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31 julho 2017

Spotify na Bolsa e sem IPO

Saiu na TecMundo:

Spotify anunciou hoje que já conta com 60 milhões de usuários pagantes, ou seja, assinantes de fato. Isso é mais do que o dobro que o seu maior concorrente, o Apple Music. É interessante notar, entretanto, que o Spotify conseguiu adicionar 20 milhões de pessoas à sua lista de usuários pagantes em apenas cinco meses. A última vez que a empresa anunciou a quantidade de assinantes que tinha foi em março, quando a conta fechava em 40 milhões de pessoas.
[...]

Entretanto, com o status de “mais legal” obtido pelo Spotify ao longo dos anos, os amantes da música que não se importam tanto com os mais recentes álbuns do pop acabam ficando no Spotify. Por fim, o streaming verde ainda tem uma curadoria melhor, com rádios mais interessantes, as funções Descobertas da Semana e Daily Mix. Mesmo com a concorrência tentando copiar esses recursos, a base de assinantes do Spotify continua crescendo.
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Por fim, o Spotify deve entrar no mercado de ações até dezembro deste ano, segundo relata o The Wall Street Journal. Entretanto, a companhia prepara um processo de venda direta de ações por meio de terceiros. Isso quer dizer que não haverá uma IPO, uma oferta inicial de ações, em alguma bolsa. Esse método é o mais comum e sempre cria muito burburinho quando é relacionado a empresas de tecnologia. Contudo, os preços costumam ser bem mais baixos do que o valor real das ações, dada a abundância de papéis no mercado no primeiro dia.

Não se sabe se a experiência do Spotify vai dar certo sem uma IPO, mas a empresa ainda não detalhou direito como vai proceder para evitar instabilidade e baixa arrecadação.

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A geração digital não é melhor que os mais velhos em usar a tecnologia

Plano da Comunidade Européia de congelar depósitos para impedir uma corrida bancária

Putin é mais rico que Gates e Bezos juntos

Reino Unido banindo propaganda em que garotas são bailarinas e garotos engenheiros

Ninguém quer ver sua apresentação no PowerPoint, mas no Prezi sim

Rir é o melhor remédio




Fonte: Aqui

30 julho 2017

Resenha : Ozark

Esta série de televisão estreou recentemente na Netflix. Alguns críticos fizeram uma associação com a consagrada Breaking Bad. O roteiro realmente é parecido (atenção, algum spoiler a seguir): Martin Byrde é um conselheiro financeiro que trabalha em Chicago. Seu sócio desvia dinheiro de um criminoso mexicano, que decide matá-los. Martin, no desespero, propõe trabalhar para o bandido fazendo lavagem de dinheiro numa pequena cidade do interior do Missouri, Ozark. Com isto salva sua família, sua esposa e casal de filhos. Mas o criminoso mata seu sócio e o amante da mulher. O primeiro episódio termina com a chegada em Ozark de Martin e sua família.

Pelo início é possível encontrar aspectos similares com Breaking Bad. Em ambos os casos, um homem é retirado de sua rotina e encontra no crime a solução para os problemas. As brincadeiras do destino estão presentes em ambas as séries. E ambas possuem um elenco sem um grande destaque (Jason “Juno” Baterman é Martin e Laura “Show de Truman” Linney é Wendy Byrde, a esposa), a força da série está na direção e no roteiro. Com Breaking Bad.

Vale a Pena? Sim. Com um IMDB de 8,6, a série começa de forma bem interessante. A questão da lavagem de dinheiro, que foi um dos temas de Breaking Bad, também aparece aqui. A figura mostra Martin discutindo com a esposa, dizendo culpado pela situação, pois não desconfiava que seu sócio estava desviando dinheiro: afinal ele era responsável pela contabilidade e deveria saber do que estava ocorrendo.

Consequências psicológicas da pobreza

Resumo:

Poverty remains one of the most pressing problems facing the world; the mechanisms through which poverty arises and perpetuates itself, however, are not well understood. Here, we examine the evidence for the hypothesis that poverty may have particular psychological consequences that can lead to economic behaviors that make it difficult to escape poverty. The evidence indicates that poverty causes stress and negative affective states which in turn may lead to short-sighted and risk-averse decision-making, possibly by limiting attention and favoring habitual behaviors at the expense of goal-directed ones. Together, these relationships may constitute a feedback loop that contributes to the perpetuation of poverty. We conclude by pointing toward specific gaps in our knowledge and outlining poverty alleviation programs that this mechanism suggests.

Fonte: aqui

Resultado de imagem para poverty may have particular psychological consequences

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A competição no casal real William e Kate

Como o gênero é representado nos comics (gráfico)

Um professor de economia de Portugal pergunta: queremos eliminar a língua portuguesa?

Sci-hub possui 70% de todos os artigos acadêmicos

SEC anuncia um prêmio de 1.7 milhão para um denunciante de uma fraude 

Um pequeno resumo das diferenças entre US GAAP e IFRS

29 julho 2017

Fato da Semana: Prisão de Bendine

Fato: Prisão de Bendine

Data: 27 de julho de 2017

Contextualização - Bendine foi presidente do Banco do Brasil, de onde saiu para arrumar a Petrobras. Depois da estatal do petróleo, chegou a ser um dos candidatos para dirigir a Vale, outra grande empresa brasileira. Fez carreira na instituição financeira, mas foi no governo Lula que Bendine foi escolhido para dirigir a entidade. Envolvido em algumas operações estranhas, denunciado por corruptores e com ligações muito próximas de políticos do Partido do Trabalhadores, Bendine hoje recebe uma aposentadoria de R$60 mil e recebeu, no passado, agrados com cifras de milhões.

Relevância - O vídeo em que Bendine aparece num evento defendendo uma nova gestão na Petrobras, um pouco depois de receber dinheiro da Odebrecht, mostra que não devemos confiar nos gestores, mas nas estruturas de controle das empresas. Bendine também foi o responsável pela divulgação do número da corrupção da Petrobras, de R$6 bilhões.

Notícia boa para contabilidade? Por um lado, é desolador ver que Bendine em público falava de transparência, enquanto recebia dinheiro de corruptores. Por outro lado, a punição para o ex-burocrata pode fazer com que pessoas de má fé pensem duas vezes antes de agirem de maneira desonesta.

Desdobramentos - Tudo leva a crer que o próximo será Mantega, o mais longevo ministro da Fazenda que tivemos. E um dos responsáveis pela desastrosa política econômica do governo Dilma.

Mas a semana só teve isto? Sim.

Rir é o melhor remédio

Mais procrastinação...

28 julho 2017

Leda Braga, rainha dos quants é brasileira

Leda Braga, 48, is considered the most powerful female hedge fund manager in the world.

In January, she launched her fund, Systematica Investments, a computer-driven fund.

With $8.8 billion in assets, Braga manages more than any other female hedge fund manager and more than many other funds run by men.

Before heading out on her own, Braga spent 14 years managing BlueCrest's biggest fund — the computer-driven BlueTrend fund.

Before that, she worked with BlueCrest's founders at JPMorgan as a quantitative analyst on the firm's derivatives research team.

The Brazilian-born portfolio manager, who holds a Ph.D. from Imperial College, joined BlueCrest when she was 34-weeks pregnant.

In the male-dominated world of Wall Street, Braga said she hasn't experienced difficulties.

"What can I say? Me, personally, I've always liked to work," she said at the CNBC Delivering Alpha Conference held at the Pierre Hotel in midtown Manhattan on Wednesday.

"She's so impressive," one attendee was overheard saying.
The Future of Trading

The "queen of the quants," as Braga is sometimes known, told the room that in the next ten years, the systematic approach the trading — the one she deploys — will prevail.

When it comes to making trades, there are two contrasting approaches —discretionary and systematic. Discretionary trading relies on the fund manager's own decision-making. Systematic trading uses computer models, research firm Preqin explained.

"I think in a world where there's regulatory pressures, investor pressure for lower fees ... I think the systematic approach will prevail in the long run. I think the next ten years for sure," Braga said.

[...]

Leda Braga


Fonte: aqui

Advogados dominam CVM

Juliana Schincariol, do Valor Econômico destacou bem o atual perfil da CVM:

Com a indicação do novo presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Marcelo Barbosa, e a nomeação do diretor Gustavo Gonzalez, o colegiado da autarquia será formado inteiramente por advogados. (Advogados dominam colegiado da CVM, 14 de julho de 2017, p. C12) 

Parodiando o premiê francês Clemenceu, a CVM é importante demais para ser deixada nas mãos dos advogados.

Presidente do BNDES faz uma afirmação estranha

Há dias, o presidente do BNDES defendeu a instituição pelos negócios com a JBS. Segundo Mariana Sallowciz, em Para Rabello, JBS é um dos melhores negócios do BNDES, Estado de São Paulo, 15 de julho de 2017, p. B6:

Até a lambança da delação a empresa estava cotada a quanto? Era mais de R$10 (a ação) e o BNDES quando entrou estava cotada a R$7

Ou seja, ocorreu um crescimento de 43%. Parece um bom negócio. Mas não é e é estranho (ou má fé ou incompetência ou distração) que o presidente do BNDES trabalhe com valores nominais. Entre 2006 a final de 2015 a inflação brasileira foi de 77%. Ou seja, redução em termos reais de quase 20%. Se este foi um dos melhores negócios, imagine os piores.

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A história da fotografia mais famosa de Einstein

Decreto dispensa reconhecimento de firma e cópia autenticada nos órgãos públicos

Advogado da Odebrecht diz que empresa subornou mais de mil em todo o mundo

Por que é difícil o consumidor dizer não

A crise na ciência e a reprodução das pesquisas (com exemplo da arqueologia)

James Heckman e o viés de seleção