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28 setembro 2014

Listas: Tenistas mais bem pagos

10. Andy Roddick
9. Victoria Azarenka
8. Andy Murray
7. Caroline Wozniacki
6. Serena Williams
5. Na Li
4. Novak Djokovic
3. Maria Sharapova
2. Rafael Nadal
1. Roger Federer (fotografia)

Fonte: forbes

27 setembro 2014

Rir é o melhor remédio

Do jornal Meia Hora sobre as fotos de Hope Solo

Transparência Contábil e Valor Econômico

O jornal Valor Econômico publicou uma série de reportagens sobre a Contabilidade. Em Visão Integrada o autor faz uma apologia as IFRS. Já em “Normas ganharam força após sucessivas megafraudes” é uma tentativa bem humorada, acho, de fazer um histórico da adoção das IFRS.

“Clareza facilita a tomada de decisão” comenta o prêmio de transparência da Anefac, Fipecafi e Serasa. “Negócios e transações precisam ser bem esclarecidos” é sobre a adoção das IFRS. A seguir, “Conhecimento é requisito para informação precisa” é sobre educação contábil. Dois textos tratam especificamente sobre a IFRS 9 (aqui e aqui) e outro sobre a IFRS 15, da receita. O impacto sobre o custo do capital também é objeto de um artigo específico, assim como tecnologia , PMEs , operações de hedge, e setor de energia. (Para acessar os links é necessário ser assinante do jornal)

Como nosso leitor é inteligente, provavelmente quer saber se vale a pena.A figura abaixo faz um resumo das palavras mais usadas nos textos. (É leitor, tive a paciência de fazer este gráfico!)
O jornal fez uma grata surpresa no texto sobre doações eleitorais. Mas neste...

Na próxima postagem irei comentar sobre o viés de um dos textos.

Transparência e Valor Econômico 2

No texto "Visão integrada" tenta apresentar as vantagens da adoção das IFRS. Nada contra o debate, mas o jornal Valor Econômico poderia ser um pouco mais imparcial. Vejamos algumas frases do texto:

Vantagens

Redução do custo de capital, valorização da profissão e da área de contabilidade, mais transparência e maior integração entre diferentes áreas da empresa são os maiores benefícios colhidos pelas companhias

Empresas maiores, mesmo as que não possuem capital aberto, saíram beneficiadas, principalmente as multinacionais, porque agora conseguem escriturar na mesma linguagem da matriz

Para o investidor, ficou mais fácil entender como ele vai escriturar suas operações no país e como vai poder retirar seus dividendos.

Do ponto de vista prático, a consequência mais palpável é que a contabilidade não fica mais restrita ao setor de contabilidade

O contador, que vivia isolado, pegando as normas e fazendo débito e crédito, agora tem que conversar com vários setores da empresa.

mostra que o salário médio de um contador aumentou 18% em cinco anos, no Brasil [a inflação foi maior]

O nível técnico dos profissionais de contabilidade melhorou

A qualidade das informações também melhorou, mesmo entre as empresas que não são obrigadas a publicar balanços

a adoção da norma IFRS combate uma antiga cultura da contabilidade brasileira de que tudo era feito para atender ao Fisco.

O resultado é mais transparência.

permite um conhecimento maior sobre a situação da companhia, o que acaba proporcionando também esse controle

Uma série de estudos, sobretudo sobre a adoção do IFRS na Europa (em 2005) mostra a redução do custo de capital em proporções que variam entre 6 e 21 pontos-base.

Na prática, a IFRS representa um upgrade para a contabilidade porque promove um alinhamento mundial do Brasil e deixa de representar o antigo alinhamento entre a área societária e a fiscal que havia na época da velha contabilidade


O texto não fala em desvantagens, mas "desafios":

a falta de preparo entre os contadores ainda é grande

Outro problema são as empresas de menor porte que não se relacionam com investidores externos e têm dificuldade em compreender as mudanças

as exigências da nova norma o levaram a ampliar o quadro de pessoal em 15% - elevando os custos em 15% a 20%.

Listas: As empresas mais transparentes

Fonte: Valor Econômico

26 setembro 2014

Rir é o melhor remédio

Estatística adaptado daqui

Boa e Má Notícia

Eu tenho uma boa notícia e uma má notícia. O que você gostaria de escutar em primeiro lugar? Se é a má notícia, você está em boa companhia - é o que a maioria das pessoas escolhe. Mas porquê?

Eventos negativos nos afeta mais do que os eventos positivos. Nós nos lembramos deles forma mais vívida e desempenham um papel maior na formação de nossas vidas. Despedidas, acidentes, maus pais, perdas financeiras e até mesmo um comentário malicioso aleatório ocupa a maior parte do nosso espaço psíquico, deixando pouco espaço para elogios ou experiências agradáveis para nos ajudar ao longo do caminho difícil da vida. (...)

Centenas de estudos científicos de todo o mundo confirmam nossa viés da negatividade: enquanto um bom dia não tem efeito duradouro no dia seguinte, um dia ruim afeta mais. Nós processamos dados negativos mais rápido e mais profundamente do que os dados positivos, e eles nos afeta mais. Socialmente, investimos mais em evitar uma má reputação do que a construção de uma boa. (...) Em nossa era do politicamente correto, observações negativas destacam-se e faz parecer mais autêntica. As pessoas - até mesmo bebês de até seis meses de idade - são rápidos para detectar uma cara de brava em uma multidão, mas são mais lentas para escolher uma feliz; na verdade, não importa quantos sorrisos vemos naquela multidão, vamos sempre notar um rosto zangado primeiro.

O mecanismo pelo qual reconhecemos a emoção facial, localizada em uma região do cérebro chamada amígdala, reflete nossa natureza como um todo: dois terços dos neurônios na amídala são voltados para uma má notícia, responder imediatamente e armazená-la em nossa memória de longo prazo, aponta neuropsicólogo Rick Hanson, membro sênior do Centro de Ciências Greater Good na Universidade da Califórnia, Berkeley.

Nosso lado sombrio encontra o seu caminho na linguagem falada, com quase dois terços das palavras inglesas transmitem o lado negativo das coisas. No vocabulário que usamos para descrever pessoas esse número sobe 74 por cento. E o inglês não é a única [neste aspecto]. (...)
Estamos tão sintonizados com a negatividade que ela penetra nos nossos sonhos. O psicólogo americano Calvin Hall, que analisou milhares de sonhos ao longo de mais de 40 anos, encontrou que a emoção mais comum era a ansiedade, com sentimentos negativos (vergonha, perder um voo, ameaças de violência) muito mais frequentes do que os positivos. (...)

Um dos primeiros pesquisadores a explorar o nosso cunho negativo foi o psicólogo Daniel Kahneman, de Princeton, vencedor do Prêmio Nobel de 2002, conhecido pelo pioneirismo no campo da economia comportamental. Em 1983, Kahneman cunhou o termo "aversão à perda" para descrever a sua constatação de que há a lamentar a perda de mais do que desfrutar de benefício.

(...) Depois de analisar centenas de artigos publicados, [o psicólogo] Baumeister e equipe relatou que o achado de Kahneman estendida a todos os domínios da vida - amor, trabalho, família, aprendizagem, redes sociais e muito mais. “Bad is stronger than good”, declararam em seu artigo seminal, de mesmo nome.

(...) os psicólogos Paul Rozin e Edward Royzman da Universidade da Pensilvânia, invocou o termo "viés da negatividade" para refletir sua constatação de que eventos negativos são particularmente contagiosos. Os pesquisadores da Penn deram o exemplo de um breve contato com uma barata, que 'normalmente torna uma deliciosa refeição em algo intragável´, como se diz em um artigo de 2001. (...) considere um prato de comida que você está inclinado a não gostar: feijão, peixe ou qualquer outra coisa. O que você poderia tocar para que os alimentos se tornem desejáveis para comer - ou seja, qual é o anti-barata? Nada! Quando se trata de algo negativo, o mínimo de contato é tudo que é necessário para transmitir a essência, eles argumentam.

De todos os vieses cognitivos, o viés negativo pode ter mais influência sobre nossas vidas. No entanto, os tempos mudaram. Já não estamos vagando pela savana, enfrentando o castigo cruel da natureza e uma vida em movimento. O instinto que nos protegeu durante a maior parte dos anos de nossa evolução é agora muitas vezes um entrave - ameaçando nossos relacionamentos íntimos e desestabilizar as nossas equipas de trabalho.

Foi na Universidade de Washington que o psicólogo John Gottman (...) descobriu uma fórmula para prever o divórcio com uma taxa de precisão de mais de 90 por cento, gastando apenas 15 minutos com um casal recém-casado. Ele passou o tempo avaliando a proporção de expressões positivas e negativas trocadas entre os casais, incluindo gestos e linguagem corporal. Gottman relatou mais tarde que os casais precisavam de um "coeficiente mágico" de pelo menos cinco expressões positivas para cada negativa para um relacionamento sobreviver. Então, se você acabou de chatear o seu parceiro sobre o trabalho doméstico, não se esqueça de elogiá-lo cinco vezes mais em breve. Casais que se divorciaram tinham quatro comentários negativos a cada três positivos. (...)

Adaptado daqui. Cartoon aqui

Receita Federal e Normas Contábeis


A Receita Federal editou duas normas para regulamentar a Lei nº 12.973, que acabou com o Regime Tributário de Transição (RTT). A Instrução Normativa (IN) nº 1.492 orienta as empresas em relação ao cálculo e registro dos juros sobre o capital próprio (JCP) e dividendos - ambos meios de remunerar sócios e acionistas. Já a IN nº 1.493 traz as regras para a elaboração das subcontas nos demonstrativos financeiros das empresas, conforme as novas normas contábeis (IFRS). A regulamentação era aguardada, principalmente pelas empresas que têm planos de adotar as novas normas contábeis, ainda este ano. Por isso, os esclarecimentos da Receita facilitarão essa tomada de decisão.

Segundo a coordenadora substituta de tributação da Receita, Cláudia Lúcia Martins da Silva, as subcontas foram criadas para garantir a neutralidade tributária entre um regime e outro.


(...)Em relação ao registro de ativos, ficou claro que os dados nas subcontas de ajuste a valor presente (valor atual de um fluxo de caixa futuro) e avaliação a valor justo (com base no mercado) deverão ser detalhados. De acordo com a norma, tais subcontas "serão analíticas e registrarão os lançamentos contábeis em último nível", o que deve gerar muito trabalho para as áreas de TI das empresas.


Apesar da publicação das instruções normativas, ainda faltam normas que regulem a forma de se fazer o laudo que comprova a existência de ágio (goodwill) - valor pago pela expectativa de rentabilidade futura na aquisição de uma empresa - e como controlar o lucro no exterior. Por nota, a Receita informou que a instrução normativa completa está prevista para o início de novembro. a Especialistas dizem que a medida poderá sair tarde demais porque é até outubro, prazo para a entrega da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF), que as empresas devem decidir se antecipam a saída do RTT.


Em 2015 será obrigatório aplicar as novas regras contábeis.


Fonte: Valor Econômico

Mais ainda sobre o assunto:
A maioria das grandes empresas brasileiras deve deixar para 2015 a migração para o novo arcabouço regulatório, previsto na Lei 12.973, para calcular quanto de Imposto de Renda e CSLL terá de recolher sobre os lucros.

A partir do ano que vem a mudança é obrigatória, mas em relação aos resultados do exercício de 2014, as companhias têm até 21 de outubro para decidir.

Segundo especialistas, será mais fácil para a maior parte delas usar por mais um ano o Regime Tributário de Transição (RTT), que está em vigor de maneira temporária desde 2008, quando se iniciou o processo de transição do modelo contábil brasileiro para o padrão internacional IFRS.

Essa visão foi reforçada após a regulamentação da nova lei, trazida pela Receita Federal por meio de duas instruções normativas publicadas na semana passada.

"O que veio foi a versão mais complicada que se podia imaginar. Será um desafio bastante importante do ponto de vista de sistemas", disse Marcelo Natale, sócio da Deloitte especializado em tributos, que participou ontem do 4º Encontro de Contabilidade e Auditoria, organizado pela Associação Brasileira de Companhias Abertas (Abrasca) e pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon).

Fonte: Aqui

Candidatos ao Nobel

A Thomas Reuters já escolheu os favoritos ao Nobel. Para a área de Economia são citados os possíveis vencedores:

1) Philippe Aghion e Peter Howitt - trabalho sobre destruição criativa;
2) William Baumol e Israel Kirzner - estudos sobre empreendedorismo
3) Mark Granovetter (foto) - sobre as iterações econômicas, redes sociais e relações sociais

Listas: Os maiores supermercados do mundo

Fonte: Aqui

25 setembro 2014

Rir é o melhor remédio

Fonta: Aqui

Curso de Contabilidade Básica: Empresa e Política

Seriamos inocentes se acreditássemos que uma empresa, através de seus gestores, não tenta exercer influencia política. A defesa dos interesses ocorre de diversas formas em parte pela grande dependência que a economia brasileira tem do Estado. Em suma, as conexões políticas são importantes para o próprio desempenho das empresas.

Por este motivo, não é surpreendente saber que algumas empresas fazem doações milionárias para certos candidatos. Entre estas empresas, a JBS foi aquela que mais fez doações nas eleições de 2014 (pelo menos por enquanto). Nós iremos mostrar quais as razões que levaram a JBS a fazer estas doações.

Inicialmente é importante destacar que a JBS é uma empresa que atua no abate e processamento de carnes e produtos derivados. Ou seja, não é uma empresa que possua no governo seu principal cliente. Mas, o mercado de carnes é regulado pela Anvisa, que fiscaliza as condições deste abate e processamento. Além disto, o Ministério do Trabalho também pode ter um poder sobre a empresa, quando interfere nas condições de trabalho nas fazendas e abatedouros.

Um segundo aspecto relevante é que a JBS é uma empresa com uma receita de R$30 bilhões por trimestre. O fato de ser uma das maiores empresas faz com que qualquer valor doado seja relevante em termos absolutos, mas talvez não seja expressivo em termos relativos. Conforme publicado pelo jornal Valor Econômico em 23 de setembro de 2014, a empresa tinha desembolsado R$113 milhões para as eleições. Isto representava 35% do total de doações realizadas por grandes grupos econômicos. O jornal afirma que isto corresponde a 51% dos dividendos distribuídos, mas esta comparação não é muito justa com a empresa, já que o valor dos dividendos pagos depende do lucro e a política de retenção (ou não) deste lucro. De qualquer forma, os valores pagos nas eleições representam 0,4% da receita. Mas, por outro lado, R$113 milhões é 28% do imposto de renda do segundo trimestre do ano.

O ponto crucial é tentar entender a razão pelo volume de doação realizado pela Friboi. Afirmamos que não é a receita, já que o governo não é o seu principal cliente. Entretanto, uma grande parcela da receita é originária da exportação. Neste caso, o governo pode ser “bonzinho” para a empresa com uma política de incentivo à exportação.

Mas observando o balanço patrimonial da empresa, do final do segundo trimestre de 2014, encontramos um ponto interessante:

De um ativo de 71 bilhões de reais, a parcela de empréstimos e financiamentos corresponde a quase 50%. Parte deste ativo é proveniente dos bancos estatais.

Mais uma informação. O Tribunal de Contas da União solicitou ao BNDES, um banco do governo que financia empresas, a informar sobre os investimentos realizados no frigorífico. Na página da empresa encontra-se a seguinte informação:

Assim, 35% do capital são provenientes do governo. Será necessária mais explicação para o excessivo volume de doações. (Por sinal, proporcionalmente, das doações R$113 milhões, R$40 milhões são provenientes do próprio governo. Não seria o caso de proibir doações de empresas com participação expressiva do governo no capital?)