Translate

24 janeiro 2015

Rir é o melhor remédio

Mania de Celular







Fato da Semana (Semana 4 de 2015)



Fato: Estamos na semana de antecede às demonstrações contábeis mais aguardadas dos últimos tempos no Brasil: os relatórios do terceiro trimestre devem ser divulgados na próxima semana. Isto significa dizer que esta semana foi de muita especulação sobre o conteúdo da contabilidade da empresa e se a auditoria deverá assinar o balanço. Uma série de perguntas poderá ser respondida, mas outras ainda ficarão sem respostas.

Qual a relevância disto? Trata-se de uma das maiores empresas brasileiras, num dos grandes escândalos de corrupção, falhas de controle internos, problemas que a empresa de auditoria só viu tardiamente, efeitos sobre o preço das ações, discussão sobre o teste de recuperabilidade, etc.

Positivo ou  Negativo – Neutro, já que a rigor não tivemos um “fato” de fato (desculpa pelo trocadilho irresistível).

Desdobramentos – A próxima semana será de muita discussão e polêmica. Qualquer que sejam os números e os procedimentos contábeis adotados, críticas estarão presentes.

Melhores Fotos do Flickr de 2014






As melhores fotos. Será que você consegue advinhar a melhor?

23 janeiro 2015

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Projeção e contabilidade


Imagine que o leitor desta postagem esteja respondendo um daqueles questionários de pesquisas com as seguintes questões:

“Numa escala de 0 a 10, sendo 0 discordo totalmente e 10 concordo plenamente, analise as seguintes frases sobre um Contabilista típico:

1. Um contabilista típico possui um grande conhecimento político
2. Um contabilista típico possui uma mente aberta
3. Um contabilista típico está disposto a considerar idéias não tradicionais
4. Um contabilista típico está disposto a mudar sua crença
5. Um contabilista típico não é preconceituoso
6. Um contabilista típico sabe usar abordagem probabilística na sua vida diária
7. Um contabilista típico considera todas as alternativas disponíveis
8. Um contabilista típico está treinado para trabalhar em grupo”

Depois de pensar em cada uma das afirmações acima, verifique se suas respostas estão mais para o discordo totalmente (a nota zero) ou o concordo totalmente (nota dez).

Mudemos um pouco de assunto. Há quarenta anos o Ibracon aprovou um estudo sobre princípios contábeis. Na lista de princípios havia a “objetividade”. Basicamente as decisões contábeis deveriam, na medida do possível, estar baseadas em critérios objetivos, como um documento de transação passada. Este princípio estava ligado à convenção do “custo como base de valor”. Isto significava que a mensuração contábil deveria ser realizada através do valor do custo do ativo ou passivo. Se uma empresa comprou um terreno por $100 há tempos, mas hoje ele possui um valor de mercado de $50 ou $200, o valor da mensuração deveria continuar sendo $100.

Os princípios do Ibracon estavam baseados nos estudos realizados quarenta anos antes nos Estados Unidos por Paton e outros teóricos. Foram adotados pela CVM e extensamente ensinados pelo Brasil. Mas naquele momento estava ocorrendo grandes mudanças nas finanças empresariais, com a introdução da mensuração do risco e discussão sobre precificação de ativos. Estas questões começaram a chegar à contabilidade dos países desenvolvidos, que resolveram rediscutir a questão da objetividade e do custo como base de valor.

Inicialmente os países abandonaram todo arcabouço teórico construído em torno dos princípios contábeis. E começaram a olhar a contabilidade sob a ótica da informação útil para o usuário. Como consequência, a objetividade e o custo como base de valor deixou de ser a sustentação desta contabilidade. O importante era informar que o terreno tinha um valor de $50 (ou $200), e não que foi adquirido por $100.

Outra consequência desta mudança foi que a contabilidade deveria olhar mais para o futuro, deixando de lado o registro do passado. Estamos aqui fazendo algumas simplificações, mas espero que o leitor compreenda, ao final da leitura, nosso objetivo. O principal ponto que queremos ressaltar é que o profissional passou a ser demandado em termos da necessidade de olhar para o futuro.

Ao mesmo tempo, o auditor começou a ser cobrado também em termos desta visão. Em lugar de meramente dizer se a contabilidade de uma empresa tinha feito o registro adequado dos eventos passados, o seu parecer precisava informar se haveria condições futuras em termos da continuidade. Assim, em sua opinião, o auditor informava se a empresa satisfazia o “going concern”, baseado em diversas variáveis.

Há mais de uma semana Robert Shiller publicou um texto no Project Syndicat (e traduzido pelo Valor Econômico) tentando responder a seguinte pergunta: “para que servem os economistas?”. Num determinado trecho o Nobel de Economia de 2013 afirma:

Sim, a maioria dos economistas não consegue prever crises financeiras – assim como os médicos também não conseguem prever doenças.

A capacidade de projeção tem sido extensamente estudada por diversos cientistas, sendo o mais famoso deles Philip Tetlock (aqui por exemplo). Num estudo que ficou famoso, Tetlock solicitou de diversos estudiosos da política que fizessem uma série de projeções sobre como ficaria o mundo nos próximos anos. Anos depois, ao comparar as projeções com o que tinha ocorrido, Tetlock constatou que os cientistas políticos eram péssimos nas suas projeções. Era como se astrológos estivessem fazendo estas afirmações, com conselhos sem nenhum valor, a exemplo dos peritos, nas palavras de French.

A questão da previsão está na base da decisão que a Petrobras terá que tomar nos próximos dias: deverá fazer a amortização de certos ativos em razão da queda do preço do petróleo. Esta decisão é a seguinte: se o preço do petróleo continuar no nível baixo atual, alguns investimentos da empresa deverão ser considerados inviáveis em razão do elevado custo. Nesta situação, a contabilidade da empresa deverá verificar se os preços no futuro manterão reduzidos. Se esta for a crença, o resultado será levar para o resultado, com o sinal negativo, estes valores.

A contabilidade da Petrobras deverá prever o preço futuro do barril de petróleo. Mas será possível? Os economistas, os médicos e os cientistas políticos não conseguem fazer boas projeções.

Recentemente algumas pesquisas mostraram que a capacidade preditiva está associada a uma série de características. Isto inclui conhecimento político, ser uma metamorfose ambulante, não ortodoxo, ter a mente aberta e sem preconceito, usar a construção de cenários probabilísticos considerando todas as alternativas e construir suas decisões em grupo.


Se nos oito itens do inicio deste texto você marcou mais para “discordo totalmente” isto é sinal que acredita que o profissional contábil não é capaz de fazer boas previsões. Caso você tenha dado notas mais próximas do “concordo totalmente” isto é sinal de que você considera que o contabilista típico está preparado para colocar nas demonstrações contábeis suas previsões. Isto seria um bom sinal.

Mas ao contrário dos economistas, dos astrológos e dos cientistas políticos, as projeções do contador possuem duas características. Em primeiro lugar, elas devem ser muito precisas em termos numéricos. Enquanto o cientista político pode afirmar que haverá conflitos no Oriente Médio, algo um tanto quanto impreciso, o contabilista deve afirmar que o ativo deve ter um valor de “x”. Em segundo lugar, enquanto a afirmação do economista ou do astrológo se perde nas páginas velhas da internet, a projeção do contabilista fica registrado num conjunto de documentos.

Voltaremos a discutir sobre este assunto.

(Seria bom que algum aluno, no seu TCC, fizesse uma pesquisa com os oito itens acima, para certificar o que as pessoas acreditam em termos das características do contabilista. Se alguém aceitar o desafio, peço encaminhar o resultado para este blog)

22 janeiro 2015

Rir é o melhor remédio



Fonte: Aqui

Econofísica: desafio para econometristas

Abstract

The study contrasts mainstream economics–operating on time scales of hours and days–with behavioural finance, econophysics and high-frequency trading, more applicable to short-term time scales of the order of minutes and seconds. We show how the central theoretical assumption underpinning prevailing economic theories is violated on small time scales. We also demonstrate how an alternative behavioural econophysics can model reactions of market participants to short-term movements in foreign exchange markets and, in a direct contradiction of the orthodox economics, design a rudimentary IsingFX automated trading system.

By replacing costly human forex dealers with banks of Field-Programmable Gate Array (FPGA) devices that implement in hardware high-frequency behavioural trading models of the type described here, brokerages and forex liquidity providers can expect to gain significant reductions in operating costs.

Fonte:
Christopher A. Zapart, Econophysics: A challenge to econometricians, Physica A: Statistical Mechanics and its Applications, Volume 419, 1 February 2015, Pages 318-327, ISSN 0378-4371, http://dx.doi.org/10.1016/j.physa.2014.10.013. (http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378437114008516)

Keywords: Econophysics; Econometrics; Approximate Entropy; Ising spin model; High-frequency trading; Foreign exchange currency markets

Com prejuízo

A Petrobras admitiu nesta quarta-feira (21) que seu balanço financeiro referente ao terceiro trimestre pode registrar, além das perdas provocadas pelo escândalo de corrupção da Operação Lava Jato, prejuízo relacionado à refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco.

Fonte: Aqui

21 janeiro 2015

Auditado?

A Petrobras anunciou que divulgará no próximo dia 27 seu balanço referente ao terceiro trimestre do ano passado. Porém, o documento não contará com o aval de uma auditoria externa. A PriceWaterhouseCoopers (PwC), que revisa e chancela os resultados financeiros da estatal, vem se negando a aprovar os números enquanto não houver a certeza de que eles não estão inflados pelos preços dos contratos superfaturados assinados pela estatal ao longo dos últimos anos. O problema é que tal constatação só poderá ser alcançada depois da conclusão da Operação Lava Jato, que apura os desvios. Ou seja, pode levar meses – ou até anos. Segundo o presidente da PwC nos Estados Unidos, Robert Moritz, a publicação de um balanço não auditado deve mexer com o ânimo dos investidores. “Em casos como esse, deve haver um desconto por parte dos acionistas. Se há um grau de incerteza sobre uma determinada empresa ou sua gestão, o desconto tende a vir mais forte”, afirma. O preço da ação da estatal já atingiu o patamar mínimo em dez anos conforme se aprofundam as investigações da Lava Jato e as incertezas sobre a empresa

Moritz, que se esquivou de comentar especificamente sobre a Petrobras pelo fato de se tratar de um cliente, disse que, no caso da situação de revisão de balanços (restatement, em inglês), que é o que ocorre com a estatal, o ideal seria que houvesse um acordo entre a empresa e os auditores. “Um acordo é uma boa alternativa porque, em muitos casos, empresas usam números do passado que estão diferentes agora. Essa é a razão de muitos dos casos de revisão de balanço hoje em dia”, afirma.

O executivo afirma que a única forma de dar credibilidade a balanços não auditados é por meio dos próprios gestores, que podem fazer notas em anexo ao relatório financeiro redobrando as explicações sobre porque acham que aquelas informações estão corretas. “Caberá aos gestores demonstrarem confiança aos investidores, mesmo que os números não estejam auditados”, diz Moritz.

A divulgação do balanço na próxima semana é uma condição estabelecida pelo mercado para que os credores da estatal não cobrem antecipadamente uma série de títulos emitidos pela empresa. O prazo final previsto nos contratos de tais títulos expira no dia 30 de janeiro. Antes da divulgação, os números serão apreciados pelo Conselho, em reunião extraordinária no Rio. O balanço consolidado, após avaliação de auditoria, ainda não tem previsão de divulgação.


Fonte: Veja

Rir é o melhor remédio

Para quem assistiu Pokemon

Engenharia financeira pode curar o câncer?

DNA 
This may seem an odd question, but can financial engineering cure cancer? No less of an intellectual light than Andrew W. Lo of the Massachusetts Institute of Technology and member of the Future of Finance Advisory Council believes financial engineering may be a potent weapon in the quest to find a cure. In fact, this was the topic of Lo’s presentation at the recent Fixed-Income Management Conference in Boston.
Lo’s thesis rests on several key points:
  • Applying portfolio theory to finding a cure for cancer helps increase expected returns and lower expected risks for the capital deployed.
  • Applying financial engineering through securitization allows for financing a cure for cancer in a smarter way that ensures greater participation from prospective investors.
  • Recent anecdotal evidence suggests that human genome mapping allows for the identification of problematic genes that may be targeted by customized medicines to fight specific cancers.
Notorious capital destroyers, biotech investments of more than $400 billion have never generated returns in the aggregate covering their costs of capital. In fact, venture capital firms are so discouraged by their returns that the number and size of biotech investments has steadily declined from their peaks in 2007–2008.
Lo thinks he knows why biotech investments have generated such poor returns: the industry is financed incorrectly. Specifically, he thinks the business models are bad because as biotech gets more knowledgeable, the business gets riskier. Lo believes that cures for cancers are unique to each patient and therefore require unique drug treatments as opposed to massively scalable compounds. Yet, the pharmaceutical industry cannot recoup its massive investment in research unless it has blockbuster drugs that can generate returns to compensate for massive upfront costs.

This is where portfolio management comes in. To find cures for cancer, investors must fund about 150 projects in order to lower the standard deviation of possible returns from cancer cure projects. With such a high number of viable projects, it becomes possible to issue debt. Once it is possible to issue debt, securitization concepts may be layered on top of portfolio theory to find viable cancer cures.
As with traditional securitization, various tranches would be created for different risk appetites and with different guarantees for creditors buying those differently segmented risky tranches. Equity portions of the return stream could then be financed by the traditional risk preference buyers, such as private equity and venture capital. Now the combination of portfolio management and securitization makes for a viable business, according to Lo.

This plan rests on a critical assumption: that researchers can find a cure for cancer. To support his belief that a cure for cancer may be found, Lo pointed to:
  • The mapping of the human genome.
  • The ability to analyze an individual patient’s genes and compare these genes to known genetic defects that lead to unique cancers.
  • Customized drugs that suppress the expression of “bad” genes.
Specifically, Lo offered up the story of Lukas Wartman, a cancer researcher who himself developed a very rare form of cancer with only a 5% survival rate. Wartman’s colleagues were so moved by his personal calamity that they set to finding a cure. After mapping his genes and noticing an overexpressed gene in his RNA, they then used a drug, Sutent, designed specifically to suppress that gene. Though Sutent was originally designed for a different disease, Wartman was almost immediately cured of his cancer.

While this may sound encouraging, as evidence, it strikes me as weak. First, the evidence is anecdotal and based on one person’s very unique circumstances. Yes, genome mapping is widely available and was able to identify an overexpressed gene in Wartman’s RNA that might have been responsible for his cancer; but what a fortunate coincidence that there was an extant drug, Sutent, available to suppress the overexpressed gene. With estimates for the number of genes in the human genome of at least 21,000 there would clearly need to be many more drugs developed. Further, development costs for Sutent, while not precisely available, are known to be in the tens of millions of US dollars.

Lo imagines a $30 billion cancer fund being established and funded by 10 million households investing $3,000 each. According to Lo, this would be relatively easy to procure and to make his point, he queried delegates on how many people would be willing to participate in such a fund. Nearly the entire audience raised their hands. Yet, Lo overlooks one important fact, a room full of investment managers and analysts see the possible marginal loss of $3,000 as small in comparison to their overall net worth. I am not sure that this perception would hold for middle class families, in general.

Financial engineering may have a place in helping to find a cure for cancer, but at what price tag will the niche targeted drugs be developed?

Fonte: aqui

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Traditional financing sources such as private and public equity may not be ideal for investment projects with low probabilities of success, long time horizons, and large capital requirements. Nevertheless, such projects, if not too highly correlated, may yield attractive risk-adjusted returns when combined into a single portfolio. Such "megafund" portfolios may be too large to finance through private or public equity alone. But with sufficient diversification and risk analytics, debt financing via securitization may be feasible. Credit enhancements (i.e., derivatives and government guarantees) can also improve megafund economics. We present an analytical framework and illustrative empirical examples involving cancer research.

Fagnan, David E., Jose Maria Fernandez, Andrew W. Lo, and Roger M. Stein. 2013. "Can Financial Engineering Cure Cancer?" American Economic Review,103(3): 406-11.