativa já ajudou candidatos a entrarem em programas de pós-graduação pelo país, dando a chance de refletirem suas propostas de pesquisa.

Essa é uma inicativa da Série de eventos 'Young Reserchers in Public Sector Accounting', para desenvolvimento de jovens pesquisadores no tema, para que tenha contato com o que tem sido pesquisado na área, teorias e métodos. Se você é um orientador no tema, está convidado a se juntar na avaliação dos projetos. Entre em contato com a coordenação. Se você é um candidato a mestrado e doutorado, veja as condições para submissão da proposta e venha discuti-la conosco. Os debates acontecem totalmente online, participantes de todo país podem apresentar suas propostas

Participar da iniciativa não garante vaga em qualquer programa de pós-graduação, e nem orientador. Vagas e orientadores devem ser vistos no programa de pós-graduação de seu interesse.

Submissões: de 10/01/19 a 30/04/2019
Confirmação dos selecionados e do programa: até 30/05/2019
Debate dos projetos (online): 04 e 05/06/2019 das 10h às 13h.

Link para inscrições e submissão: https://www.even3.com.br/MMD2019
Mais detalhes de submissão em https://bit.ly/2ABH4AZ
Modelo do projeto em: https://bit.ly/2VCiOre

Auditoria Interna


Auditoria Interna e Conselho de Administração, por Rene Andrich

A auditoria interna é peça fundamental para o fortalecimento das estruturas de governança das organizações. Embora ela seja indispensável para a proteção e adição de valor nas organizações, contribuindo para que essa alcance seus objetivos estratégicos e melhore a eficácia do gerenciamento de riscos, controles internos e governança, ainda há pouco entendimento sobre suas reais responsabilidades.

Trata-se de um tema explorado na comunidade de auditores, contudo, pouco discutido externamente. A falta de compreensão por parte do conselho de administração em relação a atuação da auditoria interna, pode impedir que esse extraia o máximo desta função, que desempenha importante papel de guardiã da governança, sendo um ponto de apoio imprescindível aos responsáveis pela gestão da organização.

Esse inesperado e involuntário distanciamento foi objeto de debate por diversos executivos de auditoria interna, membros de conselho de administração e de comitês de auditoria, ao longo de 2018. Eles estiveram envolvidos na produção do conteúdo técnico "Auditoria Interna – Aspectos essenciais para o conselho de administração", realizado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), em parceira com o Instituto dos Auditores Internos do Brasil (IIA Brasil).

Durante o processo de produção deste conteúdo, percebeu-se que há muito mais clareza quanto a atuação dos auditores externos do que com as ações e resultados gerados pelos internos. As razões são diversas, mas há de se destacar o fato de que no passado, revisão das demonstrações financeiras era o principal tópico da agenda de conselheiros ou comitês de auditoria. Com o passar dos anos, esta agenda cresceu, e hoje temas como gerenciamento de riscos, controles internos, conformidade, canal de denúncias e investigação, tomaram proporções nunca antes observadas.

A auditoria interna passou a desempenhar importante papel nesse apoio ao conselho, tendo agora, mais do que nunca, o papel de se apresentar como parceira do negócio, sem, contudo, nunca perder sua independência e atitude imparcial. Tem agora a missão de apresentar insights constantes ao conselho, que por sua vez, deve ter clareza quanto ao valor que a auditoria interna pode oferecer a organização.

É fundamental mostrar que a auditoria, além de guardiã da governança, não pode mais apenas atuar como uma protetora dos valores da organização. Ela deve também ser proativa na geração de valor, por meio da interação e contribuição com as demais partes interessadas da organização, como a diretoria executiva, órgãos de riscos, controles internos, governança, conselho fiscal, auditoria externa e com órgãos reguladores.

Nada disso será possível sem qualificação. O mercado hoje tem exigido um processo de inovação constante, postura sustentável, ética e uso de tecnologia de ponta. A auditoria que não acompanhar este processo não estará cumprindo sua função. A preocupação com capacitação deve ser prioridade.

Hoje há muita oportunidade de desenvolvimento para auditores, incluindo processos de certificações internacionais e processos de revisão de qualidade da função de auditoria interna. As estatísticas são preocupantes. Em um universo global de quase 150 mil certificações CIA (Certified Internal Auditor), menos de 1% está na América do Sul e Central, com apenas cerca de 300 no Brasil. O conselho deve estar ciente dessa necessidade, oferecendo oportunidades de desenvolvimento, colocando este tópico entre os objetivos dos auditores e avaliando sua evolução.

As diretrizes que garantem a independência e atitude imparcial de um auditor interno é algo que deve ser chancelado constantemente pelo conselho de administração.

Contudo, nada se alcançará sem que o conselho e o próprio auditor tenham plena consciência da necessidade de desenvolvimento contínuo e transparência na relação entre eles. O auditor tem que estar cada vez mais próximo ao negócio e atuar verdadeiramente como um “assessor de confiança” sempre de forma independente e ética.

Auditoria

Várias notícias sobre auditoria, todas de ontem ou hoje:

1) O PCAOB, que fiscaliza as empresas de auditoria, adotou novo padrão que expande as exigências de auditoria em estimativas contábeis, incluindo valor justo. As normas ainda não foram aprovadas pela SEC e devem entrar em vigor no final de 2020.

2) A CVM irá promover um sorteio para "avaliar os procedimentos adotados pelos contadores que atuam como auditores independentes e pelas sociedades de auditoria".

3) O governo irá fazer uma auditoria em 2 milhões de benefícios pagos pelo INSS

4) O parlamento de Portugal quer ter acesso a auditoria da Caixa Geral de Depósitos, ocorrida entre 2000 a 2015. O acesso tem sido negado por estar sob segredo de justiça.

5) O TCU (?) realizou uma "auditoria" na resolução da Anac que autorizou a cobrança por bagagem nos voos.

6) O ex-presidente do Bankia (e ex-FMI) Rodrigo Rato (este é o seu nome), preso pelos problemas que ocorreram na instituição bancária espanhola, prestou depoimento sobre o caso e demonstrou, segundo o El País, ter uma "memória seletiva"

Mudança?

Durante os últimos anos, as investigações conduzidas pela justiça brasileira sobre o que ocorreu na Petrobras resultou em uma série de punições para empresas e pessoas físicas. Entretanto, aparentemente as investigações parecia estar restrita ao que ocorreu em território brasileiro, com pessoas, físicas e jurídicas, nacionais.

Agora, um executivo da Vitol, uma empresa com sede na Europa, que atua na área de energia, foi detido pelos Estados Unidos. O acusado, segundo a Reuters, era intermediário entre os executivos da empresa e os funcionários da Petrobras, que aceitaram propinas. Ele também teria realizado este serviço de intermediação para outras empresas da área junto à Petrobras.

Os promotores [brasileiros] alegaram em suas acusações contra Andrade que o chefe de operações da Vitol, Mike Loya, e seu chefe na América Latina e Caribe, Antonio Maarraoui, tinham pleno conhecimento do esquema. Nem Loya nem Maarraoui foram acusados. Nenhum dos executivos respondeu a repetidos pedidos de comentários.

Os promotores disseram que pelo menos US $ 2,85 milhões em subornos foram envolvidos nos casos envolvendo os comerciantes de petróleo, e chamaram suas descobertas até agora de "ponta do iceberg".

(...) Os promotores brasileiros alegam que alguns dos crimes foram cometidos por comerciantes da Petrobras sediados em Houston e que alguns fundos ilícitos movimentaram-se através dos sistemas bancários dos EUA e da Europa, aumentando a chance de que a jurisdição para investigar o caso aumentasse. Promotores brasileiros e norte-americanos trabalharam de perto no passado em casos de Lava-Jato.

Rir é o melhor remédio

Aposentadoria e dinheiro
Depois da formatura
Celular e direção
Rede social x realidade

Rafael Alvarez via aqui

09 janeiro 2019

Separação do homem mais rico do mundo

O bilionário Jeff Bezos, fundador da Amazon, anunciou nesta quarta-feira (9) em sua conta no Twitter que ele e sua mulher, MacKenzie Bezos, vão se divorciar. Bezos, de 54 anos, é a pessoa mais rica do mundo, segundo ranking da revista Forbes, com uma fortuna atualmente estimada em US$ 146,8 bilhões.

Fonte: aqui

Qual a relação com a contabilidade (tema do blog)? MacKenzie foi a responsável pela contabilidade da Amazon em 1994.

(Uma discussão interessante é se eles assinaram um acordo pré ou pós nupcial. Este tipo de acordo pode afetar a propriedade das ações da empresa.)

BNDES e sua contabilidade

O novo presidente do BNDES, Joaquim Levy, disse na segunda, 7, que pretende revisar a contabilidade do banco de fomento para depender menos de recursos do Tesouro Nacional (1). “Queremos continuar ajustando o balanço do banco (2), como organizamos nossas contas. Queremos adequar o balanço que hoje depende de uma proporção exagerada (3) – mas menos que era há quatro anos – dos recurso do Tesouro. Isso tem de ser corrigido (4) para haver adequado retorno de capital”, avaliou. Segundo Levy, o Tribunal de Contas da União (TCU) tem dado o suporte para essas adequações.

Levy afirmou que o BNDES prestou grandes serviços ao País e precisa continuar respondendo às expectativas da nação. “Estamos na antessala de um novo ciclo de investimentos em uma economia com mais espaço para o setor privado e o mercado de capitais”, acrescentou. Segundo o novo presidente do BNDES, o papel do banco vai contribuir nesse ambiente com o desenvolvimento de novas ferramentas e novas formas de trabalhar em parceria com o mercado privado.

“Não será surpresa que a gente continue combatendo patrimonialismos (5) e distorções que são uma trava ao crescimento do País, à Justiça e à equidade. Isso tem de continuar mudando, evitando também o voluntarismo. As ferramentas têm de ser a transparência (6) e a ética no setor público. Assim teremos mais liberdade, mais concorrência e mais crescimento”, concluiu.


Fonte: Aqui

(1) Muito estranho. A contabilidade reflete o que ocorre em uma entidade. O presidente do BNDES diz que vai mudar a contabilidade para depender menos dos recursos do Tesouro, como se a mudança na contabilidade modificasse a forma como o BNDES atua.
(2) Ajustar o balanço de um banco parece como manipular suas contas.
(3) Não é o balanço que depende do Tesouro. É a entidade. O balanço apenas retrata isto. Ou não?
(4) Será que ele disse que deve ser "corrigido" o balanço do Banco?
(5) Olha a ironia. Patrimonialismo está sendo usado em um sentido político. Segundo a Wikipedia, "O patrimonialismo é a característica de um Estado que não possui distinções entre os limites do público e os limites do privado."Mas patrimonialismo na contabilidade tem outro significado: "O patrimonialismo é uma corrente científica da contabilidade que teve como principal expoente o italiano Vincenzo Masi, professor da cidade de Bolonha, que defendeu o patrimônio como o objeto de estudo da ciência contábil"
(6) Mas em novembro, o ex-presidente do BNDES disse que era o banco mais transparente do mundo

Malas de dinheiro 2

Muitos países estão retirando de circulação das notas de elevado valor:

Após um relatório escrito por Peter Sands, em 2016, onde implorou-se para os bancos centrais do mundo parassem de emitir notas de alto valor, a Comunidade Europeia resolveu tirar de circulação a nota de 500 euros neste ano


A partir de final de janeiro, as notas de 500 euros serão retidas nos bancos:

A maioria dos bancos centrais da zona euro, incluindo o português, vai reter as notas de 500 euros que cheguem à sua posse já a partir do próximo dia 27 de janeiro, no âmbito da decisão do conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE) tomada a 4 de maio de 2016.

"As notas de 500 euros são vistas cada vez mais como um instrumento de atividades ilegais, e é nesse contexto que estamos a considerar ações”, disse, na altura, Mario Draghi, perante o Comité de Assuntos Económicos do Parlamento Europeu, reunido em Bruxelas.

Cerca de três meses depois, o Conselho do Banco Central Europeu optou oficialmente por parar a produção de notas de 500 euros, atendendo aos receios de que estas notas possam ser utilizadas para facilitar atividades ilícitas. Ainda assim, o BdP assegurou que não era necessário trocar quaisquer notas e que os cidadãos poderiam continuara a utilizar as notas de 500 euros sem restrições, incluindo para fazerem pagamentos.

Qualidade da auditoria

Para ajudar as empresas de auditoria a desenvolver essas divulgações, o Centro de Qualidade de Auditoria (CAQ) desenvolveu uma nova Estrutura de Divulgação de Qualidade de Auditoria . O CAQ é afiliado ao AICPA.

A estrutura baseia-se em trabalhos anteriores do CAQ e de outros profissionais para desenvolver e buscar indicadores de qualidade de auditoria. Uma combinação desses indicadores ou métricas, juntamente com uma discussão aprofundada, pode levar a divulgações úteis sobre como uma empresa monitora a qualidade da auditoria.(...)


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