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08 setembro 2016

Operação Greenfield

Objetivo: investigar o investimento dos fundos de pensão em empresas, com desvio de dinheiro

Histórico: Em 2014 o PSDB solicita que o MPF do Distrito Federal investigue o aparelhamento dos fundos de pensão pelo PT e PMDB. Ocorre a instalação de uma CPI no legislativo, que encerrou os trabalhos em 2016. Há três meses, uma força-tarefa foi montada para apurar o esquema. No inicio da semana a Operação Greenfield foi deflagrada.

Prejuízos: estimados em mais de 8 bilhões de reais

Fundos de Pensão envolvidos
: Petros (Petrobras), Previ (Banco do Brasil), Funcef (CEF) e Postalis (Correios). Estes fundos estão com um déficit estimado em mais de 50 bilhões de reais.

Empresas envolvidas: Bradesco, Deloitte, Ecovix, Engevix, Gradiente, Grupo W/Torre, Invepar, JBS, OAS, Santander e Sete Brasil

Esquema: Os fundos de pensão contratavam avaliações para investimentos em empresas. Estas avaliações eram superestimadas, mas a contratação era para ter um respaldo técnico. O investimento era realizado. O prejuízo, posteriormente, ficava com o fundo de pensão.

A Deloitte está envolvida no caso do FIP Florestal. O FIP Florestal, vinculado ao grupo J&F, tinha um patrimônio de R$2,2 bilhões. A Deloitte fez a reavaliação para 6,3 bilhões, o que traria um lucro de R$1 bilhão para Petros e Funcef. Mas os conselhos fiscais dos fundos não quiseram usar a avaliação da Deloitte. Mas o valor foi registrado mesmo assim. Um dos casos mais interessantes é de uma firma de design de interiores que foi contratada pela Funcef para fazer avaliação de riscos e precificar ativos.

07 setembro 2016

Delator de fraude contábil recusa prêmio da SEC

Revolving Doors,” the habit of executives and regulators going back and forth between government jobs and regulated industries, has attracted increasing attention since the financial crisis.

The incestuous relationship between regulators and the industry they are tasked with supervising is considered by many as one of the main reasons for “regulatory capture”–the failure of regulation in addressing market failures, and, in many cases, the designing of regulation that benefits incumbents and subverts competition.

Eric Ben-Artzi, a whistleblower who exposed a major case of accounting fraud by one of the biggest financial institutions in the world, chose a very unique way bring attention to the revolving door. Last week he announced, in the pages of the Financial Times, that he is renouncing his share of a $16.5 million SEC whistleblower award because of what he describes as corrupt behavior by the SEC’s senior leadership in deciding not to go after the executives, but rather charge only the bank itself.

In 2011, Ben-Artzi (along with two other former Deutsche Bank employees) revealed that Deutsche Bank had overvalued its derivatives portfolio in order to hide billions in potential trading losses. (In 2012, the Deutsche Bank whistleblowers estimated that the bank hid up to $12 billion in paper losses during the financial crisis, while the SEC estimated the sum at more than $1.5 billion when Deutsche settled the charges in 2015.)

By rejecting what he saw as an unjust penalty for Deutsche Bank’s shareholders, Ben-Artzi made a moral choice. Though his rejection of a multimillion dollar payout is remarkable, he is not the first whistleblower to be motivated by moral concerns. Indeed, as Northwestern University’s Adam Waytz notes in his ProMarket piece, studies consistently show that whistleblowers are more motivated by moral reasons than they are by financial gains. Waytz’s own research into the motivations of whistleblowers shows that whistleblowers are primarily motivated by fairness and justice1), which makes sense considering that they are more often punished for their actions than rewarded for them.

Ben-Artzi estimates his share of the settlement at $3.5 million (after fees and payments to lawyers, experts and his ex-wife). Ben-Artzi has a PhD in mathematics and is not a rich man. He has not amassed a significant fortune in his Wall Street career, and he believes that his odds of getting a job on Wall Street after whistleblowing on his bosses at Deutsche Bank are very low. After his experience on Wall Street and the process of whistleblowing to the SEC, getting to know his motives and perspective on bankers’ behavior, regulators, and finance may offer support to people who view revolving doors as a key culprit in regulatory capture.

[...]

Eric Ben-Artzi...Eric Ben-Artzi in the Wall street area of New York City

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Pessoas Influentes na Contabilidade

A Accounting Today publicou as 100 pessoas mais influentes na contabilidade. Obviamente com um grande viés para os Estados Unidos. Mas a lista é interessante por trazer as pessoas que podem afetar a contabilidade mundial nos próximos anos.

A presença dos executivos das grandes empresas de auditoria é sempre certa e óbvia nesta lista. Também os reguladores: SEC, PCAOB, IFAC, Iasb estão presentes. Algumas pessoas com influência na internet: Caleb Newquist (Going Concern) e Accounting Observer apareceram.

Um aspecto que notei é o aumento da participação feminina: foram citadas 32 mulheres este ano.

Para finalizar, os mais citados foram Barry Melancon (AICPA), Tom Hood (MACPA), Mary Jo White (SEC), Russell Golden (FASB), Ron Baker (VeraSage) e Mark Koziel (AICPA), na ordem.

Fasb muda a DFC

O Fasb anunciou uma série de propostas para detalhar a norma da demonstração dos fluxos de caixa (o Statement 95, de 1987). As alterações incluem oito aspectos, alguns deles aparentemente com pouco interesse prático. Mas entre os itens está como fazer a classificação de uma operação mista, que envolve mais de uma atividade.

Substancialmente não haverá mudanças. A CFO Magazine tomou a opinião de Baruch Lev, que recentemente lançou um livro sobre o fim da contabilidade, e Charles Mulford, que já publicou uma obra sobre manipulação da demonstração dos fluxos de caixa. Baruch Lev é bastante crítico com a proposta. Acredita que se trata de mais regulamentação contábil, afastando da contabilidade por “princípios”. E que isto, por si só, não resolve.

Já Mulford considera que a DFC deve ser mais regulamentada, para permitir a comparabilidade. E que a abordagem por “princípios” não resolve na DFC.

04 setembro 2016

03 setembro 2016

Fato da Semana: Multa para Apple

Fato: Multa para Apple

Data: 31 agosto de 2016

Precedentes
Anos 80 = A empresa foi uma das primeiras a desenhar um esquema denominado de Double Irishonde se utilizava a Irlanda para pagar menos impostos
outubro-12 = Um parlamentar britânico denuncia a Apple e outras empresas de gerar bilhões em lucros e pagar menos de 3% em impostos. O debate gera um investigação e pressão contra estas empresas.
Anos seguintes = A Apple tornou-se uma empresa extremamente lucrativa, mas paga uma pequena parcela de lucro
30/ago = A empresa é condenada, mas cabe recurso.

Notícia boa para contabilidade? A mensuração sobre o tamanho do pagamento de impostos passa pelas medidas contábeis. E os números da Apple justificam a multa aplicada, já que a carga tributária da empresa é muito menor que a alíquota cobrada em diversos países e em diversas empresas.

Desdobramentos = A solução do problema dos reduzidos impostos passa pela revisão nas normas tributárias dos países e por acordos de cooperação. Irlanda e Estados Unidos foram contrários as medidas da Comunidade Europeia e isto pode dificultar estes acordos no futuro. Outras empresas podem sofrer penalidades parecidas.

Mas a semana só teve isto? No Brasil o grande destaque foi o término do processo de impedimento da ex-presidente. É bom lembrar que o principal motivo para a condução do processo foi uma lei na área de finanças públicas/contabilidade pública.

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

02 setembro 2016

Links

Fotografias aéreas: uma nova maneira de ver (ao lado)

Prêmio Getty de Fotojornalismo de 2016

Aparelhos de televisão bizarros

125 anos de obras de arquitetura 

Problema do aprendizado de máquina: amostra enviesada. Aplicação para beleza

Panda não é oficialmente uma espécie ameaçada

Links

Qual a razão da existência dos colecionadores de arte?

Você sabia que o Iasb tem um grupo de estudos de contabilidade islâmica?

Iasb: Guia para prática usual das entidades

Gutenberg e a revolução da informação

O ranking dos password roubados do Last.fm

Previsão

Segundo informa o Valor Econômico, o Tribunal de Contas da União (TCU) quer que “as estimativas sejam baseadas em estudos técnicos consistentes e acompanhadas de um índice confiável de previsibilidade”. (Confesso que não encontrei nada sobre este assunto no site do TCU) A posição do TCU é que a SOF tem errado a previsão destas variáveis. No primeiro bimestre de 2016 o erro na receita foi de mais de 10%.

A posição do TCU tem dois problemas graves. O primeiro é que induz para os estudos econométricos (“estudos técnicos consistentes” e “índice confiável de previsibilidade”), sujeitos aos mesmos problemas de um chute (vide o livro Como Mentir com Estatística, clássico da área, de Darrell Huff). O segundo problema é o próprio fato de que a previsão é muito difícil de ser realizada (nova sugestão, Tetlock).

Conexões políticas

As conexões políticas podem ser caracterizadas como relações entre empresas e políticos, em que as empresas procuram obter vantagens e os políticos geralmente buscam financiamento de campanha. Nesse contexto, o estudo tem como objetivo geral analisar a relação entre as conexões políticas das maiores empresas listadas na BM&FBovespa e seus respectivos desempenhos. Para tanto, foram analisados os dados de 132 companhias, utilizando-se estatística descritiva, teste de diferença entre médias, Análise de Correspondência (Anacor) e Análise de Correspondência Múltipla (ACM). A conexão política de cada empresa foi representada pelo valor de sua doação para campanhas eleitorais de 2014, sendo o desempenho medido pelo Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE). Os resultados indicam que a maior parte dos recursos doados para a campanha eleitoral de 2014 foi destinada à disputa pela Presidência da República e o Partido dos Trabalhadores foi a agremiação política que mais recebeu doações de campanha das empresas. A empresa JBS doou mais de 65% do total das contribuições efetuadas pelas empresas da amostra. O Ceará foi o estado que mais recebeu doações de empresas para as eleições de 2014. Amapá, Amazonas e Roraima foram os únicos estados em que os candidatos não receberam recursos para financiamento de campanhas eleitorais das empresas investigadas. A partir dos testes realizados, verificou-se não haver diferença de desempenho na comparação das empresas com conexões políticas com aquelas sem qualquer conexão política. Constatou-se uma associação entre altas conexões políticas e expressivo tamanho das empresas.

CONEXÕES POLÍTICAS NAS MAIORES COMPANHIAS LISTADAS NA BM&FBOVESPA - Bruno Goes Pinheiro, Márcia Márcia Martins Mendes De Luca, Alessandra Carvalho de Vasconcelos - READ, v. 22, n. 2 (2016)

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui