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23 maio 2015

Nota do CFC


O ex-candidato a presidente, Aécio Neves, afirmou que o ajuste fiscal promovido agora pelo governo é contabilista. Segundo o jornal O Globo, Neves afirmou o seguinte:

— Esse pacote do Levy é extremamente rudimentar, de um contabilista, que se baseia só na questão fiscal e esquece que as pessoas se levantam todos os dias e precisam comer e ir trabalhar. Não se vê nada de estímulo a economia. Essas medidas não surtirão o efeito que o governo espera. Não vejo condições desse governo melhorar nos próximos dois ou três anos. Antes de 2018 ainda vai piorar muito.

Imediatamente o presidente do Conselho Federal de Contabilidade soltou uma “Nota de desagravo do CFC” onde afirma que “lamenta a visão distorcida e a forma equivocada com que o senador se referiu aos profissionais da Contabilidade”. A reação à nota foi maniqueísta. Alguns profissionais que este blogueiro conhece apoiaram, apresentando-se indignados com a associação do profissional com o ajuste fiscal promovido pelo governo. Este grupo considerou que a nota refletiu, de forma adequada, a visão da classe.

Entretanto, a eleição presidencial foi muito acirrada e dividiu o país. Isto fez com que outros afirmassem que Martônio, o presidente atual do CFC, assumiu uma postura favorável ao atual governo e contra as pessoas que discordam da atual gestão. Além disto, o CFC como entidade de classe, deveria ter assumido uma atitude muito mais firme quando o governo promoveu as pedaladas fiscais ou nomeou políticos ou gestores com parcos conhecimentos para comitês técnicos de estatais – incluindo Comitês de Auditoria.

Três questões importantes podem ajudar um pouco a sair dos dois lados extremos desta questão. A primeira é se o Conselho deveria ser uma entidade desvinculada da política. A história da entidade mostra que o CFC esteve vinculado a política. Nos primórdios, o presidente era nomeado pelo Ministro do Trabalho, sem qualquer tipo de consulta ou exigência de conhecimento da área. A própria comemoração promovida anualmente em Abril foi instituída por um Senador da república, por ter sido presidente de um congresso ocorrido nos idos dos anos vinte do século passado. Isto pode ser visto como acontecimentos antigos, mas recentemente um membro do Conselho foi fortemente cotado para assumir um ministério no governo da presidente Dilma. É bom que se diga que a atuação política não é exclusividade do CFC. Acreditar que o Conselho de Contabilidade possa existir sem atuação política é ingenuidade.

A segunda questão é se o CFC não estaria sendo político demais. Neste caso, a entidade naturalmente assumiria uma postura política, favorável ou não a gestão atual. Aqui a comparação histórica é mais difícil, já que os momentos são distintos. Mas uma análise no último Jornal do CFC, edição de abril e maio de 2015, pode dar uma pista sobre isto. Os dirigentes da entidade discutiram transparência com a CGU, anunciaram que irão capacitar gestores juntamente com a STN, participaram da posse do novo Ministro da Educação e de uma sessão solene na Câmara, receberam apoio para o projeto de Reforma Política, reuniram com o Comitê Gestor do Simples e participaram de seminário com CGU e TCU. A listagem parece longa e talvez reforce a ideia de que a gestão possui talvez esteja exagerando nas solenidades com os políticos. Mas se considerarmos que STN, CGU e TCU são órgãos mais técnicos da administração pública, que as atividades descritas aconteceram em dois meses e que a presença nestes eventos pode ajudar os contabilistas, a conclusão é de que o CFC é político, mas não em excesso.

A terceira questão é decorrente das anteriores. Se o CFC é uma entidade política e que não está sendo excessivamente político, será que a atitude do presidente da entidade não foi arriscada demais? Afinal, a política é transitória, onde existe o revezamento de forças nos cargos. Demorar a responder poderia criar a impressão de que o conselho não defendeu os profissionais. A favor da nota é bom que se diga que as palavras foram bastante elegantes, mas sem deixar de apresentar a principal mensagem: não gostamos do que o candidato Neves falou sobre nós. A ressalva é que Martônio, talvez para destacar que é o líder da classe, tenha assinado sozinho. Seria mais sensato que Martônio conseguisse a aprovação do Plenário, que possui representantes de vários estados do país, indicando que não está sozinho no protesto. Isto evitaria, quase totalmente, a impressão de que há uma predileção por um lado da política.Entretanto, estas considerações não absorvem a entidade de não ter atuado de forma mais contundente em outros episódios, conforme relatado no início deste texto.

Cor dos Cabelos

Cor do cabelo nos países

22 maio 2015

Rir é o melhor remédio



Vício

Aposta de Pascal e previsões financeiras

Resumo:



Should we make financial forecasts? The usual answer looks like Pascal's wager: we don't know whether God exists; who erroneously believes loses nothing, who correctly believes wins everything; who correctly disbelieves, gains nothing, who erroneously disbelieves loses everything. Believing is thus a dominant choice. Turned to finance: markets are efficient or not. In an efficient market forecasters and non-forecasters win nothing; in a non- efficient market forecasters win and non-forecasters lose. Forecasting is rational if inefficiencies have a probability > 0. We use an agent-based approach in studying the information value in a market with endogenous prices. We show that in inefficient markets rational traders don't make forecasts and an improvement in public information may even be harmful for the users. On average, an investor who has no information (index investor) performs like the market does; it is impossible that all others—those who know more than nothing—perform better. Pascal's wager does not apply.

Schredelseker K. (2014), Pascal's Wager and Information, Journal of Forecasting. 33, pages 455470. doi: 10.1002/for.2300

http://www.chrisasbury.com/wp-content/uploads/2014/01/6a00d834515db069e2011571255a3f970c-800wi.gif

Resenha: Vampeta Memória do Velho Vamp

Este é um livro de histórias... São vários casos narrados por um dos maiores gozadores do futebol brasileiro, Marcos André Batista Santos, o Vampeta.
Vampeta foi jogador de futebol que atuou no Corinthians, Vitória, Brasiliense, Flamengo e outros clubes. Durante o período que esteve em campo, Vampeta foi protagonista de três histórias que ficaram na memória de qualquer pessoa que acompanhou o futebol nos últimos anos e que são descritas neste livro.

A primeira ocorreu na entrega de medalhas aos Penta Campeões da Seleção Brasileira: a cambalhota que deu quando estava no Palácio do Planalto sendo homenageado pelo presidente da república, Fernando Henrique. Sim, estava bêbado, mas expressou a alegria dos brasileiros pela conquista. E deixou a medalha cair.



A segunda quando chamou os adversários são-paulinos de “bambis” e provocou a ira dos adversários.

E, finalmente, quando declarou que o Flamengo fingia que pagava os jogadores e eles fingiam que jogavam.

Enfim, Vampeta era daqueles jogadores que despertavam curiosidade num jogo por suas declarações e provocações, a exemplo do eterno Dadá Maravilha. Assim, um livro que se propõe a contar os acontecimentos engraçados da carreira de Vampeta só pode ser muito bom. É bem verdade que muitos casos já foram contados nos “desimpedidos” ou na Rádio Jovem Pan, mas é sempre bom lembrar as brincadeiras com Evaristo de Macedo (a melhor parte do livro), Ronaldo, técnicos, Edilson capetinha, Gilmar Fubá e outros mais. Em alguns, Vampeta simplesmente repassa o que ouviu de terceiros, mas isto não perde o interesse. E como as narrativas são curtas, o livro torna-se interessante.

Uma das pérolas:

O presidente do Grêmio Osasco se chama Linderber Pessoa. Ele fundou o clube, que tem só quatro anos de vida e já está na segunda divisão do Campeonato Paulista. O Lindenberg é muito atento à contabilidade do clube (...) estou dando o orçamento, falando quanto vai sair a folha de pagamento e quanto cada atleta vai ganhar (...)

- João Paulo, dois e quinhentos. Bruno, dois e quinhentos; Guilherme, dois; o outro Bruno, mil e quinhentos; Agnaldo, mil e quinhentos... 

Estou fazendo a folha de pagamento e ele está olhando.

- Total: trinta e quatro mil e quinhentos.

Aí ele vem em mim:

- Vampeta, por que todo mundo ganha mil e quinhentos e esse tal de "Total" tá ganhando trinta e quatro  mil e quinhentos? Quem é esse "Total"? Ele é craque?

Vale a pena? Gosta de futebol? Se a resposta for sim, vale. Caso contrário, que tal as memórias de Sampras.

UNZELTE, Celso. Vampeta Vampeta. Memórias do Velho Vamp. São Paulo: Texto, 2012.


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Evidenciação: Livro adquirido com recursos particulares, sem ligações com os escritores ou a editora.

Links

IFAC: Gerenciamento de risco como parte integrante da organização

Morreu a ex-contadora de Einstein (foto)

The Economist: A evolução as leis contra a propina no mundo (via CFO)

Replica de estudo da Science descobre fraude

Deloitte versus Tigre: planejamento tributário errado e danos morais

21 maio 2015

Audiência pública

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) coloca em audiência pública hoje, 20/05/2015, minuta de deliberação que aprova o Documento de Revisão de Pronunciamentos Técnicos nº 08.

“A minuta reúne proposta de revisão de procedimentos contábeis brasileiros com base nas alterações realizadas pelo International Accounting Standards Board (IASB), a serem adotadas mundialmente. É nosso compromisso trazer essas mudanças para o Brasil, dialogando sobre a melhor forma de aplicação à nossa realidade”, esclareceu o superintendente de normas contábeis e de auditoria, José Carlos Bezerra.

A minuta propõe mudanças nos Pronunciamentos Técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC em decorrência de alterações realizadas nos seguintes procedimentos:

contabilização de plantas portadoras, de aquisições de participação em operações conjuntas, e de venda ou contribuição de ativos entre investidor e coligada ou empreendimento controlado em conjunto; esclarecimentos sobre métodos de depreciação e amortização; revisão anual do IASB, ciclo 2012-2014; aplicação de exceção na consolidação de entidades de investimento; e aplicação prática do conceito de materialidade/relevância.

Os Pronunciamentos Técnicos a serem alterados, emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, são: CPC 01 (R1), CPC 04 (R1), CPC 06 (R1), CPC 18 (R2), CPC 19 (R2), CPC 20 (R1), CPC 21 (R1), CPC 22, CPC 26 (R1), CPC 27, CPC 28, CPC 29, CPC 31, CPC 33 (R1), CPC 36 (R3), CPC 37 (R1), CPC 40 (R1) e CPC 45.

Todas as propostas de mudanças são para vigência para exercícios sociais anuais que se iniciarem a partir de 1º de janeiro de 2016.

As sugestões e os comentários, por escrito, deverão ser encaminhados, até o dia 19 de junho de 2015, à Superintendência de Normas Contábeis e de Auditoria, preferencialmente através do endereço eletrônico AudPublicaSNC0115@cvm.gov.br.


Fonte: CVM

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Espírito Santo

La última parte de la auditoría realizada sobre la caída y muerte del Banco Espírito Santo (BES) no es más suave que la primera, entregada hace un par de meses. La auditora Deloitte califica de "gestión ruinosa" la actividad de los últimos años del BES.

La "gestión ruinosa" fue a costa de los depositantes, de los inversores y de los acreedores y fue practicada por los directivos del Grupo Espírito Santo, que dirigía Ricardo Salgado, conocido como Dono disto tudo (dueño de todo esto).

Deloitte señala que se realizó una disminución artificial del pasivo del Espírito Santo International, sin que el BES, con información suficiente para detectarlo, expresase disconformidad alguna. La auditora recuerda que el BES siguió vendiendo a los ahorradores papel comercial del Grupo Espírito Santo que, ahora, no vale nada.

Rara es la semana que grupos de ahorradores no se manifiestan ante las oficinas de Novo Banco o del Banco de Portugal para exigir que les devuelvan el dinero que habían invertido en un papel comercial vendido como del BES pero que, en realidad, era del grupo de empresas de la familia Espírito Santo.

Deloitte acusa al equiupo directivo, encabezado por Salgado [foto] y Morais, de "violación de deberes" en el control interno del banco así como de desobediencia a las reglas impuestas por el supervisor.

El gobernador del Banco de Portugal, António Costa, en su comparecencia en el Parlamento de la nación, acusó a Salgado de haber desobedecido en 21 ocasiones las órdenes dictadas por el banco central.

La caída del BES arrastró también a Portugal Telecom, que de fusión pasó a la absorción por parte de la brasileña Oi, que, finalmente, ha vendido la operadora portuguesa al fondo franco-luxemburgués Altice. (...)

Fonte: El País

20 maio 2015

Rir é o melhor remédio





Tenistas (Ana Ivanovic, Sharapova, Williams etc) tentam imitar Emoji

Petrobras: evento após o fechamento

Segundo a Folha de S Paulo a empresa feriu a competência no balanço do primeiro trimestre, ao fazer um lançamento a partir de um contrato que ocorreu em maio, após o período do balanço.

Curso de Contabilidade Básica: Restrição ao Caixa

Em geral uma empresa com dinheiro no caixa e equivalentes é uma empresa “livre”. Com dinheiro no caixa a empresa geralmente não depende de empréstimos bancários, não precisa fazer aumento de capital, pode fazer investimentos no momento considerado mais adequado e é capaz de entrar numa disputa comercial em vantagem sobre seus concorrentes. Mas nem sempre o caixa significa liberdade. Em algumas situações, o dinheiro disponível em caixa e equivalentes sofre algum tipo de restrição que impede que a empresa possa disponibilizá-lo da forma que achar melhor. Neste caso, este ativo deve estar atrelado a um compromisso de investimento. Esta informação é importante para o usuário e deve ser evidenciada, seja numa conta a parte do balanço patrimonial e/ou em nota explicativa.

Veja o caso da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo, Fehosp. O balanço patrimonial mostra que no final de 2014 do ativo de 4,8 milhões, 2,3 estava em “Aplicações Financeiras” e 0,6 milhão em Caixa e Bancos.



Isto é bom, já que o excesso de caixa pode permitir que a Fehosp possa ter uma maior liberdade. Mas a nota explicativa 4 apresentava o seguinte quadro:

Ou seja, a maior parte do Disponível (Caixa, Bancos e Aplicações Financeiras) possui restrição. Ou seja, não pode ser usado livremente por parte da gestão da empresa. Conforme o tipo de restrição, o analista poderia, inclusive, retirar este valor ao calcular os índices de liquidez.

A nota explicativa esclarece que estes valores são termos assinados com a secretaria da saúde daquele estado, com valores transferidos para Fehosp:

Felicidade: da criança ao adulto

Uma nova pesquisa com 53.000 crianças em 15 países revela que as crianças tendem a ser feliz independentemente do contexto de suas vidas. Do Nepal a Noruega, crianças entre as idades entre 10 e 12, dizem que estão muito satisfeitas com as suas vidas (pdf). 


"As crianças tendem a ser mais otimista sobre a vida", diz Elisabeth Backe-Hansen para Quartz, a pesquisadora líder da norueguesa Pesquisa Mundial para Criança. Apesar de não ser surpreendente, isso é reconfortante. 

Quando perguntado se essas crianças tiveram acesso a nove coisas: roupas boas, computador, acesso à internet, telefone móvel, seu próprio quarto, livros, um carro na família, um som e uma televisão, crianças na Noruega, em média, tiveram acesso a todos eles, mas aquelas na Etiópia tiveram acesso a apenas três. E, no entanto, entre os 15 países, não houve correlação entre a forma como as crianças estavam satisfeitas e quantos bens materiais que estavam faltando. 



Agora, se você comparar os rankings relativos de felicidade declarada infantil com os adultos (pdf), os resultados mudam significativamente. (...)


Adaptado daqui

Um novo Congresso

O Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Universidade de Brasília promoverá, nos dias 26 e 27 de novembro de 2015, o 1º Congresso UnB de Contabilidade e Governança na cidade de Brasília-DF.

A Comissão Organizadora do congresso está empenhada em realizar um evento de alta qualidade nos aspectos acadêmico e de convivência entre os congressistas, e com excelente relação custo versus benefício.

Quanto ao aspecto acadêmico, já estão confirmadas as participações de 4 renomados professores estrangeiros, 2 americanos e 2 europeus, que apresentarão seus papers e discutirão os dos seus respectivos pares, em 4 seções exclusivas, com tradução simultânea para o português. Além das seções exclusivas, haverá a apresentação de 70 outros artigos, em blocos de seções paralelas cobrindo até 9 áreas temáticas.

Pensando também em tornar o congresso um espaço agradável de convivência e confraternização entre os congressistas, programamos ainda um Jantar de Gala e um City Tour pelos principais atrativos turísticos da bela cidade de Brasília.

Dissemos que o congresso terá uma excelente relação custo versus benefício porque o preço para os autores com artigos aprovados para apresentação no congresso será de apenas R$450,00 por pessoa, já incluído nesse preço a participação no Jantar de Gala, mas não no City Tour. Para aqueles que desejarem participar do congresso como ouvintes, sem apresentar trabalhos, o preço será de R$ 150,00, incluído 3 coffee-breaks, excluindo o Jantar de Gala, podendo este e o City Tour serem pagos à parte, se houver interesse.

As inscrições já estão abertas, até 30 de junho, para submissão de artigos, através da página: http://www.ccgunb.org/ocs/index.php/2015/2015/login . A partir de 18/maio, abriremos também as inscrições para os participantes que não apresentarão trabalhos. Mais informações sobre o evento podem ser consultadas por meio do sítio eletrônico http://www.ccgunb.org, onde há também um link para o sistema de inscrições.

Desde já, agradecemos a consideração de V. Sa. e permanecemos à disposição para quaisquer outros esclarecimentos que se fizerem necessários. Solicitamos a divulgação deste evento e contamos com a participação de todos para o engrandecimento do 1º Congresso UnB de Contabilidade e Governança.

Saudações acadêmicas!

Prof. Dr. Paulo Roberto Barbosa Lustosa
Diretor-Geral