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02 junho 2014

Conta de Padeiro

A construção da refinaria Abreu e Lima (PE), a obra mais cara da Petrobras, foi decidida com base em uma “conta de padeiro” para a estimativa do custo inicial e sem um projeto definido, afirmou o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, em entrevista publicada neste domingo no jornal “Folha de S. Paulo”.

Costa, que esteve preso por 59 dias sob suspeita de corrupção e de participação em um esquema de lavagem de dinheiro, disse ainda que não houve superfaturamento nas obras da refinaria. Inicialmente, o custo estava estimado em US$ 2,5 bilhões, porém deverá alcançar US$ 18,5 bilhões até 2015, quando a refinaria estiver pronta.

Essa diferença, disse Costa na entrevista, deveu-se a um “erro” da Petrobras, a despeito de o Tribunal de Contas da União (TCU) ter apontado indícios de superfaturamento.

O ex-diretor negou também que conhecesse as atividades do doleiro Alberto Youssef. Costa contou que o conheceu em 2007 e, anos mais tarde, em 2013, foi procurado por Youssef para a prestação de um serviço de consultoria, por R$ 300 mil, pagos por meio da entrega de um automóvel Land Rover Evoque.


Fonte: Valor

Mudança Relâmpago

Na semana passada, o Estado de S Paulo apurou que o grupo Bertin estava contratando um especialista em lavagem de dinheiro. Agora o mesmo jornal descobriu uma estranha mudança na composição acionária, que atinge a JBS:

A companhia global de alimentos JBS, dona da marca Friboi no Brasil, tem entre seus principais sócios uma empresa chamada Blessed - ou “abençoado”, em inglês. Ela está lá desde 2010. Divide com o Bertin, outro sócio, um fundo que sempre teve uma fatia expressiva da JBS. Na sexta-feira, porém, esse fundo sofreu uma mudança relâmpago dentro da estrutura acionária da JBS, afetando drasticamente a posição das duas empresas.

Ao amanhecer de sexta-feira, a Blessed detinha 13% do JBS - algo como R$ 2,8 bilhões, considerando seu valor de mercado no dia. Ao anoitecer, passou a ter 6,6% - R$ 1,4 bilhão. O mesmo ocorreu com o Bertin, cuja participação também caiu pela metade. No jargão do mercado, elas foram diluídas. Mas ganharam pequenas fatias de outras empresas do grupo da família Batista, que controla a JBS, como a Eldorado Celulose.

Pessoas próximas ao Bertin, que pediram para não serem identificadas, contam que a mudança pegou a direção da empresa de surpresa. De fato, uma reestruturação está em curso, mas o processo exige estudos que não foram concluídos. De acordo com o diretor executivo de Relações Institucionais da JBS, Francisco de Assis e Silva, a mudança foi feita “a pedido da CVM”, a Comissão de Valores Mobiliários, o xerife do mercado de capitais. Mas o executivo não soube informar quando e por que o pedido foi feito.

Blessed. A reestruturação relâmpago foi um capítulo a mais na estranha trajetória da Blessed. A empresa tem sede no Estado de Delaware, uma espécie de paraíso fiscal americano, onde as exigências legais para a abertura de negócios são mais flexíveis. Chegou na JBS após a fusão com o frigorífico Bertin, há quatro anos, e está com as famílias Batista e Bertin dentro da estrutura acionária que controla a maior empresa de carnes do mundo. As famílias Bertin e Basita, porém, costumam declarar que não sabem quem é o seu dono, apesar de ela causar conflitos à sociedade.

Desde meados do ano passado, a Blessed é pivô de brigas das duas famílias. Motivou três processos judiciais. Os Bertins chegaram a dizer que a Blessed tinha falsificado suas assinaturas e roubado R$ 1 bilhão deles.

Os processos, porém, jogam um pouco de luz sobre a origem da empresa. Documentos anexados aos autos mostram dois sócios da Blessed: as seguradoras US Commonwealth e Lighthouse Capital Insurance Company, também situadas em paraísos fiscais, Porto Rico e Ilhas Cayman. É fácil encontrá-las pela internet. O detalhe pitoresco é que, apesar de serem empresas diferentes, em países diferentes, os sites são praticamente iguais. Tirando as fotos da paisagem, têm o mesmo conteúdo, os mesmos telefones e e-mails para contato e as mesmas equipes de trabalho (veja quadro). Funcionários das companhias atenderam à reportagem do Estado por telefone, mas não responderam questões enviadas por e-mail.

Há quase um ano, a informação sobre essa parte da composição acionária da Blessed ficou acessível à família Batista por causa desses processos. Em um deles, inclusive, a empresa da família se tornou “parte interveniente”, como informou a assessoria do grupo. Os nomes das seguradoras acionistas, porém, não chegaram ao conhecimento dos minoritários da JBS - informação a que têm direito graças a uma regra da bolsa.

Novo Mercado. A JBS tem ações negociadas em um segmento da Bovespa que exige alta transparência, o chamado Novo Mercado. Entre as regras, consta que “a companhia deverá informar e manter atualizada a posição acionária de todo aquele que detiver 5% ou mais do capital social da companhia, de forma direta ou indireta, até o nível de pessoa física, desde que a companhia tenha ciência de tal informação”.

O Estado ouviu especialistas para saber a opinião sobre essa regra. Para o ex-presidente da CVM Luiz Leonardo Cantidiano, mesmo que a empresa não saiba qual é dono na pessoa física, deve informar até onde sabe. O renomado advogado societário Modesto Carvalhosa é enfático: “As companhias precisam fazer valer a regra básica do Novo Mercado, que é a transparência e não podem ficar se escondendo em holdings”.

Ter um sócio desconhecido já gerou discussões. Em 2006, a Brasil Ecodiesel tinha cerca de 50% de seus sócios em paraísos fiscais. A CVM exigiu que constasse no prospecto da companhia, ao lançar ações, que possuía “sócios desconhecidos” e que os investidores deixassem de comprar o papel caso se sentissem desconfortáveis. A JBS prepara-se para fazer o lançamento de ações da JBS Foods.
Um ex-executivo da Bolsa, que não quis se identificar para não se indispor com os colegas, disse que “o mais importante nesses impasses é a reação dos órgãos reguladores após serem informados do problema”.

Na quinta-feira, a reportagem procurou JBS, Bertin, CVM e Bolsa para entender a falta de informações sobre a Blessed. A JBS manteve a posição de que não conhece os acionistas. A Bolsa respondeu que considera as empresas idôneas e age “caso, em algum momento, tome conhecimento de que a companhia tem, ou tinha, ciência da informação sobre a identidade de cotista de fundo que detém participação societária na holding controladora.” No início da noite de sexta-feira, pouco depois das 19h, a CVM informou que “o assunto se encontra em análise nesta autarquia e, neste momento, não será possível realizar comentários.” Às 18h57, a JBS alterava sua estrutura acionária no site da CVM.

Listas: Não usaram a Internet

O gráfico mostra que cada vez o número de pessoas que nunca usaram a Internet cai. Na Europa é em torno de 20%. E mais de 60% usam diariamente.
A lista dos países europeus com maior fatia dos que nunca usaram é a seguinte:

Romania = 42%
Bulgária = 41%
Grécia = 36%
Itália = 34%
Portugal = 33%
Chipre = 32%
Polônia= 32%
Croácia = 29%
Lituânia = 29%
Malta = 28%
Espanha = 24%
Hungria = 24%

Salários do governo

O governo é responsável por pagar quase 30% dos salários do País, segundo o Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Embora represente apenas 0,4% das organizações do cadastro, a administração pública, incluindo as três esferas do governo (Federal, Municipal e Estadual), absorveu 19,9% do pessoal ocupado assalariado e pagou 29,8% dos salários e outras remunerações em 2012.

O governo também pagou os salários médios mensais mais elevados, R$ 2.723,29, contra uma média de R$ 1.842,09 das entidades sem fins lucrativos e R$ 1.722,71 das entidades empresariais.


Fonte: Aqui

Subsídios para Copa

A Copa do Mundo deve custar R$ 1,1 bilhão em benefícios tributários e subsídios ao crédito até 2014, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU). Conforme dados do relatório do órgão sobre as contas do governo, foram R$ 500 milhões para os estádios, R$ 138 milhões para a mobilidade urbana, R$ 37 milhões para o programa Procopa Turismo e R$ 466 milhões para subsidiar a organização do torneio.

As desonerações foram concedidas por exigência da Fifa, que cobrou o compromisso dos governos federal, estaduais e municipais para facilitar a construção de estádios, obras de mobilidade urbana, aeroportos, telecomunicações, infraestrutura de turismo e segurança pública.


Fonte: Estado de S Paulo, Anne Warth, 29 de maio de 2014

Balanço Financeiro da União


O Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu que 28% do valor total de ativos e passivos do balanço geral da União têm distorções graves que comprometem a credibilidade das demonstrações contábeis do governo. Segundo o relatório do órgão sobre as contas públicas no ano passado, o patrimônio líquido da União pode estar superavaliado em mais de R$ 2 trilhões. O documento foi aprovado ontem pelo plenário de ministros.

Relator do processo, o ministro Raimundo Carreiro ressaltou que o balanço do governo não evidencia despesas futuras com o regime próprio de previdência dos servidores, militares inativos, pensionistas militares e regime geral da previdência social. Além disso, o governo não tem feito a depreciação dos bens imóveis e não inclui o total de demandas judiciais contra a União.

Isso significa que o passivo real do governo pode ser muito superior ao divulgado. "O balanço fica incompleto, pois não temos o potencial de despesas para os próximos anos", afirmou Carreiro. Na avaliação do presidente do TCU, Augusto Nardes, é fundamental levantar essas informações, uma vez que o governo gastou R$ 455 bilhões no ano passado apenas em previdência e assistência social.

Por outro lado, a avaliação dos bens pode estar subestimada. Outro aspecto é que nem toda demanda judicial deve estar no balanço financeiro.

De acordo com Carreiro, o Ministério da Fazenda se comprometeu a adotar medidas para evidenciar a real situação patrimonial da União ainda em 2014. O TCU alertou que, se o compromisso não for cumprido, poderá emitir opinião adversa sobre o balanço.

Justiça - Segundo o relatório do TCU, um total de R$ 780 bilhões em demandas judiciais contra a União não está evidenciado no balanço da União. De acordo com o documento, o governo esclarece que só considera litígios prováveis ou possíveis de afetar o erário, sem incluir demandas em que o risco de derrota é remoto. No caso de derrota praticamente certa, a despesa com a ação judicial não entra como gasto futuro, mas na forma de precatórios.

O documento afirma que o passivo da União está subavaliado em mais de R$ 1 trilhão. O TCU destaca que a projeção do déficit atuarial do regime geral de previdência social, apenas para o exercício de 2050, já é maior que R$ 3 trilhões.

Orçamento paralelo - Carreiro criticou também o crescimento dos restos a pagar - gastos que o governo faz em um ano e paga apenas no exercício seguinte. Em 2013, os restos a pagar atingiram R$ 219 bilhões, 24% a mais que no ano anterior. Entre 2009 e 2013, essa rubrica cresceu 90%. "É praticamente um orçamento paralelo, e o governo chega a acumular quatro", afirmou Carreiro.

O parecer do TCU serve de subsídio ao julgamento político das contas do governo, a cargo do Congresso. Embora tenha sido aprovado pelo plenário, o TCU emitiu 26 ressalvas e 46 recomendações a diversas áreas do governo.

Se as recomendações não são atendidas, o TCU pode recomendar ao Congresso que rejeite as contas. O Congresso, porém, não analisa as contas desde o último ano do governo Fernando Henrique Cardoso.

Meta - Carreiro defendeu ainda a autonomia formal do Banco Central (BC). Ao apresentar o relatório de análise das contas do governo, Carreiro destacou que o centro da meta da inflação foi atingido somente em 2009. "De lá pra cá, sempre ficamos acima. A autoridade monetária tem que ter autonomia para conduzir a política monetária com total independência", afirmou o ministro.

(Anne Warth, Estado de S Paulo, 29 de maio - B1, via aqui)

01 junho 2014

Rir é o melhor remédio


Skype e Star Trek


Skype Translator
O software da Microsoft, que permite a comunicação pela internet através de conexões de voz, agora terá um novo recurso: a tradução simultânea de suas conversas.

O Skype tem mais de 300 milhões de usuários conectados por mês, e mais de 2 bilhões de minutos de conversação por dia. Como ferramenta, ele já ajuda a quebrar barreiras de comunicação, deixando que você fale com e veja pessoas que estão muito longe de você.

Agora, o intuito da empresa é quebrar barreiras linguísticas também, com o Skype Translator. De acordo com a companhia, o recurso abre muitas possibilidades para fazer conexões significativas de maneiras antes impossíveis na educação, diplomacia, famílias multilíngues e negócios.

Como funciona
Quando você estiver conversando com uma pessoa que fala outra língua, vai poder ver uma tradução das palavras dela no canto inferior da tela, e vice-versa.

Como você pode imaginar, essa tradução não é bem “simultânea” – você vai ter que esperar a pessoa terminar de falar para poder ler o que ela disse.

O vice-presidente do Skype, Gurdeep Pall, demonstrou a nova característica do software na conferência Re/code’s Code Conference, ligando para um executivo de língua alemã. Quase em tempo real, o áudio foi traduzido de inglês para alemão e vice-versa, combinando as tecnologias de voz do Skype com a tecnologia do Microsoft Translator e de reconhecimento de discurso baseado em rede neural.

De acordo com alguns membros do público que falavam alemão, a tradução foi “muito boa”, mas não perfeita.

Como as falas têm muitas nuances e mesmo a tradução feita por humanos não é perfeita, o novo recurso está dentro do esperado. Ainda assim, quanto mais a tradução instantânea for usada no Skype, melhores devem ser os resultados.

Inicialmente, a Microsoft está planejando lançar o recurso para apenas algumas línguas e computadores com Windows. A primeira versão será um aplicativo beta para Windows 8 e estará disponível antes do final desse ano.

Mais tarde, suporte para outras línguas, outras plataformas e outros computadores devem aparecer.

Fontes: HypeScience, Gizmodo, TechNet

Aporte de Capital

O FGC (Fundo Garantidor de Créditos) vai colocar R$ 3,5 bilhões no antigo Bamerindus, que se encontra em processo de liquidação há 16 anos. O objetivo é acabar com a liquidação e permitir a venda do que sobrou do banco ao BTG Pactual. Essa transação está sendo preparada desde o ano passado, quando o BTG comprou uma opção para ficar com o espólio do Bamerindus por R$ 418 milhões, a serem pagos em cinco parcelas anuais.

Fonte: Aqui

Efeitos da Crise

Detroit foi a capital do automóvel do mundo. Com a crise da indústria nos últimos anos, os efeitos foram terríveis para seus moradores. Este reflexo pode ser notado nas fotografias do Google View, tiradas entre 2009 e 2013. Veja três casos:








Testes com a Bola da Copa



A bola que será usada na Copa do Mundo do Brasil foi testada por cientistas da Universidade de Tsukuba, do Japão. Usando testes como túnel do vento e um robô para chutar a bola, os cientistas concluíram que a bola poderá favorecer as equipes que trocam passes rápido. O resultado foi publicado no final de maio.

Insider Information

As autoridades dos Estados Unidos (FBI e SEC, além de procuradores federais) estão investigando o golfista Phil Mickelson (foto) por informação privilegiada. Mickelson é um dos maiores golfistas do mundo.

Além do jogador, a investigação também abrange Carl Icahn um conhecido empresário e um dos homens mais ricos do mundo. Os dois ainda não foram acusados.